FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

quinta-feira, 2 de julho de 2009

2 Jul - Término da Guerra da Independência na Bahia (1823).


Término da Guerra da Independência na Bahia (1823)


A declaração de independência feita por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822, deu início a uma série de conflitos entre governos e tropas locais ainda fiéis ao governo português e as forças que apoiavam nosso novo imperador. Na Bahia, o fim do domínio lusitano já se fez presente no ano de 1798, ano em que aconteceram as lutas da Conjuração Baiana.


No ano de 1821, as notícias da Revolução do Porto reavivaram as esperanças autonomistas em Salvador. Os grupos favoráveis ao fim da colonização enxergavam na transformação liberal lusitana um importante passo para que o Brasil atingisse sua independência. No entanto, os liberais de Portugal restringiam a onda mudancista ao Estado português, defendendo a reafirmação dos laços coloniais.


As relações entre portugueses e brasileiros começaram a se acirrar, promovendo uma verdadeira cisão entre esses dois grupos presentes em Salvador. Meses antes da independência, grupos políticos se articulavam pró e contra essa mesma questão. No dia 11 de fevereiro de 1822, uma nova junta de governo administrada pelo Brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo deu vazão às disputas, já que o novo governador da cidade se declarava fiel a Portugal.


O apoio popular a Dom Pedro I significou uma afronta à autoridade de Madeira de Melo, que respondeu com armas ao desejo da população local. Os brasileiros, inconformados com a violência do governador, proclamaram a formação de uma Junta Conciliatória e de Defesa instituída com o objetivo de lutar contra o poderio lusitano. Os conflitos se iniciaram em Cachoeira, tomaram outras cidades do Recôncavo Baiano e também atingiram a capital Salvador


As ações dos revoltosos ganharam maior articulação com a criação de um novo governo comandado por Miguel Calmon do Pin e Almeida. Enquanto as forças pró-independência se organizavam pelo interior e na cidade de Salvador, a Corte Portuguesa enviou cerca de 750 soldados sob a liderança do general francês Pedro Labatut. As principais lutas se engendraram na região de Pirajá, onde independentes e metropolitanos abriram fogo uns contra os outros.


Devido à eficaz resistência organizada pelos defensores da independência e o apoio das tropas lideradas pelo militar britânico Thomas Cochrane, as tropas fiéis a Portugal acabaram sendo derrotadas em 2 de julho de 1823. O episódio, além de marcar as lutas de independência do Brasil, motivou a criação de um feriado onde se comemora a chamada Independência da Bahia.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Rio antigo - O caminho dos Arcos






Paulo Pacini


JB



Quando chegou ao Rio em 1769, o Marquês do Lavradio, novo vice-rei do Brasil, trouxe com suas bagagens uma série de boas intenções.



Almejava deixar uma marca perene na história da cidade, através de obras e de uma administração diligente. Ao conhecer a realidade, contudo, deu-se conta da enormidade da tarefa e da longa luta a travar contra condições desfavoráveis, que muito dificultavam as sonhadas reformas.



Após o choque inicial, entretanto, o Marquês conseguiu reunir forças e seguir adiante.



Grande área foi conquistada por ele drenando os alagados que se estendiam da Lapa à Cruz Vermelha e à Praça Tiradentes. Novas logradouros foram abertos, dentre eles o que o homenageia, a Rua do Lavradio, e uma nova via de comunicação entre o início da Rua do Riachuelo e a Lapa, só completada no século XIX, que é a Rua do Resende.




O trecho ligando o largo da Lapa à Rua do Resende, composto em seu início pela rua das Mangueiras (Visconde de Maranguape), só se completaria em 1805, através de um novo caminho que recebeu o nome apropriado de Rua dos Arcos, pois começava após o aqueduto e terminava na Rua do Lavradio.



Situada aos pés do Morro de Santo Antônio, foi prontamente ocupada por imóveis residenciais e comerciais, principalmente após as reformas feitas em 1859 e 1872, quando o pilar que ficava no meio da rua foi eliminado, criando-se um grande arco, por onde os diversos veículos podiam enfim passar livremente.



Durante o século XX, a rua manteve suas características, mesmo após a reforma de Pereira Passos de 1906, que eliminou as ocupações que existiam entre os vãos dos Arcos e prolongou a Rua dos Barbonos (Evaristo da Veiga) até a Ladeira de Santa Teresa.



A Rua dos Arcos fazia parte da região da Lapa, e compartilhou seu clima boêmio, que tanto marcou o conhecido bairro.



Mas sua inclusão no contexto da Lapa iria também selar seu destino, pois, a partir da destruição do morro de Santo Antônio, que terminaria nos anos 60, os imóveis foram progressivamente demolidos, o mesmo ocorrendo no lado direito da Rua do Lavradio. Em 1974, era dado o golpe final na Lapa, levando por tabela o que restava da Rua dos Arcos.



Deve-se destacar o esforço de quem lutou para preservar a Fundição Progresso, único e último prédio da antiga rua. Os sobrados, transformados em terreno baldio, fazem falta hoje em dia, quando o bairro renasce e escreve uma nova página em sua centenária história.



Segunda-feira, 29 de Junho de 2009 - 00:00

domingo, 28 de junho de 2009

28 Jun - Início da Revolta de Vila Rica - Minas Gerais (1720)


Revolta de Vila Rica ou de Felipe dos Santos - 1720


Ocorreu em Minas Gerais e teve como causas principais a criação das "casas de fundição", a carestia de vida e monopólio e estanco sobre mercadorias. Com a criação das casas de fundição, todo ouro extraído deveria ser fundido em barra, isto é, "quintado" (retirado o imposto do quinto) sendo proibida a circulação do ouro em pó, para evitar o contrabando.


O monopólio que os reinóis (portugueses) exerciam sobre a comercialização de gêneros de primeira necessidade encarecia, à medida que aumentava a produção de ouro. Vários mineiros, entre os quais Pascoal da Silva Guimarães, Sebastião Veiga Cabral e Felipe dos Santos Freire (principal líder), em Vila Rica, promoveram o levante.


O governador de Minas, Conde Assumar (D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos) que estava em Ribeirão do Carmo (Mariana), atendeu às exigências dos revoltosos. Em seguida, contando com os "Dragões" e os paulistas, avançou contra Vila Rica, reprimiu violentamente esta rebelião prendendo os principais chefes. Felipe dos Santos, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte: foi enforcado e esquartejado.


A revolta de Vila Rica foi o reflexo do aumento da exploração portuguesa sobre o Brasil. Este movimento foi local e não contestou a dominação portuguesa. Seu objetivo não era fazer a libertação do Brasil e sim acabar com os abusos do monopólio português. A revolta de Felipe do Santos (1720) antecedeu a Inconfidência Mineira (1789), na mesma Vila Rica (atual Ouro Preto).


A conseqüência dessa revolta foi a criação da Capitania de Minas Gerais, separada de São Paulo (1720). A Revolta de Vila Rica foi fundamental para o amadurecimento da consciência colonial. Por outro lado, inaugurou um período de sangrentas repressões desfechadas pela Metrópole.


O antagonismo entre Colônia e Metrópole é retratado nas últimas palavras de Felipe dos Santos: "Morro sem me arrepender do que fiz e certo de que o canalha do rei será esmagado". Era o prenúncio das lutas de libertação nacional que se desencadeariam no Brasil a partir do século XVIII.