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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Expedição exploratória do Amazonas, sob o comando de Pedro Teixeira (1637)


Parte a expedição exploratória do Amazonas,

sob o comando de Pedro Teixeira

(1637)










A História da Amazônia Portuguesa

(Se ontem era terra portuguesa, hoje é terra brasileira com certeza)



"Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados de conquistá-la e mantê-la"

Gen Ex Rodrigo Octávio Jordão Ramos





As ações dos luso-brasileiros que conduziram à conquista e à manutenção da Amazônia - hoje patrimônio incontestável do povo brasileiro - constituem uma das mais belas páginas da história da humanidade. No curso desse mister, que demandou quase 200 anos, sobraram coragem, determinação, desprendimento e incontáveis sacrifícios. Homens, em sua grande maioria, mas também mulheres e crianças; brancos, negros e, principalmente, índios, arrostando dificuldades e vencendo desafios, levaram a cabo a tarefa gigantesca de desbravar tão grande quanto desconhecida região. O que se lerá a seguir é um pequeno relato dessa epopéia que orgulha todos os brasileiros.



Em fins do século XV, as duas superpotências da época, Portugal e Espanha, com as bençãos da Igreja Católica, acordaram pelo tratado de Tordesilhas a divisão das terras por descobrir, onde atualmente se situam a África e as Américas. Pelo combinado, grande parte do que se conhece hoje por Amazônia brasileira tocaria aos espanhóis.



E realmente foram esses que tomaram a dianteira no reconhecimento da Região. A Francisco de Orellana, intrépido navegador espanhol, credita-se o descobrimento do grande rio, por ele navegado, desde a nascente, nos contrafortes dos Andes, a sua foz, nos anos de 1540 e 1541. As narrativas fantasiosas do escrivão de bordo, reportando a existência de mulheres guerreiras nas margens do grande rio, as Amazonas, são responsáveis pelo nome que hoje o identifica e à região que acolhe seu vasto caudal. Seguiram-se outras expedições espanholas com finalidade exploratória, até que franceses tentassem, no norte do Brasil, estabelecer a França Equinocial.



A expulsão do invasor do Maranhão alertou os portugueses para a importância da região contígua: a Amazônia. Como conseqüência, Francisco Caldeira Castelo Branco fundou, em 1616, na foz do grande rio, o Forte do Presépio, origem da atual cidade de Belém. A Amazônia começava a ser brasileira.



É bem verdade que a União das Coroas Ibéricas, a partir de 1580, tornando letra morta a linha de Tordesilhas, facilitara as coisas para Portugal. Afinal de contas, só havia um rei e senhor, o da Espanha; e todas as terras lhe pertenciam. Astutamente, os portugueses se valeriam dessa circunstância histórica para ampliar, o mais a Oeste possível, suas terras na América.



Duas expedições – verdadeiras epopéias - foram decisivas na conquista da Amazônia portuguesa: a de Pedro Teixeira e a de Raposo Tavares.



Em 1637, o Capitão Pedro Teixeira, a frente de um expedição cujo efetivo chegava a cerca de 2.500 pessoas, lançou-se para Oeste, contra a correnteza, pela calha do rio Amazonas, com a finalidade de reconhecer e explorar a região e colocar marcos de ocupação portugueses, até aonde pudesse chegar. E assim foi feito. Valendo-se do conhecimento e da adaptação à selva de mais de um milhar de índios, levou a cabo sua penosa missão, tendo chegado a Quito, na América Espanhola. Tal empreitada, que durou cerca de 2 anos, constitui feito memorável e de suma importância para o reconhecimento, com base no "Uti-possidetis", da presença portuguesa na Amazônia.





Outro grande desbravador da região foi Raposo Tavares. Saindo de São Paulo, em 1648, pela tradicional via de acesso do rio Tietê, atingiu o rio Paraguai, daí o Guaporé, o Madeira e finalmente o Solimões-Amazonas, o qual navegou até Gurupá, no atual estado do Pará, de onde retornou a São Paulo. Três anos foram consumidos nessa jornada reveladora do espírito aventureiro do Bandeirante.



Muitas outras entradas e bandeiras foram empreendidas pelos luso-brasileiros aos rincões da Amazônia, seja em busca do tão sonhado "El Dorado", seja para colher as chamadas "drogas do sertão", especiarias muito apreciadas à epoca.



Conquistada a custo de sofrimentos e sacrifícios, a Amazônia precisava agora ser mantida. Era de se esperar que, além dos espanhóis, franceses, holandeses e ingleses, não se conformassem, pacificamente, com a posse portuguesa da Amazônia. E assim foram à luta. Os últimos tentaram se estabelecer, na margem Norte, junto à foz. Quanto aos espanhóis pressionaram de Oeste para Este, pretendendo conduzir suas ações ao sabor da correnteza. Foi aí que se depararam com as sentinelas de pedra, os fortes da Amazônia, erigidos pelos luso-brasileiros para barrar-lhes o caminho.



