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sexta-feira, 28 de maio de 2010

A GLÓRIA DO OUTEIRO . . .


JB



A lua enquadrada no Outeiro da Glória, em clique na noite de quinta-feira feito por Vítor Silva: outra beleza do Rio - Foto: Vítor Silva

quinta-feira, 27 de maio de 2010

THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, RESTAURADO !

Theatro Municipal novinho entra em cena hoje


Ópera marca a reabertura do espaço, fechado há 19 meses para restauração. Haverá espetáculos em cartaz por R$ 2


POR LEANDRO SOUTO MAIOR

O DIA


Rio - Um restaurador ajeita atentamente a beirinha da escada da frente, colocando minuciosamente massa de pó de pedra e cuidando para que seja exatamente da mesma cor da original.


Esmeros como esse fizeram a rotina dos últimos dias de acabamento para o que será oficialmente a plena reabertura do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na noite de hoje, depois de funcionar desde 1° de maio em esquema de ajustes finais.


Foram dois anos e cinco meses de obras, sendo 19 meses com o teatro fechado.


A ocasião ganha todas as pompas merecidas, incluindo a presença do presidente Lula, que vem ao Rio conferir uma programação especial de obras eruditas de autores nacionais e internacionais.



Águia ganhou um tratamento especial Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia


Mas esta badalação será só para convidados. O espaço novinho em folha só abre para o público no sábado, com a ópera ‘Il Trovatore’ (‘O Trovador’), do compositor italiano Giuseppe Verdi, em montagem dirigida por Bia Lessa.


A partir de 2 de junho, o novíssimo Municipal abriga mais uma edição da Rio Folle Journée — maratona de música clássica — que este ano homenageia Chopin em concertos com preços de até R$ 2.


“Espero corresponder à honra que me foi dada.


A emoção de participar deste momento é incrível”, desmancha-se Bia Lessa, que antecipa uma palhinha da obra no mix preparado para a noite de hoje.


“Já visitei o teatro todo por dentro e vi um espaço melhor a cada dia”. Para conferir a maior parte dos incrementos, só invadindo as entranhas do teatro.


Toda a infra-estrutura interna foi trocada, incluindo as partes elétrica e hidráulica, não visíveis ao público.


Para uso externo, há muito brilho: tudo o que estava lá meio jogado, sujo, opaco... agora reluz intensamente.


Cadeiras ganharam encosto mais alto e estofado de veludo.


O piso mudou de carpete para madeira.


As mudanças melhoraram a acústica.


“O público vai encontrar um espaço lindo, como uma caixa de joias”, compara Carla Camurati, presidente da Fundação Theatro Municipal.


“Todos vão ver em detalhes as pinturas e a arte que ali estavam escondidas”.


O que só se descortina agora era para ser liberado ao povo em julho do ano passado.


Mas, sabe como é, raspa dali, lixa daqui e um punhado de problemas começa a vir à tona, escondidos por outras restaurações não tão meticulosas, implementadas desde a fundação do teatro, em 1909.


Nunca antes, porém, foi feita uma faxina geral como a de 2010 (confira os números grandiloquentes ao lado).


“É uma forma de homenagear todos os artistas que trabalharam ou trabalharão no teatro.


Essa reforma devolve ao espaço seu vigor original”, classifica Adriana Rattes, secretária de Estado de Cultura.


“O público vai encontrar um espaço lindo, como uma caixa de joias”, compara Carla Camurati, presidente da Fundação Theatro Municipal.



Portadores de necessidades especiais agora têm um elevador
exclusivo e todo o público ganha um conforto fundamental.

Alvo de reclamações, principalmente das mulheres, os poucos nove banheiros que mal funcionavam agora estão operando reformados e mais quatro novinhos — mantendo o astral de época, claro — foram construídos, sendo três femininos.


“Quando cheguei para pilotar a reforma, não imaginei encontrar um estado tão deplorável”, conta o engenheiro Eduardo Jaeger, responsável pelas obras da restauração.


“No entanto, vi ali também um enorme potencial para resgatar seu pleno funcionamento”.


Ingressos já estão à venda na bilheteria


Já é possível
comprar ingressos para ‘Il Trovatore’ (‘O Trovador’), que estreia no Municipal neste sábado e continua em cartaz de segunda a sexta-feira da semana que vem.

Os ingressos variam de R$ 25 (galeria) a R$ 84 (plateia e balcão nobre).


