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sábado, 2 de junho de 2012

AUTOMÓVEL CLUB . . . DESDE 2004 SEM DESTINO !


Após projetos de recuperação, prefeitura agora quer vender prédio do Automóvel Club


Edifício arrematado em 2004 pode voltar a ir a leilão, mesmo destino de outros 34 imóveis dos quais o município abre mão

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Após projetos de recuperação, prefeitura agora quer vender prédio do Automóvel Club
Foto: Paulo Nicolella / O Globo
Após projetos de recuperação, prefeitura agora quer vender prédio do Automóvel Club Paulo Nicolella / O Globo
RIO - Após anunciar, nos últimos anos, uma série de projetos para transformar em centro cultural o antigo prédio do Automóvel Club do Brasil, na Lapa, a prefeitura finalmente decidiu o que fazer com o imóvel, que arrematou de particulares num leilão em 2004. 

Em decadência com a falta de uso, o prédio deverá ser vendido. A casa, tombada desde 1965 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) pelo seu valor histórico e arquitetônico, foi incluída numa lista de 35 imóveis — em sua maioria no Centro — que o prefeito Eduardo Paes pede autorização à Câmara de Vereadores para vender em leilões.

O prefeito tomou a decisão porque esses imóveis ou estão em mau estado ou o município não tem planos para utilizá-los. O anúncio foi feito em maio, após o desabamento parcial da nova sede do Cordão da Bola Preta, mas a relação de imóveis não havia sido divulgada. A lista foi enviada ao Legislativo na última quinta-feira. Inclui, de fato imóveis, degradados. Mas outros estão ocupados por casas de shows, lojas comerciais entre outras atividades. No Recreio, foi incluído um terreno na Rua Gilka Machado, nas proximidades da Avenida das Américas.

O prédio foi inaugurado em 1860 como um salão de bailes frequentado pela alta sociedade do império: o Cassino Fluminense. 

Em 1890, sediou uma Assembleia Constituinte da República recém-proclamada. 

Em 30 de março de 1964, entrou para a História como o local onde o ex-presidente João Goulart discursou antes de ser derrubado pelo golpe militar .

Ao longo dos últimos oito anos, a prefeitura estudou fazer no local um centro de memória da cidade, a nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), uma galeria para o acervo art déco do colecionador português José Bernardo, além da Biblioteca Central do Rio e um clube de jazz.

Em julho do ano passado, a prefeitura disse que o imóvel poderia se tornar a Casa do Samba ou até mesmo uma unidade da Organização das Nações Unidas (ONU).

Historiador é contra venda de marcos culturais

O prédio do Automóvel Clube não é o único bem tombado incluído na lista da prefeitura. Deles fazem parte outros imóveis em diferentes estados de conservação, alguns com inquilinos, que, pelo projeto enviado ao Legislativo, teriam prioridade para arrematar os imóveis em leilão.

O pedido de autorização para a venda do patrimônio foi feito no mesmo dia em que Paes mandou para análise dos vereadores um projeto propondo incentivos para recuperação de imóveis degradados. 

A prefeitura oferece, entre outras medidas, a anistia de dívidas de IPTU vencidas até 31 de dezembro de 2011; e isenção de ITBI para as transações imobiliárias desses imóveis. O investidor teria ainda direito a cinco anos de isenção de IPTU, desde que as obras terminem em até três anos (após a lei entrar em vigor).

O historiador Milton Teixeira está entre os que defendem que o prédio do Automóvel Club seja mantido e recuperado pela prefeitura:

— Vender patrimônio público para preservá-lo é uma tese que até aceito para prédios históricos, mas que não sejam marcos culturais. O Automóvel Club tem história. Vizinho do Teatro Municipal e da Escola de Música, é um marco que deve ser público e com uso cultural garantido. Com a iniciativa privada, ele pode ser qualquer coisa.

Arquiteto: importante é conservar o imóvel

O ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e ex-superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando de Andrade, tem outra avaliação:

— O mais importante não é se o imóvel deve ser mantido com o município ou transferido para a iniciativa privada. No passado, ele foi um imóvel comercial. O mais importante é conservá-lo dando-lhe algum uso.

