Foi com muita tristeza
que lemos aquele excremento publicado no jornal O GLOBO de domingo em 17 de
março de 2013.
Provavelmente uma
matéria paga, embora escrita por supostos historiadores desinformados e
deformados de ideias de nossa história.
Não gostaria de tocar no
assunto, pois é desagradável, mas com tamanha falta de respeito não posso
calar-me.
O Visconde de Mauá que
tanto fez pelo Brasil e pelo Mundo, absolutamente não tem parâmetro de
comparação para sua grandeza e benemerência.
O grande Mauá foi
responsável em construir e desenvolver tantas inovações técnicas industriais
não só no Brasil mas em varias partes do mundo:
Ferrovias, não somente
nos 5 mil quilômetros no Brasil, mais em Portugal (Caminho de Ferro de Lisboa),
Bélgica (Chemin de Fer de Bruxelles), Rússia (Chemin de Fer de Nicolas),
França(Chemin de Fer du Nord), Itália (Chemin de Fer du Vaticane), Thailandia
(Chemin de Fer de Bagkoc), Japão (Chemin de Fer de Yokohama), Egito (Chemin de
Fer de Alexandrie), participou da construção dos Canais Internacionais de
Corintho na Grécia, de Suez no Egito e mesmo do Panamá associado a Ferdinand de
Lessep que só não o terminou tendo Mauá falido em 1878 a Sociedade do Canal do
Panamá fecha suas portas em1886 sem recursos. Construiu companhias de Gás e de
Carris Urbanos em Bruxelas, Lisboa, Porto, Roma, Montevidéu, Budapest, Viena,
São Petersburgo, Buenos Aires, Assumpção além do Rio de Janeiro, Salvador,
Manaus, Porto Alegre, Fortaleza e Recife.
Tão importante na época
que Júlio Verne cita Mauá e seus livros, "Vinte mil Léguas
Submarinas" (...e o Capitão resolveu fazer os reparos do Nautilus em uma
Ponta d´Areia no fundo de uma baia...), "Da Terra a Lua" (...o
Presidente do Gunn Club afirmou que a única instituição no mundo capaz mandar
um homem a Lua seria o Banco Mauá...), e “Volta ao Mundo em 80 dias”(...Philias
Fogg mandava seu mordomo Paspatout ver o cambio do dia e trocar as libras
esterlinas por moeda local nas agências do Banco Mauá & Ciª no Cairo, em
Gôa, em Bangkoc e em Tokio...).
Era a quarta maior
fortuna do Mundo, a sua frente somente Nathan Meyers Rothschild da Casa
Bancaria Rothschild & Sons seu inimigo declarado, o Banco de Londres e
finalmente Leopoldo II Rei do Belgas, a maior fortuna do Mundo no século XIX
graças as minas de diamantes de seu Estado do Congo. Era ele sócio e amigo fiel
de Mauá até nas horas difíceis da falência em 1878.
Muito prejudicado por
constantes perseguições e sabotagens, arquitetadas por Rothschild & Sons
principalmente no Estaleiro e Fundição da Ponta d´Areia, na Ciª de Gás e na
Estrada de Ferro Santos-Jundiay causaram sua falência em 1878.
E resolveu doar suas
ações das principais companhias aos seus funcionários mais ligados para
desvincula-las da massa falida da Casa Mauá, no Rio de Janeiro a sua Imperial
Companhia de Navegação a Vapor Estrada de Ferro de Petrópolis que rebatizando a
com o nome de Imperial Companhia Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará,
nomeado seus ex-funcionários Luís e Antônio Pandiá Calógeras escriturários do
Banco Mauá & Ciª e Luís Berrini engenheiro da Fundição e Estaleiro da Ponta
d´Areia. E em São Paulo a sua Companhia Docas de Santos que administrava 72 dos
90 Trapiches e Armazéns existentes na época além do porto e do maquinário de
transporte dos produtos exportados ou fabricados pelo próprio Visconde de Mauá
na Ponta d´Areia, rebatizou com o mesmo nome de Companhia Docas de Santos,
nomeando seus ex-funcionários Eduardo Guinle chefe do almoxarifado, Louis
Fournier chefe de cabotagem e Diogo Gracie Taylor engenheiro da companhia.
Não foi possível salvar
a Estrada de Ferro Santos Jundiay da mão inescrupulosa de Rothschild & Sons
adquirida pelos ingleses no grande leilão da falência. Mas a maior traição foi
do ex-funcionário feito acionista por Mauá em 1878, Eduardo Guinle que, tendo
recebido as mesmas apólices por acordo jamais poderia vende-las a estrangeiros,
mas usando de um artifício malicioso de um “testa-de-ferro”, vendeu em 1898
todas as suas ações a Rothschild & Sons num valor astronômico para época...
sim a fortuna dos Guinle saiu da traição, não a Mauá mas a nação brasileira.
O grande Francisco Picot
em belo artigo no Jornal do Commercio achava imprudente o benemérito Visconde
de Mauá confiar em pessoas descredenciadas e duvidosas, dizia ele; “...seu
defeito de banqueiro era sua cegueira patriótica, para derrubar o colosso de
Rodes foi necessário a competência dos inimigos e a incompetência dos amigos, e
leis serem necessárias revogar, nem assim foi fácil destruí-lo nem assim foi
facil derruba-lo...”
Uma fortuna tão grande
que garantiu uma existência sem trabalho por todo século XX da família Guinle
construindo hotéis como o Copacabana Palace e palácios como o
Laranjeiras....!!! Eis a grande contribuição desta família para a sociedade
brasileira, investindo em um império hoteleiro e imobiliário que levou os
membros desta família a frequentar as Associações de Comercio e Indústria no
Rio de Janeiro e em São Paulo com dinheiro alheio.
Não vou perder meu tempo
a responder a calhordas e aproveitadores, mas achei melhor escrever isto para
não deixar uma mentira se tornar histórica.
Um comentário:
Visconde de Mauá, O MAIOR Empresário Brasileiro de TODOS os Tempos!
Patrono dos Transportes e da Marinha Mercante Brasileira!
Os bulcões ladram e a Caravana passa com o GRANDE BRASILEIRO, que completa 200 anos de Glórias...ACORDA ANCELMO !
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