FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

quarta-feira, 17 de março de 2010

CRIAÇÃO DA CASA DA MOEDA NO RIO DE JANEIRO - 1699



17 Mar - Criação da Casa da Moeda, no Rio de Janeiro (1699)





12/01/1698 - 20/01/1700


(Junta do Comércio - Ladeira de São Bento - R. Direita)



Se por um lado os problemas de numerário foram amenizados na Capitania da Bahia, com a criação de uma Casa da Moeda naquela localidade, a população do Rio de Janeiro sofria com a falta de moeda e do risco de transporte de ouro e prata para serem amoedados àquela localidade, bem como da remessade moedas portuguesas e espanholas, para serem recunhadas e transformadas em moeda provincial, levando-se em conta a absoluta falta de segurança e a pirataria verificada nas costas brasileiras.




Através da Carta Régia de 7 de março de 1697, D. Pedro II prorroga por um ano as funções da Casa da Moeda da Bahia, determinando que as Capitanias de Pernambuco e Paraíba continuassem a remeter à Salvador todo o dinheiro.




Estabeleceu ainda que, após esse prazo, fosse fechada aquela Instituição.




Nesse mesmo documento, o monarca determinou que, em facedas argumentações apresentadas pela Capitania do Rio de Janeiro, o Governador e a Câmara deveriam optarem continuar remetendo o dinheiro para a Bahia ou, terminado o lavor da moeda em Salvador, deveriam seguir para o Rio de Janeiro os oficiais e os engenhos, para que ali se realizassem os trabalhos de transformação.




As despesas dessa transferência correriam por conta dos moradores do Rio de Janeiro, inclusive as despesas com a fábrica e com os ordenados, excetuando-se os custos dos engenhos, por se encontrarem pagos.



Em reunião de 8 de maio de 1697, os Oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, examinando as opções alvitradas por D. Pedro II, concluíram, por ser mais conveniente e seguro para o bem comum, instalar a Casa da Moeda na cidade do Rio de Janeiro e não mais remeter o dinheiro para a cidade de Salvador.




A escolha do local para o funcionamento da nova Casa da Moeda, recaiu sobre o prédio onde se encontrava a Junta do Comércio, localizado na rua Direita, nas proximidades da Ladeira de São Bento, onde hoje estão as instalações do Arsenal da Marinha.




A transferência das instalações da Bahia para o Rio de Janeiro não ocorreu de imediato, uma vez que D. Pedro II determinou que fosse concedido à Capitania de Pernambuco o prazo de um ano, para que remetesse toda moeda que dispunha à Bahia, a fim de ser reduzida a moeda provincial em circulação.



A Casa da Moeda do Rio de Janeiro deu início aos trabalhos a 17 de Março de 1699 e, naquele ano e no seguinte, lavrou metais e valores idênticos aos da Casa da Moeda da Bahia, isto é, moedas de ouro e de prata. Realizado o serviço de cunhagem mais urgente, na Capitania do Rio de Janeiro, a Casa da Moeda foi transferida para a Capitania de Pernambuco, onde existia uma grande necessidade de numerário.




segunda-feira, 15 de março de 2010

A PRAÇA DA CONSTITUIÇÃO


15/03/2010 - 06:09 Enviado por: Paulo Pacini

Vinte e seis de fevereiro de 1821 foi um dia tenso para o príncipe D.Pedro, futuro imperador do Brasil.
Instigados pela revolta ocorrida seis meses antes no Porto, em Portugal, os militares aqui estacionados se rebelaram, pretendendo impor ao rei D. João VI a nova constituição liberal, a ser elaborada pelas Cortes em Lisboa.
Indo e voltando à Quinta da Boa Vista, D. Pedro apaziguou os ânimos e trouxe o monarca, que, apavorado, concordou e assinou tudo que lhe pediram.
Este movimento pretendia, além de limitar os poderes reais, reconduzir o Brasil à condição de colônia, e acabou sendo um dos principais motivos para nossa independência, no ano seguinte.
Tais fatos se deram em um dos locais de maior riqueza histórica, a Praça Tiradentes, conhecida antes como Praça da Constituição, nome conferido em março de 1822, lembrando os acontecimentos do ano anterior.
Mas sua trajetória começa bem antes, quando ainda terreno pantanoso, cedido pela Câmara para pasto, desde que o arrendatário o aterrasse.
Chamado Campo da Cidade, era uma grande área indefinida e foi ocupada aos poucos, acompanhando a drenagem do terreno.
Em seu entorno, propriedades surgiam, definindo toscamente a área hoje conhecida.
O trecho principal, contudo, ainda era alagado e impróprio para habitação, mas foi o único local em que os ciganos puderam construir suas casas, o que acabou lhe dando seu nome, conhecido então como Campo dos Ciganos.