Por sua vez, o historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti discorda de Carlos Fernando:

— Antes de se pensar em vender o imóvel, a sociedade deveria ter sido consultada sobre o melhor projeto. Pela importância história, ele deveria ser mantido com o poder público. O local poderia, por exemplo, abrigar uma biblioteca ou ser cedido para a ampliação da Escola de Música.

O subsecretário municipal de Patrimônio Cultural da prefeitura, Washington Fajardo, defende a venda do imóvel. 

Segundo ele, o poder público vai fiscalizar qualquer intervenção para garantir que as características arquitetônicas originais sejam preservadas.

— O objetivo da prefeitura é garantir que o patrimônio cultural do Rio tenha um uso sustentável. A legislação que protege o patrimônio histórico garantirá a preservação dos imóveis. O melhor exemplo que temos de que uma parceria privada pode ajudar na revitalização da memória da cidade ocorre neste momento no plano de revitalização da Zona Portuária — disse Fajardo.


MARECHAL OSÓRIO - PATRONO DA CAVALARIA ! . . . NÃO MERECE !


Furto de "cavalo militar" revela falta de
segurança e descaso em unidade do Exército

Muro e portão estão destruídos; local virou depósito de lixo e entulho



Jadson Marques/R7
exercito 
Muro de unidade do Exército está destruído, o que pode ter facilitado furto de cavalos



Área militar. Proibida entrada. Perigo de vida. Os avisos escritos em um muro de uma unidade do Exército, onde fica a Fazenda Gericinó, de onde quatro cavalos foram supostamente furtados, contrastam com a insegurança e o descaso flagrados pela reportagem do R7 na tarde da última sexta-feira (1º). Moradores dizem que o terreno já foi usado para crimes e uso de drogas.

Nos fundos do terreno, na rua Tenente Serafim, em Deodoro, é possível encontrar um muro destruído, um portão aberto e nenhum militar tomando conta do local. Já na parte de Gericinó, a equipe de reportagem encontrou um muro parcialmente destruído, onde foi colocado arame de forma improvisada para impedir a entrada de estranhos.

Moradores do conjunto habitacional Promorar 2, que vivem em frente ao terreno, dizem que o muro e o portão estão destruídos há cinco anos e que o local passou a ser usado como depósito de lixo e entulho. Uma moradora que pediu para não ser identificada diz que é comum ver os animais próximos ao muro.



- Os animais estão sempre por aqui. Se uma pessoa quiser entrar e roubar, vai conseguir. Ainda mais à noite. Não tem ninguém aqui para tomar conta. Alguns vizinhos já procuraram os oficiais responsáveis para que o muro seja reconstruído, mas nada é feito. Muitas pessoas entram na área militar para usar drogas. Já mataram até gente nesse local.

Os moradores dizem que o local também é usado para treinamento de tiros e que, mesmo assim, é comum as crianças entrarem na área para soltar pipas.

- Às vezes, durante o treinamento, treme tudo aqui em casa por causa das explosões. Eu não deixo meus filhos entrarem lá, porque é perigoso, mas muitas entram e pegam restos de munição.

Além da fragilidade do local onde funciona o Ibex (Instituto de Biologia do Exército), a cerca de 500 m do local onde o muro está destruído, há uma passagem que dá acesso à linha férrea. Os criminosos e os animais podem ter passado por ali para seguir até a estação do Engenho Novo, onde um dos cavalos sofreu um acidente e foi resgatado por bombeiros. Dois ainda eram procurados até a tarde de sexta passada.

A reportagem procurou o Comando Militar do Leste para comentar o caso, por telefone e e-mail, mas não obteve resposta até o fim da tarde de sexta. O Ibex instaurou um inquérito policial militar para apurar o suposto furto dos cavalos.

Assista ao vídeo:

sexta-feira, 1 de junho de 2012

PREFEITURA DO RIO E A NOSSA HISTÓRIA ! . . . LÁSTIMA!


