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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

102 ANOS DEPOIS UMA REFORMA NA QUINTA DA BOA VISTA ! . . .


Jardins da Quinta passam pela primeira reforma em 102 anos


Vasos foram restaurados a partir de cacos e voltaram à cor original

Publicado:


Restauração do terraço da Quinta da Boavista
Foto: Marcelo Carnaval / O Globo
Restauração do terraço da Quinta da Boavista Marcelo Carnaval / O Globo
RIO - Mais de um século de história do Terraço da Quinta da Boa Vista, inaugurado em outubro de 1910, agora pode ser apreciado na sua totalidade. Antiga esplanada do palácio real, o jardim em estilo francês passou pela primeira reforma em quase 102 anos. A balaustrada ocre e os postes históricos estão de volta. O espaço também recebeu tratamento paisagístico, sendo entregue nesta sexta-feira, Dia do Patrimônio Histórico.
Apesar de tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o terraço sofreu décadas de abandono, roubos e vandalismo. Há dez meses, a Secretaria municipal de Conservação iniciou uma minuciosa recuperação do jardim, que hoje faz o visitante mergulhar nos primeiros anos da República. Detalhes esquecidos reapareceram durante as obras, como a cor original terracota de 32 vasos, antes cobertos por camadas de tinta e sujeira.
— Com o apoio de arqueólogos do Museu Nacional, retiramos as camadas de tinta que há 50 anos cobriam os restos de vasos que haviam no jardim — lembra Vera Dias, gerente de monumentos e chafarizes da secretaria. — Juntamos os cacos para refazer uma peça e moldar todas as outras.
Redescobertas imagens de Nilo Peçanha e Afonso Pena
Os restauradores também descobriram duas faces em alto relevo do lado de fora dos muros do jardim. A gerente de monumentos e chafarizes da prefeitura, Vera Dias, que não conhecia as obras (encobertas ao longo dos anos), conta que uma das imagens é de Nilo Peçanha, presidente do Brasil na época da inauguração do jardim, e a outra é de Afonso Pena, seu antecessor, que começou a revitalização da Quinta da Boa Vista. Sobre o projeto de 1910, a gerente diz que não há certeza sobre a sua autoria.
No século XIX, o espaço com palmeiras alinhadas servia de esplanada ao palácio onde vivia a família real. Hoje, os nobres aparecem representados por uma estátua da Imperatriz Leopoldina com os filhos Maria da Glória e Pedro, disposta no jardim. O monumento passou por limpeza.
Balaústres roubados
A reforma custou R$ 377 mil e incluiu a recuperação da balaustrada danificada. Logo na entrada, faltava uma parte, levada por ladrões. O secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osorio, conta que, no roubo, em 2008, um caminhão foi usado. Foram levados ainda três postes originais, ornamentados com dragões da Casa Bragança. O município repôs 256 balaústres, de um total de pouco mais de 400. Sete luminárias foram refeitas pelo modelo original.
O próximo passo, diz Osório, é levar de volta para o jardim quatro estátuas em mármore de carrara, representando os continentes Europa, África, Ásia e América, que integravam o terraço. Por causa de vândalos, nos anos 90 elas foram para dentro do Museu Nacional, restando do lado de fora apenas os pedestais.
— Gostaríamos de trazer as estátuas. Vou propor que a prefeitura faça cópias, que ficariam dentro do museu. As originais ficariam do lado de fora — afirma o secretário, citando como exemplo o Jardim do Valongo, que atualmente exibe suas estátuas originais.
O projeto de recuperação do terraço incluiu ainda o plantio, pela Fundação Parques e Jardins, de 2.050 mudas de espécies ornamentais. O brilho renovado encantou ontem quem passeava pela Quinta da Boavista. A professora da História Giselle Batista levou cerca de 60 alunos de uma escola municipal de Itaboraí para conhecer a área. Os adolescentes ficaram encantados com um casal de atores, caracterizados com trajes de época de Dom João VI e Carlota Joaquina, que caminhava pelo jardim:
— Sempre achei esse lugar muito bonito, apesar do abandono. Para mim vir aqui é sempre uma atividade cultural, que ajuda a criar o hábito de visitar os museus.


