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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DUQUE DE CAXIAS DETERMINA A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DO CHACO (1868)

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Início da construção da Estrada do Chaco, concebida por Caxias para desbordar a linha fortificada de Piquiciri/Angostura - Guerra da Tríplice Aliança (1868).
ESTRADA DO CHACO


Com a conclusão em apenas 23 dias, com a colocação de cerca de 30 mil troncos de palmeiras, construção de 8 pontes e lançamento de linha telegráfica, foi concretizada a idéia de Caxias de atacar, pela retaguarda, o exército inimigo e as suas linhas de Piquiciri ,desbordando, largamente, a posição de Angustura.


Deve-se, sem dúvida, à estrada estratégica do Chaco, que resultou de um entendimento entre Caxias e o Gen Argolo, a rapidez com que se obteve o desfecho favorável da campanha do Paraguai. Sob o comando do Gen Argolo, trabalharam na estrada 6 oficiais, 135 praças, 327 pontoneiros e mais uma comissão de engenheiros chefiada pelo Cel Rufino Galvão.




A Engenharia como arma do Exército Brasileiro foi estabelecida pelo Decreto N° 6971, de 04 de janeiro de 1908.

Porém o seu nascimento remonta à Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida na segunda metade do século XIX, reunindo as Forças Armadas do Brasil, Argentina e Uruguai, contra as Forças Armadas do Paraguai.

Antes desse conflito militar, o mais importante ocorrido em solo sul-americano, a instituição básica da Engenharia Militar era o imperial Corpo de Engenheiros, oriundo do Real Corpo de Engenheiros que aqui desembarcou trazido pela corte de D. João VI em 1808.

Cabe Salientar que o imperial Corpo de Engenheiros, possuidor de excelente quadro técnico, não estava no entanto, organizado para uma guerra terrestre, em Teatro de Operações de grandes proporções, com deslocamentos a grandes distâncias.

Havia necessidade de se adaptar o Imperial Corpo de Engenheiros, para torná-lo “mais compatível com o quadro real em que teriam de ser aproveitados a sua experiência à seu saber em proveito da eficiência das Grandes Unidades do nosso Exército”.

Assim foi surgindo a Engenharia como a arma do Exército Brasileiro aproveitando o padrão técnico dos integrantes do Corpo de Engenheiros, em benefício da Engenharia Combatente.

O Batalhão de Engenheiros, cumpre ressaltar, foi criado antes da guerra do Paraguai, pelo Decreto N° 1535, de 23 de janeiro de 1855, da necessidade sentida pelo Exército da época, após a Campanha de 1851/52, em se dotar a tropa de um elemento técnico de apoio para facilitar o seu deslocamento, ajudando-a a vencer os obstáculos naturais do terreno e os impostos pelo inimigo.

Durante a Campanha da Tríplice Aliança, criados pelas próprias circunstâncias da Guerra, e com objetivo de realizar os trabalhos de Engenharia de maior envergadura, foram organizadas as Comissões de Engenheiros, que assessoravam os comandantes de Corpos de Exército.

“Havia, assim, durante a Guerra do Paraguai, por um lado o Batalhão de Engenheiros, unidade combatente, pertencente ao Corpo de Artilharia, organizado para o fim de acompanhar, em todas as circunstâncias, as forças de operações e dar-lhes o permanente apoio nos trabalhos técnicos; por outro lado as Comissões de Engenheiros, que atuavam junto aos Altos Comandos, não apenas como órgão de assessoramento em projetos mais importantes para a solução dos grandes problemas de Engenharia, que se apresentam no curso de operações condicionando as decisões dos chefes, como para a coordenação, por ordem e como representantes deles, de todos os trabalhos de Engenharia impostos pela manobra”.

Observa-se, portanto, que a Arma de Engenharia nasceu na Guerra do Paraguai, da união entre o Batalhão de Engenheiros e as Comissões de Engenheiros, conforme o testemunho do emitente escritor, historiador e militar oriundo da própria Arma, Gen. Ex AURÉLIO DE LYRA TAVARES, acima descrito.

Desta importante fusão entre os militares do Batalhão de Engenheiros e os elementos das Comissões de Engenheiros, no cenário da Guerra da Tríplice Aliança, foi-se moldando a Engenharia de Combate como Arma de Apoio.

