FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

quarta-feira, 18 de abril de 2012

VILA AYMORÉ NA GLÓRIA (RIO) SERÁ RESTAURADA ! . . .


Enviado por Ancelmo Gois -
17.4.2012
12h58m
gois de papel

As fotos de hoje


EM 2009, UM GRUPO de investidores comprou este conjunto de casas do século XIX, em estilo clássico, na Vila Aymoré, na Glória. 
Os imóveis estão em petição de miséria, repare nas fotos de baixo
O projeto, de R$ 30 milhões, prevê a restauração dos imóveis para abrigarem escritórios (veja a reprodução acima). 

Mas, até agora, o grupo não teve a autorização da prefeitura. O projeto empacou há seis meses na Procuradoria-Geral do município. 

Um dos investidores, Gustavo Felizzola, conta que teve de escorar as casas para não caírem. 

Diz a lenda que ali viveu uma das amantes de Dom Pedro I, a Baronesa de Sorocaba, irmã da Marquesa de Santos, outro caso do imperador. 

Dom Pedro dizia que ia rezar no Outeiro da Glória e descia por um dos terrenos para encontrar a baronesa. Danadinho


Paulo Fernades Vianna, primeiro Intendente de Polícia.


Quarta, 18 Abril 2012 11:43

O Amigo da Cidade


Escrito por

Um dos ítens considerados essenciais em qualquer noticiário são as manchetes policiais. Seja por curiosidade, interesse pela sociedade ou preocupação com a própria segurança, muitos devotam tempo para se informar a respeito do que ocorre nessa esfera. Os crimes, é claro, sempre aconteceram, desde que o homem é homem — talvez até mesmo antes disso — mas a instituição policial, por mais que pareça eterna e entranhada em nossa vida, na verdade nem sempre existiu.

Durante o período colonial, os poderes relativos à função policial se concentravam nas mãos dos vice-reis, que nomeavam e demitiam funcionários a seu bel-prazer, tendo sempre a palavra final a respeito de questões de ordem pública. Essa organização serviu passávelmente durante o período mencionado, mas a vinda da côrte portuguesa, em 1808, implantando um modelo de sociedade muito mais complexo, tornou-a totalmente inadequada.

paulo_viana


Paulo Fernandes Vianna, primeiro Intendente de Polícia, muito fez 
pela cidade mas é hoje quase esquecido



Assim, em 10 de maio de 1808, pouco após chegar no Brasil, o príncipe-regente D. João cria a Intendência Geral da Polícia da Côrte e do Estado do Brasil. A motivação de D. João, contudo, foi o medo de ser assassinado por algum espião francês, que tivesse vindo secretamente persegui-lo em nossas terras... Seja como for, com o alvará de 10 de maio passa a existir a instituição policial brasileira, e como intendente-geral foi indicado o desembargador Paulo Fernandes Vianna, homem de confiança de D. João.

É preciso entender que o cargo de Paulo Vianna englobava um espectro de atividades muito mais amplo que a manutenção da ordem, incluindo atribuições exercidas atualmente por prefeitos e outras autoridades, como, por exemplo, a reforma da própria cidade. O intendente se pôs a trabalhar, e, com desvelo e empenho, melhorou muito a qualidade de vida dos habitantes do Rio, através da construção e calçamento de ruas, aterro de pântanos, drenagem do Mangue, melhora no abastecimento d’água e construção de chafarizes, além de tornar as ruas mais seguras com o aumento do efetivo policial e a construção de quartéis.

Tiveram particular destaque as iniciativas para melhorar o abastecimento de água, com o novo chafariz do Catumbi, próximo ao chafariz do Lagarto, sendo a vazão incrementada por um novo aqueduto, trazendo água do Rio Comprido e unindo-se ao do Catumbi, já existente, e também abastecendo o chafariz das Lavadeiras, no Campo de Santana, através de uma canalização provisória, de madeira, posteriormente substituída. Outra obra similar de Paulo Vianna foi o chafariz da rua do Riachuelo, de 1817, ainda existente mas depredado e transformado em parte de um portão.
chafariz_riachuelo2


Chafariz da Rua do Riachuelo, contruído por Paulo Vianna em 1817, hoje 
depredado e transformado em portão



O intendente de polícia realizou trabalho excepcional em sua administração, que se estendeu de 1808 a 1821, quando teve de renunciar após o episódio ocorrido em fevereiro desse ano, quando D.João VI foi obrigado a jurar a nova constituição elaborada em Lisboa. Uma das reivindicações do movimento era a demissão de várias figuras do governo, incluindo o intendente de polícia.

