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sábado, 13 de junho de 2009

13 Jun - Início da Insurreição Pernambucana contra os holandeses (1645).


JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA

Patriarca da Independência e Pai da Mineralogia no Brasil



1763 - Nascimento de José Bonifácio, o segundo de 10 irmãos, filho do coronel e ex-fiscal das Minas de Paranapanema, o santista Bonifácio José de Andrada e Maria Bárbara da Silva, nasce em Santos, no dia 13 de Junho num casarão situada a Rua Direita em Santos sendo batizado com o nome de José Antônio de Andrada e Silva. Vinha de uma das famílias mais ricas de Santos.



Devido ao seu papel fundamental na preparação e na consolidação da Independência do Brasil é chamado de o Patriarca da Independência e por seus feitos na mineralogia é considerado como o Pai da Mineralogia no Brasil e devido ao seu amor a natureza e a sua luta pela preservação do meio-ambiente é considerado também o Pai da Ecologia no Brasil.



Por seus grandes feitos no campo da geologia e mineralogia, recebeu uma grande homenagem do mineralogista norte-americano James Dana, o seu nome em uma espécie mineral - "andradita" - mineral do grupo das granadas.



http://www.museujobas.hpg.ig.com.br/jose.htm

quinta-feira, 11 de junho de 2009

11 Jun - Batalha Naval do Riachuelo - Guerra da Tríplice Aliança (1865).


1865 - BATALHA DE RIACHUELO

No dia 11 de junho de 1865 travou-se no rio Paraná uma violenta batalha naval entre as esquadras do Brasil e Paraguai. Os navios brasileiros haviam navegado rio acima com a missão de bloquear os portos paraguaios, mas o ditador paraguaio Francisco Solano Lopez, ciente do perigo que isso representava para o seu projeto de poder, decidiu atacá-los na foz do arroio Riachuelo, situada perto da cidade argentina de Corrientes, onde numerosas ilhas e ilhotas dificultam a passagem. Nesse lugar os paraguaios haviam guarnecido em segredo a margem direita do rio, com uma bateria de 22 canhões.


A esquadra do almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, futuro barão do Amazonas, era composta por 5 navios, com um total de 59 bocas-de-fogo e 2.287 homens embarcados, enquanto os paraguaios, comandados pelo capitão-de-fragata Pedro Inácio Meza, dispunham de 8 navios e seis baterias flutuantes, ou chatas, com 67 bocas-de-fogo e 5 mil homens. O combate entre essas duas forças navais começou pela manhã, e em determinado momento, decidido a acabar de vez com a frota paraguaia, o almirante Barroso avançou com a proa do navio a vapor Amazonas para cima das embarcações inimigas, numa manobra tentada pela primeira vez no mundo. Com as colisões, três navios paraguaios foram completamente inutilizados, e ao perceberem isso os comandantes dos demais fugiram rio acima, perdendo quatro barcos e todas as chatas, com 1.500 homens. A batalha durou dez horas sangrentas. Ao final, Barroso manobrou rapidamente para abalroar e por a pique três embarcações inimigas com seu navio, o Amazonas. Assim, assegurou a vitória. As perdas brasileiras foram de um navio e 247 homens, entre mortos e feridos.


A história naval registrou o momento épico e uma das inúmeras obras escritas sobre o embate do Riachuelo, mencionada pelo senador Romeu Tuma na data de aniversário da batalha naval, diz textualmente:


"Desde esse momento, um ardor aquileano inflama o peito do velho guerreiro. Seus olhos dardejam relâmpagos através da nuvem de sua longa barba branca agitada pelo vento; a lança que só ele pode manejar, como o herói de Homero, é a proa do Amazonas (...). Uma vez envolvido na peleja, ele renuncia ao mando à distância, além das bordas do Amazonas; nem um novo sinal da capitânia:


QUE CADA UM CUMPRA SEU DEVER; ele comanda pelo seu exemplo, pela presença do seu vulto no passadiço do navio; ele sente que a unidade tática que obedece à sua voz imediata basta para exterminar toda a esquadra inimiga..."