Entre os inúmeros feitos daquela que viria a ser a Arma de Villagran Cabrita, na epopéia da Guerra do Paraguai, cabe salientar o papel relevante das Comissões de Engenheiros durante todo o conflito, a começar pela travessia do Rio PARANÁ a cargo da comissão de Engenheiros do 1° Corpo de Exército chefiada pelo Ten Cel JOSÉ CARLOS DE CARVALHO e a construção da Estrada do Chaco, a cargo da Comissão de Engenheiros do 3° Corpo de Exército, chefiada pelo Ten Cel RUFINO ENEAS GUSTAVO GALVÃO.

A construção da estrada do Chaco foi, sem dúvida, uma das páginas mais brilhantes da história da Engenharia Militar do Exército Brasileiro, que teve papel preponderante na consagração definitiva da Engenharia como Arma, erguendo-a ao nível das armas combatentes.

Vejamos o depoimento do Gen Ex AURÉLIO DE LYRA TAVARES em sua obra “Villagran Cabrita e a Engenharia de Seu Tempo”, sobre este fato histórico:

“ Outro monumento da história das Comissões de Engenheiros foi a estrada do Chaco. Os sacrifícios que ela representou, como trabalho que parecia inesquecível, embora representasse uma imposição das circunstâncias, diante do quadro que Caxias teve de enfrentar, depois do triunfo de TUIUTI, foi descrito, magestralmente, por AFONSO DE CARLALHO, na sua obra clássica sobre o Patrono do Exército”.

Mas adiante, ainda na mesma obra literária, assim se refere o Gen LYRA TAVARES sobre a construção da estrada do Chaco:

“Caxias entregou a missão ao Gen Argolo, que logo mediu a sua importância, verificando que ela iria depender, basicamente, do assessoramento e do trabalho técnico de uma Comissão de Engenheiros. Enquanto alcançava o Chaco um destacamento precursor, comandado pelo Ten Cel Tibúrcio, Argolo passou a estudar juntamente com a sua Comissão de Engenheiros com a qual ficaria em permanente contato. Ela era composta pelos Tenente-Coronel Rufino Galvão, Tenente Carlos Lassance, e Alferes Jourdan.

Depois de 23 dias, cheios de sacrifícios, dramas e peripécias já muitas vezes narrados e enaltecidos, a estrada estava aberta, e por ela Caxias passava, com Argola, no dia 27 de outubro de 1868. em Vileta, ele se transfere para a Esquadra, que levaria o Exército para Santo Antônio.

Era mais uma operação de grande envergadura que vinha provar a capacidade operacional da nossa Engenharia. Nela se entrosavam, cada vez mais, os técnicos do Corpo de Engenheiros e os Combatentes do Batalhão de Engenheiros, ao mesmo tempo que se criavam condições para o entrelaçamento cada vez maior entre essas duas organizações, que se fundiriam, mais tarde, para a criação da Arma de Engenharia de Combate, sempre presente em todos os escalões de comando.

Observa-se pelo acima exposto que para os engenheiros militares brasileiros a construção da Estrada do Chaco, pela sua importância para a manobra de Caxias, constituiu-se, sem dúvida, num dos maiores desafios de toda campanha e uma reafirmação do valor daqueles abnegados militares.

A nascente Engenharia já havia demonstrado de maneira inequívoca toda a sua potencialidade e importância por ocasião da travessia do rio Paraná, em 16 de abril de 1866. Naquela oportunidade, não obstante a grandiosidade da tarefa e a insuficiência de meios, puderam os engenheiros cumprir a missão de maneira brilhante.

Ombreando com aquele feito, não só pela amplitude da missão, mas pelas dificuldades apresentadas pelo terreno, agravada pela deficiência de material e insuficiência de pessoal, a travessia do Chaco consagrou definitivamente a Engenharia, alcançando-a ao mais alto conceito, erguendo-a ao nível das armas Combatentes.

E à frente da comissão de Engenheiros, concretizando a realização da estrada que permitiu a Caxias lançar o Exército Brasileiro contra a retaguarda de Solano Lopez, encontrava-se o Ten Cel Rufino Enéas Gustavo Galvão, o futuro Visconde de Maracaju, a quem coube viabilizar técnica e materialmente a construção desta obra.

