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sábado, 20 de outubro de 2012

O SANTO CLEMENTE . . .


Quarta, 17 Outubro 2012 12:03

O Santo de Clemente

Escrito por

Não foi por vontade própria que Clemente José de Matos voltou mais uma vez à Europa em meados do século XVII, época em que tal viagem ainda representava grande risco. Havia retornado de Coimbra não fazia muito tempo, trazendo em sua bagagem o título de bacharel em Direito, e iniciado a carreira de advogado na cidade do Rio de Janeiro. Segundo dizem, envolveu-se em escândalos amorosos, e, perseguido pela Inquisição, voltou às pressas ao Velho Continente. Foi direto à Roma, se ajoelhou perante o Papa e conseguiu o perdão, sendo, além disso, ordenado padre, voltando  tempos depois ao Rio.
 
Homem de grande competência e conhecimento, o agora Padre Clemente de Matos também pertencia a família importante, pois seu avô, capitão Antônio Martins de Palma, havia construído a ermida de N.Sª da Candelária, origem do templo atual, e amealhou várias propriedades durante sua vida. O Padre Clemente herdou uma delas, uma enorme área que incluía quase todo o atual bairro de Botafogo, que foi chamada de Quinta de São Clemente.
 
sao_clemente

Um bonde da Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico passa pela tranquila 
rua São Clemente de cem anos atrás. O nome da rua é a lembrança 
de uma capela do século XVII que não mais existe


Lá foi construída em 1685 uma capela dedicada a São Clemente, existindo um caminho dentro da propriedade que ia desde a praia até ela. Falecendo o padre Clemente em 1702, a grande quinta foi sendo progressivamente dividida pela partilha entre herdeiros, além da venda a terceiros, como Pedro Fernandes Braga e o oleiro Francisco de Araújo Pereira, dono da chácara da Olaria, vendida posteriormente a Joaquim Marques Batista de Leão, o velho, cuja lembrança persiste no Largo dos Leões, no Humaitá. O terreno da chácara da Olaria se estendia até a lagoa Rodrigo de Freitas.
 
Em 1801, um dos últimos vice-reis do Brasil, D. Fernando José de Portugal, solicitou aos herdeiros que cedessem para uso público o caminho que dava acesso à capela, para que se pudesse ter uma comunicação mais direta com a Lagoa, bem melhor que aquela que acompanhava o rio Berquó, onde é a atual rua General Polidoro. Houve concordância, e assim nasceu a rua São Clemente.
 
Originalmente, o nome da rua abrangia a extensão que ia da praia até a Lagoa, mas a partir de 1868, o trecho do Largo dos Leões até o final passou a se chamar Rua do Humaitá, em lembrança do famoso episódio da Guerra do Paraguai; o trecho principal também sofreu as tradicionais ingerências políticas, tendo seu nome mudado para Raul Pompéia em 1895 e Rui Barbosa em 1917, para voltar à denominação original em 1922, que persiste até hoje.
 
Como a capela do padre Clemente, construída há quase 250 anos e reedificada em 1772, e que se localizava no antigo número 110, já desapareceu, o nome de São Clemente é a única ligação restante com uma história envolvendo paixões humanas e devoção religiosa no século XVII, que acabaria por definir a evolução do conhecido bairro de Botafogo. 

CASA DE PEDRA . . . SÓ LEMBRANÇAS DE UM RIO MARAVILHA ! . . .


Casa de pedra na Atlântica: conselho avalia demolição


Imóvel na orla está à venda e deve dar lugar a prédio

Publicado:


Ameaçada. A casa, que não é tombada, é a última da orla de Copacabana
Foto: Gustavo Stephan / O Globo
Ameaçada. A casa, que não é tombada, é a última da orla de Copacabana Gustavo Stephan / O Globo
RIO — Já tramita no Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural um processo de consulta sobre a demolição da famosa casa de pedra da Avenida Atlântica, em Copacabana. Segundo o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, embora a construção não seja tombada, o caso precisa passar pelo conselho porque é o que determina a lei para todos os imóveis da cidade erguidos antes de 1938. Espremida entre prédios de Copacabana, a casa, a última da Atlântica, deve dar lugar a um prédio comercial e está sendo negociada por R$ 23 milhões, conforme informou na sexta-feira o jornalista Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO.
Um vigia responsável pela segurança do imóvel disse que a residência já teria sido comprada. Há duas semanas, segundo vizinhos, foi feita a retirada dos móveis. A casa tem dois andares e ocupa uma área de 850 metros quadrados, próximo à esquina com a Rua Santa Clara. De estilo eclético, pertencia a Zilda Azambuja Canavarro Pereira, que morreu em maio, aos 101 anos.
A Secretaria municipal de Urbanismo, segundo o secretário Sérgio Dias, ainda não recebeu qualquer pedido de demolição ou consulta para a construção de um novo prédio no local. Parentes de Zilda não foram encontrados para comentar o assunto.


SÉRGIO CABRAL . . . O PREDADOR DO PATRIMÔNIO PÚBLICO !


Com apoio da Fifa, Defensoria tenta impedir demolição do Museu do Índio

Prédio ao lado do Maracanã seria destruído para a Copa de 2014.
Governador Sérgio Cabral fez o anunciou na manhã desta quinta (18).

Felippe Costa Do Globoesporte.com



O governador Sergio Cabral anuncia a demolição do antigo Museu do Índio, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio (Foto:  Pablo Jacob / Agencia O Globo)Prédio, em péssimo estado de conservação, está ocupado por índios (Foto: Pablo Jacob / Agencia O Globo)

A Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro vai entrar, na próxima semana, com uma ação civil pública na Justiça Federal para tentar impedir a demolição do Museu de Índio, próximo ao Maracanã, na Zona Norte da cidade. Na manhã desta quinta-feira (18), o governador Sergio Cabral disse que o espaço foi comprado pelo estado e que seria demolido por uma exigência da Fifa. O prédio foi construído no século 19 e está atualmente ocupado por um grupo de indígenas.
Segundo o defensor público André Ordacgy, no entanto, a entidade máxima do futebol o enviou um documento se mostrando contrária a essa demolição. Além disso, ele alega que existe um laudo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a favor da preservação do prédio.
"Nós entraremos com uma ação civil pública semana que vem na Justiça Federal para tentar uma liminar para que não seja demolido o prédio. Temos laudo do Iphan favorável à preservação do espaço. O único que está querendo é o governador. O estado já notificou os índios para que saiam. Recebi um documento da Fifa mostrando que eles são contra. Uma das ideias da Fifa é que se preserve a característica dos locais que estão recebendo obras para a Copa do Mundo.
O prédio será demolido para facilitar a mobilidade urbana no entorno do Maracanã durante a Copa de 2014. No documento, a Fifa diz que "adota o respeito aos direitos humanos e a aplicação de normas internacionais de comportamento como princípios e como parte de todas as suas atividades... Espera que respeitem a legislação local e que as medidas tomadas sejam socialmente viáveis".