Chafariz da Praça Quinze sofre com lixo e pichações


Obra de Mestre Valentim, tombada pelo Iphan, foi inaugurada em 1789. Prefeitura fará limpeza

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Lixo e pichações marcam o entorno do chafariz da Praça Quinze
Foto: Foto da leitora Cristiane Costa / Eu-Repórter
Lixo e pichações marcam o entorno do chafariz da Praça Quinze Foto da leitora Cristiane Costa / Eu-Repórter
RIO - O lixo e as pichações no entorno fazem com que o Chafariz da Praça Quinze, inaugurado em 1789, sinta o peso do tempo e da falta de cuidado. O flagrante do descaso com o monumento de Mestre Valentim é da leitora Cristiane Costa. Segundo ela, as valetas na base da obra, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também acumulam água podre.
“Apaixonada pelo Rio, me entristece ver um dos mais antigos patrimônios da nossa cidade nesse estado. Olha como está a situação do Chafariz da Praça Quinze! É lixo puro e água podre para todo lado há bastante tempo. Vamos dar um alô na Prefeitura?”, escreveu Cristiane no relato enviado ao Eu-Repórter.
Depois de ter sido procurada pelo GLOBO, a Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconserva) disse ter iniciado a retirada das pichações ainda nesta quinta-feira (31). Sobre a limpeza, a Comlurb informou que dois garis trabalham na remoção dos resíduos na área da Praça Quinze. Segundo a companhia da prefeitura, “são lavadas as áreas com maior incidência de urina e removidos, continuamente, os resíduos deixados pela população de rua,” cuja presença foi noticiada em matéria publicada pelo GLOBO no último fim de semana.
Esta não é a primeira vez em que leitores procuram o Eu-Repórter para denunciar o mau estado de conservação de chafarizes da cidade que pertencem ao patrimônio histórico nacional. Em fevereiro deste ano, o leitor Thiago Ribeiro mostrou que o chafariz da Praça Mahatma Gandhi, comprado na Europa por Dom Pedro II no século XIX, tinha virado um potencial foco de dengue na Cinelândia, acumulando água parada.
Em dezembro de 2011, Márcio Mourão flagrou sujeira acumulada no Chafariz das Saracuras, em Ipanema — obra de Mestre Valentim, assim como o da Praça Quinze, e concluído em 1795. E mais de um ano antes disso, o GLOBO noticiava em maio de 2010 que vários dos chafarizes assinados por Mestre Valentim, entre eles o da Praça Quinze, já sofriam com o despejo de detritos, além da falta de água.


quinta-feira, 31 de maio de 2012

LEBLON E AS SUAS RELÍQUIAS ARQUEOLÓGICAS . . .


Para especialistas, Leblon ainda pode esconder mais tesouros arqueológicos


Praça Antero de Quental e área de batalhão da PM são apostas do Iphan

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Para especialistas, Leblon ainda pode esconder mais tesouros arqueológicos. Praça Antero de Quental e área de batalhão da PM são apostas do Iphan
Foto: Márcia Foletto / O Globo
Para especialistas, Leblon ainda pode esconder mais tesouros arqueológicos. Praça Antero de Quental e área de batalhão da PM são apostas do IphanMárcia Foletto / O Globo