Observa-se assim que o Ten Cel Enéas Galvão chefiava a Comissão de Engenheiros do corpo de Exército do Marechal Argolo ao mesmo tempo e ao lado de outros Engenheiros ilustres da nossa história, como o Ten Cel José Carlos de Carvalho, chefe da Comissão de Engenheiros do Corpo de Exército do Marechal OSÓRIO e do Ten Cel CONRADO BITTENCOURT, Cmt do Batalhão de Engenheiros, após a morte de VILLAGRAN CABRITA.



Engenharia
 








29/08/2007


A Engenharia é a arma de apoio ao combate que tem como missão principal apoiar a mobilidade, a contramobilidade e a proteção, caracterizando-se como um fator multiplicador do poder de combate. A mobilidade é caracterizada pelo conjunto de trabalhos desenvolvidos para proporcionar as condições necessárias ao movimento contínuo e ininterrupto de uma força amiga.






Os engenheiros realizam, entre outros, trabalhos de abertura de passagens em obstáculos, de transposição de cursos de água, de navegação em vias interiores, de conservação e reparação de pistas e estradas, de destruição de posições organizadas do inimigo, proporcionando a força amiga condições vantajosas sobre a posição do inimigo.






A contramobilidade caracteriza-se pelo conjunto de trabalhos que visam deter, retardar ou canalizar o movimento das forças inimigas para, em princípio, contribuir na destruição dessas forças. São trabalhos de construção de obstáculos diversos, de acordo com a intenção do comandante da força amiga, restringindo a liberdade de manobra do inimigo.






A proteção define-se pelo conjunto de trabalhos que visam reduzir ou anular os efeitos das ações do inimigo e das intempéries sobre a tropa e o material, proporcionando abrigo, segurança e bem-estar e ampliando a capacidade de sobrevivência das forças amigas.






Os engenheiros, em função do conhecimento técnico, do pessoal e do material especializados, prestam assistência às tropas em combate, realizam trabalhos de fortificações, camuflagem e construção de instalações, que aumentem capacidade de combate da força amiga.










O PATRONO



Ten Cel João Carlos de VILLAGRAN CABRITA







O Ten Cel João Carlos de Villagran Cabrita tombou no dia 10 de Abril de 1866, na Batalha da Ilha da Redenção, no rio Paraná, quando então comandava o Batalhão de Engenheiros, originário do lusitano Real Corpo de Engenheiros, na Guerra da Tríplice Aliança. O ilustre chefe, valoroso e heróico comandante, reviveu para a glória, como só ocorre com os verdadeiros soldados.



Pelo exemplo legado e méritos incontestáveis, tornou-se patrono da Arma de Engenharia. É ele quem está à testa de todas as tropas de Engenharia que hoje desfilam, como a indicar o caminho às gerações de engenheiros que o sucederam na honrosa e digna missão de manter inviolável o imenso patrimônio territorial recebido como herança de nossos antepassados.



O Batalhão de Engenheiros, surgido no alvorecer do ano de 1855, era a simbiose harmônica de apoio e dependência dos quadros técnicos e dos denodados combatentes. Seu trabalho foi consagrado na retumbante vitória do 10 de Abril de 1866, na conquista e manutenção do banco de areia, depois denominado de Ilha da Redenção ou Ilha Cabrita, em frente ao forte de Itapiru. A transposição do Rio Paraná, os trabalhos de organização do terreno e a construção de estradas, como a Estrada do Chaco, naquela memorável campanha, são aspectos que evidenciam as características - de técnico e de combatente - do Soldado de Engenharia.


 

Um comentário:

Unknown disse...

HONRADÍSSIMO, COMO BRASILEIRO E HISTORIADOR MILITAR, DE CUMPRIMENTAR ESTE BLOG.TENHO PEREGRINADO EM NOSSA HISTORIOGRAFIA, PRINCIPALMENTE SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI, TANTO NA LITERATURA COMO NAS ARTES PLASTICAS - GOSTARIA DE RECEBER CONTATO - SOU DELEGADO DA ACADEMIA DE HI8STÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL - EM URUGUAIANA - RS - ONDE ESTEVE D PEDRO II NA RENDIÇÃO DE UMA FORÇA PARAGUAIA. VISITEM MEU SITE www.artmajeur.com/carlosfonttes