MAUÁ VIVE . . . QUE VENHAM AS FERROVIAS ! . . .



Nos trilhos do futuro
17 Ago 2012



Visão do Correio


A presidente Dilma Rousseff não pode perder a oportunidade que ela mesma criou para marcar sua passagem pelo comando do país com mudança histórica. A semente foi plantada no bojo do Programa de Investimentos em Logística, lançado quarta-feira. Muito além da inócua discussão semântica sobre a diferença entre privatização e concessão, o pacote trouxe pela primeira vez em décadas arrojado programa de investimentos em ferrovias.
Relegado até então ao pé de página, mero detalhe nos planos de governo, esse modal de transporte tem ajudado a aumentar a distância entre a vocação brasileira de protagonista da economia mundial e a realidade das condições precárias da infraestrutura de logística, incapaz de operar em escala compatível com o potencial do país. Para começar, dos R$ 133 bilhões de investimentos previstos no programa, mais de dois terços, R$ 91 bilhões, vão para a construção ou modernização de 10 mil quilômetros de estradas de ferro. Um bom começo de retomada para uma malha que não passa dos 28 mil quilômetros.
Tem mais. Além da compreensão de que, sem a operacionalidade da iniciativa privada quase nada se consegue fazer a tempo e a custo mais baixo, o pacote trouxe a correta visão de que investimento em infraestrutura demanda tempo para gerar retorno. A verdade é que a pressão por resultados eleitorais imediatos tem sido obstáculo poderoso à opção pelas ferrovias. Desde o pós-guerra, elas vêm sendo literalmente sucateadas no Brasil, exceto os trechos que foram alvo de contratos de concessão à iniciativa privada nos anos 1990.
Filas de caminhões que enfrentam quilômetros de perigos, não raro manchando os acostamentos com o vazamento de grãos — para citar apenas o exemplo de nossos produtivos campos de soja —, marcam a diferença de prazos e custos de nossas exportações em relação a nossos concorrentes.
Recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comparou a participação das ferrovias na matriz de transportes do Brasil com outros países e concluiu que, entre os de grande extensão, somos os que menos empregam as ferrovias. Na Rússia, elas respondem por 81% de tudo o que é transportado; no Canadá, 43%; nos Estados Unidos e na Austrália, 41%; enquanto no Brasil, até 21%. Ainda segundo o trabalho do Ipea, entre 1999 e 2008, os investimentos em transportes no Brasil jamais passaram de 0,2% do PIB de cada ano.
Recebido com entusiasmo pelo setor produtivo, o programa de ferrovias é politicamente corajoso pelo tempo que levará para ser implantado e certeiro como instrumento de injeção de qualidade no crescimento do país. Por isso mesmo, deve a presidente jogar pesado todos os dias para que o Estado faça bem e rápido a sua parte no planejamento, na montagem dos editais e na competente regulação da prestação do serviço a ser concedido. O Brasil do futuro agradece.

O ARSENAL


Quarta, 15 Agosto 2012 09:31

O Arsenal

Escrito por

Em 1º de janeiro de 1763 falecia o governador Gomes Freire, um dos que mais fez pelo Rio de Janeiro, vítima do grande choque causado pela perda da colônia do Sacramento (Uruguai) no sul, sob sua responsabilidade. Para substituí-lo, a metrópole enviou no mesmo ano o Conde da Cunha, que se tornaria o primeiro vice-rei estabelecido na cidade, promovida a capital da colônia.
 
Arbitrário e antipático, porém trabalhador e eficaz, o Conde da Cunha dedicou especial atenção às obras de defesa, pois ainda era viva a lembrança e o trauma das invasões francesas de décadas antes, que cobraram alto preço à comunidade. Além da melhora das fortificações, o vice-rei criou, em 1764, o primeiro Arsenal de Marinha do Brasil, em terrenos doados pelo Mosteiro de São Bento no século anterior.
 
arsenal_marinha

Antiga Praia de São Bento, onde foi instalado o Arsenal de Marinha em 1764, 
local do atual 1º Distrito Naval


Nas modestas instalações coloniais foi construída em 1770 a nau D. Sebastião, que serviria a coroa portuguesa por muitos anos, tendo inclusive transportado em 1817 a princesa D. Leopoldina da Europa para nossas terras, onde se tornaria esposa de D. Pedro I. Apesar de suas grandes realizações, principalmente quando se leva em conta as limitações materiais, o Arsenal não impressionava, sendo descrito pelo inglês John Lucock, como um grupo de "miseráveis telheiros".
 