Entre os atos de heroísmo que se verificaram nessa terrível batalha, merecem destaque os dos marinheiros brasileiros Greenhalgh e Marcílio Dias, o primeiro prostrando morto um oficial paraguaio que tentava arriar a bandeira brasileira da canhoneira Parnaíba, mas sendo abatido a golpes de machado pela multidão de paraguaios que o assaltou; e o segundo lutando a sabre com numerosos atacantes de sua nave, quando ficou coberto de ferimentos e por isso acabou falecendo no dia seguinte.


A vitória brasileira na batalha de Riachuelo exerceu uma influência considerável nos rumos da guerra contra o Paraguai, porque além de impedir que Solano Lopez invadisse a província argentina de Entre Rios, cortou a marcha até então triunfante do ditador, fazendo com que seu exército, sob o comando do tenente-coronel Antonio de la Cruz Estigarribia, que havia atravessado o rio Uruguai e ocupado sucessivamente, de junho a agosto, as povoações de São Borja, Itaqui e Uruguaiana, a partir daquele momento, perdesse a iniciativa da luta e se limitasse a praticar uma tática militar totalmente defensiva, até a derrota final.



(texto de FERNANDO KITZINGER DANNEMANN)

DRAGÕES DA INDEPENDÊNCIA


Tropa de elite do Exército



O 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), conhecido como Dragões da Independência — nome que ganhou em 1927 — faz a guarda e segurança do presidente da República, e, consequentemente, dos palácios da Alvorada, do Planalto, do Jaburu (vice-presidência) e da Residência Oficial da Granja do Torto. A função é dividida com o Batalhão da Guarda Presidencial (BGP).



As duas unidades são consideradas a elite do Exército Brasileiro. Têm funções iguais a qualquer batalhão de infantaria, mas recebem treinamentos específicos para proteger presidentes e os palácios, que incluem combate a terrorismo. Também têm armamentos sofisticados.



Os Dragões da Independência contam com 2 mil e 700 fuzis automáticos leves (FAL). Já o BGP é formado por 1,7 mil homens. Ambas as unidades têm em seus quadros aqueles que são considerados os melhores soldados do Exército. Cada componente fica no máximo sete anos no BGP e 1º RCG.



Os Dragões da Independência têm participações em quase todos os episódios marcantes da história brasileira, como as batalhas contra vizinhos da América do Sul e os golpes militares. Hoje, também são conhecidos pela excelência em treinamento para cavalos e cavaleiros.




Família real



O quartel, na imensa área à margem do Parque Nacional de Brasília (Estrada Parque e Acampamento, Setor Militar Complementar), é ocupados por centros de salto, adestramento, polo e equoterapia. Dom João VI foi quem criou o 1º RCG, em 13 de maio de 1808. Na época, o regimento tinha a função de fazer a guarda da família real, que naquele ano havia se refugiado no Brasil devido à invasão de Portugal pelo exército francês.


Eram os dragões (soldados da cavalaria) que acompanhavam D. Pedro I quando ele declarou a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. No famoso quadro de Pedro Américo, que retrata o Grito do Ipiranga, são eles que saúdam, com o príncipe, a emancipação do país.



Aquartelados em Brasília desde 1966, os Dragões da Independência usam um fardamento do século 19, em branco e vermelho, que são as cores tradicionais da cavalaria desde a Idade Média. Em festas cívicas e algumas competições esportivas de hipismo, os dragões e os animais do regimento se apresentam e fazem demonstrações de agilidade e destreza.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

NOTA DE PESAR




Dia da Arma de Artilharia


10 Jun


- Dia da Arma de Artilharia - data de nascimento do marechal Emilio Luiz Mallet, Patrono da Arma (1801).


- Início da Revolução Liberal em Minas Gerais (1842).


- Batalha de Resistência de São Borja (o Exército paraguaio atravessa o rio Uruguai e invade o território brasileiro) - Guerra da Tríplice Aliança (1865).


- Criação do Ministério da Defesa e transformação do Ministério do Exército em Comando do Exército (1999).


Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho de 1801, em Dunquerque, França. Veio para o Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.


Mallet recebeu do Imperador D. Pedro I – que o conhecia e lhe reconheceu a vocação para a carreira das Armas – convite para ingressar nas fileiras do Exército Nacional, após a recém-proclamada Independência.


Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando praça como 1º Cadete.


