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sexta-feira, 6 de maio de 2011

A RUA DO PRÍNCIPE

A Rua do Príncipe

05/05/2011 - 17:15
Enviado por: Paulo Pacini
JB


Um dos primeiros bairros fora da região central do Rio de Janeiro, o Catete teve sua ocupação facilitada pela presença de um elemento vital, a água, que corria pelo rio Carioca proveniente da serra do Corcovado.

Ao chegar perto da foz, na praia do Flamengo, bifurcava nas imediações da Praça José de Alencar, seguindo o grosso do caudal para o mar, mas com uma parte desviando em direção à cidade, para desaguar na Glória.

Era conhecido como "braço norte" do Carioca.



O rio, naturalmente, se fez acompanhar por uma via, ancestral da atual rua do Catete, ao longo da qual surgiram várias chácaras, algumas com grande área, com fundos dando para o mar.

A construção do aqueduto da Carioca, no século XVIII, diminuiria considerávelmente a vazão do rio, o que levaria à extinção do braço norte, aterrado a seguir.

A região iria adquirir uma nova feição após esta mudança, criando o espaço que viveria sua fase áurea no século XIX.





Colégio de Meninas da Baronesa de Geslin, na antiga
Rua do Príncipe, hoje Silveira Martins



A carência de moradias súbitamente criada com a vinda da côrte portuguesa, em 1808, fez com que muitos nobres e abastados voltassem sua atenção para o Catete, uma grande e bela região próxima da área central.

Muitas das antigas chácaras mudaram de mãos, sendo com frequência os terrenos desmembrados para a construção de novos imóveis.

O movimento de expansão imobiliária levou à abertura de duas ruas, chamadas Rua Bela do Príncipe e Rua Bela da Princesa, atuais Silveira Martins e Correia Dutra.

Seus nomes eram uma homenagem a D. João VI, ainda príncipe-regente, e sua esposa Carlota Joaquina.



Das muitas construções feitas durante a primeira ocupação da Rua Bela do Príncipe ou Rua do Príncipe simplesmente, todas desapareceram, restando como testemunho apenas os dois leões colocados na entrada do Hotel Novo Mundo, na esquina da Praia do Flamengo.

Eram originalmente quatro, que adornavam os dois portões do Colégio de Meninas da Baronesa de Geslin, situado no antigo número 25.

O colégio ficava originalmente no Largo dos Leões, e foi posteriormente transferido para o novo prédio da Rua do Príncipe.



O único imóvel a permanecer no trecho entre a praia e a rua do Catete é o Palácio, construído em 1866 pelo Barão de Nova Friburgo, e que 30 anos após passaria à propriedade do Governo Federal.

No belo prédio, hoje transformado em museu, aconteceriam alguns dos principais momentos da história republicana do Brasil, tendo o nome Catete se transformado em sinônimo de política.

A rua do Príncipe mudaria em 1917 para Silveira Martins, homenageando o político gaúcho banido após a proclamação da República, e chefe civil na revolta antiflorianista de 1893.



quinta-feira, 5 de maio de 2011

200 ANOS DE CRIAÇÃO DO ENSINO MILITAR NO BRASIL

200 ANOS DE CRIAÇÃO DO ENSINO MILITAR E SUAS REPERCUSSÕES NA EVOLUÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA DO BRASIL




Organizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército o simpósio ocorreu no auditório do Museu Histórico Nacional no dia 12 de abril, sendo as palestras coordenadas pelo General de Divisão Marcio Tadeu Betterga Bergo.


 
 
Por decreto real de 12 de abril de 1811 o então Príncipe Regente depois D. João VI, criou a Escola Militar para os cadetes reais, instalada primeiro na antiga Casa do Trem, no actual Museu Histórico Nacional, indo em seguida para o edifício no largo de São Francisco, que após a Independência em 7 de setembro de 1822, tornou-se a Imperial Academia Militar, mudando para vários endereços, Fortaleza de São João na Urca em 1853, Praia Vermelha em 1889, finalmente se instalando por decreto presidencial do Presidente Getúlio Vargas em Agulhas Negras em 1942, sob a administração do Coronel José Pessoa Cavalcanti Albuquerque.
 