Praça Tiradentes: cenário de acontecimentos marcantes


No final do século XVIII, este campo foi demarcado, mudando o nome para Rossio grande ou da cidade.


Foi utilizado por soldados como local de treinamento, inclusive pela artilharia, que disparava seus canhões contra a barreira do Morro de Santo Antônio.


O crescimento urbano determinou o fim desta prática, e, quando a côrte portuguesa chegou em 1808, a praça possuía aproximadamente os contornos atuais.


Além de acontecimentos políticos, tornou-se um dos centros da vida artística carioca a partir da inauguração do Teatro São João, futuro São Pedro (João Caetano), em 1813.


José Bonifácio foi morador em uma casa em frente ao teatro, na esquina com a rua do Sacramento (Av. Passos), anteriormente embaixada do Xá da Pérsia.


Fazendo lado com a Visconde do Rio Branco ainda está o palacete do Visconde do Rio Seco, palco de grandes festas de gala, posteriormente transformado no Clube Fluminense, onde Machado de Assis e outros personagens ilustres iam jogar xadrez.


Em ruínas e abandonado, ameaça desmoronar.


Caso ocorra, em seu lugar certamente surgirá mais um prédio a agredir a estética local, ou então encarnará como terreno baldio convertido em estacionamento.


A praça mudou seu nome para Tiradentes em 1890, lembrando o mártir que ali passou rumo ao patíbulo.


Em seu centro, a estátua eqüestre de D. Pedro I continua dominando, desde sua inauguração em 1862.


Talvez a mais bela obra deste gênero que a cidade possui, nos recorda os acontecimentos passados, que determinaram em grande parte o nascimento do Brasil enquanto nação soberana.

domingo, 14 de março de 2010

É RESTAURADO o Forte de Nossa Senhora dos Remédios


PATRIMÔNIO


Forte do século 17 é restaurado

Monumento de Fernando de Noronha que passou por obras há 22 anos apresentava sinais de degradação


Tânia Passos
Correio Braziliense

Recife — Uma das maiores fortificações do sistema defensivo português, erguida no século 17, no arquipélago de Fernando de Noronha, o Forte de Nossa Senhora dos Remédios começou a ser recuperado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a administração da Ilha.


O monumento havia sido restaurado pela última vez há mais de 20 anos e apresentava sinais de degradação nas muralhas, na capela do forte, no mirante e na parede da casa de pólvora. A obra, que deverá ser concluída em seis meses, recebeu investimentos de R$ 300 mil. O governo de Pernambuco está colaborando no transporte do material do continente para o arquipélago.


De acordo com o superintendente do Iphan-PE, Frederico Almeida, a intervenção é necessária para evitar a aceleração do processo de arruinamento. “Nós estamos estancando o processo de degradação com a consolidação das muralhas e das contramulharas e levantando os trechos que já desabaram”, afirmou. No caso da Capela do Forte, será feita a reconstituição da fachada e da cobertura do templo. “A última intervenção foi há 22 anos e o processo de degradação já estava bastante avançado”, ressaltou Almeida.


Montada sobre um primitivo reduto holandês de 1629, a fortaleza é localizada sobre uma colina, entre o Porto de Santo Antônio e a Praia do Cachorro. O acesso se dá por uma estrada que começa numa ponte sobre o Riacho Mulungu (já seco), que segue todo o flanco da colina até as muralhas. O forte abrigou detentos no tempo do presídio comum e do presídio político, bem como soldados durante a 2ª Guerra Mundial.

Tombada


A ilha foi ocupada por forças da Companhia Francesa das Índias Ocidentais sob o comando do Capitão Lesquelin, no fim de 1736, desalojadas sem resistência por tropas portuguesas sob o comando do tenente-coronel João Lobo de Lacerda no ano seguinte, em 6 de outubro de 1737.
Das 10 fortificações componentes do sistema defensivo do arquipélago, apenas a Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios é tombada pelo Iphan. As demais ruínas estão com processo de tombamento instaurado. O forte está sob responsabilidade da União e a administração e a guarda são por conta do governo do estado de Pernambuco. Em 1975, recebeu homenagem em selo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.


O conjunto possui uma área de 6.300 metros quadrados, erguendo-se a 45 metros acima do nível do mar. A estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em seu terrapleno distribuíam-se os edifícios do quartel de comando, do quartel da tropa, do corpo da guarda, da arrecadação, da casa da pólvora e da cisterna. Ao abrigo das muralhas, distribuíam-se os calabouços subterrâneos.

O número R$ 300 mil


Valor das obras de restauração do Forte de Nossa Senhora dos Remédios