FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

sexta-feira, 11 de junho de 2010

BATALHA NAVAL DO RIACHUELO


11 Jun


Batalha Naval do Riachuelo


Guerra da Tríplice Aliança


(1865)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A C O N T E C E U . . .




10 Jun








Dia da Arma de Artilharia - data de nascimento do marechal Emilio Luiz Mallet, Patrono da Arma




(1801)









Início da Revolução Liberal em Minas Gerais




(1842)









Batalha de Resistência de São Borja (o Exército paraguaio atravessa o rio Uruguai e invade o território brasileiro) - Guerra da Tríplice Aliança




(1865)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

DMB RECEBIDO PELO EX-PREFEITO CÉSAR MAIA


(E>D) Deputado João Pedro, Chanceler Maria da Glória, ex-Prefeito César Maia, Caio, Diretor Jurídico Marcelo Ferreira e José Bataglia








Wellington Fontenelle, PARABÉNS !


Joia


Casarão na Tijuca dos anos 20 é reformado


Publicada em 08/06/2010 às 23h37m


Jacqueline Costa

O GLOBO

RIO - Depois de mais de uma década abandonado, um belo casarão dos anos 20 em estilo eclético, localizado na esquina das ruas Professor Gabizo e Doutor Satamini, na Tijuca, está prestes a deixar para trás os tempos de patinho feio.

Após quatro meses em obras para abrigar a filial de um bar, o imóvel histórico terá a sua restauração concluída.


Pela importância para a memória do bairro e para evitar o risco de demolição do imóvel, o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro determinara, em 2005, o tombamento provisório.


Dono do bar Odorico, que ocupará o espaço daqui a dois meses, o empresário Wellington Fontenelle conta que decidiu reformar a casa não só pela localização, mas pela sua qualidade arquitetônica, um atrativo a mais para conquistar a clientela:


- Estamos praticamente fazendo uma casa nova.


Até agora, foram gastos R$ 900 mil na obra.


Mas já dá para sentir que está valendo a pena.


André Rodrigues, arquiteto responsável pelo projeto de restauração, diz que buscou manter a fachada o mais próxima possível da original.


No total, o imóvel tem 300 metros quadrados, divididos em dois pavimentos, além de um pátio.


No segundo andar, por exemplo, o arquiteto manteve o desenho do piso em madeira.


O forro acompanha a inclinação do telhado, como no projeto inicial.


O muro em pedra foi mantido, assim como a parte em tijolo maciço.


Ele conta que uma das maiores dificuldades encontradas na restauração está relacionada ao roubo de várias peças do casarão.


- Encontramos o imóvel todo depenado.


Das 25 janelas de madeira, só restou uma, que serviu de modelo para a confecção das que faltavam.


Além disso, levaram até os guarda-corpos das varandas.

terça-feira, 8 de junho de 2010

FERROVIA DE ITAGUAÍ - RAMAL DE MANGARATIBA

ITAGUAÍ


Município de Itaguaí, RJ


E. F. Central do Brasil (1910-1975)



RFFSA (1975- c.1985)


Ramal de Mangaratiba - km 65,696 (1928)

RJ-1473

Inauguração: 14.11.1910


Uso atual: não determinado

com trilhos


Data de construção do prédio atual: 1910

HISTORICO DA LINHA: O ramal de Angra, posteriormente chamado de ramal de Mangaratiba, foi inaugurado em 1878, partindo da estação de Sapopemba (Deodoro) até o distante subúrbio de Santa Cruz.


Somente foi prolongado em 1911 até Itaguaí, e em 1914 chegou a Mangaratiba, de onde deveria ser prolongado até alcançar Angra dos Reis, onde, em 1928, a E. F. Oeste de Minas havia atingido com sua linha vinda de Barra Mansa.



Tal nunca aconteceu, e o ramal, com trechos belíssimos ao longo da praia, muito próximo ao mar, transportou passageiros em toda a sua extensão até por volta de 1982, quando foi desativado.



Antes disso, em 1973, uma variante construída pela RFFSA e que partia de um ponto próximo à estação de Japeri, na Linha do Centro, permitia que trens com minério alcançassem o porto de Guaíba, próximo a Mangaratiba, encontrando o velho ramal na altura da parada Brisamar.




A variante, entretanto, deixava de coincidir com o ramal na altura da ponta de Santo Antonio, onde desviava para o porto; com isso, em 30/06/1983, o trecho original entre esse local e Mangaratiba foi erradicado e os trens passaram a circular somente entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam.




Hoje, esse trecho ainda é usado pelos trens de subúrbio, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar está abandonado e o restante, Brisamar-porto, é utilizado pelos trens de minério apenas.

