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terça-feira, 19 de julho de 2011

Prédio do Automóvel Club do Brasil, no Centro do Rio, ESPECIAL PARA O CENTRO CULTURAL DO DMB

Futuro do prédio do Automóvel Club do Brasil, no Centro, está em aberto



Ludmilla de Lima
EXTRA


RIO - Nem a sua importância para a História do Rio de Janeiro livrou do abandono o antigo prédio do Automóvel Club do Brasil, na Rua do Passeio.

O futuro do edifício, projetado por um dos mais importantes arquitetos da história do país, Araújo Porto Alegre, e inaugurado em 1860, ainda é um mistério, embora o endereço esteja sob a responsabilidade da prefeitura desde 2004.

Enquanto o município estuda o que fazer com o espaço, pichações, rachaduras, infiltrações e até árvores vêm tomando a estrutura, cujas janelas estão quebradas.



Há três propostas em discussão no governo para o edifício, de acordo com a prefeitura: abrigar a Casa do Samba, a Casa da Organização das Nações Unidas (ONU) e um centro cultural da procuradoria municipal.

Como não foi tomada nenhuma decisão, não há projetos de melhorias para o espaço. A ideia de transformar o lugar em um clube de jazz com biblioteca virtual, bar com ambientes de época e um espaço de memória — defendida até o ano passado pela prefeitura — foi descartada.



O retrato atual contrasta com o glamour do passado. No século XIX, o prédio abrigou o Cassino Fluminense, frequentado pela nobreza e a família real.

No local eram promovidos bailes, saraus e concertos.

Um século depois, o edifício foi palco de um momento marcante da história do Brasil: o último discurso de João Goulart antes do Golpe Militar, durante a Revolta dos Marinheiros, em 30 de março de 1964.



Antes de a prefeitura conseguir a posse do imóvel, que possui três pavimentos e um porão, lá funcionava o Bingo Imperial.



O historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti lamenta a situação do edifício, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).



— O prédio está abandonado, com risco de infiltrações e dano maior ao patrimônio. E ele é importantíssimo para o Rio e a nossa arquitetura. Araújo Porto Alegre foi um grande gênio da cultura carioca, embora fosse gaúcho. Ele veio cedo para o Rio estudar e foi aluno do Debret, que ficou muito encantado com a capacidade daquele aluno. Araújo Porto Alegre acabou indo para Paris estudar com o irmão do Debret — conta o historiador, explicando que o edifício é a concretização do que pensava o arquiteto, que também era pintor, poeta, teatrólogo, jornalista, professor e crítico de arte.



Da obra de Araújo Porto Alegre, Cavalcanti destaca a figura indígena esculpida na fachada, no alto do prédio:



— Aquele prédio representa todo o discurso dele (Araújo Porto Alegre). O panteon segue o modelo greco-romano, com alto relevo, mas os personagens são índios. É muito interessante essa expressão da corrente nativista. As deusas gregas são índias.






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