 
 
 
 
Após o simpósio o General de Divisão Marcio Tadeu inaugurou a placa comemorativa dos 200 anos no patio da Casa do Trem no Museu Histórico Nacional na presença do sr. Eduardo André Chaves Nedehf Marquês de Viana, descendente do comandante que trouxe os Guarda Marinhas e a Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808.
 
 







quarta-feira, 4 de maio de 2011

A SOCIEDADE MEMORIAL VISCONDE DE MAUÁ NAS COMEMORAÇÕES DOS 157 ANOS DO PRIMEIRO CAMINHO DE FERRO DO BRASIL.

A SOCIEDADE MEMORIAL VISCONDE DE MAUÁ NAS COMEMORAÇÕES DOS 157 ANOS DO PRIMEIRO CAMINHO DE FERRO DO BRASIL.





A convite do Dr. Luiz Octávio de Oliveira da Associação de Engenheiros Ferroviarios do Rio de Janeiro e do sr. Carlos Meritello, os descendentes de Irineo Evangelista de Souza Visconde de Mauá, sr. Eduardo André Chaves Nedehf - Marquês de Viana e sua mãe D. Francisca Chaves Nedehf - Marquesa de Viana e o secretário-mor da Sociedade Memorial Visconde de Mauá Dr. Paulo Fernando Arco Verde de Albuquerque Maranhão, compareceram e participaram das comemorações dos 157 anos de inauguração do primeiro Caminho de Ferro no Brasil em 30 de abril de 2011.




Ás 9 horas da manhã na histórica Estação de Guia de Pacobaiba, após a inauguração da Biblioteca Pública Municipal com livros doados sobre o Visconde de Mauá por seu tetraneto Eduardo André Chaves Nedehf Marquês de Viana, seguiu-se uma Missa Solene presidida pelo representante da Paróquia de Nossa Senhora de Guia de Pacobaiba e da apresentação de uma Banda de Musica de uma Escola Municipal de




Magé. Após estes eventos foi colocada pelos Engenheiros Ferroviarios o Marco Zero do Primeiro Caminho de Ferro do Brasil, da Imperial Companhia de Navegação a Vapor Estrada de Ferro de Petrópolis fundada pelo Visconde de Mauá, inaugurada solenemente pelo Imperador D. Pedro II em 30 de abril de 1854.



Após a preleção do Secretário de Cultura do município de Magé foi entregue ao tetraneto Eduardo André Chaves Nedehf Marquês de Viana a Moção da Assembléia do Estado do Rio de Janeiro de congratulações e pela proposta pela Deputada Miriam Rios e referendada pelo Deputado Nilton Salomão, criando em comemoração a data histórica, o dia do Ferroviário.




Após o almoço oferecido pelos Engenheiros Ferroviários em sua Associação seguiu a comitiva o antigo Caminho de Ferro em automóvel de Guia de Pacobaiba, passando por Inhomirim, Fragoso, Petrópolis até a Estação também restaurada de Nogueira. Alí foram proferidas as belas palestras do Dr. Luiz Brito Filho e do Prof. convidado pelo Presidente do Movimento de Preservação Ferroviaria Dr. Victor José Ferreira.



Presentes as palestras na Estação de Nogueira os senhores Dr. Bruno Hellmuth e Dr. Gastão Reis Rodrigues Pereira do Diretório Monárquico do Brasil.











terça-feira, 3 de maio de 2011

Círculo Monárquico de Belo Horizonte (CMBH) e o Movimento Monárquico Jovem - CONVIDAM ! . .

Homenagem à Princesa Isabel, a Redentora

13 de Maio de 2011




Princesa Isabel, quando jovem



Princesa Isabel e seu Pai Dom Pedro II


Programação

Em homenagem à memória da Princesa Dona Isabel (que aboliu a escravidão no Brasil) o Círculo Monárquico de Belo Horizonte (CMBH) e o Movimento Monárquico Jovem convidam V. Sa. e

Família para comemorar a relevante data:

Dia 13 de Maio – Sexta Feira

10 horas: Chá de Confraternização do CMBH.

Local: Livraria e Cafeteria “Polastri”. Av. Bernardo Monteiro, 1022 – B. H.

12 horas: Conferência: “Princesa Isabel” – Conferencista: Dr. Roque José de Oliveira Camêllo,

consócio do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

Local: Sobreloja do Restaurante “Chopp da Fábrica”.
Av. do Contorno, 933- B.H.

13 horas: Almoço de Confraternização, no local (por adesão).