A ESTAÇÃO: A estação de Itaguaí foi inaugurada em 1910.


Em 1960, o ramal já era praticamente usado somente para transporte de passageiros:

"Toda a produção da região (de Itaguaí) destina-se ao grande mercado consumidor, que é o Rio de Janeiro.



Apesar de essa área ser servida pelos trens do ramal de Mangaratiba da EFCB, que ligam a sede-distrito de Itaguaí ao Rio, com uma média de de três viagens por dia (ida e volta), preferem os colonos



Em 1960, constituía uma das atividades industriais da região a Companhia Cerâmica de Itaguaí, localizada próxima da estação ferroviária de Itaguaí (Foto publicada na Revista Brasileira de Geografia, em julho-setembro de 1960, p. 428. Autora: Delnida Martinez Alonso).




O célebre trem misto "Macaquinho", parado em frente à estação ferroviária de Itaguaí (Foto publicada na Revista Brasileira de Geografia, edição de julho-setembro de 1960, p. 421. Autora: Delnida Martinez Alonso).

Aspecto do Campo do Maranhão inundado, em Itaguaí, à margem direita do canal de São Francisco, junto à linha da Central (Foto publicada na Revista Brasileira de Geografia, edição de julho-setembro de 1960, p. 394. Autor: DNOS).


Transportar suas mercadorias por caminhão, embora o frete seja mais caro.


Alegam que sendo moroso o transporte ferroviário e , em se tratando de produtos facilmente perecíveis - legumes, hortaliças - que é mais compensador o transporte rodoviário" (Delnida Martinez Alonso, RBG, julho-setembro de 1960, p. 421).


A partir de meados dos anos 1980, quando foram suspensos os trens de passageiros para além da estação de Santa Cruz, a linha naquele trecho, entre essa estação e Brisamar, foi abandonada.



A estação ainda em atividade, em 1955. Acervo Edson de Lima Lucas




A estação de Itaguaí, abandonada em 2004. Foto Milton Ribeiro





A estação em novembro de 2007. Foto Luiz Antonio Doria

A LAPA DOS MERCADORES




07/06/2010 - 12:10 Enviado por: Paulo Pacini



Há no centro do Rio um local especial, apesar de suas pequenas dimensões. Entre a Praça 15 e a rua do Rosário, poucas ruas, não somando mais que algumas dezenas de metros, constituem verdadeiro tesouro da cidade, tendo escapado ao arrasamento ocorrido noutras partes durante o último século, conservando a mesma aparência há mais de um século.


Começando no Arco do Telles, seguindo pela Travessa do Comércio, Ouvidor, rua dos Mercadores e Rosário, este antigo e preservado trecho é coroado por uma autêntica jóia do barroco brasileiro, a igreja de N.Sª da Lapa dos Mercadores, obra com quase 300 anos de existência.


Sua história inicia em meados do século XVII, quando um terreno incluído no aterro entre a rua Direita (1º de Março) e o mar foi cedido a Salvador Benevides para construção de um trapiche onde eram pesadas as caixas de açúcar destinadas à exportação, o "Paço de ver o peso".


Ficou conhecido nas décadas seguintes como trapiche de Luiz da Motta, tornando-se célebre por ser o local onde o corsário francês Duclerc ficou encurralado e se rendeu, na invasão frustrada de 1710.


O armazém estimulou outros negociantes a instalarem-se na região, iniciando uma tradição comercial de longa duração.




Igreja de N.Sª da Lapa dos Mercadores, jóia barroca no centro do Rio



Apesar de numerosos, os mercadores não dispunham de muitos recursos, e, não podendo construir uma igreja como a da Cruz, sustentada por abastados navegantes, contentavam-se com um modesto oratório, situado na esquina da atual rua do Ouvidor com a Travessa dos Mercadores, onde podiam expressar sua devoção à Virgem da Lapa, protetora da categoria.


Décadas após, o desejo de se construir um verdadeiro templo, almejado por muitos devotos, começou a tomar corpo quando a Irmandade da Lapa conseguiu se capitalizar a partir de 1747, e pôde finalmente iniciar a obra em 1750, após adquirir três prédios contíguos situados em frente ao oratório, do outro lado da rua.


Os trabalhos progrediram, e entre 1753 e 55 a abóbada foi fechada e a fronte concluída.


Apesar do novo templo, o oratório continuou a ser freqüentado e existir até 1812, quando foram recolhidas à igreja as imagens da Senhora de Santana e do Menino Deus.


Cem anos depois, são efetuadas obras de restauração, incluindo o acréscimo de elegante torre de mármore, onde foi colocado um carrilhão de 12 sinos.