Sua situação mudaria a partir de 1822, na Independência, com a compra de equipamentos e contratação de oficiais estrangeiros, como Lord Cochrane, Primeiro-Almirante da Marinha Imperial. Mas o desenvolvimento técnico e a expansão do Arsenal se transformariam em trabalho contínuo, secular. Uma das primeiras e necessárias obras era a construção de um dique seco, pois o único existente se localizava no Maranhão, distante e com limitações.
 
O primeiro dique teve as obras iniciadas em 1824, mas só seria inaugurado em 1861, depois de quase quarenta anos, e seu primeiro nome foi Dique Imperial. Em 1874, entrava em serviço o dique Santa Cruz, e, em 1928, mais cem anos após o inicio das obras do primeiro, finalizou-se o terceiro dique, chamado então de Rio de Janeiro, a maior instalação de reparo da América do Sul.
 
Durante este período, o Arsenal de Marinha sofreu grande evolução tecnológica, habilitando-se na construção de diversos tipos de embarcações destinadas à defesa das águas territoriais, sendo inclusive capaz de produzir submarinos, um feito excepcional, pelo menos em termos do panorama sul-americano.
 
No momento em que a economia brasileira se encontra em plena expansão, torna-se cada vez mais necessária a renovação e ampliação das estruturas de transporte do país, com destaque para o transporte marítimo, além do ferroviário, por décadas relegados ao segundo plano por um rodoviarismo cego e sem futuro, o qual impediu a construção de uma infraestrutura que permitisse uma ligação eficaz do Brasil com o mundo e as trocas comerciais que este possibilita. Além disso, as riquezas existentes na plataforma continental que começam a ser exploradas vão com certeza demandar uma maior proteção do que a atual. Tudo isso coloca em destaque o papel do transporte marítimo e a defesa das águas brasileiras, na qual a Marinha tem papel fundamental.
 
Nesse sentido, torna-se oportuna a lembrança do Conde da Cunha e suas preocupações, as quais o levaram a fundar o Arsenal 1764 para melhor proteger a colônia dos ataques de aventureiros, sempre a espreitar a riqueza alheia desprotegida, tanto então como agora.

O GLOBO . . . PRESERVAR A MEMÓRIA É FUNDAMENTAL PARA O POVO BRASILEIRO !


O GLOBO lança coleção de fotos históricas ‘Rio de outros tempos’


Em oito volumes, livros vão contar um pouco da trajetória da cidade

Publicado:


Os Arcos da Lapa em foto de 1962
Foto: Arquivo O GLOBO
Os Arcos da Lapa em foto de 1962 Arquivo O GLOBO
RIO - O bondinho do Pão de Açúcar com outro formato; o Maracanã em construção; o Aterro do Flamengo engolindo o mar da Baía de Guanabara; o carnaval na Avenida Rio Branco; o glamour de Copacabana; o nascimento de Ipanema; o Leblon sem prédios; a vida pacata das praças tijucanas; e a Igreja da Penha. São cenas de um “Rio de outros tempos”, nome da coleção que O GLOBO lança neste domingo, com fotos históricas variadas.