As bilheterias, na Praça Floriano s/n°, no Centro, funcionam das 10h às 18h.Para quem está com pouco dinheiro e não quer perder a chance de desfrutar a beleza do novo teatro e curtir espetáculos de igual qualidade, a boa escolha é a Rio Folle Journée.


A edição 2010 do festival de música clássica será totalmente dedicada ao bicentenário de nascimento de Chopin.


Cinco pianistas estrangeiros juntamente com grandes instrumentistas brasileiros vão apresentar a obra integral para piano solo do compositor polonês.


A partir de quarta-feira e até o dia 6, estão agendados concertos em diversos horários, da manhã até a noite, por apenas R$ 2 (galeria) e R$ 20 (plateia, balcão nobre e camarotes), os mais caros.


O encerramento, no domingo, dia 6, às 19h, será com o pianista Arthur Moreira Lima acompanhado pela Orquestra Petrobras Sinfônica com regência de Isaac Karabitchevsky.


A programação completa pode ser conferida em http://www.riofollejournee.com/.


Ainda em junho, também estão agendados espetáculos de balé, cujo valor dos ingressos não foi definido.


A Companhia Jovem do Rio de Janeiro, dirigida por Dalal Achcar, se apresenta dias 13 e 27, às 11h.


O violoncelista norte-americano Yo-Yo Ma desfila seu talento dia 18, com ingressos mais salgados, de R$ 120 a R$ 420.


Foto: EFE / Marcelo Sayão

quarta-feira, 26 de maio de 2010

ARCOS DA LAPA, RESTAURAÇÃO DA HISTÓRIA DO RIO DE JANEIRO


Intervenção


Reforma para dar nova vida aos Arcos da Lapa


Publicada em 25/05/2010 às 23h45m


Jacqueline Costa

O GLOBO

RIO - A imagem dos Arcos da Lapa hoje não está à altura da sua monumentalidade e nem de sua importância histórica.

A pintura branca feita à base de cal está desgastada, algumas áreas estão chamuscadas pelo fogo que moradores de rua fazem a seus pés e há até gente vivendo sob a parte que fica na área remanescente do Morro de Santo Antônio.


A boa notícia é que foi iniciada na segunda-feira uma grande reforma, que inclui toda a parte estrutural.


Segundo o superintendente regional do Iphan, Carlos Fernando Andrade, o monumento não passa por uma intervenção mais minuciosa como essa há 35 anos.


Desde 1975, apenas obras superficiais foram executadas.


Durante o trabalho, a circulação dos bondinhos não será interrompida.


Para fazer um diagnóstico do estado em que se encontra a construção, um pedaço do monumento foi retirado e enviado a um laboratório da Universidade Federal da Bahia, especializado na análise de imóveis históricos.


A restauração inclui também a recuperação e a pintura de toda a estrutura lateral e da caixa de passagem do bondinho de Santa Teresa.


Também será modificado o sistema de iluminação, que ganhará novos lampiões, seguindo o desenho original.


A previsão é de que a reforma dure seis meses


O investimento é de R$ 1,2 milhão e será feito pelo Banco Santander, que receberá isenção fiscal através da Lei Rouanet.


O projeto será realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas 28 (CEP28).


Durante a reforma, também será feita uma pesquisa arqueológica nos alicerces do Arcos.


Marcos Soares Pereira, diretor presidente da CEP28, explica que não se faz ideia do que pode ser encontrado na base dos pilares.

terça-feira, 25 de maio de 2010

VISITA DO DMB A IGREJA DO BOM JESUS DA COLUNA - FUNDÃO/RJ

A convite do Coronel Edson Santos - ex-comandante do Forte de Copacabana, a Diretoria do DMB, visitou o quartel do Exército Brasileiro sedidado na Ilha do Fundão, objetivando visita a Igreja do Bom Jesus da Coluna - uma das preferidas do Imperador D. Pedro II.





























Nota-se no piso a sepultura do Brigadeiro TELLES BARRETO DE MENEZES, figura importante do Império que cedeu juntamente com sua esposa D. Maria Roza o terreno para as edificações.






















O 3º. Sargento (inf) MAGNO, responsável pelas visitas guiadas explanou e mostrou todas as dependências desse magnifíco patrimônio histórico do Brasil.








Urna onde estão depositados os restos mortais da Sra. MARIA ROZA TELLES DE MENEZES, proprietária do terreno que o cedeu para edificação da igreja e demais dependências.










Nesse mesmo sepulcro ficaram depositados os restos mortais dos Heróis Marechais Osório, Mallet e Sampaio - Patronos de Armas do Exército Brasileiro.