Fiéis ao sábio princípio militar de que quem domina a embocadura de um rio domina seu curso, os portugueses estabeleceram suas fortificações na Amazônia em posições estratégicas, ao longo das vias fluviais, em sítios privilegiados para os defensores. Foi a partir das pranchetas rudimentares de seus engenheiros que os luso-brasileiros começaram a ganhar a guerra pela manutenção da Amazônia.



Fiéis ao sábio princípio militar de que quem domina a embocadura de um rio domina seu curso, os portugueses estabeleceram suas fortificações na Amazônia em posições estratégicas, ao longo das vias fluviais, em sítios privilegiados para os defensores. Foi a partir das pranchetas rudimentares de seus engenheiros que os luso-brasileiros começaram a ganhar a guerra pela manutenção da Amazônia.



Entre os mais importantes, além do já mencionado Forte do Presépio, desempenharam papel de fundamental importância para a consolidação da conquista da Amazônia portuguesa, os Fortes de São José do Rio Negro, de Gurupá, de Macapá, de São José de Marabitanas, de São Gabriel das Cachoeiras, de São Joaquim, de São Francisco Xavier de Tabatinga e Príncipe da Beira, entre outros.



Porém, de nada valeriam os Fortes, não fosse a têmpera - mais rija até que a dos canhões apoiados nas amuradas - dos homens que conduziram, principalmente pelo exemplo, os luso-brasileiros à vitória em numerosos embates. Chefes da estirpe de um Francisco Caldeira Castelo Branco, de um Bento Maciel Parente, de um Joaquim Tinoco Valente e de um Manuel da Gama Lobo d’Almada , para os quais nada, inimigo feroz, selva fechada, doenças desconhecidas, índios bravios, clima inclemente, animais selvagens, era capaz de detê-los; quem sabe a morte, no último alento.



Em suma, as ações de desbravamento da Amazônia promovidas pelos luso-brasileiros, via de regra, implicavam a expulsão dos invasores, o estabelecimento de fortificações, a fundação de vilas, a extração de recursos vegetais, o descobrimento de acidentes geográficos, enfim o conhecimento da área.



Como se viu, em conseqüência da conquista e da manutenção da Amazônia, vasto e rico território foi legado ao patrimônio dos brasileiros, de ontem e sempre, que, hoje, só têm o dever de desenvolvê-lo e defendê-lo.



Fortes Região Norte



Centenas de anos antes de a Amazônia virar bandeira ambientalista do mundo inteiro, a região já despertava o interesse de vários países. Naquele tempo, embora já existissem o boto cor-de-rosa, o peixe-boi, as plantas típicas e a grande biodiversidade de espécies, havia outra preocupação muito menos ecológica: o extrativismo vegetal, que impulsionava a ocupação e o povoamento da Amazônia. As "drogas do sertão". Como o guaraná, o urucum e alguns tipos de pimenta rendiam bons lucros no mercado internacional e eram alguns dos produtos monopolizados pela metrópole.



Para enriquecer, os desbravadores não se intimidam em avançar pela floresta e os povoados foram surgindo as margens dos rios. Nesse movimento de ocupação, a região foi logo invadida por holandeses, ingleses e franceses, que ali ergueram vários fortes durante os séculos 16, 17 e 18. Portugal só organizou a primeira expedição à região em 1615. Logo depois, montou suas primeiras fortalezas.



Já no Centro-Oeste, a busca de mão-de-obra indígena e a mineração foram as atividades que empurraram os portugueses para o interior. Organizaram-se as bandeiras, expedições exploratórias muitas vezes compostas por milhares de homens, imbuídos de intenso espírito aventureiro, que vagavam durante meses e anos pelo interior do país, conquistando fronteiras e estabelecendo povoados.



Os fortes, em ambas as regiões, foram construídos para garantir o domínio das ricas terras e das fronteiras, conter a cobiça dos invasores e dominar índios rebeldes. Propiciaram também o desenvolvimento de cidades e garantiram o livre trânsito pelas bacias hidrográficas do interior. Cumpriram, por assim dizer, a tarefa de ser guardiões dessas estradas naturais que mantinham as populações locais em contato com o resto do país e escoavam a riqueza do interior.







Entre os mais importantes, além do já mencionado Forte do Presépio, desempenharam papel de fundamental importância para a consolidação da conquista da Amazônia portuguesa, os Fortes de São José do Rio Negro, de Gurupá, de Macapá, de São José de Marabitanas, de São Gabriel das Cachoeiras, de São Joaquim, de São Francisco Xavier de Tabatinga e Príncipe da Beira, entre outros.