Iniciou, assim, uma vida militar dedicada inteiramente ao Exército e ao Brasil.


Em 1823 matriculou-se na Academia Militar do Império.


Como já possuía os cursos de Humanidade e Matemática, foi-lhe dado acesso ao de Artilharia.


Nesse mesmo ano, jurou a Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira.


Comandava Mallet a 1ª Bateria do 1º Corpo de Artilharia Montada quando seguiu para a Campanha Cisplatina.


Recebeu seu batismo de fogo e assumiu o comando de quatro baterias.


Revelou-se soldado de sangue frio, valente, astuto. Fez-se respeitado por sua tropa, pelos aliados e pelos inimigos.


Combateu ainda na Guerra dos Farrapos, como comandante de uma bateria a cavalo; e como comandante do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, em operações na Campanha do Uruguai e na Campanha da Tríplice Aliança.


A artilharia de Mallet, em Passo da Pátria, Lomas Valentinas, Peribebuí, Itororó, Avaí, Campo Grande, Tuiuti e no cerco à fortaleza de Humaitá, fez o inimigo sentir o valor do soldado brasileiro.


Na Campanha das Cordilheiras, fase final da Guerra da Tríplice Aliança, foi Mallet o comandante-chefe do Comando Geral de Artilharia do Exército. Finda a campanha, já tendo ascendido ao posto de Brigadeiro, retornou ao Rio Grande do Sul.


A 18 de janeiro de 1879 foi promovido a Marechal-de-Campo e a 11 de outubro de 1884 a tenente-general. Recebeu, ainda, a 28 de dezembro de 1878, o título de Barão de Itapevi.


Paradigma de chefe idôneo, espírito reto e ordeiro, caráter impoluto e dinâmico, Mallet tornou-se o Patrono da Arma dos tiros densos, longos e profundos.


terça-feira, 9 de junho de 2009

09 Jun - Falecimento do Padre Anchieta, considerado primeiro diplomata do Brasil por sua ação com os indígenas.


Padre José de Anchieta


Nasceu na ilha de Tenerife, uma das ilhas Canárias dominadas pela Espanha no final do século XV, a 19 de março de 1534, dia de São José, motivo de seu nome. Filho de próspera família, tendo por pais Juan de Anchieta e Mência de Clavijo y Llarena, teve a oportunidade de estudar desde a mais tenra idade, provavelmente com os dominicanos. Aos quatorze anos iniciou seus estudos em Coimbra, no renomado Colégio de Artes, orgulho do rei Dom João III.


Lá recebeu uma educação renascentista, principalmente filológica e literária.


Com 17 anos de idade ingressou na Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola em 1539 e aprovada por meio da bula Regimini Militantis Eclesiae em 1540, pelo papa Paulo III. No ano de 1553, no final de seu noviciado, fez seus primeiros votos como jesuíta. Assim, acabavam seus temores de não poder permanecer na Ordem por ter sido acometido de uma doença ósteo-articular logo após seu ingresso. Aconselhado pelos médicos de que os ares do Novo Mundo seriam benéficos para sua recuperação, foi enviado em missão para o domínio português na América.


Veio ao Brasil com a segunda leva de jesuítas, junto com a esquadra de Duarte da Costa, segundo governador-geral do Brasil. Em 1554 participou da fundação do colégio da vila de São Paulo de Piratininga, núcleo da futura cidade que receberia o nome de São Paulo, onde também foi professor. Exerceu o cargo de provincial entre os anos de 1577 a 1587. Escreveu cartas, sermões, poesias, a gramática da língua mais falada na costa brasileira (o tupi) e peças de teatro, tendo sido o representante do Teatro Jesuítico no Brasil.


Sua obra pode ser considerada como a primeira manifestação literária em terras brasileiras. Contribuiu, dessa maneira, para a formação do que viria a ser a cultura brasileira. De toda a sua obra, destacam-se a Gramática da língua mais falada na costa do Brasil, De Gestis Mendi de Saa, Poema da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, Teatro de Anchieta e Cartas de Anchieta. A coleção de Obras Completas do Pe. José de Anchieta é dividida sob três temáticas: poesia, prosa e obras sobre Anchieta; a publicação prevê um total de 17 volumes.