Divididas em oito volumes, as obras apresentam cenas e aspectos da vida carioca, a partir de mais de 200 fotos selecionadas do acervo do GLOBO. São flagrantes que ajudam a entender como a cidade se formou, desde sua ocupação até o comportamento de seu povo, passando por festas, grandes eventos esportivos e etapas transformadoras de sua construção. Uma reunião de cenas preciosas para quem ama o Rio.
Os livros, de capa dura e 32 páginas, são acompanhados de um pôster de 23x23cm, sempre com um tema diferente. O primeiro volume mostrará a evolução do Centro, ponto de partida na construção da cidade como a conhecemos hoje. Estão lá as estreitas ruas históricas, a abertura da Avenida Central (atual Rio Branco), a demolição de morros, os pontos do bonde, a vida de terno e gravata e encontros a pé na região que historicamente concentra o dinheiro carioca. O segundo volume desfila pelos bairros, mostrando a vida em lugares como Copacabana, Méier, Botafogo e Barra da Tijuca, integrantes indispensáveis de um conjunto ao mesmo tempo harmônico e caótico.
A terceira peça da coleção apresenta a evolução do mais carioca dos hábitos — o ato de ir à praia. Os modismos e atitudes da vida na orla; a evolução estética; os muitos trechos do litoral da cidade; o comportamento ditado pela vida à beira-mar. O quarto capítulo da série apresentará a evolução do cotidiano da cidade. As ondas de calor que, ano sim, ano também, atormentam os habitantes (e definem seu jeito de ser). A conversa no botequim; os passeios por recantos variados; as escolas mais tradicionais; o vaivém nas praças e parques; a camaleônica vida noturna da cidade.
O quinto livro confirmará a letra da música, a dos “cariocas nascem craques”. Um conjunto de fotos só de esporte. Gols do Flamengo e da seleção; as “baratinhas” em desabalada carreira pelo Leblon; o vôlei de praia; as corridas de cavalo; os ídolos olímpicos forjados em pistas e quadras cariocas. O volume número seis contará a história da principal vocação do Rio — o lazer. A chegada de Papai Noel, de helicóptero, numa Quinta da Boa Vista apinhada de gente; os carrinhos de brinquedo no Campo de Santana; o passeio na Lagoa; os shows que lotavam auditórios no auge da Era do Rádio; as noites a rigor de balé e ópera no Municipal.
O maior show da Terra serve de tema para o sétimo livro. Vão desfilar o carnaval de Salgueiro e Portela, o Bafo de Onça, os homens vestidos de mulher e o baile do Municipal. A ancestral paixão pela folia, que domina pobres, ricos e remediados, com suas imagens sempre encantadoras, não poderia faltar.
O oitavo e último volume contará a história da invenção da metrópole, nas muitas obras decorrentes do crescimento da cidade. A abertura de avenidas como Radial Oeste e Sernambetiba (hoje Lúcio Costa); o desaparecimento forçado dos morros que atravancavam o crescimento do Centro; a construção do maior estádio de futebol do mundo; as favelas que foram removidas do caminho; o Palácio Monroe, tristemente demolido. Tudo em nome da megalópole que não para de crescer.
Nas bancas:
Selos: compre O GLOBO de domingo e de mais 3 dias da semana, recorte os selos e cole-os na cartela que será publicada todo domingo na Editoria Rio.
Troca: com a cartela + R$ 9,90, vá a um dos postos de troca e receba o livro e o pôster da semana.
Mais informações: para ler o regulamento e a lista dos postos de troca, acesse www.riodeoutrostempos.com.br ou ligue (21) 2461-2082.
Assinantes:
A coleção será vendida em dois kits com quatro livros, por R$ 39,90 cada kit.
Para adquirir, acesse a loja virtual www.lojaoglobo.com.br ou ligue para a Central do Assinante: 4002-5300.
O primeiro kit (vol. 1 a 4) estará disponível a partir do lançamento, em 19/8; o segundo (vol. 5 a 8), a partir de 17/9.
O prazo de entrega é de até 15 dias após liberação do estoque e confirmação do pagamento.
Mais informações: acesse www.riodeoutrostempos.com.br, escreva para duvidascolecaorio@oglobo.com.br  ou ligue (21) 4002-5300.


Rififi na Corte Imperial Brasileira . . .


Rififi na Corte Imperial

16
ago
23h41

Um senhor de 81 anos acaba de lançar um livro explosivo sobre a Família Imperial Brasileira, que está deixando os descendentes do imperador dom Pedro I em pé de guerra. 

O livro em questão é A intriga, da Editora Senac, ilustrado, 383 páginas, e o autor, dom Carlos Tasso de Saxe Coburgo Bragança, do segundo ramo, os Saxe Coburgo Bragança, descendentes da segunda filha do imperador dom Pedro II, a princesa dona Leopoldina, duquesa de Saxe Coburgo e Gotha...