A reforma encerrou em 1873.


Exatamente vinte anos após, o templo tornou-se uma vitima inocente da Revolta da Armada, movimento ocorrido em 1893, quando uma bala disparada pelo encouraçado Aquidabã, que se encontrava na Baía de Guanabara, acertou a torre, causando grandes danos.


O projétil é exposto até hoje em um nicho na parede.


Trechos históricos como onde está a igreja têm sido valorizados na revitalização dos centros de várias cidades do mundo, com destaque para as iniciativas européias.


Incluídos em áreas exclusivas para pedestres, e servidas por transporte coletivo de qualidade, transformam-se na ligação dos valores perdidos do passado com a esperança futura em uma cidade mais bela e humana.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

182 fazendas contam a história do império


Na região, 182 fazendas contam a história do império.


É possível aprender a cultura dos negros trazida para o país.


Os turistas podem percorrer 22 cidades.


Em cada fazenda, há um detalhe diferente.


domingo, 6 de junho de 2010

Tratado de Badajoz (1801), ALTERANDO AS FRONTEIRAS BRASILEIRAS




06 Jun




Tratado de Badajóz, alterando as fronteiras brasileiras




(1801)





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ruínas da Ponte da Ajuda, sobre o rio Guadiana: lado espanhol.

Ruínas da Ponte da Ajuda, sobre o rio Guadiana: lado português.



O Tratado de Badajoz, também conhecido como Paz de Badajoz, foi celebrado na cidade
espanhola de Badajoz, em 6 de Junho de 1801, entre Portugal, por uma parte, e a Espanha e a França coligadas, pela outra.


O Tratado colocava fim à chamada Guerra das Laranjas, embora tenha sido assinado por Portugal sob coacção, já que o país encontrava-se ameaçado pela invasão de tropas francesas estacionadas na fronteira, em Ciudad Rodrigo.



Por meio desse tratado, cujos termos eram bastante severos para Portugal, estabelecia-se:


Portugal fecharia os portos de todos os seus domínios às embarcações da Grã-Bretanha (art. II);



A Espanha restituía a Portugal as fortificações e territórios conquistados de Juromenha, Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Barbacena, Campo Maior e Ouguela, com artilharia, espingardas e munições de guerra (art. III);



A Espanha conservava, na qualidade de conquista, a praça-forte, território e população de
Olivença, mantendo o rio Guadiana como linde daquele território com Portugal;



Eram indemnizados, de imediato, todos os danos e prejuízos causados durante o conflito pelas embarcações da Grã-Bretanha ou pelos súbditos de Portugal, assim como dadas as justas satisfações pelas presas feitas ilegalmente pela Espanha antes do conflito, com infracções do território ou debaixo do tiro de canhão das fortalezas dos domínios portugueses (art. V).



Os termos do tratado foram ratificados pelo Príncipe-Regente de Portugal,
D. João, no dia 14, e por Carlos IV de Espanha, a 21 do mesmo mês, mas foram rejeitados pelo primeiro cônsul da França, Napoleão Bonaparte.




A manutenção das suas tropas em território espanhol, forçou Portugal a aceitar alterações à redacção do Tratado.




Desse modo, a 29 de Setembro desse mesmo ano, era assinado um novo diploma, o chamado Tratado de Madrid (1801) que, se por um lado formulou imposições mais severas a Portugal, por outro, evitou uma nova violação do seu território.




Por ele, eram mantidos os termos de Badajoz, mas Portugal, adicionalmente, obrigava-se a pagar à França um montante de 20 milhões de francos.[1][2]



Com relação aos domínios coloniais na América do Sul, por este novo diploma Portugal cedia ainda metade do território do Amapá à França, comprometendo-se a aceitar como fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa, o rio Arawani Araguari até à foz. Estas condições adicionais foram estabelecidas e ditadas por Napoleão.[3]


Após a batalha de Trafalgar (1805), na qual a Royal Navy derrotou as Marinhas da França e da Espanha, Napoleão fracassou na tentativa de invadir a Grã-Bretanha e decretou o Bloqueio Continental (1806).




Diante da recusa Portuguesa em acatar os seus termos, foi assinado o Tratado de Fontainebleau (27 de Outubro de 1807), ocorrendo a subsequente invasão franco-espanhola de Portugal, o que deflagrou a chamada Guerra Peninsular.




O Princípe-Regente, retirando-se para o Brasil (1807), declarou nulo o tratado de Badajoz em 1 de Maio de 1808, deixando por conseguinte de reconhecer a ocupação espanhola de Olivença que, no entanto, se mantém até aos dias de hoje.