José de Anchieta faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta) na Capitania do Espírito Santo, em 9 de junho de 1597. Graças ao seu papel ativo no primeiro século de colonização do Brasil, José de Anchieta ganhou vários títulos, tais como: “apóstolo do Novo Mundo”, “fundador da cidade de São Paulo”, “curador de almas e corpos”, “carismático”, “santo”, entre outros. Assim, teve uma imagem construída de maneira heroicizada por seus biógrafos, já nos anos que se seguiram à sua morte.

Fonte: www.histedbr.fae.unicamp.br - Parte do Conteúdo elaborado por Cézar de Alencar Arnaut de Toledo, Flávio Massami Martins Ruckstadter e Vanessa Campos Mariano Ruckstadter.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"A dor é forte, mas com a consolação de Deus, vamos superar isso"


Rio - No sexto dia após a queda do Airbus da Air France, a ausência de destroços recolhidos do avião dividiu as famílias. Para alguns, ainda resta esperança.


Outros já buscam na religião o conforto diante da certeza do parente perdido.


Ontem, 180 pessoas rezaram pelas 228 vítimas do voo 447, na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro do Rio.


“Não perdemos um filho. Nós o devolvemos para Deus.


Quando soube da notícia, eu senti um ciúme enorme.


Por que Deus tirou o meu filho?


Mas Ele tem todo direito.


Peço para que todos tenham fé e rezem uns pelos outros”, rogou o príncipe D. Antônio de Orleans e Bragança, da Família Imperial brasileira, pai de Pedro Luiz, 26, que voltava para Luxemburgo, onde mora, no voo trágico. D. Antônio assistiu, ao lado da mulher, D. Christine de Ligne, à missa celebrada pelo arcebispo do Rio, D. Orani Tempesta.


“Essa experiência de dor faz parte de nossa cruz, de nossa vida”, disse o arcebispo, que distribuiu o Novo Testamento para parentes dos passageiros.


Diferentemente do tio, Maria Elisabeth de Orleans e Bragança, 27, ainda sonha com a volta do primo.


“Ao mesmo tempo que isso (a falta de destroços recolhidos) aumenta nossas esperanças, dá a sensação de que continuamos na mesma, sem notícias.


Folha Online, no Rio


Cerca de 150 pessoas compareceram ao ato religioso em homenagem aos passageiros que embarcaram no voo AF 447, da Air France, que desapareceu na rota Rio-Paris no último domingo (31).


A missa foi celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, na capela da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no centro do Rio. Dom Orani leu a mensagem de apoio do papa Bento 16 às famílias das vítimas.


Representantes de oito famílias dos passageiros do voo estiveram na cerimônia, entre eles parentes de Pedro Luis de Orleans e Bragança, herdeiro da Família Real brasileira que embarcou no avião.


O pai dele, príncipe dom Antônio, leu mensagem na qual ressaltou "não ter perdido o filho, mas sim, devolvido a Deus".



Sergio Moraes /Reuters





Antônio de Orleans e Bragança, pai de Pedro,


que estava no avião da Air France,


e a mulher em ato em homenagem às vítimas do voo



"A dor é forte, mas com a consolação de Deus, vamos superar isso", afirmou.



Única autoridade presente na missa, o secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Marcio Pacheco, representou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Discurso de D.Antonio em missa na Antiga Sé do Rio de Janeiro

05/06/2009, 20h52


Dom Antonio de Orleans e Bragança, pai do príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, de 26 anos, que estava no voo 447, da Air France, discursou durante uma missa em memória aos passageiros na noite desta sexta-feira (5), na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro do Rio.


“Estou aqui como um pai que perdeu um filho. Eu acredito que todos compartilham do mesmo sentimento nessa hora de dor. Só existe um remédio: a fé. Deus levou o meu filho, mas ele é misericordioso, sabe o que faz”, disse emocionado.


Dom Antonio estava acompanhado da esposa Dona Cristina de Orleans e Bragança, e dos filhos Dom Rafael e Dona Maria Amélia.


A médica Maria Elizabeth de Orleans e Braganga, prima do príncipe Pedro Luis, estava na África e veio para o Brasil acompanhar os trabalhos de buscas. “O fato dos destroços não serem do avião aumenta as esperanças, mas ainda continuamos sem notícias, a dor não diminui”, disse.