Sino com as Armas do Império Brasileiro, que anunciava a chegada do Imperador D. Pedro II e Família Imperial para as missas e solenidades na Ilha.

BRASIL: UM PAÍS SEM PASSADO, NÃO PODERÁ TER FUTURO ! . .


Conservação


Leitores registram passeio por museus de São Cristóvão e chamam atenção para deterioração de prédios históricos


Publicada em 24/05/2010 às 17h24m


O Globo, com texto e fotos de leitores


RIO - No último fim de semana, alguns leitores do GLOBO que participaram do evento Turismo Cultural no Bairro Imperial de São Cristóvão, que faz parte das atividades da Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), relataram problemas de conservação em prédios históricos.


O leitor Mauro de Almeida fotografou a deterioração da fachada do Museu Nacional, e a internauta Claudia Fajersztajn reclama de problemas no Museu do Primeiro Reinado.


Eles também contaram suas impressões sobre o passeio.


Confira:


Claudia Fajersztajn:


"No último fim de semana, aconteceu o evento Turismo Cultural no Bairro Imperial de São Cristóvão.


Excelente ideia, pois as pessoas tiveram oportunidade de visitar os museus localizados em São Cristóvão usando ônibus gratuitos que faziam o percurso Museu Nacional, Museu do Primeiro Reinado, Museu Conde de Linhares, Museu de Astronomia, entre outros.


As crianças estavam se divertindo muito!


É uma boa oportunidade de levar cultura para as pessoas que não tiveram oportunidade de conhecer um pouco da história, da ciência do nosso país.


E, ainda por cima, num dos bairros mais bucólicos do Rio de Janeiro, São Cristóvão.


No entanto, não podemos esquecer de preservar estes lugares.


O Museu do Primeiro Reinado, que foi a residência da Marquesa de Santos, está precisando de restaurações urgentes.


As pinturas estão desaparecendo, não há luz em várias salas, em alguns pontos dá para ver a estrutura da construção exposta com os vergalhões, e o reboco está deteriorado.


É inconcebível que um patrimônio histórico de grande importância esteja naquele estado."



Mauro Mello de Almeida:

"Gostaria de registrar o péssimo estado de conservação de um patrimônio cultural do Rio de Janeiro, o Museu Nacional/ UFRJ.


Fui ao evento Turismo Cultural no Bairro Imperial, que aconteceu no último fim de semana no bairro de São Cristóvão, Zona Norte do Rio, e vi as péssimas condições de conservação de um dos museus mais importantes do Brasil.


O local reúne os maiores acervos científicos da America Latina.


Apenas a fachada frontal do museu foi pintada e, se dermos uma volta pelo lado externo do prédio, verificamos que o restante continua maltratado pelo tempo, assim como os jardins."

O CONSELHO MUNICIPAL



25/05/2010 - 06:10 Enviado por: Paulo Pacini


Se houvesse um concurso para escolher qual local, dos muitos de importância histórica do Rio de Janeiro, teria passado por mais mudanças, entre os finalistas estaria sem dúvida a conhecida Cinelândia, com sua bagagem de mais de quatro séculos bem vividos.


No alvorecer da colônia, um pequeno trecho de terra seca no meio dos pântanos atraiu os primeiros habitantes, os quais, não desperdiçando a felicidade de encontrar um sítio aproveitável, logo ocupariam a área, situada entre duas massas de água, respectivamente a lagoa de Santo Antônio (Largo da Carioca) e a do Boqueirão (Passeio).


Em uma época que a navegação era um ato heróico, e que todos que aqui chegaram haviam colocado as vidas nas mãos dos céus durante perigosa travessia, tornou-se habitual o culto de divindades protetoras das águas, como N. Sª da Ajuda, e, assim, na esquina da atual rua Evaristo da Veiga com a Cinelândia foi construída uma ermida a ela dedicada, junto a um punhado de casebres.



Escola São José, primeira casa dos vereadores na Cinelândia



A primeira grande transformação ocorreria no século XVIII, quando foi erigido o Convento da Ajuda, sendo demolida a primitiva ermida.


Construção de grandes proporções, ocupava toda região da Cinelândia, da rua dos Barbonos (Evaristo da Veiga) até onde é hoje o cinema Odeon.


No século seguinte, após o término da Guerra do Paraguai, em 1870, o governo imperial empreendeu a construção de várias escolas, em número assaz insuficiente na época.