Porém, de nada valeriam os Fortes, não fosse a têmpera - mais rija até que a dos canhões apoiados nas amuradas - dos homens que conduziram, principalmente pelo exemplo, os luso-brasileiros à vitória em numerosos embates. Chefes da estirpe de um Francisco Caldeira Castelo Branco, de um Bento Maciel Parente, de um Joaquim Tinoco Valente e de um Manuel da Gama Lobo d’Almada , para os quais nada, inimigo feroz, selva fechada, doenças desconhecidas, índios bravios, clima inclemente, animais selvagens, era capaz de detê-los; quem sabe a morte, no último alento.



Em suma, as ações de desbravamento da Amazônia promovidas pelos luso-brasileiros, via de regra, implicavam a expulsão dos invasores, o estabelecimento de fortificações, a fundação de vilas, a extração de recursos vegetais, o descobrimento de acidentes geográficos, enfim o conhecimento da área.



Como se viu, em conseqüência da conquista e da manutenção da Amazônia, vasto e rico território foi legado ao patrimônio dos brasileiros, de ontem e sempre, que, hoje, só têm o dever de desenvolvê-lo e defendê-lo.






CONVITE DO REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA








CONVITE :

O DR. ANTÓNIO GOMES DA COSTA PRESIDENTE DO R.G.P.L. ,

CONVIDA PARA ASSISTIR AO COLÓQUIO "DA GERAÇÃO DE 70 À REPÚBLICA", COM A PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS E PORTUGUESES

LOCAL:

REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA

RUA LUÍS DE CAMÕES 30 - CENTRO - RIO DE JANEIRO - BRASIL

DATA:

8 DE NOVEMBRO DE 2010

HORÁRIO:

14 HORAS

R.S.V.P.

TEL: (021) 2221-3138





terça-feira, 26 de outubro de 2010

Chafariz da Glória receberá barreira de vidro para conter vândalos

Restaurado 4 vezes



Chafariz da Glória receberá barreira de vidro para conter vândalos

Publicada em 25/10/2010 às 23h53m

Jacqueline Costa

O GLOBO

 







RIO - Depois de quatro restaurações e cinco depredações no mesmo ano, o Chafariz da Glória vai ganhar uma proteção blindada.

A intenção é proteger o monumento - construído em 1742 pelo Marquês do Lavradio e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em 1938 - de novas ações de vandalismo.

A obra será a primeira do Rio de Janeiro a contar com esse tipo de proteção, de acordo com o Superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade:



- O vidro é pregado direto no chão e não prejudicará a visibilidade do monumento. É uma experiência para salvar um bem que é atacado com muita frequencia.

Cada vez que ele é restaurado, são causados novos danos à peça, pois é preciso utilizar produtos químicos e abrasivos para limpá-lo.

Ainda não conheço esse tipo de proteção no Brasil.

Instalar câmeras não funciona, porque a câmera apenas mostra quem foi o culpado, mas o prejuízo já foi causado.



Segundo o superintendente, em 2010, a prefeitura reformou duas vezes o chafariz e o Iphan mais duas.

Ele acrescenta que já foram gastos cerca de R$ 80 mil em restaurações só este ano.

Os recursos para a instalação do vidro, cerca de R$ 65 mil, já foram liberados e a licitação foi concluída.

Em dez dias, a novidade já deve estar instalada.

Como a fonte fica entre dois prédios, apenas a frente de vidro será necessária. No total, o paredão terá 13 metros de largura por 2,40 metros de altura.



Desde que começou a ser restaurado, em setembro do ano passado, o Chafariz da Glória já foi pichado e serviu de banheiro para moradores de rua.

No último ataque, no fim de setembro, o monumento foi totalmente pichado e, o mais grave, teve incendiada uma bacia superior junto à parede de argamassa.


Arquiteto do Iphan responsável pela obra, José Ribeiro explica que o vidro tem 16 milímetros de espessura e é resistente até a armas de fogo.

Cada lâmina pesa 40 quilos.



Viagem de D. Duarte Nuno Duque de Bragança ao Brasil em 1942.

Fotografias da viagem de D. Duarte Nuno Duque de Bragança ao Brasil em 1942.











Por ocasião de seu casamento com D. Maria Francisca de Orleans e Bragança em outubro de 1942. Segue esta seqüencia de imagens.

O Duque de Bragança e o Presidente da República do Brasil Dr. Getúlio Vargas no Palácio do Catete e com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil , Embaixador Oswaldo Aranha no Palácio Itamaraty.

A Princesa Imperial do Brasil D. Maria Francisca de Orleans e Bragança naturalizada portuguesa assina o Livro Civil na Embaixada de Portugal no Rio de Janeiro, por ocasião de seu casamento civil com o Duque de Bragança. O Duque de Bragança e a Família Imperial do Brasil no Palácio São Clemente no bairro de Botafogo.