Presidida pelo arcebispo do Rio, D. Orani João Tempesta, a missa começou por volta das 18h10 desta sexta-feira (5) e terminou por volta das 19h10. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, não pôde comparecer e foi representado pelo secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Márcio Pacheco (PSC).


Angústia . Em solidariedade às famílias das vítimas, Dom Orani escreveu uma nota em nome da Arquidiocese do Rio. Ele distribuiu 228 folhetos com o Novo Testamento e uma mensagem pessoal dele de solidariedade às famílias.


O voo 447 desapareceu na noite de domingo (31) sobre o Oceano Atlântico, quando saiu do Rio rumo a Paris.





Mensagem do Chefe da Casa Imperial do Brasil


05/06/2009, 12h19


Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil ( Imperador de Jure do Brasil, Dom Luiz I)


Transido de pesar, cabe-me o dever de registrar, enquanto Chefe da Casa Imperial do Brasil, o desaparecimento de meu querido e já saudoso sobrinho, D. Pedro Luiz de Orleans e Bragança, no fatídico acidente do vôo da Air France (Rio-Paris), ocorrido no dia 31 de maio, em pleno Oceano.


Diante da pungente dor de seus pais, D. Antonio e D. Christine, de seus irmãos, D. Amélia, D. Rafael e D. Maria Gabriela, e de minha querida Mãe, D. Maria, volto para eles minha especial solicitude e meu particular afeto. Solicitude e afeto que volto igualmente - e, junto comigo, toda a Família Imperial - para aqueles que perderam seus entes queridos no referido acidente aéreo. A todas estas famílias - de modo muito especial às brasileiras - a Família Imperial estende seus sentimentos e roga a Deus pelo descanso eterno de cada vítima.


Nestes dias, de todo o Brasil e até do exterior, chegaram aos pais de D. Pedro Luiz, bem como a mim e a toda a Família Imperial, numerosas e sinceras manifestações de pesar por tão trágico sucesso. Não posso deixar de ver nessas sentidas manifestações a expressão viva e autêntica do sentimento familiar e dos laços de afeto que sempre uniram a Família Imperial e os brasileiros, monarquistas ou não.


D. Pedro Luiz - até então, 4º na linha de sucessão dinástica - era um jovem Príncipe que despontava na sua geração como uma promessa, suscitando o interesse e a atenção de muitos, por seu modo aprazível, por suas inegáveis qualidades e pela tradição que representava.


Como fruto da exímia formação e do senso do dever, incutidos por seus pais, após se ter formado em Administração de Empresas pelo IBMEC do Rio de Janeiro, e se pós-graduado pela FGV, dava ele os passos iniciais de uma promissora carreira profissional, no BNP Paribas, no Luxemburgo, tendo a preocupação e o empenho de fazer ver aos estrangeiros as grandes potencialidades de nosso País.


Mas sua presença era especialmente querida entre aqueles que acreditam ser o regime monárquico uma solução adequada para o Brasil hodierno.


Foi D. Pedro Luiz presidente de honra da Juventude Monárquica e participou de ações e eventos de relevo em prol dos ideais monárquicos - muitas vezes na companhia de seus pais - chegando até a representar a Casa Imperial, em mais de uma ocasião, sendo-me especialmente grato recordar sua presença, em Portugal, em comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.


Se o momento é de apreensão e de tristeza, não pode ele ser desprovido de esperança. Esperança que se volta, de modo particular, para D. Rafael - irmão do desaparecido - a quem auguro ânimo e determinação diante do infortúnio, e exorto a que seja, na sua geração, um exemplo de verdadeiro Príncipe, voltado para o bem do Brasil e exemplo de virtudes cristãs.


Ao encerrar esta dolorosa comunicação, volto meu olhar a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, a quem suplico confiante que acolha na eternidade a D. Pedro Luiz. E rogo especiais orações por ele, bem como por seus pais, irmãos e por minha querida Mãe, a todos aqueles que, com espírito de fé, acompanham a Família Imperial neste momento de luto.