RIO - Após a descoberta de objetos dos séculos XVIII e XIX num terreno na esquina das ruas General Urquiza com Humberto de Campos, arqueólogos e historiadores acreditam que novas escavações podem revelar ainda mais da história do Leblon. Apesar da escassez de terrenos disponíveis para pesquisas de escavações, a Praça Antero de Quental, onde será construída uma estação do metrô, é uma das próximas apostas do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).
— O Leblon nunca teve escavações arqueológicas desta maneira. A partir dos achados na General Urquiza, podemos dizer que é uma área fértil. Então, se procurarmos em outros locais, devemos encontrar mais vestígios arqueológicos, como na Praça Antero de Quental e no 23 BPM, áreas sem ocupação no bairro — explica a arqueóloga Jackeline de Macedo, que trabalha desde fevereiro no terreno da General Urquiza.
As escavações começaram a pedido do Iphan e da prefeitura, após processo de licenciamento para a construção de um prédio no local. Como a General Urquiza fica próxima à Rua Dias Ferreira, que seria o caminho do Quilombo do Leblon, a pesquisa foi solicitada antes do início das obras.
— Toda aquela região tinha muitas chácaras. Provavelmente ainda tem objetos e ferramentas perdidas por lá — acredita o historiador Antonio Edmilson Rodrigues.
Segundo a arqueóloga do Iphan, Rosana Najjar, o órgão vai recomendar ao governo que sejam realizadas pesquisas antes das escavações do metrô na Praça Antero de Quental. O Metrô informou que arqueólogos contratados pela concessionária Rio Barra, responsável pela construção, acompanharão todas as etapas das obras na Zona Sul.
E não é só no Leblon que esses tesouros são procurados. De acordo com a superintendente do Iphan no Rio, Cristina Lodi, o estado possui 87 projetos arqueológicos.
— Estamos num momento muito rico por conta dos investimentos em obras que o Rio recebe, com escavações na Zona Portuária, no Arco Metropolitano e em Itaboraí, por exemplo.
Como noticiou a coluna Gente Boa, do GLOBO, escavações num terreno na esquina das ruas General Urquiza com Humberto de Campos revelaram aproximadamente 500 fragmentos de objetos dos séculos XVIII e XIX. Entre os achados estão pedaços de louças, ferramentas, ossos de animais e azulejos, além de parte de uma edificação provavelmente do século XVIII.
As arqueólogas Jackeline de Macedo e Ana Cristina Sampaio trabalham desde fevereiro na área, onde até o ano passado funcionava uma lavanderia. A pesquisa começou a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e da prefeitura, no processo de licenciamento para a construção de um prédio no local. Como o Leblon é Área de Preservação do Ambiente Cultural e a General Urquiza fica próxima à Rua Dias Ferreira — que, segundo historiadores, seria o caminho do Quilombo do Leblon — a pesquisa foi solicitada antes do início das obras no terreno.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

QG DA PMERJ: A SENSATA GRAÇA FOSTER !



Quartel da discórdia

Ancelmo Góis


Graça Foster acompanha o debate sobre a venda à Petrobras do quartel da PM do Rio na Rua Evaristo da Veiga:

— Para nós, é ótimo. Fica aqui ao lado. Temos gente trabalhando longe da sede. 

Mas a última coisa que quero é magoar a comunidade. 

Se contrariar a população, serei a primeira a desistir.

O PAU DA BANDEIRA


Quarta, 30 Maio 2012 10:26

O Pau da Bandeira

Escrito por

Na maioria das cidades antigas à beira-mar o porto foi, por vários milênios, o ponto de maior movimentação e interesse, por onde não sómente passavam quase todos os bens, vindos de além-mar ou exportados, mas também onde chegavam notícias em primeira mão, pelo menos até a invenção do cabo telegráfico submarino, no século XIX.
O porto era portanto o elo vital de ligação, não só nacional, mas com o resto da humanidade, com países muitas vezes separados por enormes distâncias, as quais eram transpostas por poucos. Pode se avaliar o tremendo esforço empreendido na colonização de novas terras, só acontecida pela perspectiva de lucro que essas ofereciam, a ponto de convencer o cidadão de uma metrópole européia a embarcar em tão louca aventura.
pau_bandeira

O Pau da Bandeira no Morro do Castelo


Mas na verdade nem sempre o que vinha do mar era bom ou esperado. Que o diga os primeiros habitantes do Rio de Janeiro, que enfrentaram por muitos anos a ameaça de piratas e daqueles que tencionavam se apossar da frágil colônia, ainda incipiente e com poucas forças para se defender. Apesar das limitações, a comunidade sobreviveu e perseverou, mas a visão de um navio desconhecido entrando pela barra sempre causava grande expectativa e temor, até se assegurar de que se tratava de embarcação amiga. As defesa, baseada principalmente nas fortalezas de São João e Santa Cruz, podia oferecer alguma resistência, mas sua eficácia estava longe de ser absoluta, como se comprovou na invasão da esquadra francesa de Duguay-Trouin em 1711, que subjugou a cidade e só saiu depois de receber vultoso resgate.
No intuito de procurar estabelecer a identidade dos navios que chegavam, foi instalado no alto do Morro do Castelo um sistema de sinalização. Foi colocado um mastro com barras transversais, do qual pendiam bandeiras que trocavam mensagens com a fortaleza de Santa Cruz, a qual, por sua localização, identificava o tipo e a nacionalidade da nave que entrava na baía. O povo não tardou em apelidar a novidade de Pau da Bandeira.
bandeiras_navios