Aliás, o livro trata de um "assunto de estado" para o Brasil-Imperial da época: o casamento das filhas do imperador dom Pedro II e da imperatriz dona Teresa Cristina, as jovens princesas dona Isabel e dona Leopoldina. 

Para isso, vieram da Europa dois jovens lindos príncipes e primos: o conde D'Eu e o duque de Saxe. O duque de Saxe estava destinado à mais velha, a princesa-herdeira Isabel, e o conde D'Eu, para a mais nova, princesa dona Leopoldina...

Mas tudo se deu de forma contrária ao estabelecido. É aí que entram as novidades do livro de dom Carlos, segundo o qual as maquinações da destronada Família Orléans, exilada na Inglaterra depois da queda da monarquia em 1848 na França, aliada à toda poderosa condessa de Barral, influenciaram o imperador dom Pedro II a favorecer o Orléan conde D'Eu, naquele momento "falido". Ele trouxe da Europa a missão de "fisgar"a herdeira, mesmo passando por cima do primo duque...
Os estudos dos casamentos das princesas nunca mereceram um estudo profundo dos historiadores brasileiros, mas dom Carlos se dedicou aos mesmos durante 30 anos, percorrendo os arquivos europeus, inclusive os da prima, rainha Elizabeth II, que permitiu a consulta aos álbuns da rainha Vitória, que revelaram um imperador dom Pedro II com charuto nas mãos...

Mas quem forneceu a dinamite foi o primo príncipe dom Pedro Carlos de Bourbon de Orléans e Bragança, que forneceu acesso total aos arquivos do Palácio Grão Pará, que ficam custodiados pelo Museu Imperial de Petrópolis...

Aliás, em matéria de casamentos, o do próprio dom Carlos deu o que falar, pois ele se casou com uma arquiduquesa da Áustria, Walburga de Habsburgo, que dizem ter sido a paixão do seu outro primo, príncipe dom Luiz de Orléans e Bragança, atual Chefe da Casa Imperial do Brasil. 

Será por isso que o primo resolveu se tornar celibatário?...

Dom Carlos Rififi na Corte Imperial
Dom Carlos e sua mulher arquiduquesa da Áustria, Walburga de Habsburgo

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

QG DA PMERJ . . . E O VILIPÊNDIO DE SÉRGIO CABRAL !




QG da PM: Petrobrás desiste, mas o estado não


Estatal não explica recuo do negócio. Governo diz que área de 13.500 metros quadrados continua à venda

Publicado:

RIO - Três meses depois de anunciar que compraria o terreno de 13.500 metros quadrados, no Centro do Rio, onde atualmente funciona o Quartel-General da Polícia Militar, a Petrobras desistiu do negócio. A transação seria uma das maiores do mercado imobiliário da cidade: a área na Rua Evaristo da Veiga, próxima à sede da estatal, na Avenida Chile, trocaria de mãos por R$ 336 milhões. A Petrobras não informou o motivo da desistência. Em nota, o governo do estado disse que a decisão de vender a propriedade está mantida.
Na negociação entre a Petrobras e o governo, a empresa exigiu que o terreno fosse entregue com o prédio do quartel demolido. O governo do estado chegou a a solicitar à Empresa de Obras Públicas (Emop) que fizesse um orçamento do custo da implosão das instalações existentes e da remoção dos escombros. Esses custos ficariam por conta da Petrobras.
Com a venda do terreno onde funciona o quartel, o comando geral da PM será transferido para a sede do Batalhão de Choque, na Rua Frei Caneca, na Cidade Nova. Na época da negociação, o governo do Rio justificou a venda do terreno explicando que acabaria com os grandes quartéis e construiria sedes menores para aumentar o número de policiais nas ruas. A Secretaria estadual de Segurança do Rio chegou a dizer que a venda era “apenas o primeiro passo de um amplo projeto de reestruturação dos batalhões e da sede administrativa da Polícia Militar do Rio de Janeiro”.
Iphan avaliaria projeto
A Petrobras, que não havia ainda divulgado o projeto para a área, não informou o motivo da desistência. Em maio, a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio informou que a construção de um novo prédio no terreno do Quartel-General da Polícia Militar precisaria passar pelo crivo da instituição, porque ele está próximo a bens tombados pela União, como os Arcos da Lapa. A superintendente, do instituto, Cristina Lodi, lembrou na época que os Arcos da Lapa e o sistema de bondes são tombados e estão situados numa esplanada cuja ambiência não pode ser prejudicada.
— O imóvel está entre os Arcos da Lapa e o sistema de bondes. Todas as estações de bondes são tombadas provisoriamente. Essa obra vai ter que passar pelo crivo do Iphan — comentou Cristina. — Vários fatores serão observados, como a ambiência, a volumetria (do imóvel a ser construído), o gabarito, o material usado e toda a parte de paisagismo.
Segundo a prefeitura, o gabarito para o número 78 da Rua Evaristo da Veiga, onde fica o QG da PM, permite prédios de até 26 andares, respeitando os limites dos edifícios ao redor.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