Durante o tempo em que serviu a D. João, colheu elogios e teve seu esforço reconhecido pelo príncipe-regente e soberano, o que parece que ter incomodado profundamente o príncipe D.Pedro, futuro imperador do Brasil. Assim, após a volta de D. João a Portugal, em 26 de abril de 1821, uma das primeiras providências de D. Pedro foi mandar destruir o jardim construído por Paulo Vianna em frente à Intendência de Polícia, no Campo de Santana, em mesquinha vingança. O insulto e a indignação sofrida por este fez com que falecesse quatro dias depois, vítima de derrame ou enfarte.

Não merecia terminar a vida dessa forma quem tanto fez por sua terra, muito mais do que exigia o cargo, assim como não continua a merecer o esquecimento de que é vítima até os dias de hoje, quando personagens sem nenhuma expressão ou ligação com a história local são homenageados emprestando seu nome a todo tipo de logradouro.

terça-feira, 17 de abril de 2012

RIO: Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens


Enviado por Ancelmo Gois -
16.4.2012
12h58m
gois de papel

As fotos de hoje

Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens

EM SE TRATANDO de Tiradentes, nunca se sabe o que é história e o que é mito. 

Mas conta-se que nosso herói maior esteve numa das torres sineiras desta igreja, de Nossa Senhora Mãe dos Homens, na Rua da Alfândega, no Rio. 

A capela do templo foi erguida em 1752 e as obras — totalmente de igreja — seguiram devagarzinho, até a conclusão, ali por 1856. 

Agora, o lugar ganhará um sistema de prevenção contra incêndio e para-raios, além de ter consolidados o coro, o altar-mor e a alvenaria de seu entorno. 

Recentemente, foram feitas obras emergenciais nos telhados para sanar infiltrações e nas partes elétrica e hidráulica, a um custo de R$ 203 mil, que vieram do governo federal. 

Que Nossa Senhora Mãe dos Homens não nos desampare

O coro da igreja, que fica na Rua da Alfândega, no Centro

A torre do sino 

domingo, 15 de abril de 2012

RIO: QUEM É O NOME DA RUA ? ! . . .


A pedido da prefeitura, CPDOC da FGV explicará nas placas os nomes das ruas do Rio


Ilustres desconhecidos nas esquinas, nunca mais

Publicado:


Placa da Rua General Glicério, em Laranjeiras
Foto: Marcelo Carnaval / O Globo
Placa da Rua General Glicério, em Laranjeiras Marcelo Carnaval / O Globo
RIO - A Rua da Quitanda já se chamou “do Açougue Velho” e “João Alfredo”. Teve trechos conhecidos como Canto dos Meirinhos e dos Tabaqueiros, mas foi uma mercearia de esquina, que vendia mariscos e outras comidas, que lhe deu o nome definitivo. Nos livros sobre o Rio de Janeiro, é possível saber outros detalhes da história da Quitanda. Difícil será resumir tudo isso em 140 caracteres, um verdadeiro "twitter" das ruas cariocas.
Desde março, a pedido do Arquivo da Cidade, o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas está levantando a história e revisando a identificação de mais de cinco mil ruas do Rio. Até outubro, a equipe encarregada do projeto “Placas do Rio” terá de sintetizar o que descobriu de cada rua em textos de uma linha e meia (140 caracteres), no máximo, que serão acrescentados às placas públicas.
Só então, os cariocas vão saber que a Quitanda era, originalmente, Rua da Quitanda dos Mariscos, que o general Glicério nunca serviu ao Exército e que Joaquim Nabuco foi um líder abolicionista e não apenas um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, como hoje a sua placa o identifica. O texto explicativo, disse o coordenador do projeto, Américo Freire, informará, quando possível, as datas de nascimento e morte do personagem que dá o nome à rua; a atividade exercida, os cargos públicos ocupados e tipo de premiação recebida.
Desta forma, a placa da Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon, ganhará o seguinte complemento: "(1870-1943), deputado federal MG, embaixador na Liga das Nações, ministro das Relações Exteriores". À Avenida Paulo de Frontin, será acrescido “(1860-1933), engenheiro, senador, prefeito do DF, deputado federal”. Já existem placas assim no Rio, mas a diretora do Arquivo da Cidade, Beatriz Kushnir, reconheceu que algumas delas apresentam erros e precisam de revisão:
—- Para resolver o problema, nada melhor do que o CPDOC, autor do Dicionário Histórico e Biográfico Brasileiro.
Uma pesquisa rápida no GoogleMaps não localiza o nome “João do Rio” entre as cinco mil ruas da cidade. Portanto, os pesquisadores não terão a chance de identificar o jornalista e escritor cuja obra é fonte de inspiração para todo o trabalho. Em “A alma encantadora das ruas”, lançado no início do século XX, João do Rio escreveu: “A rua é a civilização da estrada. Onde morre o grande caminho começa a rua, e, por isso, ela está para a grande cidade como a estrada está para o mundo”.
A equipe do CPDOC pretende identificar até 800 placas por mês. Além do Dicionário Histórico e Biográfico e outros dicionários da instituição, os pesquisadores deverão recorrer ao próprio acervo do Arquivo da Cidade, onde as ruas estão descritas em fichas datilografadas por um funcionário desconhecido. Se as dúvidas persistirem, eles planejam recorrer aos atos originais de criação das ruas.
— Há muitas datas comemorativas, como Treze de Maio, por exemplo. Essa é fácil de identificar. Mas, Dois de Dezembro (nome de uma rua no Flamengo)? Confesso que não faço a menor ideia do que ocorreu nesta data — admite o professor Américo Freire.
O coordenador do projeto sempre achou que "General Glicério", rua de Laranjeiras, era inspirada nas quatro estrelas da farda do militar. Mas Francisco Glicério nunca pisou numa academia militar. Destacado líder republicano do fim do século XIX, ele sempre foi civil e recebeu a distinção como reconhecimento do governo provisório.
Pesquisa traça geografia política dos nomes
Se o cronista João do Rio dizia há mais de um século que as ruas têm almas (“há ruas honestas, ruas ambíguas, ruas sinistras, ruas nobres, delicadas..”), os pesquisadores do CPDOC acrescentam que as placas das ruas também incorporam a história de suas cidades. Em se tratando da antiga capital, o alcance é ainda maior: elas ajudam a contar a história do país.
Em um mês de trabalho, os pesquisadores de “Placas do Rio” já perceberam uma concentração de “florianistas”, aliados de Floriano Peixoto, segundo presidente do Brasil (1891-1894), e de barões, condes e viscondes, alguns deles expoentes do ciclo do café no Segundo Reinado, batizando as ruas de áreas mais antigas da cidade.
— Copacabana é mais republicana do que o Centro. Os engenheiros também estão muito presentes. Na medida em que a pesquisa avance, vamos montar a geografia política da cidade e identificar outras tendências — disse Américo.
O objetivo do Arquivo da Cidade, ao contratar o CPDOC, não é esgotar todo o trabalho nos 140 caracteres de cada placa. Beatriz Kushnir, diretora da instituição, prevê o lançamento no ano que vem de um portal com a identificação completa das ruas, incluindo as fichas do acervo devidamente digitalizadas.
Beatriz, que também coordena a comissão carioca de nomeação de logradouros e equipamentos públicos, disse que a pesquisa do CPDOC será repassada para uma empresa especializada em confeccionar e substituir as placas existentes, cujo contrato com a prefeitura foi firmado na gestão de Cesar Maia.
Ela disse que, hoje, o apelo político deixou de ser determinante da escolha dos nomes de rua. Afirmou ainda que os nomes mais recentes submetidos à comissão refletiram muito mais a memória cultural do que a elite dirigente. Uma das últimas ruas inauguradas pela prefeitura, em Senador Camará, se chama “Wando”.