Na Catedral de Petrópolis por ocasião do casamento religioso, os Príncipes Imperiais, D. Pedro Gastão, D. João Maria, D. Tereza, e a Mãe destes D. Elizabeth de Orleans e Bragança. Destaque para os descendentes do Visconde de Mauá, Arthur e Jorge Franklin Sampaio, D. Zaira Maria José de Santa Victória Cooper e D. Francisca Viana Nedehf Marquesa de Viana. Assistindo também ao casamento a Primeira Dama D. Darcy Vargas, o Prefeito do Rio de Janeiro Dr. Henrique Dodsworth e Srª., dos embaixadores Nabuco de Araújo e Macedo Soares.

Uma vista geral da Catedral e uma foto do Casal Real no Palácio Grão-Pará com a Família Imperial do Brasil.

Uma foto tirada na sede da ABI Associação Brasileira de Imprensa, com seu Presidente Herbert Moses, Conde Ernesto Pereira Carneiro do Jornal do Brasil, o Senador João de Medeiros Calmon representando o Dr. Assis Chateaubriant dos Diários Associados, Jornal do Commercio, Revista Cruzeiro e Radio Tupy.








ACERVO
COMENDADOR EDUARDO NEDEHF
MARQUÊS DE VIANA

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

GASTÃO REIS: DEMOCRACIA EX-ANTE E EX-POST




DEMOCRACIA EX-ANTE E EX-POST

Gastão Reis



Antes de mais nada, uma explicação. O uso dos termos latinos ex-ante e ex-post não se prende a nenhum tipo de saudosismo. Na verdade, foram as melhores palavras que encontrei para definir com rigor os problemas da teoria e da prática democráticas em nosso país. Estes termos têm largo uso em economia. Ex-ante (antes do evento, em latim) tem a ver com nossas expectativas diante de um evento futuro ou aquilo que ocorre antes de um determinado ato. Já ex-post (após um dado evento) está ligado ao fato consumado, aos resultados efetivos a que chegamos. Existem várias definições de democracia. Ao pé da letra, esta palavra é composta de duas outras de origem grega: demos, que quer dizer povo, e kratia, que significa força, poder. Poder do povo ou governo do povo. Abraão Lincoln lapidou essa conceituação clássica ao definir democracia como o “governo do povo, pelo povo e para o povo.” Podemos aproveitar o poder de síntese de Lincoln para definir democracia ex-ante e democracia ex-post. No conceito ex-ante, ela significa o governo do povo pelo povo, ou seja, a soberania é do povo que exerce o poder através de seus representantes eleitos. A democracia ex-post tem a ver com o governo para o povo, ou seja, em benefício efetivo da população.

Com base nessas duas conceituações, podemos afirmar que o Brasil tem hoje uma democracia ex-ante bastante avançada e uma democracia ex-post, que deixa muito a desejar, sofrível mesmo. Nós fazemos uma certa confusão em relação a esses dois conceitos. Uma coisa é dispor de um sistema político aberto, com muitos partidos, em que os cidadãos têm acesso aos cargos eletivos com facilidade. Um país com 28 partidos certamente oferece amplas possibilidades para tal. Até aqui estamos no reino da democracia ex-ante. Outra coisa, muito diferente, é saber se, uma vez eleitos, os políticos e a estrutura político-administrativa do país respondem à altura aos anseios populares em termos de preservação do interesse público. A resposta a essa segunda questão vem sendo reafirmada, de forma muito negativa, pela população brasileira que, em reiteradas pesquisas, avalia o desempenho dos políticos e de nossas práticas político-partidárias da pior maneira possível. Normalmente, 80% da população cravam entre o ruim e o péssimo quando solicitada a se manifestar. Por quê? Eis a questão.

Curiosamente, no seio de nossa pobre evolução institucional, tivemos no passado, em especial sob o Segundo Reinado, uma boa democracia ex-post, em que Pedro II, via poder moderador, dispunha de instrumentos efetivos para preservar o interesse público, e uma democracia ex-ante que deixava a desejar pela forma manipulada com que eram realizadas as eleições, fato este reconhecido pelo próprio monarca. Daí sua visão de futuro que o levava a chamar ora o líder de um, ora do outro partido, para que os liberais e os conservadores se alternassem no poder. Ele sabia que a alternância dos partidos no poder era peça fundamental na construção de uma democracia sólida ao longo do tempo.

A despeito dos avanços, a república no Brasil (e dos supostos valores republicanos alardeados) não conseguiu fazer com que a população percebesse a política e os políticos como instrumentos fidedignos de preservação de seus interesses. Três são as razões que explicam nosso desalento em matéria político-institucinal, não obstante os avanços nos planos social e econômico.