QG DA PMERJ . . . BY ANCELMO GÓIS




ANCELMO GÓIS

Petrobras longe do quartel

A Petrobras desistiu de comprar o imóvel hoje ocupado pelo Quartel-General da Polícia Militar do Rio, na Rua Evaristo da Veiga, no Centro, pelo qual teria de pagar R$ 336 milhões. 
Alegou aperto de caixa. 

O ARSENAL


Quarta, 15 Agosto 2012 09:31

O Arsenal

Escrito por

Em 1º de janeiro de 1763 falecia o governador Gomes Freire, um dos que mais fez pelo Rio de Janeiro, vítima do grande choque causado pela perda da colônia do Sacramento (Uruguai) no sul, sob sua responsabilidade. Para substituí-lo, a metrópole enviou no mesmo ano o Conde da Cunha, que se tornaria o primeiro vice-rei estabelecido na cidade, promovida a capital da colônia.
Arbitrário e antipático, porém trabalhador e eficaz, o Conde da Cunha dedicou especial atenção às obras de defesa, pois ainda era viva a lembrança e o trauma das invasões francesas de décadas antes, que cobraram alto preço à comunidade. Além da melhora das fortificações, o vice-rei criou, em 1764, o primeiro Arsenal de Marinha do Brasil, em terrenos doados pelo Mosteiro de São Bento no século anterior.
arsenal_marinha

Antiga Praia de São Bento, onde foi instalado o Arsenal de Marinha em 1764, 
local do atual 1º Distrito Naval


Nas modestas instalações coloniais foi construída em 1770 a nau D. Sebastião, que serviria a coroa portuguesa por muitos anos, tendo inclusive transportado em 1817 a princesa D. Leopoldina da Europa para nossas terras, onde se tornaria esposa de D. Pedro I. Apesar de suas grandes realizações, principalmente quando se leva em conta as limitações materiais, o Arsenal não impressionava, sendo descrito pelo inglês John Lucock, como um grupo de "miseráveis telheiros".
Sua situação mudaria a partir de 1822, na Independência, com a compra de equipamentos e contratação de oficiais estrangeiros, como Lord Cochrane, Primeiro-Almirante da Marinha Imperial. Mas o desenvolvimento técnico e a expansão do Arsenal se transformariam em trabalho contínuo, secular. Uma das primeiras e necessárias obras era a construção de um dique seco, pois o único existente se localizava no Maranhão, distante e com limitações.
O primeiro dique teve as obras iniciadas em 1824, mas só seria inaugurado em 1861, depois de quase quarenta anos, e seu primeiro nome foi Dique Imperial. Em 1874, entrava em serviço o dique Santa Cruz, e, em 1928, mais cem anos após o inicio das obras do primeiro, finalizou-se o terceiro dique, chamado então de Rio de Janeiro, a maior instalação de reparo da América do Sul.
Durante este período, o Arsenal de Marinha sofreu grande evolução tecnológica, habilitando-se na construção de diversos tipos de embarcações destinadas à defesa das águas territoriais, sendo inclusive capaz de produzir submarinos, um feito excepcional, pelo menos em termos do panorama sul-americano.
No momento em que a economia brasileira se encontra em plena expansão, torna-se cada vez mais necessária a renovação e ampliação das estruturas de transporte do país, com destaque para o transporte marítimo, além do ferroviário, por décadas relegados ao segundo plano por um rodoviarismo cego e sem futuro, o qual impediu a construção de uma infraestrutura que permitisse uma ligação eficaz do Brasil com o mundo e as trocas comerciais que este possibilita. Além disso, as riquezas existentes na plataforma continental que começam a ser exploradas vão com certeza demandar uma maior proteção do que a atual. Tudo isso coloca em destaque o papel do transporte marítimo e a defesa das águas brasileiras, na qual a Marinha tem papel fundamental.
Nesse sentido, torna-se oportuna a lembrança do Conde da Cunha e suas preocupações, as quais o levaram a fundar o Arsenal 1764 para melhor proteger a colônia dos ataques de aventureiros, sempre a espreitar a riqueza alheia desprotegida, tanto então como agora.

QG DA PMERJ . . . BY SONIA RABELLO


Petrobras e a preservação do Quartel General: um passo à frente


Notícia hoje: Petrobras teria anunciado que, por motivos de caixa, não tem mais interesse na compra do Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio. Isso prova como notícias ruins – como a baixa de caixa da Petrobras – podem ter bons efeitos: desistência da compra do QG. Assim, um patrimônio cultural da Cidade do Rio ganha um fôlego no sentido da sua preservação.
De fato, a venda pelo Governo do Estado do famoso Quartel à Petrobras em muito facilitaria a transação: é que o Governo Estadual disse ter um parecer de sua Procuradoria no sentido de que a venda à estatal dispensaria a licitação.
A desistência da compra pela Petrobras não significa, no entanto, que o Estado tenha desistido de vender o prédio, já que enviou mensagem para a Assembleia Legislativa pedindo autorização para a vendaCom a autorização poderá, no futuro, licitar e vender para terceiros!
A recuo da Petrobras na compra do QG, “auxiliada” pela quebra de caixa, contribuirá para que se reflita sobre os espaços centrais na cidade que devemos manter menos densos. E ajudará para que outros prédios não fiquem vazios, já que, com a ex-futura nova sede, a Petrobras deixaria um vácuo em vários dos 17 prédios que ocupa hoje, no Centro do Rio.  E isso não seria nada bom.
Quem sabe o BNDES siga o mesmo caminho e desista de sua proposta de lei de exceção, que tramita na Câmara de Vereadores?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

FLOR DOS ABOLICIONISTAS NO RIO . . .


Enviado por Jorge Antonio Barros -
12.8.2012
|
12h00m
gente do rio

Estrada da Paz, o endereço das camélias de Álvaro

 Álvaro das Camélias e Alvinho, seu sucessor, na chácara onde produz a flor dos abolicionistas, no Rio

A 17 quilômetros do Mercado das Flores, no Centro do Rio de Janeiro, fica o coração da loja de flores mais antiga da cidade. É a Chácara das Camélias, no Alto da Boa vista, onde num clima de montanha, a família de Álvaro Barros Moreira, o famoso Álvaro das Camélias, cultiva, de maio a julho, uma produção de mil dúzias da flor que foi símbolo dos abolicionistas. Eles a levavam na lapela e tinham um pé plantado no quintal de casa, no Rio do século XIX.
-- No dia em que assinou a Lei áurea, que libertou os escravos, a princesa Isabel recebeu em seu palácio um buquê de camélias -- conta, orgulhoso, Álvaro Henrique Pires Moreira, o Alvinho, de 30 anos, um dos quatro filhos de seu Álvaro, que, aos 71 anos, aposentado, começa a fazer a sucessão familiar na direção da loja de flores mais conhecida da cidade, que nasceu em 1959.
Alvinho cuida do marketing e de relações públicas, enquanto que o irmão Eduardo fica na administração e toca a internet. Com 40 funcionários e 15 dos 42 boxes do Mercado das Flores -- tombado pelo patrimônio na Rua do Rosário -- a loja foi adquirida pelo pai de Álvaro de uma família portuguesa, que a havia fundado em 1912, portanto, há cem anos. O mercado de flores do Rio surgiu por volta de 1908. Entre os funcionários mais antigos da Camélia está Roberto Pereira Lima, o Robertinho, que há mais de 40 anos trabalha no Mercado das Flores de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Deve ser o maior "floweralcoholic" do mundo.
Álvaro das Camélias começou a trabalhar adolescente vendendo frutas, legumes e camélias que eram produzidos na chácara do Alto da Boa Vista. O sítio fica na Estrada da Paz. Tem piscina e quadra de futebol soçaite, onde as emissoras de TV fizeram um campeonato para comemorar os 50 anos de seu Álvaro. O local parece que parou no tempo e a avó de Alvinho, dona Margarida Andrade Pires, de 69 anos, não deixa o visitante sair sem deliciosas compotas de doces em calda e uma dúzia de legítimos ovos de galinha caipira.
Ao longo de mais de 53 anos de trabalho na Camélia, seu Álvaro percorreu uma trajetória impecável na arte de fazer amigos -- principalmente entre artistas, jogadores de futebol e radialistas. Tudo começou com a promoção de um almoço que fazia na Majórica, reunindo toda segunda-feira craques do futebol.