Como um dos locais carentes era o Largo da Mãe do Bispo (na Cinelândia) negociou-se junto às religiosas da Ajuda a cessão de uma parte do terreno do convento para edificação da unidade escolar, o que foi aceito, porém mantendo a posse do terreno e condicionando o acordo à inclusão de aulas de doutrina Cristã no currículo.


Assim sendo, em 1871 é lançada a pedra fundamental da Escola de São José, resultado do esforço de Ferreira Viana, presidente da Câmara Municipal.


O prédio, em estilo manuelino, prestaria valiosos serviços à educação por décadas, até que mudanças vindas com a República lhe dariam outra finalidade.


Em 1896, a urgência de obras no prédio do Paço Municipal no Campo de Santana desaloja a Câmara, transformada em Conselho em 1892, dessa vez indo se abrigar na Escola São José, no Largo da Mãe do Bispo, cuja propriedade havia revertido para o convento pelo rompimento da cláusula contratual, ao serem abolidas as aulas de religião pelo governo republicano.


Como o Conselho não pretendia sair do novo local, em 1897 autorizou o prefeito Furquim Werneck a celebrar novo contrato com as religiosas, para obter a posse definitiva ou uma situação estável quanto à permanência na antiga escola, o que de fato aconteceu.


A partir de 1920, esta primeira sede do Conselho Municipal seria substituída pelo Palácio Pedro Ernesto, obra superfaturada conhecida como "Gaiola de Ouro", derradeiro e opulento ocupante de uma história iniciada pelo esforço e devoção de modestos colonos, com algumas choupanas e uma ermida à beira da lagoa.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

DIA DA INFANTARIA


24 Mai




Dia da Arma de Infantaria


data de nascimento do brigadeiro Antonio de Sampaio,


Patrono da Arma (1810)






Primeira Batalha de Tuiuti



“Batalha dos Patronos”


Guerra da Tríplice Aliança


(1866)

O DIA 13 DE MAIO . . .


O 13 de Maio

Uma das maiores datas cívicas do calendário brasileiro, senão a maior, uma vez que foi neste dia e mês de 1888 que foi assinada por D.Isabel, a Princesa-Regente, a lei que marca o fim da intituição que representa a maior mancha da nossa história, mais uma vez passou em brancas nuvens na mídia do Rio de Janeiro.


Nem um comentário nos noticiários da televisão.


E o jornal O Globo apenas comentou de passagem, que o Prefeito Eduardo Paes compareceu naquele dia à Av. Princesa Isabel, Junto à estátua da Redentora, para prometer reformas na ilha central daquela importante artéria.


Na verdade, tanto a Princesa uanto o seu grande ato não foram esquecidos pela população da antiga Côrte.


Já às 8:30 hs ocorreu a aposição de uma coroa de flôres junto à estátua, por membros do Diretório Monárquico do Brasil.


Seguiram-se em sequencia no mesmo local, e atraindo grande número de populares, a formação de alunos de escola municipal do Leme, apresentação da Banda da Guarda Municipal e o hasteamento das bandeiras históricas - a Imperial inclusive - tudo na presença de autoridades como o próprio Prefeito, o Dep. Est. João Pedro, o Cel. Ex. Edson Santos, ex-comandante do Forte de Copacabana, a Sra. Marilda Sá, presidente da Associação das Mulheres Empreendedoras, grande responsável pela contrução do monumento, além do descendente direto da Princesa Isabel, o Príncipe D. Eudes de Orleans e Bragança.


Mais tarde, às 16:00hs, foi celebrada com muito brilho a tradicional missa de comemoração da Abolição, na Igreja da Irmandade de N. Sra. do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, por sinal, abarrotada de fiéis.


Os numerosos monarquistas presentes, e mais os já citados Dep. João Pedro e o Cel. Ex.Edson Santos, foram recebidos com a costumeira fidalguia pelos Irmãos daquela congregação, na porta da igreja, antes do início da missa, como também logo após, nos salões da Irmandade.



Bruno Helmut

CAPÃO DO BISPO - A B A N D O N A D O !


Foto: Leitor Antonio Claudio de Andrade


O DIA

Click do Leitor: Capão do Bispo está abandonado, mostra leitor



Rio - Antonio Claudio de Andrade mandou a foto do Capão do Bispo, uma construção do Século XVIII, em Del Castilho, para pedir às autoridades ligadas à preservação do patrimônio histórico que tomem iniciativas para evitar que o imóvel, que foi sede de uma fazenda, desmorone.




domingo, 23 de maio de 2010

1645 - COMPROMISSO DA VÁRZEA


23 Mai - Compromisso da Várzea.


Dezoito patriotas pernambucanos


assinam compromisso de lutar permanentemente


contra os holandeses,


pela “restauração da Pátria”


Pernambuco


(1645)

Passeio por São Cristóvão revive o Rio Antigo





Roteiro cultural pelo bairro que já abrigou a monarquia brasileira começa na Quinta da Boa Vista.