Algumas das bandeiras usadas pelo antigo sistema semafórico


Segundo alguns, esse sistema data de 1695, e ficava dentro das muralhas do forte. Durante o século XIX foi instalado próximamente um posto telegráfico, que repassava as informações do sistema semafórico por sinais elétricos. Esse dispositivo permaneceu em funcionamento até 1921, por 226 anos, portanto. Desapareceu em 1922 junto com outros marcos históricos do morro, como a Igreja de São Sebastião e o Colégio dos Jesuítas, além do forte, monumentos veneráveis daquela que foi a primeira cidade do Rio de Janeiro.

RICO RIO DE JANEIRO . . . HISTÓRIA EM CADA ESQUINA E EM TODOS OS LUGARES !


Escavações revelam tesouros arqueológicos no Leblon


Cerca de 500 fragmentos dos séculos XVIII e XIX foram encontrados em área onde subirá um prédio

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As arqueólogas Jackeline de Macedo (sentada) e Ana Cristina Sampaio trabalham desde fevereiro na área, onde até o ano passado funcionava uma lavanderia
Foto: Ana Branco / O Globo
As arqueólogas Jackeline de Macedo (sentada) e Ana Cristina Sampaio trabalham desde fevereiro na área, onde até o ano passado funcionava uma lavanderiaAna Branco / O Globo
RIO - Num dos quarteirões do Leblon, onde o metro quadrado é um dos mais valorizados do Rio, a descoberta de um tesouro arqueológico promete trazer novas informações sobre a história da ocupação do bairro. Como noticiou a coluna Gente Boa, do GLOBO, escavações num terreno na esquina das ruas General Urquiza com Humberto de Campos revelaram aproximadamente 500 fragmentos de objetos dos séculos XVIII e XIX. Entre os achados estão pedaços de louças, ferramentas, ossos de animais e azulejos, além de parte de uma edificação provavelmente do século XVIII.
As arqueólogas Jackeline de Macedo e Ana Cristina Sampaio trabalham desde fevereiro na área, onde até o ano passado funcionava uma lavanderia. A pesquisa começou a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e da prefeitura, no processo de licenciamento para a construção de um prédio no local. Como o Leblon é Área de Preservação do Ambiente Cultural e a General Urquiza fica próxima à Rua Dias Ferreira — que, segundo historiadores, seria o caminho do Quilombo do Leblon — a pesquisa foi solicitada antes do início das obras no terreno.
— Começamos as escavações em fevereiro e logo achamos fragmentos de louças finas produzidas fora do Brasil, no século XIX. Isso estava de acordo com a história de povoamento do Leblon no século XIX, quando esse terreno foi adquirido pelo francês Charles Leblon. Logo depois começamos a achar objetos mais antigos, que indicavam uma ocupação anterior — explica Jackeline, coordenadora da pesquisa arqueológica.
Um dos exemplos que ilustra a ocupação anterior à de Charles Leblon é uma moeda datada de 1700.
— A moeda é portuguesa. Encontrar uma dessas no Centro do Rio não seria surpresa, mas, aqui no Leblon, foi inesperado — conta Ana.
Outro marco de ocupação no século XVIII são os vestígios de um muro no terreno.
— Pelas características, grandes pedras e uma espécie de argamassa com areia e conchas, tudo indica que seja uma construção do século XVIII. Provavelmente é parte de uma estrutura maior. Não tem características residenciais. Por isso, acreditamos que era usada como área de trabalho — acrescenta Jackeline.
Alguns objetos indicam que um dos bairros mais valorizados do Rio era uma área de difícil acesso nos séculos XVIII e XIX.
— Ossos e pedaços de vidro serviam de utensílios e ferramentas. Isso mostra a dificuldade para que as matérias primas chegassem ao Leblon, onde só se tinha acesso por mar ou pela Lagoa Rodrigo de Freitas — diz Ana.