Foi ele quem conseguiu o primeiro emprego de Xuxa, como garota-propaganda da Francisco Xavier Imóveis, a pedido de Pelé, de quem é amigo desde que o jogador tinha 18 anos. (veja o vídeo com Pelé e Xuxa)

-- Conheci a Xuxa numa comemoração no Canecão. Ela estava com Pelé e pensei que fosse sueca porque ela não abria a boca. Aí depois o Pelé me disse que era brasileira.

Seu Álvaro se aproximou dos jogadores a partir de seus contatos com os programas de rádio, para os quais mandava diariamente flores para decorar o auditório. Até hoje faz questão de agradecer, por exemplo, à radio Tupi na pessoa do seu diretor, Alfredo Raimundo Dinepi.
-- Tudo que tenho devo ao meu trabalho e aos amigos do rádio e da TV. A propaganda é realmente a alma do negócio  -- lembra Álvaro, que foi jurado da Discoteca do Chacrinha, onde viu surgir artistas como Fábio Júnior e era sócio de carteirinha do "Almoço com as estrelas", programa de Aerton Perlingeiro na extinta TV Tupi. Ali as flores da Camélia ganharam visibilidade.
Apesar de guardar na memória e em fotografias os melhores momentos vividos como administrador da Camélia, o negócio se moderniza e ganha força na internet. Alvinho observa que a venda cresce de 7% a 10% ao ano, enquanto que na internet já chega a crescer 15% no mesmo período. A centenária Camélia está em mídias sociais como o Twitter e só no Facebook já tem mais de seis mil amigos.
Feliz Dia dos Pais a todos!

Álvaro entrega flores no programa Almoço com as estrelas
O Mercado das Flores na década de 60

Dom Pedro I em Paris . . .




ANCELMO GÓIS

Dom Pedro I em Paris 

Recém descoberto pelo espanhol Javier Moro, autor de “O império é você”, Dom Pedro I vai ganhar novo livro, agora da historiadora Isabel Lustosa, de volta ao Brasil após cinco meses de pesquisas em Paris, na Maison des Sciences de l’Homme.
Pedro I viveu em Paris de julho de 1831 a janeiro de 1832, depois de abdicar da coroa em favor do filho Dom Pedro II para retornar à Europa e lutar contra o irmão Dom Miguel pelo trono português.

Paris é uma festa... 

Numa época em que a França curtia uma revolta liberal, Pedro I fez o maior sucesso lá. O simples nascimento de sua filha saiu na capa do jornal “Le Figaro”.
Já o irmão Dom Miguel, absolutista, era tratado pelos jornais franceses como “monstro”, “Calígula”, “Nero da Bemposta”.

Já o maestro... 

Dom Pedro, que era músico, mostrou suas composições no Teatro dos Italianos, regendo ele mesmo a orquestra.
Mas o espetáculo foi massacrado pela crítica conservadora, que recomendou o uso de sua música para espantar o exército do irmão em Portugal. Maldade.

BRASIL IMPÉRIO . . . MUSEU ABANDONADO !