FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

sábado, 5 de junho de 2010

CENTRO DO RIO: PRÉDIO HISTÓRICO - A B A N D O N A D O !


Clube só no papel


Antiga sede do Automóvel Club está abandonada


Publicada em 04/06/2010 às 22h45m


Jacqueline Costa

O GLOBO

RIO - É desoladora a imagem do antigo prédio do Automóvel Club do Brasil, na Rua do Passeio, no Centro.

Na fachada, que ostenta um belo frontão neoclássico, há dezenas de pichações, rachaduras e infiltrações, além de plantas, que não param de crescer.


Diante das más condições do imóvel, fica evidente o contraste com o edifício vizinho, que passou recentemente por uma minuciosa restauração e abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Após desapropriar o antigo prédio do Automóvel Club do Brasil,
o então prefeito César Maia anunciou que o imóvel abrigaria um clube de jazz com biblioteca virtual, bar com ambientes de época e um espaço de memória.

Uma comissão foi designada, por decreto, para decidir qual a melhor entre as sete propostas apresentadas para a ocupação do prédio, em resposta a um edital da prefeitura.


A proposta vencedora foi a do Grupo Tom Brasil e incluiria um investimento de R$ 28 milhões na recuperação do edifício.


De acordo com a secretária municipal de Cultura, Ana Luisa Lima, o projeto da casa de jazz continua de pé.


Ainda segundo a secretária Ana Luisa, a responsabilidade pelo estado em que o prédio histórico se encontra é do Grupo Tom Brasil, já que prefeitura fez a cessão de uso do imóvel.


- Eles fizeram um bom projeto, mas aguardam a liberação, tanto por parte do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), quanto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para começar a captação de recursos a fim de fazer a restauração e a instalação da casa de jazz.


A prefeitura tem feito o que pode para apoiar a agilização do processo - explicou Ana.


De acordo com a secretária, o prazo para a ocupação do imóvel já teria expirado.


No entanto, ela não soube informar a data exata.


O edifício foi inaugurado em 1860, como o Cassino Fluminense, com projeto do arquiteto Araújo Porto Alegre.


Em 1910, foi transformado no Clube dos Diários, para funcionários que trabalhavam no Rio, mas moravam em Petrópolis.


Em 1924, foi a vez de o Automóvel Club do Brasil utilizá-lo como sede.


A partir de então, o imóvel adquiriu uma dimensão política, já que todos candidatos à presidência da República, até 1930, foram apresentados lá.


Leia mais:


Projeto prevê demolição de quase um quarteirão no Centro do Rio

Prefeitura revitaliza a Ponte dos Jesuítas, em Santa Cruz


Publicada em 04/06/2010 às 17:04


Prefeitura revitaliza a Ponte dos Jesuítas, em Santa Cruz


O Globo


RIO - A Ponte dos Jesuítas, em Santa Cruz - a primeira obra de engenharia hidráulica da América Latina, será recuperada pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos em parceria com a Fundação Parques e Jardins.


Estão previstas limpeza das pichações, pavimentação no entorno e corte do mato que cresce entre as pedras do calçamento pé de moleque.


A previsão é de que o trabalho seja concluído em 15 dias.


A ponte data de 1752 e foi construída para conter as enchentes do Rio Guandu.


Sua ornamentação possui colunas de granito com capitéis em forma de pinhas portuguesas.


Na parte central, há um brasão com o símbolo da Companhia de Jesus (IHS) e frases em latim clássico.


Segundo a prefeitura, é um dos principais patrimônios históricos da cidade.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

1822: CONVOCAÇÃO DA 1ª. ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE DO BRASIL




03 Jun




Convocação da primeira




Assembléia Constituinte do Brasil




(1822)

PETRÓPOLIS - A CIDADE IMPERIAL, ABANDONADA PELA PREFEITURA











Infraestrutura





Parte de importante via em Petrópolis está desabando.








Leitor pede providência





Publicada em 31/05/2010 às 17h10m








Texto e fotos do leitor Ricardo Mattos

RIO - Parte da pista da Rua Bingen, sentido Centro, em Petrópolis, está caindo para dentro do rio desde o início do ano e a prefeitura não providencia o reparo.








A pista está cedendo em dois pontos distintos: 30 metros antes da garagem da Viação Esperança, metade da pista está interditada, pois está caindo para dentro do rio.








A metade que resta está esburacada.








O segundo ponto fica aproximadamente um quilômetros adiante, numa curva em frente ao posto de gasolina.








Neste ponto, foi feita uma obra para mascarar o problema, colocaram alguns paralelepípedos para formar um meio-fio, mas por baixo existe apenas uma fina camada de asfalto com uma cratera logo abaixo, oferecendo risco aos veículos e pessoas que passam por lá.

CENTRO: O DESCASO DA PREFEITURA COM A HISTÓRIA DO BRASIL !











Conservação





Leitor chama atenção para deterioração de monumentos públicos no Rio








Publicada em 02/06/2010 às 16h31m








Texto e fotos do leitor José Carlos de Carvalho

RIO - É inegável que a Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com órgãos de ação cultural, está promovendo um processo de revitalização em vários pontos históricos e culturais da cidade, como aconteceu com o Largo da Carioca, a Cinelândia e agora com a Lapa.








Mas é preciso que os "síndicos" criados pelo município percorram e observem mais detidamente outros locais.





Notei que o chafariz da Praça XV está abandonado e, para ilustrar esta constatação, fiz algumas fotos dele e dos arredores na manhã desta quarta-feira.








Moradores de rua ocupam o espaço, as pedras estão soltas, as placas e os detalhes da concepção original não mais existem, tudo isto fruto da falta de manutenção e vigilância de um patrimônio de rara beleza.





A estátua de Dom João VI, inaugurada 1965, está oxidada e sua base, pixada.








Como exemplo de que a preservação é tudo, a Igreja do Carmo, que passou por obras, está impecável.








Não adianta inaugurar monumentos sem efetuar preservação.








Em Copacabana, a estátua de Dorival Caymmi está a caminho da degradação.








Não sou síndico, mas sou carioca e gosto de minha cidade, apesar dos pesares.







VOCÊS VIRAM O THIAGO BARCELLOS POR AÍ ?

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O MERCADO MUNICIPAL



31/05/2010 - 05:34 Enviado por: Paulo Pacini


Uma das áreas de maior trânsito do Rio, a Praça 15 é há quase duzentos anos passagem obrigatória para os milhares de passageiros que seguem para Niterói ou ilhas da baía de Guanabara, tendo seu movimento aumentado ainda mais com o terminal de ônibus da Misericórdia.

Dentre as construções pitorescas dos arredores, uma delas, o prédio do restaurante Albamar, é sempre visto com admiração, mesmo que na maioria das vezes não se consiga entender a presença de obra arquitetônica tão singular, geralmente atribuindo-a a alguma excentricidade.

Mas em verdade — e os mais velhos bem o sabem — a torre, isolada como que em um tabuleiro vazio, é o único vestígio restante do enorme e único Mercado Municipal, prematuramente desaparecido.

Nas últimas décadas do século XIX, a cidade se ressentia da ausência de um entreposto de gêneros alimentícios melhor dimensionado às necessidades da crescente população, pois os existentes já haviam sido superados pela demanda, como no caso da Praça do Mercado, obra de Grandejean de Montigny, conhecido também como Mercado do Peixe (onde é a Bolsa de Valores), de 1841.

Para sítio de construção do novo e maior mercado, escolheu-se o terreno formado pelo aterro efetuado junto à Praia D. Manuel, na Misericórdia.

Após intermináveis negociações entre a municipalidade e o governo federal envolvendo a permuta de terrenos, em 1903 são iniciados os trabalhos, e, em dezembro de 1907, com a presença do presidente, Dr. Affonso Penna e do prefeito, general Francisco Marcelino de Sousa Aguiar, é finalmente inaugurada a obra.



Mercado Municipal, obra notável prematuramente desaparecida



Com área de mais de 20 mil metros quadrados, formada por um quadrilátero de 150 metros de lado, e estrutura de ferro importada da Europa, possuía uma torre em cada um dos cantos, onde havia um portão, além de outros quatro em cada lado.

No centro estava um pavilhão octogonal de maiores dimensões, com 35 metros de altura e um relógio.

A estrutura era dividida por 16 ruas internas, oito radiais e oito transversais, com calçamento de paralelepípedos, sendo as centenas de lojas supridas com serviços de água, luz, esgoto e gás.

Voltado fundamentalmente para o comércio de alimentos, o Mercado Municipal se tornaria o maior entreposto do gênero durante boa parte do século passado, dinamizando a atividade comercial nas ruas próximas.

Porém, mais uma vez o crescimento da cidade exigiria novos investimentos no setor e a construção de centros maiores, acabando por torná-lo superado em sua função original.

No final dos anos 50, a Prefeitura do Distrito Federal já tinha intenção de o demolir em um projeto de urbanização no qual previa-se a construção da avenida Perimetral, obra que mais iria agredir e desfigurar o histórico local.

Apesar da nova via não atingir totalmente o mercado, o poder público uma vez mais não fez cerimônia e destruiu totalmente um patrimônio da coletividade, o qual poderia de outra forma ser preservado para outras finalidades como a cultura, em benefício das gerações futuras.

domingo, 30 de maio de 2010

PEDRO DA CUNHA E MENEZES: CONCORDO COM VOCÊ, "MALDITO JUSCELINO !"


Literatura


'Maldito Juscelino': diplomata passeia por 1.502 bairros do Rio em romance policial


Publicada em 29/05/2010 às 20h37m

Hugo Naidin
O GLOBO


RIO - "No terceiro dia, quando Campo dos Afonsos finalmente chegou, reconheceu sem dificuldade a senhora Vidigal.

A mulher abraçada a Honório Gurgel na fotografia à margem da piscina, e a acompanhante do capitão Bento Ribeiro no Casa Shopping e no Maracanã eram a mesma pessoa.

Naquele mesmo dia, Rocha telefonou a Vaz Lobo".

Em poucas linhas do livro "Maldito Juscelino", do diplomata e jornalista Pedro da Cunha e Menezes, oito referências a lugares do Rio que são, ao mesmo tempo, personagens e locações do romance.

Oito de exatas 1.502, distribuídas ao longo de uma história policial sobre os caminhos e descaminhos da cidade: a suspeita de um 'acerto de contas' após o estupro da mulher de um major; um capitão que alerta sobre uma invasão do morro ao chefe do tráfico; as ondas do Grumari; o sanduíche do Cervantes.


Leia trechos do livro 'Maldito Juscelino, do diplomata Pedro da Cunha e Menezes.

Em pleno ano do cinquentenário de Brasília, um livro chamado "Maldito Juscelino", em capa vermelho-sangue, deve, no mínimo, se destacar nas prateleiras.

O autor garante que o lançamento, agora, é apenas uma feliz coincidência - embora também, admite, uma "provocação interessante".

O ataque ao presidente que tomou a capital do Rio é feito por um dos personagens, mas Pedro se apressa em dizer que não concorda com a afirmação:


- Colocar a culpa da decadência do Rio no JK é uma simplificação.

O Rio tem muita culpa própria.

Claro que o Rio deixou de ser o centro do poder, mas o problema foi que não soubemos lidar com isso.

São Paulo nunca foi capital.


Antes, porém, da discussão sobre culpa, o livro apresenta um Rio essencialmente multifacetado, não só do ponto de vista social como geográfico.

Montanhista e ex-comissário de bordo, Pedro da Cunha descreve com detalhes as trilhas do Alto da Boa Vista e a chegada de avião pelo Aeroporto Santos Dumont.

A natureza carioca é tão personagem quanto a corrupção policial e a disseminação das drogas.

Ao final, nem o próprio escritor - autor de outros 15 livros sobre o Rio, atualmente morando na Cidade do Cabo - sabe dizer se a beleza daquela compensa o flagelo destas.


- Sou daqueles que ainda acham o Rio a cidade maravilhosa.

A possibilidade de tomar um banho de cachoeira, olhar para cima e ver a Serra da Carioca brilhando atrás da Lagoa Rodrigo de Freitas é um baita prêmio.

Isso é um 'ativo' da cidade difícil de ser igualado em qualquer lugar do mundo, o que me deixa orgulhoso de ser carioca, apesar do esforço que temos feito para destruir tudo.


A pesquisa começou há vinte anos.

Com tempo livre e uma moto na garagem, Pedro comprou um guia Quatro Rodas, outro sobre os bens tombados da cidade, e pôs-se à empreitada particular de conhecer todos os bairros do Rio.

Não conseguiu, mas chegou aos honrosos 1502 endereços - entre bairros, favelas e locais de importância afetiva, como a escada do chileno Slarón, na Lapa, ou as Ilhas Cagarras.

Seu receio era de que, em meio a tantas referências contidas no livro, de modo mais ou menos explícito, a história em si ficasse em segundo plano.

Talvez por isso, os trechos sobre violência e polícia (e violência policial) tenham adquirido tintas tão carregadas.

Ambientado em 2001 - antes, portanto, da chegada das Unidades de Polícia Pacificadora -, "Maldito Juscelino" traz, em palavras ficcionais de oficiais da PM, comandantes do Bope, traficantes e usuários de drogas, a radiografia de uma cidade, ao contrário de Brasília, nada planejada.


"Sou um entusiasta das UPPs, elas são um passo no caminho certo, mas estão longe de ser a panaceia.

Como o próprio (secretário de Segurança, José Mariano) Beltrame diz, uma coisa é reduzir a violência, outra é acabar com o tráfico.

Cada vez que vou ao Rio me parece que a cidade tresanda a droga; as pessoas fumam maconha na praia, em festas, e falam sobre isso com naturalidade.

Ora, crime é aquilo que a sociedade repudia - e acho que no Rio a sociedade não repudia a droga.

Então precisamos discutir isso: como é possível implementar uma lei contra algo que é socialmente aceito?

Desde que sou criança vejo essa política do enfrentamento, que mata mais do que a doença; para cada pessoa que morre de overdose, dezenas morrem no combate ao tráfico.

Então me parece que o modelo está falido.

E a primeira coisa que se aprende numa escola militar é: guerra perdida você não luta".

Símbolo da modernização do Rio, avenida Rio Branco será fechada para carros

publicado em 30/05/2010 às 06h00:


Símbolo da modernização do Rio, avenida Rio Branco será fechada para carros


Prefeitura fechará via em caráter experimental no próximo dia 26 para testar projeto


Carolina Farias, do R7, no Rio



Foto por Augusto Malta/1906



Veja mais imagens

A avenida Rio Branco, inaugurada em 1905, mudou a paisagem da cidade e criou modismos no Rio de Janeiro


Marco da modernização pelo qual o Rio de Janeiro passou no início do século passado, a avenida Rio Branco será palco de outra transformação pouco antes de completar 105 anos.


No próximo dia 26, a Prefeitura do Rio bloqueará a via para veículos em caráter experimental e elabora um projeto para fechar de vez a avenida, um dos principais corredores do centro da capital carioca.


A administração municipal quer transformar a Rio Branco em um bulevar ou parque. A medida causa polêmica ao dividir opiniões.


Veja fotos da avenida Rio Branco

A construção da avenida foi inspirada nos modelos de bulevares franceses e foi inaugurada com 33 m de largura e 1.800 m de extensão.


Inicialmente, a via ganhou o nome de avenida Central – só em 1912, ela recebeu o nome atual, em homenagem ao barão do Rio Branco, diplomata e ministro das Relações Exteriores.


A Rio Branco nasceu a partir da revolução arquitetônica pela qual passou a cidade no início do século passado, por determinação do governo federal, que era sediado no Rio.


O então presidente Rodrigues Alves determinou a remodelação da capital – na época a vida na cidade era basicamente concentrada na região central e parte da zona norte – para torná-la mais bonita e, principalmente, com mais saneamento.


Na época, a capital sofria com epidemias de várias doenças, entre elas, a febre amarela. A época ficou conhecida como a do “bota abaixo”, por causa das demolições ocorridas para abrir as vias, entre elas, a Rio Branco, com traçado mais largo.


Na avenida, se instalaram importantes instituições artísticas e culturais como o Theatro Municipal, na Cinelândia, a Biblioteca Nacional e o Museu de Belas Artes (antes Escola Nacional de Belas Artes).


De acordo com o livro Rio de Janeiro na época da Av. Central, lançado no centenário da avenida, a reforma urbana mudou os hábitos dos cariocas, principalmente em relação ao espaço público.


A publicação conta que, "enquanto boa parte da população pobre precisou refazer sua vida nos subúrbios e morros, onde efervescia a cultura popular, as elites, moldadas pelos costumes franceses, passaram a frequentar intensamente as ruas do centro da cidade.


Suas lojas de artigos importados, seus modernos restaurantes, seu glamour trariam a Europa ainda mais para dentro do país.


A avenida marcaria o início da Belle Époque carioca, período que se estenderia até a Exposição de 1922”.


Maria Inez Turazzi, historiadora e doutora em arquitetura e urbanismo pela USP (Universidade de São Paulo), que prestou consultoria para a publicação, explica que o projeto da avenida era exemplar, pois também previa qual o pavimento e calçamento seria usado.


Para a construção dos prédios, segundo ela, houve concurso de projetos para evitar edifícios de mau gosto.


Maria Inez destaca que o engenheiro Paulo de Frontin, responsável pela obra da avenida e depois prefeito do Rio, fez o calçamento da Rio Branco com pedras portuguesas, inspirado no calçamento de Lisboa.


Tempos depois, quando o engenheiro assumiu a administração do município, colocou o mesmo piso no calçadão da avenida Atlântica, em Copacabana, uma das imagens mais conhecidas do Rio.


- Com a avenida Central, nasceu um código de posturas na cidade.


Ela virou um cartão-postal.


É uma história rica.


A vida da cidade passou por ela.


Deveria ser cuidada com mais carinho.

Fechamento polêmico


Atualmente a Rio Branco continua a guardar sua importância, mas, além do aspecto cultural, sua relevância é grande devido à concentração de edifícios comerciais.


A via também é um dos principais corredores de ônibus e carros e tem duas estações do Metrô Rio – Cinelândia e Carioca.


Fechá-la alteraria a vida no centro da cidade.


Na ala dos que se declaram contra o fechamento da Rio Branco, está o superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional), Carlos Fernando Andrade.


Na opinião do responsável pelo órgão de proteção ao patrimônio no Rio – que também fica na avenida –, a medida prejudicaria muito o trânsito da região e o centro não precisa de mais um parque.


- Por que a Rio Branco?


Ela é moderna.


Já é um bulevar no sentido francês, com calçadas largas.


Fechar a Rio Branco não tem sentido nenhum.


O Rio já tem muitos parques.


Aqui perto mesmo têm dois: a praça Paris e o Parque do Flamengo.


Andrade teme que, se transformada em parque, a Rio Branco seja mais uma área de lazer subutilizada.


Ele citou como exemplos o Campo de Santana, na avenida Presidente Vargas, e o Passeio Público.


Para ele, a avenida poderia sofrer melhorias, mas o fechamento é muito “radical”.


- O trânsito na Rio Branco tem de ser melhorado.


As bancas de jornais, por exemplo, são obstáculos.


Se transformaram em verdadeiros apartamentos nas calçadas e outdoors também.


Já a historiadora aprova a ideia de testar um fechamento para a avenida.


- Louvo a iniciativa de que se queira testar, pensar na possibilidade de fazer novamente [da avenida] um cartão de visitas.


Quem passa pela Rio Branco diariamente também tem dúvidas sobre o projeto de fechamento.


Para Leandro Leal , funcionário de uma banca de jornais da avenida, a proposta não é boa.


- Vai ser ruim. porque vai diminuir bastante nosso movimento.


Atendemos mais ou menos mil pessoas por dia.


O mensageiro Marcelo Maycon Azevedo também disse acreditar que o fechamento vai prejudicar quem precisa frequentar a avenida.


- Vai atrapalhar quem trabalha na região. Trabalho em dois lugares aqui e para ir de um ponto para outro eu vou de ônibus.


Mas há quem acredite no projeto, como o ambulante Jorcelino Pereira Lopes, de 70 anos, que trabalha há 25 na região da Rio Branco.


- Só dá para saber depois de fechar.


Tem coisas que a gente pensa que dá errado e dá certo.


Quando o Getúlio [Vargas] queria fazer a [avenida] Presidente Vargas também acharam que ele estava maluco.


No entanto, ela está aí.


Tem que fazer para ver.