RIO DE JANEIRO: A HISTÓRIA DO BRASIL ABANDONADA !


Abandono


Das 58 fortalezas erguidas entre os séculos XVI e XX, só 9 estão intactas
Publicada em 05/06/2010 às 17h14m


O Globo

RIO - As trilhas e escadarias de pedra cobertas por mato, os cadeados enferrujados que já não abrem mais e o desgaste aparente das construções dão a dimensão do abandono.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o conjunto paisagístico da Ilha da Boa Viagem, em Niterói, guarda um dos fortes, hoje em ruínas, erguidos no século XVII para a defesa da Baía de Guanabara.


Prestes a completar 300 anos, a Fortaleza da Laje, na entrada da Baía, está abandonada desde 1957, quando foi desativada.


Esses e outros fortes, patrimônios culturais que contam um pouco da História do Rio, estão desaparecendo.


Para se ter uma ideia, das 58 fortalezas erguidas entre os séculos XVI e XX para proteger a região litorânea da cidade, apenas nove sobreviveram intactas.


Onze estão em ruínas e 38 foram varridas do mapa pela ação do tempo.


Veja imagens das ruínas e fortes sem conservação


Na Ilha da Boa Viagem, o abandono não tem dono.


Além do forte em ruínas, a ilha abriga um conjunto de edificações históricas e foi cedida pela Marinha do Brasil à União dos Escoteiros do Brasil, em 1938.


Há pelo menos dois anos que o grupo tenta restaurar os imóveis, mas o processo não vai adiante.


Representantes dos escoteiros culpam a empresa contratada por eles - a Fábrica Fagos Arquitetura - pela demora.


A empresa, por sua vez, culpa o Iphan, alegando que o instituto não para de fazer exigências ao projeto de restauração.


Já o Iphan argumenta que a proposta tem falhas e por isso não foi aprovada ainda.


Iphan: é preciso rever levantamento sobre igreja


De acordo com o superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade, o último parecer dos técnicos, de abril deste ano, destaca a necessidade de uma revisão do levantamento sobre o prédio da igreja.


Foi verificado, por exemplo, que o desenho da cobertura não condiz com a realidade:


- Se as exigências forem cumpridas, vamos aprovar o projeto.


Acho dois meses um tempo razoável para se adequarem.


Se isso não acontecer, podemos entrar com uma ação civil pública para obrigá-los a restaurar.


Isso poderia levar dez anos. O melhor é tentar resolver de forma amistosa - disse.


A pequena Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, erguida em 1650, também funcionava como um forte, com baterias voltadas para o mar.


Com a invasão francesa, em 1711, a igreja foi destruída.


Restaram apenas duas paredes.
Primeira construção é de 1532

O primeiro forte do Rio foi construído em 1532 e não existe mais.
A fortaleza, conhecida como Casa de Pedra, ocupava a região onde atualmente é o bairro do Flamengo, mais precisamente a Rua Barão do Flamengo.
O nome da construção se devia ao fato de que ela se destacava entre as casas de madeira da área.
De acordo com Adler Homero de Castro, historiador do Iphan, a fortaleza foi desativada três meses após ser concluída.

- A cidade foi abandonada e, com a chegada dos franceses, em 1555, foi construído o Forte de Villegaignon.
Ele precisou ser reerguido após ser destruído pelos portugueses quando ocuparam a cidade - contou.

De acordo com o historiador, quando os franceses foram expulsos da cidade, em 1567, os portugueses construíram também o Forte do Castelo, no Centro, que desapareceu com o tempo. Segundo Adler Homero, a partir daí, vários outros foram sendo erguidos ao longo dos anos.
Na atual Avenida Lúcio Costa, na Barra, por exemplo, três fortalezas defendiam a costa da cidade.
Não há nem mesmo vestígios delas atualmente.

- O Rio era o ponto principal de defesa da parte sul do Brasil.
Por isso, teve tantos fortes. A maior parte desapareceu. Atualmente, em todo o estado, há 30 fortes, incluindo os que estão em ruínas - diz Homero.

O último forte construído, em 1943, foi o Paiol da Tambayba, no complexo do Imbuí, em Niterói.

FELICIDADES ! S.A.I.R. o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança


Completa hoje, dia 6 de junho, 72 anos, S.A.I.R. o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança.


S.A.I.R. Dom Luiz assumiu a Chefia da Casa Imperial do Brasil, em 5 de julho de 1981, quando seu augusto pai, o Príncipe Dom Pedro Henrique, faleceu.


Desejamos a S.A.I.R. Dom Luiz muitas felicidades.

O RIO É UMA "CASA PORTUGUESA, COM CERTEZA !"