17 horas: Missa em intenção da Princesa Isabel, a Redentora.

Celebrante: Padre Domingos.

Local: Capela Imperial de Nossa Senhora Aparecida.- Villa Del Rey – Nova Lima.

Visita ao Memorial da Princesa Isabel.

Dia 15 de Maio - Domingo

7:30h: Missa em intenção da Princesa Isabel e dos Mártires da Guarda Negra.

Celebrante: Padre Marcos Antônio Gomes.

Local: Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - R. Marzagânia, 391 – B. Boa Vista – B.H.


Belo Horizonte, 3 de maio de 2011.

DIRETORIAS DO CÍRCULO MONÁRQUICO DE BELO HORIZONTE E DO MOVIMENTO MONÁRQUICO JOVEM

NOSSA HISTÓRIA: Reconstrução da capela da UFRJ incendiada em março começa ! . . .

Reconstrução da capela da UFRJ incendiada em março começa nesta segunda

Segundo a universidade, foram liberados R$ 4 milhões para a primeira fase das obras



Bruno Rousso e Carlyle Jr., do R7
02/05/2011 às 05h50

André Muzell / R7

Veja a galeria completa





Prédio histórico da UFRJ foi alvo de um incêndio no fim de março


As obras de recuperação da capela da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Praia Vermelha, zona sul do Rio, começam nesta segunda-feira (2). Construída em 1850 e tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1972, a igreja foi alvo de um incêndio no fim de março. De acordo com a Divisão de Projetos de Imóveis Tombados da UFRJ (Diprit), já foram liberados R$ 4 milhões para a primeira fase dos trabalhos, que inclui a recomposição da cobertura da capela, o escoramento de paredes e a limpeza total do local.



A Capela São Pedro de Alcântara fica no segundo andar do Palácio Universitário, que passava por reformas na fachada e no telhado há quase um ano. Mas, por causa das chamas, todo o trabalho foi perdido. Segundo Paulo Belinha, diretor da Diprit e arquiteto responsável pela restauração do espaço, a reconstrução de todo o prédio histórico está inicialmente orçada em R$ 30 milhões. No entanto, ele destaca que a universidade precisa de pelo menos seis meses para avaliar a dimensão real dos prejuízos sofridos com o incêndio.



- Só para recuperar a capela precisamos de R$ 8 a 10 milhões. Perdemos o auditório Anísio Teixeira e o almoxarifado da Faculdade de Educação. Isso sem contar o mobiliário e a peças históricas como quadros.



De acordo com Carlos Fernando de Andrade, superintendente do Iphan no Rio, o orçamento da recuperação do Palácio Universitário deve ser incluído em um projeto já aprovado pelo Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura). Mas a capacitação da verba para o projeto, avaliado em R$ 22 milhões, ainda precisa ser liberada.



- Estamos em busca de apoio de empresas para subsidiar este valor. Já existe um número significante de empresas interessadas em financiar a recuperação do Palácio Universitário.



A Prefeitura do Rio de Janeiro se comprometeu em destinar R$ 4 milhões à UFRJ para a reconstrução da capela. Já o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) firmou o compromisso de apoiar financeiramente a elaboração do projeto executivo para a reconstrução da igreja, apoio à execução das obras e para a restauração de todo o Palácio Universitário, que deve ser concluída em quatro anos.



Peças recuperadas



Beatriz Resende, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, lembra que nem tudo se perdeu no incêndio. Ela comemora a descoberta de dois sinos de cobre que decoravam o alto da capela.



- Nós pensávamos que eles estavam soterrados nos escombros. Mas descobrimos que eles não caíram.



A professora também conta que uma imagem de Nossa Senhora da Conceição com folhas de ouro, relicários e outros objetos usados nas missas também estão a salvo.



- O valor histórico dessas peças não tem preço. Não dá para imaginar a capela restaurada sem seus objetos mais pomposos.







Reconstrução da capela da UFRJ está avaliada entre R$ 8 e 10 milhões (Foto: Bira Soares - SGCOMS/UFRJ)





RIO DE JANEIRO: MUSEU DO TREM - TOMBAMENTO JÁ ! . . . VIVA MAUÁ !

Museu do Trem poderá ter acervo tombado nesta terça-feira

Local abrigou o maior conjunto de oficinas de locomoção da América Latina





Do R7
03/05/2011 às 06h08


O Acervo do Museu do Trem, uma das maiores referências da memória ferroviária do país, poderá ser tombado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural nesta terça-feira (3).



