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terça-feira, 29 de setembro de 2009

O BAIRRO DOS CAJUEIROS


28/09/2009 - 18:25
Enviado por: Paulo Pacini


JB



Dentre as muitas festas do período colonial, uma a merecer especial destaque era a do Espírito Santo, celebrada durante Pentecostes. O séquito, carregando a bandeira do Divino, com o Imperador à frente, visitava as casas, as abençoava e recebia as contribuições, angariando os fundos tão necessários à Festa do Divino.

A mais importante irmandade do Divino Espírito Santo no Rio se localizava no Bairro dos Cajueiros, assim chamado por conta de sua vegetação nativa, constituída por inúmeras árvores deste tipo. A sede da irmandade ficava ao lado da Igreja de Sant'Ana, na borda do enorme descampado que hoje chamamos indiferentemente de Praça da República ou Campo de Santana, mesmo tendo a Igreja original desaparecido em 1858 com a construção da gare da Estrada de Ferro Pedro II, nossa conhecida Central.


Igreja de Sant'Ana nos Cajueiros, onde seria erguida a gare da Central

O bairro, formado originalmente por várias chácaras, começaria a se transformar após a vinda da Côrte em 1808, pois a necessidade de um novo quartel para as tropas portuguesas levou à desapropriação de terras na região. A nova instalação militar foi a origem do atual Palácio Duque de Caxias, ex-sede do Ministério da Guerra.

Ao longo do século XIX, as antigas propriedades foram sendo loteadas, e novas vias abertas ao tráfego. Destacam-se duas ruas principais, cujos nomes de batismo foram Príncipe dos Cajueiros e Princesa dos Cajueiros, atuais Senador Pompeu e Barão de São Félix. Figuras de destaque do Império moraram no local, como o Visconde de Itaboraí e a Marquesa de Sapucaí, dentre outros. As transformações na urbanização da cidade levaram para outras freguesias os moradores mais distintos, e, paulatinamente, o bairro foi empobrecendo, as nobres casas de outrora se metamorfoseando em imundos cortiços, onde se acotovelavam aqueles que não tinham mais para onde ir.

O século seguinte só fez confirmar esta tendência, e pode se dizer sem exagero que a construção do terminal rodoviário da Central e concomitante comércio ambulante nivelaram a área a um patamar tão baixo que é pouco provável que daí se possa descer. A marginalização, contudo, tem seus efeitos colaterais, sendo um deles a preservação de vários imóveis históricos, pelo desinteresse da especulação imobiliária pelo local. Este antigo bairro deveria ser incluído nos esforços de conservação e revitalização, antes que a maré de decadência desapareça de vez com mais esta bela página do passado.

domingo, 27 de setembro de 2009

Como no tempo de reis e rainhas

Revitalizado, Museu Nacional volta a ser amarelo, a sua cor original







Rio - A fachada e as torres norte e sul do Museu Nacional vão voltar ter a cor da época em que o palácio era a residência da Família Real. A revitalização da frente do prédio, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, será festejada com nova “inauguração”, nesta quarta-feira. As obras duraram dois anos e custaram R$ 1,2 milhão.









Prédio, na Quinta da Boa Vista, será reinaugurado na quarta-feira


Na restauração da fachada, o rosa deu lugar ao amarelo, o que pode causar estranheza aos visitantes. Mas a arquiteta Paula Van Biene explica como se decidiu retomar a cor original. “Houve uma extensa investigação em documentos, pinturas e livros da época, até concluirmos que esta era a cor certa”, detalha.






O professor e historiador Milton Teixeira tem uma justificativa histórica para o uso do rosa. “No final do século XIX, alguns prédios do Rio de Janeiro foram pintados de rosa. Mas não houve nenhum decreto obrigando o uso dessa cor. Desde então criou-se um mito de que todo prédio público é rosa”, afirma.






O diretor administrativo do museu, Wagner William Martins, explica que o processo integral de recuperação do palácio de três andares, onde também funciona um campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, deve ser longo. “Ainda devemos transferir os cursos e a administração que funcionam aqui dentro para prédios separados para dar mais espaço ao acervo”, conta.






O Museu Nacional abriga o maior acervo científico da América Latina, com 20 milhões de itens, como fósseis de dinossauros, diversos tipos de animais e múmias egípcias. Também foi no edifício que se criou a primeira Constituição do Brasil.