A primeira delas tem a ver com o número excessivo de partidos com representação no congresso nacional. Qualquer melindre pessoal faz com que o político mude de partido. Ele dispõe de 27 alternativas, responsáveis em boa medida pelo fato de os políticos não servirem aos partidos, mas, sim, deles se servirem. Fidelidade partidária sem cláusula de barreira é como corda sem caçamba. Simplesmente não funciona. Ressalve-se que o Brasil poderia continuar a ter muitos partidos, mas relativamente poucos com representação.

A segunda razão é nossa concepção equivocada de democracia que vê no voto obrigatório algo imprescindível ao processo de participação popular. O voto facultativo tem o mérito da qualidade. Quem vota sem ser obrigado pensa

melhor no voto que vai pôr na urna. Quem comparece à seção eleitoral por pura obrigação, votando mal informado, presta um favor à cidadania em não votar. Merece registro uma observação de ordem estatística. Somando-se os votos de quem falta com os brancos e nulos, o percentual efetivo de votantes em nossas eleições fica entre 60 e 65% do eleitorado total. Se o voto fosse facultativo, votariam entre 50 e 60% dos eleitores, ou seja, praticamente o mesmo número. Mais ainda: a teoria da amostragem nos garante que uma amostra de 50 ou 60% do eleitorado é mais que suficiente para se manter o resultado final. Em outras palavras: aumentar o número de votantes de 50 para 60 ou mesmo 100% muito dificilmente mudaria o resultado de um pleito.

O terceiro ponto se refere à ausência do voto distrital ou do voto distrital misto. O efeito devastador dessa deficiência é que tendemos a votar mal informados e, ainda, com isso, permitimos que o poder econômico fale muito alto nas disputas eleitorais. É óbvio que um candidato a vereador (ou a deputado estadual ou federal), ao ter que centrar sua campanha em um ou poucos bairros de sua cidade, ou seja, no seu distrito eleitoral, ele pode fazê-lo quase que a pé. Melhor ainda: ele vai prestar conta de seus atos aos eleitores de seu distrito, permitindo a estes últimos acompanhar facilmente seu desempenho e votar realmente com conhecimento de causa na próxima eleição.

Finalmente, e o mais trágico, é que a atual legislação eleitoral e partidária impede a formação de partidos sólidos e coesos e perpetua a manutenção de uma visão extremamente negativa por parte da população em relação à política e aos políticos. Sem que voltemos, através de uma profunda reforma político-institucional e partidária, a ver nossos representantes nos poderes executivos e legislativos (municipal, estadual e federal) novamente com respeito, vamos criar sérios problemas a médio e longo prazos para dar continuidade aos avanços sociais e econômicos obtidos, pois a reestruturação político-institucional é fundamental para garantir sua sustentabilidade, como comprovam pesquisas e estudos muito bem fundamentados. A longo prazo, boa economia depende de boa política.

ANCELMO GOIS, A GUERRA JÁ ACABOU . . . MAS, O CANHÃO É NOSSO ! . .



A guerra já acabou



Ancelmo Gois

O GLOBO





O conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional se reúne dia 4 agora no Rio para dar a palavra final sobre a devolução do tal canhão “El Cristiano” ao Paraguai.



A novela dura quase um ano, desde que Lula decidiu devolver este canhão de 12 toneladas, cujo nome religioso é porque foi construído com o metal dos sinos das igrejas de Assunção.







Batalha de Curupaiti



“El Cristiano”, que está no Museu Histórico, no Rio, foi uma poderosa arma adversária na Guerra do Paraguai (1864-1870).



Foi usado na Batalha de Curupaiti, a maior vitória paraguaia da sangrenta guerra.



DUQUE DE CAXIAS DETERMINA A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DO CHACO (1868)

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.dec.eb.mil.br/historico/brasilImperio/img/chaco_grande.jpg&imgrefurl=http://www.dec.eb.mil.br/historico/brasilImperio/estradaChaco.html&usg=__SxibZ8jjeOOLAN4QGJR5dqj9eZk=&h=240&w=400&sz=83&hl=pt-br&start=1&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=4xT-_CZENusMRM:&tbnh=74&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3DEstrada%2Bdo%2BChaco%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1




Início da construção da Estrada do Chaco, concebida por Caxias para desbordar a linha fortificada de Piquiciri/Angostura - Guerra da Tríplice Aliança (1868).
ESTRADA DO CHACO


Com a conclusão em apenas 23 dias, com a colocação de cerca de 30 mil troncos de palmeiras, construção de 8 pontes e lançamento de linha telegráfica, foi concretizada a idéia de Caxias de atacar, pela retaguarda, o exército inimigo e as suas linhas de Piquiciri ,desbordando, largamente, a posição de Angustura.


Deve-se, sem dúvida, à estrada estratégica do Chaco, que resultou de um entendimento entre Caxias e o Gen Argolo, a rapidez com que se obteve o desfecho favorável da campanha do Paraguai. Sob o comando do Gen Argolo, trabalharam na estrada 6 oficiais, 135 praças, 327 pontoneiros e mais uma comissão de engenheiros chefiada pelo Cel Rufino Galvão.




