FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Inaugurado por Dom Pedro II como o primeiro colégio público da América Latina, em 14 de março de 1877 - será restaurado !



Licitação para restauro do Centro Cultural José Bonifácio abre nos próximos dias





Inaugurado por Dom Pedro II como o primeiro colégio público da América Latina, em 14 de março de 1877, o prédio que hoje deu lugar ao Centro Cultural José Bonifácio será beneficiado pelo Programa Porto Maravilha Cultural, que prevê investimento de 3% dos recursos levantados com a venda dos títulos imobilários em projetos de recuperação e valorização do patrimônio da região portuária.

O projeto de restauração é orientado pela Subsecretaria de Patrimônio com apoio do secretário municipal de Cultura, Emilio Kalil. O edital de licitação será lançado até o fim deste mês.

 

Também conhecido como Centro de Memória e Documentação Brasileira, o casarão da Rua Pedro Ernesto, na Gamboa, foi erguido em homenagem ao patriarca da Independência e é sede do Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, único no gênero na América Latina.


O antigo Ginásio José Bonifácio surgiu de um pedido do imperador que, ao saber que seria presenteado por personalidades ligadas ao governo imperial com uma estátua equestre de bronze, sugeriu que aplicassem o dinheiro na construção de um conjunto de escolas. A inscrição "Ao povo o Governo" é uma lembrança do episódio. O ginásio foi desativado, e o prédio de estilo renascentista permaneceu desocupado até março de 1977, quando a Biblioteca Popular Municipal da Gamboa foi instalada no palacete histórico. Em 1994, grande reforma instalou esculturas de inspiração africana e as unidades do centro receberam nomes de símbolos da cultura afro-brasileira - Ruth de Souza, Grande Othelo, Heitor dos Prazeres e Tia Ciata são alguns exemplos.



O José Bonifácio foi escolhido pela importância histórica, cultural e social. Equipado com biblioteca de 5 mil volumes, sala de vídeo e espaço para concertos, também oferece cursos, feira de livros, exibição de filmes e vídeos, oficinas de arte, seminários, exposições e espetáculos teatrais e musicais, além de estabelecer intercâmbio com instituições similares do País e do exterior. Em suas instalações, funcionam a Galeria de Arte Heitor dos Prazeres, o Teatro Ruth de Souza, com capacidade para 150 espectadores, e o espaço Cine Vídeo Grande Othelo, com 60 lugares.




Rafael Correa, gerente de cultura do Centro Cultural José Bonifácio, explica que o prédio foi interditado em maio por que a estrutura representa risco. As obras de arte estão embaladas para não sofrer com a umidade. As atividades, que envolviam muita gente da comunidade, foram suspensas. "Para nós, o restauro é urgente. A interdição foi necessária por questão de segurança. Percebemos que o maior problema aqui é o telhado, que apresenta infiltração. Quando fechamos, há três meses, ainda estávamos ministrando oficinas. A comunidade nos procura muito aqui para saber quando reabriremos", revela Correa




 
Sobre o projeto Porto Maravilha Cultural



A região portuária guarda construções que marcam o início da colonização até os dias de hoje. Ao transformar a área, o Porto Maravilha tem compromisso de preservar sua identidade. A Lei Complementar 101/2009, que criou a Operação Urbana Porto Maravilha, definiu que o Poder Público deve promover ações que integrem e promovam o desenvolvimento social e econômico da população local e estabelece que o patrimônio deve ser recuperado e valorizado. A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), responsável pelo Projeto Porto Maravilha, criou os programas Porto Maravilha Cidadão e Porto Maravilha Cultural para articular ações do poder público e parcerias nesse sentido. "A licitação para restaurar esse prédio de profunda importância histórica para o Rio de Janeiro é um marco do nosso compromisso com o patrimônio histórico e cultural da região", disse o presidente da Cdurp, Jorge Arraes.



Tia Lúcia, 65 anos, contadora de histórias e professora da Oficina de Reciclagem, diz que o espaço faz muita falta, especialmente para as crianças da região. "As escolas fecham às 17h. Nós ficamos abertos até as 19h com as atividades, evitando que essas crianças e jovens fiquem sem cuidados", descreve ela, que atua como voluntária. "Eu não recebo pelo trabalho. Faço porque considero importante dar esse suporte. Nós já conseguimos ajudar muita gente a não se perder com as drogas, damos orientação sexual e até ajudamos, sempre que podemos, com lanche. As crianças perguntam: 'Tia, não tem um lanche?'. Eu consigo aqui e ali e dou um jeito. Agora mesmo estou vindo de uma aula e levei esses lanches para distribuir. Até sobrou. Querem?", oferece a generosa Tia Lúcia, cheia de energia para voltar ao trabalho.







Atualizado em: 23/08/2011

Nenhum comentário: