Clube só no papel
Antiga sede do Automóvel Club está abandonada
Publicada em 04/06/2010 às 22h45m
Jacqueline Costa
O GLOBO
RIO - É desoladora a imagem do antigo prédio do Automóvel Club do Brasil, na Rua do Passeio, no Centro.
Na fachada, que ostenta um belo frontão neoclássico, há dezenas de pichações, rachaduras e infiltrações, além de plantas, que não param de crescer.
Diante das más condições do imóvel, fica evidente o contraste com o edifício vizinho, que passou recentemente por uma minuciosa restauração e abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Após desapropriar o antigo prédio do Automóvel Club do Brasil,
Uma comissão foi designada, por decreto, para decidir qual a melhor entre as sete propostas apresentadas para a ocupação do prédio, em resposta a um edital da prefeitura.
A proposta vencedora foi a do Grupo Tom Brasil e incluiria um investimento de R$ 28 milhões na recuperação do edifício.
De acordo com a secretária municipal de Cultura, Ana Luisa Lima, o projeto da casa de jazz continua de pé.
Ainda segundo a secretária Ana Luisa, a responsabilidade pelo estado em que o prédio histórico se encontra é do Grupo Tom Brasil, já que prefeitura fez a cessão de uso do imóvel.
- Eles fizeram um bom projeto, mas aguardam a liberação, tanto por parte do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), quanto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para começar a captação de recursos a fim de fazer a restauração e a instalação da casa de jazz.
A prefeitura tem feito o que pode para apoiar a agilização do processo - explicou Ana.
De acordo com a secretária, o prazo para a ocupação do imóvel já teria expirado.
No entanto, ela não soube informar a data exata.
O edifício foi inaugurado em 1860, como o Cassino Fluminense, com projeto do arquiteto Araújo Porto Alegre.
Em 1910, foi transformado no Clube dos Diários, para funcionários que trabalhavam no Rio, mas moravam em Petrópolis.
Em 1924, foi a vez de o Automóvel Club do Brasil utilizá-lo como sede.
A partir de então, o imóvel adquiriu uma dimensão política, já que todos candidatos à presidência da República, até 1930, foram apresentados lá.
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