A Engenharia como arma do Exército Brasileiro foi estabelecida pelo Decreto N° 6971, de 04 de janeiro de 1908.

Porém o seu nascimento remonta à Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida na segunda metade do século XIX, reunindo as Forças Armadas do Brasil, Argentina e Uruguai, contra as Forças Armadas do Paraguai.

Antes desse conflito militar, o mais importante ocorrido em solo sul-americano, a instituição básica da Engenharia Militar era o imperial Corpo de Engenheiros, oriundo do Real Corpo de Engenheiros que aqui desembarcou trazido pela corte de D. João VI em 1808.

Cabe Salientar que o imperial Corpo de Engenheiros, possuidor de excelente quadro técnico, não estava no entanto, organizado para uma guerra terrestre, em Teatro de Operações de grandes proporções, com deslocamentos a grandes distâncias.

Havia necessidade de se adaptar o Imperial Corpo de Engenheiros, para torná-lo “mais compatível com o quadro real em que teriam de ser aproveitados a sua experiência à seu saber em proveito da eficiência das Grandes Unidades do nosso Exército”.

Assim foi surgindo a Engenharia como a arma do Exército Brasileiro aproveitando o padrão técnico dos integrantes do Corpo de Engenheiros, em benefício da Engenharia Combatente.

O Batalhão de Engenheiros, cumpre ressaltar, foi criado antes da guerra do Paraguai, pelo Decreto N° 1535, de 23 de janeiro de 1855, da necessidade sentida pelo Exército da época, após a Campanha de 1851/52, em se dotar a tropa de um elemento técnico de apoio para facilitar o seu deslocamento, ajudando-a a vencer os obstáculos naturais do terreno e os impostos pelo inimigo.

Durante a Campanha da Tríplice Aliança, criados pelas próprias circunstâncias da Guerra, e com objetivo de realizar os trabalhos de Engenharia de maior envergadura, foram organizadas as Comissões de Engenheiros, que assessoravam os comandantes de Corpos de Exército.

“Havia, assim, durante a Guerra do Paraguai, por um lado o Batalhão de Engenheiros, unidade combatente, pertencente ao Corpo de Artilharia, organizado para o fim de acompanhar, em todas as circunstâncias, as forças de operações e dar-lhes o permanente apoio nos trabalhos técnicos; por outro lado as Comissões de Engenheiros, que atuavam junto aos Altos Comandos, não apenas como órgão de assessoramento em projetos mais importantes para a solução dos grandes problemas de Engenharia, que se apresentam no curso de operações condicionando as decisões dos chefes, como para a coordenação, por ordem e como representantes deles, de todos os trabalhos de Engenharia impostos pela manobra”.

Observa-se, portanto, que a Arma de Engenharia nasceu na Guerra do Paraguai, da união entre o Batalhão de Engenheiros e as Comissões de Engenheiros, conforme o testemunho do emitente escritor, historiador e militar oriundo da própria Arma, Gen. Ex AURÉLIO DE LYRA TAVARES, acima descrito.

Desta importante fusão entre os militares do Batalhão de Engenheiros e os elementos das Comissões de Engenheiros, no cenário da Guerra da Tríplice Aliança, foi-se moldando a Engenharia de Combate como Arma de Apoio.

Entre os inúmeros feitos daquela que viria a ser a Arma de Villagran Cabrita, na epopéia da Guerra do Paraguai, cabe salientar o papel relevante das Comissões de Engenheiros durante todo o conflito, a começar pela travessia do Rio PARANÁ a cargo da comissão de Engenheiros do 1° Corpo de Exército chefiada pelo Ten Cel JOSÉ CARLOS DE CARVALHO e a construção da Estrada do Chaco, a cargo da Comissão de Engenheiros do 3° Corpo de Exército, chefiada pelo Ten Cel RUFINO ENEAS GUSTAVO GALVÃO.

A construção da estrada do Chaco foi, sem dúvida, uma das páginas mais brilhantes da história da Engenharia Militar do Exército Brasileiro, que teve papel preponderante na consagração definitiva da Engenharia como Arma, erguendo-a ao nível das armas combatentes.

Vejamos o depoimento do Gen Ex AURÉLIO DE LYRA TAVARES em sua obra “Villagran Cabrita e a Engenharia de Seu Tempo”, sobre este fato histórico:

“ Outro monumento da história das Comissões de Engenheiros foi a estrada do Chaco. Os sacrifícios que ela representou, como trabalho que parecia inesquecível, embora representasse uma imposição das circunstâncias, diante do quadro que Caxias teve de enfrentar, depois do triunfo de TUIUTI, foi descrito, magestralmente, por AFONSO DE CARLALHO, na sua obra clássica sobre o Patrono do Exército”.

Mas adiante, ainda na mesma obra literária, assim se refere o Gen LYRA TAVARES sobre a construção da estrada do Chaco:

“Caxias entregou a missão ao Gen Argolo, que logo mediu a sua importância, verificando que ela iria depender, basicamente, do assessoramento e do trabalho técnico de uma Comissão de Engenheiros. Enquanto alcançava o Chaco um destacamento precursor, comandado pelo Ten Cel Tibúrcio, Argolo passou a estudar juntamente com a sua Comissão de Engenheiros com a qual ficaria em permanente contato. Ela era composta pelos Tenente-Coronel Rufino Galvão, Tenente Carlos Lassance, e Alferes Jourdan.

Depois de 23 dias, cheios de sacrifícios, dramas e peripécias já muitas vezes narrados e enaltecidos, a estrada estava aberta, e por ela Caxias passava, com Argola, no dia 27 de outubro de 1868. em Vileta, ele se transfere para a Esquadra, que levaria o Exército para Santo Antônio.

Era mais uma operação de grande envergadura que vinha provar a capacidade operacional da nossa Engenharia. Nela se entrosavam, cada vez mais, os técnicos do Corpo de Engenheiros e os Combatentes do Batalhão de Engenheiros, ao mesmo tempo que se criavam condições para o entrelaçamento cada vez maior entre essas duas organizações, que se fundiriam, mais tarde, para a criação da Arma de Engenharia de Combate, sempre presente em todos os escalões de comando.

Observa-se pelo acima exposto que para os engenheiros militares brasileiros a construção da Estrada do Chaco, pela sua importância para a manobra de Caxias, constituiu-se, sem dúvida, num dos maiores desafios de toda campanha e uma reafirmação do valor daqueles abnegados militares.

A nascente Engenharia já havia demonstrado de maneira inequívoca toda a sua potencialidade e importância por ocasião da travessia do rio Paraná, em 16 de abril de 1866. Naquela oportunidade, não obstante a grandiosidade da tarefa e a insuficiência de meios, puderam os engenheiros cumprir a missão de maneira brilhante.

Ombreando com aquele feito, não só pela amplitude da missão, mas pelas dificuldades apresentadas pelo terreno, agravada pela deficiência de material e insuficiência de pessoal, a travessia do Chaco consagrou definitivamente a Engenharia, alcançando-a ao mais alto conceito, erguendo-a ao nível das armas Combatentes.

E à frente da comissão de Engenheiros, concretizando a realização da estrada que permitiu a Caxias lançar o Exército Brasileiro contra a retaguarda de Solano Lopez, encontrava-se o Ten Cel Rufino Enéas Gustavo Galvão, o futuro Visconde de Maracaju, a quem coube viabilizar técnica e materialmente a construção desta obra.

Observa-se assim que o Ten Cel Enéas Galvão chefiava a Comissão de Engenheiros do corpo de Exército do Marechal Argolo ao mesmo tempo e ao lado de outros Engenheiros ilustres da nossa história, como o Ten Cel José Carlos de Carvalho, chefe da Comissão de Engenheiros do Corpo de Exército do Marechal OSÓRIO e do Ten Cel CONRADO BITTENCOURT, Cmt do Batalhão de Engenheiros, após a morte de VILLAGRAN CABRITA.



Engenharia
 








29/08/2007


A Engenharia é a arma de apoio ao combate que tem como missão principal apoiar a mobilidade, a contramobilidade e a proteção, caracterizando-se como um fator multiplicador do poder de combate. A mobilidade é caracterizada pelo conjunto de trabalhos desenvolvidos para proporcionar as condições necessárias ao movimento contínuo e ininterrupto de uma força amiga.






Os engenheiros realizam, entre outros, trabalhos de abertura de passagens em obstáculos, de transposição de cursos de água, de navegação em vias interiores, de conservação e reparação de pistas e estradas, de destruição de posições organizadas do inimigo, proporcionando a força amiga condições vantajosas sobre a posição do inimigo.






A contramobilidade caracteriza-se pelo conjunto de trabalhos que visam deter, retardar ou canalizar o movimento das forças inimigas para, em princípio, contribuir na destruição dessas forças. São trabalhos de construção de obstáculos diversos, de acordo com a intenção do comandante da força amiga, restringindo a liberdade de manobra do inimigo.






A proteção define-se pelo conjunto de trabalhos que visam reduzir ou anular os efeitos das ações do inimigo e das intempéries sobre a tropa e o material, proporcionando abrigo, segurança e bem-estar e ampliando a capacidade de sobrevivência das forças amigas.






Os engenheiros, em função do conhecimento técnico, do pessoal e do material especializados, prestam assistência às tropas em combate, realizam trabalhos de fortificações, camuflagem e construção de instalações, que aumentem capacidade de combate da força amiga.