Os trabalhos de inventário foram realizados por equipes multidisciplinares do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) ao longo de mais de uma década, quando foi publicada a notificação do processo de tombamento da coleção, medida que resultou em sua proteção provisória pelo poder público federal.



Com mais de mil itens considerados de valor histórico, o acervo abrange equipamentos ferroviários, utensílios, mobiliário e até locomotivas como a Baroneza, construída na Inglaterra, movida a vapor e a primeira a trafegar na estrada de ferro de Petrópolis, na região serrana do Rio.



Outros destaques são um vagão usado pelo ex-presidente Getúlio Vargas e outro onde viajou o Rei Alberto, da Bélgica, quando esteve no Brasil em visita oficial, em 1922.



O Museu do Trem situado no bairro do Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, abrigou o maior conjunto de oficinas de locomoção da América Latina, que ajudou inclusive na formação do bairro. A sua coleção, prestes a ser devidamente preservada, por conta de seus valores históricos e culturais, pertencia à RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), extinta em 2007.



Conselho consultivo do patrimônio cultural



O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro de bens do patrimônio cultural brasileiro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia.

Ao todo são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), além da sociedade civil.







VISCONDE DE MAUÁ - UM VISIONÁRIO, SUA REALIZAÇÃO SOBREVIVE !






Prezados Consórcios







O diretor Bruno Hellmut e o Prof. Gastão Reis participaram de evento realizado no dia 30 de abril – dia da inauguração da 1ª. Ferrovia no Brasil – realizado na Estação de Nogueira - Petrópolis em homenagem ao DIA DO FERROVIÁRIO.



Na ocasião restou esclarecido que a Deputada Myriam Rios sucedeu o Deputado João Pedro na presidência da Comissão de Turismo da Alerj. Na ocasião, a parlamentar se declarou entusiasta da reativação da E.F. Príncipe do Grão Pará.



Nesse sentido, vale visitar o site www.trembrasil.org.br  onde existe interessante depoimento do compositor/cantor Ivan Lins.



Merece, também, ser visitado o site www.manifestolivre.com.br  para votar pela reativação do trem.

Aloysio Telles de Moraes Netto fala aos Monarquistas Brasileiros !





Esta carta é dirigida a todos os monarquistas e entidades monárquicas brasileiras. mesmo que não recebam ao mesmo tempo, todos os que eu tiver contato receberão tal manifestação.



CARTA ABERTA AOS MONARQUISTAS BRASILEIROS




Hoje, dia 29 de abril de 2011, aconteceu na Inglaterra o casamento do Príncipe Willian de Gales com, Kate Middleton, Duques de Cambridge.







Fato curioso relativo a este enlace, além do fato de serem jovens que publicamente demonstram terem afeto, independente de sua condição real ou não, é o interesse despertado pelo mundo todo, em especial na própria Grã-Bretanha. Segundo o Primeiro-Ministro David Cameron, este casamento “demonstra o que há de melhor da Inglaterra”, e em suas palavras, demonstra o sentido e o grande serviço que a Realeza Britânica presta ao seu povo.







Neste sentido, virão alguns que não estão esclarecidos (ou estão de má-fé) e dirão: “Utilidade? Serviço? Mas estes aí vivem às custas do povo”, e ainda há aquela velha piadinha de que, se você é um chefe que não pode comandar, é a própria “Rainha da Inglaterra”. Tais comentários sempre são ditos, em especial por pessoas que não conhecem o verdadeiro sentido (ou, sem trocadilhos, o “Real sentido”) de um sistema de governo monárquico.







O fato é que, em pleno século XXI, em meio à grande revolução da informação e com toda tecnologia e difusão de idéias que a internet e os demais meios de comunicação de massa permitem, as monarquias do ocidente estão firmes, fortes e saudáveis. Porque será?







Tal ocorre pelo simples fato de que o regime monárquico traz vantagens que o sistema republicano nunca trouxe, em especial para o Brasil. Porém em virtude de uma bem-sucedida campanha secular de aniquilação cultural (não só no plano político, mas em todos os demais), no Brasil ainda existe uma grande cegueira em relação ao regime monárquico, o que não acontece nos outros países de cultura monárquica.