São Paulo, 5 de junho de 2009


Dom Luiz de Orleans e Bragança

Chefe da Casa Imperial do Brasil

Televisão Belga fala sobre o príncipe D.Pedro Luiz


05/06/2009, 14h00


Televisão Belga fala sobre o príncipe D.Pedro Luiz e entrevista seu tiu o Príncipe Titúlar de Ligne, Miguel de Ligne:


Deux Belges font partie des passagers du vol AF 447 Rio - Paris qui a disparu des écrans de radar, lundi matin. L'un d'eux est le fils aîné de la princesse Christine de Ligne, le Belgo-brésilien Pierre-Louis d'Orléans Bragance. Pedro Luiz (en espagnol) est un descendant de la famille impériale brésilienne. Le jeune homme n'a que 26 ans et travaille dans une banque au Luxembourg. Pedro Luiz se rendait au Brésil pour voir des membres de sa famille.


VEJA O VÍDEO NO LINK ABAIXO:

Missa na Sé reúne família real




06/06/2009, 13h16



Parte dos parentes das vítimas chegou do Recife pouco antes da cerimônia religiosa



Na igreja que testemunhou os momentos mais importantes da família imperial, como o casamento de d. Pedro I, a sagração de d. Pedro II e o batizado da princesa Isabel, o príncipe d. Antônio de Orleans e Bragança fez ontem um discurso emocionado em memória de seu filho, Pedro Luís, um dos passageiros do voo AF 447, da Air France. "Estou aqui como um simples pai", disse, com voz embargada. "Peço a todos que estão aqui, passando por todo esse sofrimento, que tenham fé em Deus. Não perdemos nossos filhos. Nós os devolvemos a Deus. Quando recebi a notícia, senti ciúmes de Deus, que está com meu filho querido. A dor é muito forte, mas mantenho a fé", disse.



A missa na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, que foi capela imperial, foi rezada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, d. Orani Tempesta, e reuniu cerca de 180 pessoas. Poucos familiares de passageiros compareceram à cerimônia - muitos deles passaram o dia no Recife, acompanhando as investigações sobre o acidente, e chegaram poucos minutos antes de a missa começar.



A família imperial era a mais numerosa - cerca de 20 pessoas, entre irmãos, primos e tios de Pedro Luís. Maria Elisabeth de Orleans e Bragança, de 27 anos, estava na África, onde atua na ONG Médicos Sem Fronteiras, e voltou ao País ao saber do desaparecimento do primo. "Saber que não localizaram os destroços faz com que tenhamos alguma esperança, mas a dor não diminui", comentou, muito emocionada.



A estudante Tuane Rocha, de 26 anos, chorava o desaparecimento do noivo, o empresário russo Andrey Kiselev, de 47. Eles moravam juntos havia um ano em Moscou e ela trouxe o empresário para conhecer sua família. "Mostrei o Rio para ele, que adorou a cidade. Andrey deveria voltar para Moscou no dia 24, mas adiamos o voo para que ele pudesse ficar mais uma semana. Agora acabou tudo." Tuane contou que Kiselev voltaria ao Brasil em junho. "Nos casaríamos no dia 18, quando faço aniversário."



D. Orani ressaltou que a missa não era uma "homenagem aos mortos", mas uma cerimônia em intenção aos desaparecidos. "Trabalhamos com a fé e a esperança." Ele transmitiu a bênção e a solidariedade do papa Bento XVI. No fim, entregou um exemplar do Novo Testamento aos parentes.

"A esperança se foi"

03/06/2009 - 18:41 - Atualizado em 04/06/2009 - 21:02


Dom Antônio de Orleans e Bragança, pai de Pedro Luiz, que estava no voo 447, diz que a família busca consolo na oração depois que os destroços do avião foram encontrados

MARTHA MENDONÇA


Pedro Luiz de Orleans e Bragança,

quarto na linha sucessória do trono brasileiro,

era um dos passageiros do voo 447


Pedro Luiz Maria José Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, 26 anos, era o quarto nome na linha sucessória do trono brasileiro. Faria escala em Paris, seguindo depois para para Luxemburgo, onde trabalhava há dois anos, em uma instituição financeira. Formado em Administração de Empresas, passara dez dias no Brasil em visita à família.


É filho de Dom Antônio e de Cristina de Ligne, que moram em Petrópolis, e irmão mais velho de Rafael, Amélia e Maria Gabriela, que vivem no Rio.