Após o término das pesquisas, previsto para amanhã, a área deve ser liberada para a nova construção. As peças estão sendo levadas para o Iphan e parte delas poderá ser exposta em museus. Segundo a construtora responsável pelo empreendimento e financiadora da pesquisa arqueológica, as descobertas não alteraram o cronograma de obras. O prédio, de seis andares, começa a ser construído no segundo semestre.
Segundo o historiador Nireu Cavalcanti, nos séculos XVII e XVIII a cidade foi ocupada do Centro até o Vidigal, passando, dessa forma, pelo Leblon. A Câmara dos Vereadores distribuía terras e, nesses dois séculos, já havia chácaras no Leblon:
— O poder público também concedia casas a pescadores, desde que fossem construções temporárias.
A superintendente do Iphan no Rio, Cristina Lodi, ressalta que a pesquisa arqueológica em pontos de interesse histórico e cultural da cidade é fundamental.
— O Rio tem áreas com grande significado histórico e cultural. Nesses pontos, a pesquisa de solo se torna importante para desvendar as camadas sobrepostas. Por isso o Iphan pede uma pesquisa arqueológica antes de qualquer obra — explica Lodi, lembrando que as intervenções em outras regiões, como a da Zona Portuária, também contam com pesquisas arqueológicas —. Todo o material encontrado é propriedade da União e tem que ficar disponível para a continuidade dos estudos. O desafio do Iphan é fazer com que a pesquisa prossiga após as escavações.
Francês deu nome ao bairro
Um dos bairros cariocas mais conhecidos do país, por já ter servido como cenário de diferentes produções da TV, o Leblon foi oficialmente fundado em julho de 1919, pelo então prefeito do Distrito Federal, Carlos Sampaio. Antes disso, o bairro já era chamado pelo nome que carrega até hoje, herança do francês Charles Leblon, dono de umq chácara cuja área se estendia da Rua Visconde de Albuquerque até a Rua General Urquiza ,e da praia até a Rua Dias Ferreira. Após adquirir as terras, por volta de 1845, Leblon criou uma empresa que fazia a exploração da pesca de baleia. Na época, o óleo extraído do mamífero era utilizado como combustível no sistema de iluminação pública e na construção civil. Antes da chegada de Charles Leblon, a região abrigava chácaras e casas populares, sobretudo de pescadores.
Em 1857, Charles Leblon vendeu suas terras para Francisco José Fialho, que, por sua vez, distribuiu os terrenos entre alguns compradores. No início do século XX, o Leblon viu surgir a Companhia Industrial da Gávea, dos engenheiros Adolfo Del Vecchio, José Ludolf e Miguel Braga. O loteamento e a urbanização do bairro ganharam, então, grande dinamismo. É dessa época, por exemplo, a construção da Praça Dr. Frontin, hoje Antero de Quental, além das avenidas Ataulfo de Paiva e San Martin. Com a chegada do bonde, em 1914, o bairro ganhou não apenas em mobilidade como em acesso, passando a ter uma conexão bem maior com toda a cidade. Em 1919, sob o comando do engenheiro de Paulo de Frontin, houve a urbanização da Praia do Leblon paralelamente à abertura da Avenida Delfim Moreira.
Com a urbanização vieram as favelas, como a da Praia do Pinto, que sofreu grande incêndio, em 1968. Parte da população que vivia ali foi transferida para a Cruzada São Sebastião, conjunto habitacional erguido em 1955, com recursos do governo federal, após ser idealizado por Dom Hélder Câmara. Com o IPTU mais alto da cidade, o bairro, além da praia, possui uma bela área verde: o Parque do Penhasco dois irmãos.

terça-feira, 29 de maio de 2012

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL COMEMORA 90 ANOS


Museu Histórico Nacional comemora 90 anos com série de exposições

Mostra contará trajetória desde a inauguração até os dias de hoje.
Fotos aéreas mostram MHN hoje e na época da inauguração.

