PATRIMÔNIO
Monumento de Fernando de Noronha que passou por obras há 22 anos apresentava sinais de degradação
Tânia Passos
Recife — Uma das maiores fortificações do sistema defensivo português, erguida no século 17, no arquipélago de Fernando de Noronha, o Forte de Nossa Senhora dos Remédios começou a ser recuperado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a administração da Ilha.
O monumento havia sido restaurado pela última vez há mais de 20 anos e apresentava sinais de degradação nas muralhas, na capela do forte, no mirante e na parede da casa de pólvora. A obra, que deverá ser concluída em seis meses, recebeu investimentos de R$ 300 mil. O governo de Pernambuco está colaborando no transporte do material do continente para o arquipélago.
De acordo com o superintendente do Iphan-PE, Frederico Almeida, a intervenção é necessária para evitar a aceleração do processo de arruinamento. “Nós estamos estancando o processo de degradação com a consolidação das muralhas e das contramulharas e levantando os trechos que já desabaram”, afirmou. No caso da Capela do Forte, será feita a reconstituição da fachada e da cobertura do templo. “A última intervenção foi há 22 anos e o processo de degradação já estava bastante avançado”, ressaltou Almeida.
Montada sobre um primitivo reduto holandês de 1629, a fortaleza é localizada sobre uma colina, entre o Porto de Santo Antônio e a Praia do Cachorro. O acesso se dá por uma estrada que começa numa ponte sobre o Riacho Mulungu (já seco), que segue todo o flanco da colina até as muralhas. O forte abrigou detentos no tempo do presídio comum e do presídio político, bem como soldados durante a 2ª Guerra Mundial.
Tombada
A ilha foi ocupada por forças da Companhia Francesa das Índias Ocidentais sob o comando do Capitão Lesquelin, no fim de 1736, desalojadas sem resistência por tropas portuguesas sob o comando do tenente-coronel João Lobo de Lacerda no ano seguinte, em 6 de outubro de 1737.
Das 10 fortificações componentes do sistema defensivo do arquipélago, apenas a Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios é tombada pelo Iphan. As demais ruínas estão com processo de tombamento instaurado. O forte está sob responsabilidade da União e a administração e a guarda são por conta do governo do estado de Pernambuco. Em 1975, recebeu homenagem em selo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
O conjunto possui uma área de 6.300 metros quadrados, erguendo-se a 45 metros acima do nível do mar. A estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em seu terrapleno distribuíam-se os edifícios do quartel de comando, do quartel da tropa, do corpo da guarda, da arrecadação, da casa da pólvora e da cisterna. Ao abrigo das muralhas, distribuíam-se os calabouços subterrâneos.
O número R$ 300 mil
Valor das obras de restauração do Forte de Nossa Senhora dos Remédios
Um comentário:
Marcelo,
Sou sua fa numero 1 e digo que a Monarquia sem voce nao seria a mesma.Adoro seu blog e precisamos realmente antes de qualquer desenvolvimento...construçao, precisamos restaurar o que ja esta aqui no Rio, o que ja faz parte da nossa historia e esta esquecido. Assim sim teremos um desenvolvimento.
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