Segundo o pai, Dom Antônio, ele passou os dias de folga visitando os amigos, indo a reuniões preparadas para ele. Mas também foram a Petrópolis, jogaram golfe, tênis e futebol, seus esportes preferidos. "Ele era muito bom nos esportes.


Torcia pelo Fluminense, como 100% da nossa família", diz Dom Antônio. Também gostava de música, inclusive a clássica, um gosto compartilhado com o pai. No domingo, depois de um almoço familiar, desceu a serra com pais e irmãos, que foram levá-lo ao aeroporto.


"Conversamos sobre o trabalho dele, que há dois anos trabalhava em um banco francês, e também, coincidentemente, sobre fé e religião. Ele me disse que estava feliz e Deus era muito importante em sua vida", afirma o pai. É a fé católica que tem mantido a família mais calma nesses dias de tragédia.


Segundo Dom Antônio, todos estão unidos e rezando pela alma do filho e irmão querido.


"Somos católicos de muita fé e respeitamos a vontade de Deus. Estamos rezando muito e isso tem nos ajudado muitíssimo. Muitas pessoas, em horas de sofrimento como esta, questionam erradamente a bondade de Deus. Penso que meu filho era bom demais, e talvez por isso Deus tenha o chamado para perto mais cedo.


O problema é a saudade, que é muita", diz. Dom Antônio soube do acidente assim que acordou, por volta de sete e meia, na segunda-feira (1º).


Assim que teve certeza do voo a que as notícias se referiam, contou à mulher, Cristina. No começo, acompanharam as informações sobre a tragédia com esperança de que o filho estivesse vivo. Com o tempo, porém, se conformaram.


Pedro Luiz era tetraneto de Dom Pedro II, trineto da Princesa Isabel.


Sempre acompanhou o pai e os tios no movimento monárquico. Em 1993, no referendo que discutiu a restauração da monaquia, fez campanha ao lado do pai, chamando atenção por sua segurança e atitude com apenas 10 anos.


Desde 1999 era presidente de honra da Juventude Monárquica. Em sua comunidade na internet – Causa Imperial – os quase 500 membros deixaram mensagens lamentando a perda do príncipe.


Sua morte cancelou o 22º Encontro Monasquista, que aconteceria neste fim de semana, no Rio de Janeiro. Além de Pedro Luiz, outro membro da família real viajou para a França pela Air France no domingo.


No voo das 16h40, estava a princesa belga Alice Maria de Ligne, sua prima de 24 anos, que mora na Bélgica com os pais (ela é filha de Eleonora Orleans e Bragança com o príncipe de Ligne, Miguel de Ligne – por sua vez, irmão de Cristina, mãe de Pedro Luiz). "Os dois pensavam em ir juntos, mas não conseguiram. Então ela foi mais cedo", diz Dom Antônio.


ÉPOCA – Como está a família diante desta perda?


Dom Antônio de Orleans e Bragança – Conformados. Somos católicos de muita fé e respeitamos a vontade de Deus. Estamos rezando muito e isso tem nos ajudado muitíssimo. Muitas pessoas, em horas de sofrimento como esta, questionam erradamente a bondade de Deus. Penso que meu filho era bom demais, e talvez por isso Deus tenha o chamado para perto mais cedo. O problema é a saudade, que é muita.


ÉPOCA – Como o senhor soube do acidente?


Dom Antônio – Tenho o costume de ligar a televisão para ver notícias assim que me levanto. Na segunda de manhã não foi diferente. Já trocando de canal, vi uma informação pela metade sobre um problema com avião da Air France. Mas não sabia origem e nem destino. Num outro canal, fiquei sabendo que era Rio-Paris. Preocupei-me duplamente, já que, além de meu filho, que tinha partido no voo das 19h30, minha sobrinha Alice tinha ido no voo anterior, de 16h40.


Quando soube que era o de Pedro Luiz, chamei a mãe dele. Pedi que ela se sentasse e contei que o avião estava desaparecido. Ela é uma pessoa extremamente calma, mas, como mãe, era impossível que não se desesperasse. Desde então estamos acompanhando tudo. No começo tínhamos esperança de que ele voltasse. Agora essa esperança se foi.