O PATRONO



Ten Cel João Carlos de VILLAGRAN CABRITA







O Ten Cel João Carlos de Villagran Cabrita tombou no dia 10 de Abril de 1866, na Batalha da Ilha da Redenção, no rio Paraná, quando então comandava o Batalhão de Engenheiros, originário do lusitano Real Corpo de Engenheiros, na Guerra da Tríplice Aliança. O ilustre chefe, valoroso e heróico comandante, reviveu para a glória, como só ocorre com os verdadeiros soldados.



Pelo exemplo legado e méritos incontestáveis, tornou-se patrono da Arma de Engenharia. É ele quem está à testa de todas as tropas de Engenharia que hoje desfilam, como a indicar o caminho às gerações de engenheiros que o sucederam na honrosa e digna missão de manter inviolável o imenso patrimônio territorial recebido como herança de nossos antepassados.



O Batalhão de Engenheiros, surgido no alvorecer do ano de 1855, era a simbiose harmônica de apoio e dependência dos quadros técnicos e dos denodados combatentes. Seu trabalho foi consagrado na retumbante vitória do 10 de Abril de 1866, na conquista e manutenção do banco de areia, depois denominado de Ilha da Redenção ou Ilha Cabrita, em frente ao forte de Itapiru. A transposição do Rio Paraná, os trabalhos de organização do terreno e a construção de estradas, como a Estrada do Chaco, naquela memorável campanha, são aspectos que evidenciam as características - de técnico e de combatente - do Soldado de Engenharia.


 

CERTIDÃO DE CASAMENTO RELIGIOSO DOS DUQUES DE BRAGANÇA

Termo do certificado de casamento religioso na Catedral de Petrópolis passado pelo Monsenhor Francisco Gentil Costa, de D. Maria Francisca Amélia Luiza Victória Tereza Elizabeth de Orleans e Bragança com D. Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António de Bragança, Duques de Bragança, em 15 de outubro de 1942 ás 11 horas e 30 minutos da manhã.

Sendo padrinhos do noivo, D. Juan Carlos Tereza Silvério Alfonso de Bourbon, atual Rei Juan Carlos I da Espanha, e a Infanta D. Felipa de Bragança, representados por D. Lourenço de Jesus Maria José Vaz de Almada Conde de Almada

Sendo padrinhos da noiva, D. Amélia de Orleans e Bragança Rainha de Portugal viúva de El Rey D. Carlos I, representada pelo antigo ministro do Conselho do Reino, João de Sá Camelo Lampréia e o Príncipe Henrique Roberto Ferdinando Maria de Orleans Conde de Paris (cunhado da noiva) representado pelo Príncipe D. João Maria Felipe Gabriel de Orleans e Bragança (irmão de D. Maria Francisca).




ACERVO
COMENDADOR EDUARDO NEDEHF
MARQUÊS DE VIANA

domingo, 24 de outubro de 2010

PORTO MARAVILHA, COMEÇA A SAIR DO PAPEL . . .









ARCO DO TELLES: DO IMPÉRIO PARA A REPÚBLICA . . . O VERDADEIRO TÚNEL DO TEMPO ! . .

O Túnel do Tempo

24/10/2010 - 07:03
Enviado por: Paulo Pacini
JB


Em meados do século XVIII, Gomes Freire iniciava a construção do Palácio dos Governadores, atual Paço Imperial.

O belo projeto, criado pelo brigadeiro Alpoim, transformava o aspecto do antigo Terreiro da Polé, hoje Praça XV, reorganizando o espaço e conferindo-lhe mais simetria e harmonia.



Os proprietários do terreno do lado oposto, motivados pelas obras, encomendaram ao mesmo arquiteto uma reforma completa nas casas de sua propriedade, que foram alinhadas no padrão que perdura até o presente.

Nas novas construções, Alpoim incluiu uma passagem em forma de arco, que dava acesso ao beco chamado do Telles, atual Travessa do Comércio.

A entrada ficou conhecida, então e para sempre, como Arco do Telles.



Arco do Telles, uma passagem para o Rio de antigamente



Os Telles se estabeleceram no Rio de Janeiro nos primórdios da cidade, e entre seus bens incluía-se o terreno acima.

Nas casas mencionadas constavam diversas lojas, e para o sobrado de uma delas se mudou a Câmara em 1757.

O pavoroso incêndio de 1790 a devorou, assim como a quase todo arquivo municipal, deixando uma lacuna irreparável na história carioca.



No século XIX, o local entrou em decadência, tornando-se imundo abrigo de marginais e vagabundos, até as autoridades competentes o resgatarem para cidade, há mais de cem anos.

É hoje uma das principais atrações do Centro, passagem transfigurada em autêntico túnel do tempo ao comunicar a Praça XV com a Travessa do Comércio e adjacências, pequeno e precioso trecho preservado do Rio do tempo dos vice-reis coloniais e do Império.