Sim, outros países, pois, ao contrário do que se possa pensar, ao invés do que é pregado pela lavagem cultural massiva a que foi imposta o povo brasileiro, culturalmente ainda somos um império. Mesmo sendo formalmente uma república, o jeito de pensar das pessoas ainda tem um formato monárquico, mesmo que elas não tenham esta noção.







Um regime monárquico não pressupõe o absolutismo, mas sim a continuidade e o profissionalismo nos tratos com a coisa pública. Num regime verdadeiramente republicano, cujo povo naturalmente optou por aceitar tal regime, os representantes do povo se alternam no poder com a anuência deste, salvo raras exceções, como em crises e comoções geradas por guerras, principalmente. Em países como os Estados Unidos, presidentes da república que ocupam seus cargos por um ou dois mandatos no máximo deixam o poder e passam a se dedicar a outras atividades, abrindo espaço para outros.







No Brasil não. De cinco ex-presidentes da República ainda vivos (Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula), três são senadores, Lula acabou de sair do poder (e ainda não pôde disputar eleições, mas já deixou claro que não deixaria a política) e o único que não quis mais se candidatar, preferindo atividades partidárias não eletivas e acadêmicas foi FHC. E dos senhores senadores, Itamar já foi governador de Minas Gerais depois de deixar a presidência, Sarney já ocupa a quarta (!) presidência do Senado Federal e Collor, que foi impedido de governar através de um processo político que o forçou a renunciar, retornou pelos braços do povo ao poder e quase foi eleito Governador de Alagoas, apesar de deixar a presidência de maneira vergonhosa.







Porque isto ocorre? Não se pode mais falar no Brasil de fraude eleitoral, pois temos o sistema eleitoral mais célere e lídimo do Mundo. O responsável por isto é o povo, que prefere ter em seu comando sempre as mesmas pessoas.







Caso o Brasil fosse verdadeiramente republicano, isto não aconteceria, mas como o povo nunca pode decidir verdadeiramente qual sistema de governo preferia, acabou se acomodando em uma situação esquizofrênica, na qual tenta, ainda que inconscientemente, “eleger” um determinado soberano, buscando nisto a figura do Monarca que foi tirada de seus ancestrais. Contudo, ao contrário do que parece, o povo querer pouca mobilidade governamental em si não seria o problema. O que vem a ferir tal circunstância é o fato de aventureiros sem preparo e vendidos politicamente que assumem o poder. Num país como o nosso em que o presidente é visto como grande soberano frente o povo, temos a ferida de que este “Salvador da Pátria” vai querer refazer do zero, em quatro ou oito anos tudo o que foi feito anteriormente, como se só recebesse uma herança maldita a cada novo governo. Ainda que o Brasil esteja, enfim, depois de cem anos de retrocesso republicano, vivendo uma democracia, ainda não é verdade que estejamos de fato caminhando a passos largos rumo à plenitude social e econômica.







Porque tudo isto é dito, e o que tem a ver com o casamento real acontecido na Inglaterra? Tem haver que, apesar de nunca termos sido colônia inglesa, nem falarmos inglês, nem termos uma cultura anglo-saxônica, o casamento da família real inglesa encontra grande repercussão aqui no Brasil, incluindo a venda de réplicas do anel de noivado da Sra. Kate e da transmissão, com grande audiência ao vivo, das imagens geradas direto da Abadia de Westminster. O povo brasileiro, apesar de não ter ciência, deseja, sim, a monarquia como forma de governo, pois crê que a figura do monarca é importante. O povo brasileiro admira as monarquias, mesmo as estrangeiras, e não as rejeita, como ocorre noutros cantos do mundo, como nos Estados Unidos.







A Itália definiu em sua legislação que os herdeiros masculinos de sua Família Real não podem entrar em seu território (a única exceção se deu no funeral de João Paulo II), e tal decreto dura desde 1945. O decreto de banimento da Família Imperial Brasileira caiu com trinta anos, posto que o povo não aceitou tal circunstância.