O trajeto passa por museus, um centro cultural e um clube.


O programa é gratuito.

DEPUTADO JOÃO PEDRO : Projeto prevê reativação de via férrea histórica para Petrópolis


Projeto prevê reativação de via férrea histórica para Petrópolis


José Luiz de Pinho, Jornal do Brasil


RIO - Rio de Janeiro e Petrópolis estão próximos de
resgatar uma das malhas ferroviárias mais lendárias e bucólicas do Brasil: a Ferrovia Príncipe do Grão-Pará, a primeira do país, que será revitalizada ainda em prazo a ser definido.

Interesse não falta. Inaugurada em 19 de fevereiro de 1883, a via férrea que liga a Vila Inhomirim, em Magé, à Rua Tereza, em Petrópolis, está desativada desde 1964, privando adeptos do trem de um dos visuais mais bonitos entre a cidade e a serra.


A reinstalação se dará graças ao projeto de lei nº 2736/2009, do deputado estadual João Pedro Figueira (DEM-RJ).


O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa como de relevante interesse turístico e econômico para o Rio.


O custo estimado é de R$ 62 milhões.


– É um dos mais belos passeios turísticos do Brasil. Com a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, a região receberá mais 600 mil
turistas por ano, com empregos diretos para 2 mil pessoas – entusiasma-se João Pedro, presidente da Comissão de Turismo da Alerj.

A Secretaria Estadual de Transportes, que adquiriu 30 novas composições na China por US$ 9 milhões (R$ 162 milhões), é favorável à revitalização da ferrovia. Mas avisa ser inviável ceder novos trens para o trajeto.


– A prioridade é o transporte de trabalhadores, mas podemos ajudar com mão-de-obra especializada como fizemos em Macaé e Angra dos Reis – disse o secretário estadual de Transportes, Sebastião Rodrigues.


Duas etapas


A extensão de toda ferrovia é de 55 quilômetros, sendo 49 da antiga Estrada de Ferro Mauá, que vai da Leopoldina à Vila Inhomirim – e que precisa ser recuperada – mais os seis do plano inclinado da Serra da Estrela até Petrópolis, que não tem sequer trilhos.


– O prefeito de Petrópolis é do PT, partido do Lula.


O BNDES e os ministérios dos Transportes e do Turismo vão querer investir no projeto – entende João Pedro.


O prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, afirma que o município não tem como bancar o projeto.


– Precisamos de ajuda dos governos estadual e federal.


Já tivemos contato com o Ministério do Turismo, que pediu a reavaliação do orçamento – disse Mustrangi.


Nos sites Manifesto Livre e Tudo é Turismo, abaixo-assinados virtuais com mais de mil adesões à revitalização da ferrovia foram encaminhados ao Gabinete Civil da Presidência da República, pleiteando a inclusão do projeto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Os documentos relatam que, na década de 50, a malha ferroviária do Rio era de 3.800 quilômetros. Em 2003, restavam 1.250, ou seja, perda de 60% em trilhos.


Engenheiro aprova, mas pede cuidados na execução


Ex-diretor do Metrô do Rio, ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e um dos autores do plano ferroviário da cidade de São Paulo, o especialista em engenharia de transportes Fernando MacDowell, adverte sobre os riscos de se manter a malha ferroviária da Ferrovia Príncipe do Grão-Pará, que está desativada há 46 anos.


MacDowell argumenta que, para o empreendimento ser bem sucedido, evitando por em risco a integridade física de seus futuros usuários, será necessária uma avaliação criteriosa de toda a malha, que começa na Estação Leopoldina, no Centro.


– Dificilmente esses 49 quilômetros de malha ferroviária até o pé da serra vão estar em bom estado.


Tem que ser feito um estudo multidisciplinar das condições desse material.


Sem contar a parte da serra. Antes de serem instalados os trilhos, é obrigatório checar as condições do terreno – alerta o especialista.


Segundo MacDowell, os dormentes de toda essa malha ferroviária têm que estar alinhados, e os trilhos e fixadores, aparelhos que fazem as mudanças de via, precisam ser novos.