O Rio é uma ‘casa portuguesa’


Cidade abriga o maior contingente de imigrantes do País: são 510 mil, oriundos da metrópole europeia.


Livro mostra influência desses estrangeiros no comércio, na indústria, na luta contra preconceito racial e até na festa de Carnaval


POR MARIA LUISA BARROS

O DIA


Rio - Cariocas, mas de alma portuguesa, com certeza.


A chegada de 1,8 milhão de portugueses em cinco séculos de imigração marcou hábitos e costumes da sociedade e provocou profundas transformações no Brasil e principalmente no Rio de Janeiro, a primeira opção dos patrícios que desembarcavam nos portos brasileiros.


Atualmente, vivem no país 510 mil portugueses — 82 mil só no Estado do Rio.


É o maior grupo de imigrantes no País, seguido por japoneses e italianos.A saga dos lusitanos está contada no livro ‘De pai para filho — Imigrantes portugueses no Rio de Janeiro’ —, que será lançado quinta-feira, Dia Nacional de Portugal, no Palácio São Clemente, em Botafogo.


A publicação é a primeira de uma série sobre imigração, que terá ‘Árabes no Rio de Janeiro’ e ‘Judeus Cariocas’.


O livro custará R$ 85 nas livrarias.


A maior presença das comunidades portuguesas se deu no comércio e na indústria — de simples caixeiros viajantes a donos de grandes redes de supermercados.


Trouxeram os açougues, as padarias, as fábricas, os cafés que deram origem aos botequins e até o tradicional biscoito Globo.


Em 1856, havia cerca de 20 mil estabelecimentos comerciais no Rio.


Nesses, para cada três brasileiros, eram dois portugueses.


Esses abriram
negócios que atravessaram o século, como a Confeitaria Colombo, Casas Turuna, Angu do Gomes, Casa Cruz, Lidador e Casa Granado.

Para um dos autores do livro, Silvio Roberto Rabaça, a herança carioca deve muito ao imigrante, que no imaginário popular virou figura caricata como o português da padaria.


“É um preconceito oriundo da colonização. O Rio é uma cidade portuguesa, mas os cariocas não avaliam a importância do imigrante português para o desenvolvimento do País”, reconhece Silvio Rabaça.


Os portugueses marcaram presença no esporte, com a fundação do Clube de Regatas Vasco da Gama, o primeiro a aceitar jogadores negros em seus quadros.


E foram protagonistas das mudanças no cenário cultural, com a publicação de jornais, revistas como ‘O Cruzeiro’, e criação de companhias teatrais e de programas de rádio com sua maior estrela, a portuguesa Carmen Miranda.


Irmandades e festas sacras


Uma das maiores contribuições portuguesas no Rio de Janeiro foi a criação das irmandades, confrarias e ordens terceiras, como as do Carmo e de São Francisco, que fundaram os primeiros hospitais na cidade, muito antes da criação dos institutos de previdência.


“Eles já pensavam longe e se uniam para poder se amparar”, explica Silvio Rabaça.


A Santa Casa, no Morro do Castelo, assistia órfãos, escravos, doentes mentais e presos.


Com o dinheiro de heranças, construíram igrejas e conventos de onde se surgiram as festas religiosas.



CURIOSIDADES



SAMBA DA MANGUEIRA


O nome da agremiação tem origem na primeira estação de trem da Central do Brasil em frente à fábrica de chapéus Mangueira, do português José Luiz Fernandes Braga.


O próprio Carnaval carioca tem em uma de suas origens o bloco português do Zé Pereira.




FAZER UMA VAQUINHA


A expressão nasceu na torcida vascaína, que patrocinava os jogadores, numa época em que o futebol era amador e os atletas não recebiam salário.


Em troca, os torcedores concorriam a prêmios associados aos números do jogo do bicho.


O maior valor — 25 mil réis — correspondia ao da vaca.



AS CALÇADAS DE COPA


As pedras portuguesas em forma de ondas no calçadão de Copa se tornaram um dos cartões-postais mais famosos do mundo.


O desenho ondulado criado em Lisboa, no século 19, e ampliado pelo paisagista Roberto Burle Marx é considerado o maior mosaico do mundo.




QUILOMBO LEBLOND




O português José de Seixas Magalhães era dono de uma chácara onde hoje é o Alto Leblon.


Lá ele cultivava camélias com a auxílio de escravos fugidos, a quem dava abrigo.


Um dos vizinhos era o francês Charles “Le Blond” (o loiro), cujo nome deu origem ao Leblon.


A camélia virou símbolo da campanha abolicionista e era usada na lapela de seus simpatizantes.