Se você andar em qualquer cidade brasileira, encontrará ruas, avenidas, praças, bairros e até mesmo cidades com nomes em referência à monarquia, apesar de tanto tempo. Começamos vendo o nome de nossa moeda, o Real (“xará” da moeda corrente na época do império e início da república) batizada em 1994 (escolha, aliás, oriunda de uma sugestão popular). No Rio de Janeiro, de onde escrevo, existem vários exemplos da presença imperial na cultura, em nomes de logradouros públicos e instituições, como Visconde do Pirajá, Visconde de Niterói, Barão do Bom Retiro, Praça (Barão de) Mauá, Realengo (Real Engenho), Rua do Imperador, Rua da Imperatriz, Conde do Agrolongo, (Fazenda Real de) Santa Cruz, (Barão do) Rio Branco, Visconde de Cairu, Duque de Caxias, Vila (Princesa) Isabel, (Colégio) Pedro II, Estação Central Dom Pedro II, (Região da) Leopoldina, etc. Temos até o chamado “Caminho Imperial”, que é o conjunto de ruas e avenidas interligadas em linha reta que eram a antiga Estrada Real de Santa Cruz, ligando o Palácio de São Cristóvão à Fazenda Real de Santa Cruz, observando o detalhe que esta denominação “Caminho Imperial” é recente e teve grande aceitação popular.







O Paço Imperial, local onde se instalou primeiramente a Corte Portuguesa e permaneceu um palácio menor após a independência, na Praça Quinze do Rio de Janeiro até tentou ser convertida em sede dos correios com o golpe republicano, mas voltou a sua denominação original e é uma referência como centro cultural. Aliás, o nome do colégio onde estudei é Grupo Estudantil Princesa Isabel, e não é um colégio antigo e caro, nem aristocrático: é tão somente um colégio particular médio, situado em Bangu, na Zona Oeste da cidade, com menos de trinta anos de existência. O verde e amarelo, cores nacionais, são simplesmente as cores da Família Bragança (verde) e da Família dos Hasburgos (amarelo), sendo a própria bandeira a mesma do império, com exceção das armas heráldicas que foram substituídas pelo círculo celeste (ainda tentou-se imitar a bandeira estadunidense, mas nem o próprio Deodoro agüentou tamanha bajulação e falta de senso). Isto sem falar do município de Petrópolis, até hoje conhecido como “cidade Imperial” e os seus locais, como a Avenida do Imperador, Rua da Imperatriz, Bosque do Imperador, Palácio de Cristal (que foi de cassino a Quartel de Bombeiros, mas retornou ao seu propósito original), Museu Imperial (que chegou a ser escola, mas abriga a memória do período monárquico), Casa de Banho Imperial, etc, etc, etc... Se o Brasil não quisesse extirpar totalmente a idéia da monarquia, com certeza teria já a muito alterado tais nomes e símbolos, como tentaram no início.







O que tem que ocorrer é despertar o povo brasileiro para este fato que se encontra latente, mas oculto, no subconsciente coletivo popular. Demonstrar que as bases para a Restauração Monárquica existem, mas também demonstrar os prós e contras dos regimes republicano e monárquico, e afirmar que este último é o regime natural para o povo brasileiro, que sequer foi personagem de qualquer revolução republicana, mas sim um golpe de estado do qual o próprio Marechal Deodoro veio a se arrepender depois.







A república não foi fruto dos anseios populares. Como já foi aventado aqui, seu maior líder era um monarquista amigo próximo do Imperador (a quem muito prezava), mas que foi levado a erro por meia dúzia de aproveitadores que buscavam um meio de alcançar o poder que o povo não lhe entregava nas urnas. Nas últimas eleições do Parlamento Imperial, nenhum candidato do Partido Republicano conseguiu se eleger, além de militares descontentes pelo fato do Imperador preferir no comando civis, o que é o mais correto.







Para que seja restaurada a monarquia, portanto, devem ser tomadas as seguintes atitudes, que ao meu ver, são:







1. Organizar o Movimento Monárquico Brasileiro sob um comando único, preferencialmente com o Chefe da Casa Imperial à frente, ainda que moralmente e como símbolo da Unidade que queremos para o Brasil;







2. A difusão da monarquia não como uma opção retrógrada, mas sim adaptada às mudanças culturais e especificidades brasileiras, tal como fazem as monarquias modernas (vide a monarquia Inglesa no dia de hoje);







3. Evitar vincular a opção monárquica a saudosismos e opções religiosas, pois se queremos a Unidade, não podemos nos colocar diferentes dos demais. Temos que mostrar a monarquia como algo moderno e aberto a todos, independente do ponto de vista filosófico ou religioso;