Marcelo AhmedDo G1 RJ


O Museu Histórico Nacional (MHN), no Centro do Rio, prepara uma série de exposições para comemorar seus 90 anos. A programação vai de 2 de agosto até 15 de outubro, com uma mostra que conta desde sua inauguração até os dias de hoje.
O ponto de partida será a exposição inaugural de 1922, em comemoração ao centenário da Independência. Segundo a diretora Vera Toste, o MHN tem uma trajetória de pioneirismo: “Sempre houve exposições que permitiram mostrar a sociedade como um todo”, afirmou Vera.
Segundo a diretora, haverá vasta programação, incluindo seminários, e uma sala com mais de 800 fotos de todos os funcionários que já trabalharam no MHN, que tem a maior coleção numistática (moedas, valores impressos, medalhas, ordens honoríficas, filatelia e sigilografia) da América Latina.
Museu Histórico Nacional (Foto: Augusto Malta/Reprodução)O Museu Histórico Nacional na época de sua inauguração, em 1922 (Foto: Augusto Malta/Acervo MHN)

Como parte dessas comemorações, o assessor de imprensa do MHN, Laudessi Torquato, tomou como referência uma imagem aérea feita pelo fotógrafo Augusto Malta, em 1922, e fez uma atual, de um ângulo aproximado. Do alto do prédio do Tribunal de Justiça do Rio, ele clicou o imponente prédio, que guarda até hoje características originais.

Museu Histórico Nacional (Foto: Lau Torquato/Divulgação)O museu nos dias de hoje, 90 anos depois (Foto: Lau Torquato/Divulgação)
O Museu Histórico Nacional ocupa o imóvel, posteriormente reformado, que foi erguido em 1762 para ser a Casa-do-Trem. O termo lusitano trem era usado para denominar equipamentos de guerra. Ou seja, o prédio original guardava armamentos.
Como parte do conjunto arquitetônico ainda existe uma parede de pedra, de 1602, que pertencia ao antigo Forte de Santiago.
Segundo o historiador Milton Teixeira, Tiradendes foi esquartejado em suas dependências, em 1792. No início dos anos 1920, o prédio da Casa-do-Trem sofreu reformas, transformando-se em museu por decreto do presidente Epitácio Pessoa, que nomeou o intelectual cearense Gustavo Barroso como diretor.
O decreto presidencial foi assinado em 2 de agosto, data em que começa a exposição 90 anos depois.

domingo, 27 de maio de 2012

QG DA PMERJ . . . RESPOSTA DE QUEM NADA ENTENDE DAS TRADIÇÕES E QUIÇÁ . . . DEIXA PRA LÁ !

27/05/2012 - 11:06

Mudança do QG da PM: Beltrame não teme problemas no trânsito



RIO - O Secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame disse na manhã deste domingo não acreditar que a transferência do Quartel General da Polícia Militar da Rua Evaristo da Veiga para a área do Batalhão de Choque, na Rua Salvador de Sá, vá causar problemas ao tráfego. 

De acordo com Beltrame, como o objetivo da secretaria de segurança é diminuir cada vez mais a política de “aquartelamento”, a transferência não deve interferir no trânsito pois não irá acontecer um aumento de fluxo de policiais no prédio.

— A população tem que entender que queremos sair de uma polícia da época de Dom João VI e chegar a uma polícia do século XXI. 

Queremos uma polícia que cada vez menos fique aquartelada e privelegia a troca de informações. 

Só para se ter uma ideia, não existe uma comunicação por rede entre os quartéis do Rio e queremos mudar isso. 

O papel da polícia militar é ostensivo e queremos a PM nas ruas e não dentro do quartéis— disse Beltrame, que nesta manhã participou da corrida Desafio da Paz, no Complexo do Alemão.