Falta de equipamento deixa canais da Quinta da Boa Vista assoreados
Licitação para contratar empresa que cuidará da limpeza só ocorrerá em 2013
Sistema hidráulico do parque só deve voltar a funcionar a partir do ano que
vem, segundo a administração Foto do leitor Gabriel Hermenegildo /
Eu-Repórter
RIO - O assoreamento de canais da Quinta da Boa Vista, registrado pelo leitor
Gabriel Hermenegildo, deve continuar até meados do ano que vem pelo menos. Sem
equipamento adequado para o bombeamento dos cursos d’água desde julho do ano
passado, o sistema hidráulico do parque só será recuperado depois da licitação
para a contratação de empresa especializada. O edital ainda não foi lançado, e,
segundo a Fundação Parques Jardins, só deve ocorrer em 2013.
Enquanto o serviço não é realizado, os frequentadores do parque reclamam do
excesso de lama nos canais que ligam as lagoas do parque. Segundo o leitor, que
costuma caminhar pelo local todas as manhãs, em alguns pontos o mau cheiro já é
sentido. Nas lagoas, uma espessa camada de algas cobre o espelho d’água.
— A impressão que dá é que aquilo ali está podre. Do último ano para cá, a
situação vem piorando aos poucos. Deveriam tratar melhor essa área, que faz
parte da História do Rio — diz Hermenegildo, sobre a área de lazer que já serviu
de residência oficial da família imperial.
O gestor do parque, Walter Nogueira, confirma os problemas no sistema de
bombeamento. Segundo ele, tanto a Comlurb quanto a Secretaria municipal de
Conservação e Serviços Públicos (Seconserva) não têm equipamentos para fazer a
manutenção do sistema hidráulico, o que obriga a realização de uma licitação
para contratar uma empresa especializada.
De acordo com Nogueira, o contrato com a última empresa que realizava o
serviço expirou há 14 meses. Ele afirma ter enviado o orçamento para a FPJ no
começo deste ano, porém, até agora o edital de licitação não foi lançado.
A Fundação afirma ser impossível realizar a licitação ainda este ano, já que
o orçamento da prefeitura está fechado e a legislação eleitoral impede que se
deixe gastos não programados para a próxima gestão. Dessa maneira, o presidente
da FPJ, David Lessa, afirma que o serviço só voltará a funcionar normalmente em
meados do ano que vem. Segundo ele, a licitação não foi realizada até agora
porque não se tratava de uma obra emergencial.
— É uma coisa natural. O serviço é esporádico, não precisa ser feito todo
dia. A partir do momento em que ocorre o assoreamento, precisa ser feita a
manutenção e, possivelmente, uma dragagem. Não é um problema grave, apenas não
fica bonito — diz Lessa, que deve pedir uma dragagem emergencial dos canais para
a Fundação Rio-Águas.
Sumiço de patos e problemas de conservação
Além do assoreamento dos canais e da proliferação de algas na lagoas do
parque, o leitor Gabriel Hermenegildo reclama do sumiço de patos. Até três meses
atrás, havia mais de cem aves no local; hoje são menos que 20.
A informação é confirmada pelo gestor do parque. Segundo Nogueira, apesar de
a Quinta da Boa Vista ser cercada, o local costuma ser invadido durante a noite,
o que explicaria o sumiço dos patos. Há pouco mais de um mês, o Eu-Repórter registrou
o mau estado de conservação em alguns equipamentos do parque.
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