4. Apresentar as vantagens de um governo parlamentar, de responsabilidade institucional, onde os administradores públicos deverão atuar como verdadeiros administradores dos interesses públicos, não de interesses próprios ou de grupos econômicos que lhe favoreceram a eleição sob pena de perda de seus cargos (como ocorre até mesmo em empresas privadas), e que a figura do Imperador não é a de um déspota, mas sim de um Guardião da Nação e Supremo Juiz, que só é chamado a agir para manter a Unidade Nacional;







5. Desmentir determinados absurdos, como a improvável volta da escravidão, do unitarismo e fim da federação, da concentração exagerada nas mãos do governo central e o equivocado fim do estado laico;







6. Ocupar os espaços políticos e publicitários na medida do possível, para nos fazermos visíveis. Apesar de equivocado, o sistema atual prevê uma liberdade que em cem anos de república, até 1988, não tínhamos. Podemos abertamente falar de uma restauração monárquica “sem medo de ser feliz”, ou seja, sem sermos perseguidos (pelo menos oficialmente). Ainda que possamos ser encarados de maneira jocosa no início, precisamos mostrar a que viemos, para que aos poucos possamos mudar (ou aclarar) a mentalidade do povo, e fazer acordar o sentimento imperial que se encontra hibernando na cultura popular (pois o que hiberna não está morto, apesar de parecer).







7. Precisamos apresentar a todo povo um projeto não de governo, mas de nação e conjuntura política, onde a federação será mais descentralizada, concentrando mais poder nos governos locais e menos no central, que deverá se encarregar de garantir a união nacional, não sustentar entes políticos que precisam estar o tempo todo com o pires na mão dependendo do fundo de participação dos estados e municípios, incluindo uma verdadeira reforma tributária e financeira que favoreça os entes menores.







8. Deve ser determinada uma reforma tributária que favoreça também a iniciativa privada, pois somente a economia de mercado pode garantir o crescimento de um país, cortando gastos inúteis ao invés de criar mais impostos.







9. Mostrar ao povo, em especial aos mais carentes, que o governo deve ensinar-lhes a pescar, e não dar o peixe. Deixar para a iniciativa da piedade e caridade das pessoas e a ajuda financeira aos necessitados e não incentivar campanhas ridículas de esmolas governamentais oficialmente mantidas com os impostos da iniciativa privada. Colocar nas escolas as crianças sim, mas em escolas públicas e de qualidade que formem técnicos e preparem para o ensino superior aqueles que tiverem aptidão para tais carreiras, e incentivar a criação de empregos para todos viverem às suas próprias custas.







10. Temos que mostrar que o Monarca não é um Deus na Terra, nem é o governante por um “Direito Divino”, mas o é pela Tradição, que é a base da cultura, para garantir estabilidade, seriedade e competência ao governo, que será exercido, sim pelos representantes do povo que souberem bem exercer seus mandatos, sob a vigilância constante Do povo, diretamente e através de seu Chefe Máximo, o Imperador.







Nós monarquistas não somos saudosistas. Não visamos nosso próprio bem-estar individualmente. Desejamos a restauração do sistema de governo que surgiu com a Independência do Brasil, seguindo uma tradição naturalmente aceita pelo povo desde suas raízes em Portugal, e que foi interrompida com este Golpe de Estado que perdura a 122 anos por motivos escusos ou por modernismos efêmeros, como ocorreu com a meia dúzia de republicanos que usurparam o poder e mandaram a Família Imperial para o exílio na calada da noite, pior do que se fossem ladrões, sem sequer deixá-los despedir-se do povo (nem mesmo a histórica fuga da Corte Portuguesa de 1808 foi tão vergonhosa).







O momento é propício, como nunca fora antes, nem mesmo no período do plebiscito forjado. Temos o dever para com a história e para como o Povo Brasileiro mostrar-lhes a verdade, e exercer a democracia (extirpada do Brasil entre 1889 e 1988) a que temos direito.







Havemos de lutar no campo das idéias, para restaurar aquilo que foi tomado do Povo Brasileiro e até hoje é usado por meia dúzia de usurpadores, antes militares sem honra, depois proprietários de terra egoístas, e agora líderes demagogos vendidos aos interesses do capital.







Salve o Brasil. Salve o Imperador de Jure, D. Luís I. Salve o Povo Brasileiro.







Rio de Janeiro, 29 de abril de 2011.







Aloysio Telles de Moraes Netto