Por tudo isso, o especialista em transporte não acredita que o orçamento estimado para a reativação da Ferrovia Príncipe do Grão-Pará ficará em R$ 62 milhões.


– Acho que não, porque cada quilômetro de malha ferroviária teria de custar em torno de apenas R$ 1 milhão.


Acho muito barato – estima.


– Muito material teria que ser reaproveitado para ficar só nesse valor, e isso comprometeria o empreendimento na obra.


MacDowell, no entanto, é a favor da revitalização da ferrovia, por considerá-la um patrimônio histórico do país.


– O brasileiro é doido por andar de trem, ainda mais num trajeto bucólico e deslumbrante como aquele pela serra acima – admite ele.


– É o tipo do cenário em que valeria até à pena, ao invés de um trem ou uma cremalheira, colocar uma locomotiva daquelas antigas, tipo maria-fumaça, para fazer o trajeto.


Memória JB Ferrovia democrática


A Ferrovia Príncipe do Grão-Pará transportou desde a nobreza até a plebe.


Na viagem inaugural, em 19 de fevereiro de 1883, entre os ilustres passageiros estavam D.Pedro II, imperador do Brasil, e o barão do Rio Branco.


Anos depois, um garoto de 17 anos subia a serra de trem para jogar futebol: Garrincha, futuro craque, que morava em Pau Grande, próximo à estação da Vila Inhomirim.


Ele era juvenil do time da Companhia Têxtil América Fabril, onde trabalhava e disputava campeonatos contra o Petropolitano, Serrano e Cascatinha, de Petrópolis.


Até Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, fixou residência em Petrópolis, conhecida até hoje como "a casa encantada".


Machado de Assis, Rui Barbosa, Oswaldo Cruz e outras personalidades também subiram a serra via trilhos.


Nos concursos de beleza, misses se hospedavam no tradicional Hotel Quitandinha.


Por mais de 80 anos a Estrada de Ferro deleitou os passageiros.


Até que, em 5 de novembro de 1964, foi considerada economicamente inviável e desativada.


16:23 - 22/05/2010

MORRO DA PROVIDÊNCIA E A SUA HISTÓRIA


Enviado por Guilherme Amado -
23.5.2010
8h00m


Era uma vez


Morro onde nasceu a favela, Providência receberá turistas

Uma capela de 1897, outra de 1902, a casa onde nasceu um dos maiores escritores brasileiros, vistas espetaculares.


Verdadeiro baú de relíquias históricas, o Morro da Providência, no Centro, será integrado ao roteiro turístico da cidade, permitiando ao carioca, a partir de agosto, conhecer mais a História da primeira favela do Rio — e do Brasil.


Assista ao vídeo com o historiador Milton Teixeira mostrando alguns pontos

Com a pacificação da comunidade, ocorrida em abril, o historiador Milton Teixeira, que organiza passeios turísticos pelo Centro histórico, começou a bolar como serão as visitas ao Morro da Favela, forma pela qual, até a década de 30, a Providência era conhecida.


O nome foi dado pelos primeiros moradores: os soldados sobreviventes da Guerra de Canudos, que habitaram o local quando voltaram do conflito, em 1897.


— Acharam o lugar parecido com o Morro da Favela, em Canudos, onde ficaram durante a guerra, e que havia recebido esse nome devido a uma planta local, o faveleiro — explica Milton.


Logo no pé do morro, a primeira das atrações é a casa onde nasceu Machado de Assis.


Construído no final do século XVIII, o imóvel pertencia à madrinha do escritor e era o centro de uma grande chácara, cujo terreno se estendia pela parte baixa do morro, um trecho até hoje chamado de Morro do Livramento.


Ladeira acima, a longa escadaria da Penha, do final do século XIX, ainda possui uma de suas partes em pedra, apesar de obras da prefeitura terem pavimentado um dos trechos.


Se o fôlego permitir, o visitante encontrará ao fim da escada a Igreja da Penha, de 1897, num ponto exatamente acima de onde existiu uma pedreira e hoje funciona a garagem de uma empresa de ônibus.


— Boa parte dos moradores trabalhava na pedreira, que era na própria favela e fornecia pedra para várias obras do Rio, do início do século até a década de 60 — conta Milton, lembrando que, devido a isso, o morro tem um aspecto cortado, no lado voltado para a Central do Brasil.


Bem perto da Penha, os primeiros moradores construíram, em 1902, a Capela das Almas, para homenagear os combatentes que não resistiram a Canudos.


No alto da capela, chegaram a colocar uma cruz trazida de lembrança da batalha, mas que foi roubada nos anos 60.