Pedro Luiz (à esq.) em foto com o pai, Dom Antônio,


e ao lado da mãe, da avó e dos três irmãos





ÉPOCA – O senhor o levou ao aeroporto no domingo?




Dom Antônio – Eu, minha esposa e nossos outros três filhos. Havíamos passado o fim de semana em Petrópolis. No domingo de manhã jogamos golfe e, coisa rara, meus filhos quiseram ficar no meu time. Depois almoçamos e descemos a serra, indo direto levá-lo ao aeroporto. Conversamos sobre o trabalho dele, que há dois anos trabalhava em um banco francês, e também, coincidentemente, sobre fé e religião. Ele me disse que estava feliz e Deus era muito importante em sua vida.



ÉPOCA – Como era o temperamento de Pedro Luiz?




Dom Antônio – Como pai, sou suspeito para falar. Mas quem conviveu com ele também dizia que era um rapaz espetacular. O chefe direto dele me telefonou da Europa para dizer que havia perdido um filho. Os amigos estão inconsoláveis. Ele gostava muito de esportes. Além de golfe e tênis, também jogava futebol muito bem. Torcia pelo Fluminense, como toda nossa família.Também gostava muito de música. Da música moderna, como todo jovem, mas também da clássica, o que era uma fator de união muito grande entre nós. Ele viajava de carro pela Europa ouvindo música clássica e muitas vezes me telefonava e colocava o celular perto da caixa de som para que eu ouvisse o que ele estava ouvindo. Era muito bonito. Vou sentir muita falta disso.

Princesa belga quase embarca no voo 447

02/06/2009 - 19:32 - Atualizado em 02/06/2009 - 19:37

Princesa belga quase embarca no voo 447

Alice Maria de Ligne, prima de Pedro Luís de Orleans e Bragança, viajou para Paris pouco antes, às 16h40. Os dois não conseguiram assento no mesmo voo.

MARTHA MENDONÇA

BELEZA


Alice foi considerada uma das mulheres mais belas da Europa pela revista Point de Vue


Além de Pedro Luís de Orleans e Bragança, um outro membro da família real viajou para a França pela Air France no último domingo – mas no voo de 16h40: a princesa Alice Maria de Ligne, 25 anos, prima do príncipe que estava no Airbus que caiu no Oceano Atlântico.


A informação é de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, tio dos dois jovens. "Os dois viajariam juntos, mas não conseguiram assentos no mesmo voo", disse.


A princesa voltava para a Bélgica, onde mora com os pais. A jovem foi considerada uma das mulheres mais bonitas da Europa pela revista francesa Point de Vue.


A mãe de Alice é Eleonora de Orleans e Bragança, irmã de Antônio, pai do jovem Pedro Luís. Nasceu do casamento de sua mãe com o príncipe de Ligne, Miguel de Ligne.


Este por sua vez, é irmão da mãe do príncipe desaparecido, Christine. Foi um casamento de irmãos Orleans e Bragança com irmãos Ligne.


Segundo Dom Bertrand, segundo na sucessão do trono brasileiro, a família está rezando por Pedro Luís. "Somos muito católicos, a fé nos salva nesses momentos".


Pedro Luís, de 26 anos, formado em Administração de Empresas, trabalhava havia quatro anos numa instituição financeira belga e veio ao Brasil visitar a família.


Sua morte provocou o cancelamento do 22º Encontro Monarquista, que aconteceria no próximo fim de semana, no Rio de Janeiro.

NOTA DE PESAR DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO



O Comandante-Geral, Oficiais, Praças e Funcionários Civis da Imperial Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro solidarizam-se com a dor da Família Imperial pela irreparável perda de S.A.I.R. Príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, alguém especial que deixou um vazio impossível de se preencher.


Na certeza de que nenhuma palavra será capaz de reparar tamanha perda, somente as lágrimas invisíveis de toda a família policial-militar podem traduzir nossa infinita consternação e solidariedade.


Apresentamos à família o nosso abraço mais comovido e solidário.


Que Deus, em sua infinita misericórdia, esteja presente em vossos lares, levando muita paz, saúde, força e luz.



Quartel-General, em 04 de junho de 2009.


GILSON PITTA LOPES – CORONEL PM / COMANDANTE-GERAL