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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Coleção de fotos de D. Pedro II que retrata não só sua família, mas como também o mundo do séc XIX.

UM TESOURO - FOTOS EXECUTADAS POR D. PEDRO II










Trata-se da coleção de fotos de D. Pedro II que retrata não só sua família, mas como também o mundo do séc XIX.

É a Coleção D. Thereza Christina Maria, que foi doada em testamento, tratando-se da maior doação já recebida pela Biblioteca Nacional em toda sua história.

Esta colação tem registro na UNESCO no Programa Memória do Mundo, como patrimônio da humanidade e com certeza vale uma visita.

Como resultado, estão disponíveis as fotografias digitalizadas, acompanhadas por pesquisa histórica e descrição bibliográfica completa, possibilitando aos pesquisadores uma visão abrangente e pormenorizada desta preciosa coleção.

Desta forma a Biblioteca Nacional, cumpre sua missão de garantir a disseminação do conhecimento divulgando seu vasto acervo e contribuindo para a preservação da memória nacional.


 

O Convento de Santa Teresa

O Convento de Santa Teresa

14/04/2011 - 10:10
Enviado por: Paulo Pacini
JB


No início do século XVII, Antônio Gomes do Desterro, morando no Rio há algum tempo, pôde finalmente realizar seu acalentado sonho.

Antigo devoto de N.Sª do Desterro, cujo nome era aliás idêntico ao seu, construiu uma ermida a ela dedicada em um morro perto da Lapa atual, legando ainda ao santuário várias propriedades e bens.

Cuidava da casa um ermitão, e o número crescente de devotos, especialmente durante as festas, levou à construção de uma casa de romeiros anexa, para maior comodidade dos que vinham de longe.



Vários milagres eram atribuídos a N.Sª do Desterro, sendo o mais conhecido aquele ocorrido em 1650 com o padre Vasconcellos, que se encontrava doente no Colégio dos Jesuítas, no Morro do Castelo, e que teria sido curado após um amigo seu, padre Almeida, rezar uma missa em sua intenção na capela do Desterro. Tudo concorria para a fama do templo, cada vez mais procurado.





Convento de Santa Teresa, obra de fé que deu nome a um bairro (Igreja da Lapa em primeiro plano)



Na década de 1720, recebia os capuchinhos italianos, que haviam deixado a Capela da Conceição (atual Igreja de Conceição e Boa Morte), lá ficando até 1742, quando puderam mudar para casa própria, na rua Evaristo da Veiga (antiga dos Barbonos).

Foi exatamente nesta época que Jacinta Aires, filha de João Aires, passou a frequentar as missas celebradas pelos capuchinhos.

Segundo relatos, a moça sofria transes nos quais vozes lhe incumbiam de uma missão religiosa, e, um dia, passando pela rua de Matacavalos (Riachuelo), interessou-se pela Chácara da Bica, a qual se encontrava abandonada, julgando-a adequada para a construção de um recolhimento religioso.

A propriedade ficava onde é a rua Francisco Muratori, e foi comprada a seguir por um tio de Jacinta.



Logo que pôde, mudou-se para a chácara junto com sua irmã Francisca, construindo nos anos seguintes uma ermida dedicada ao Menino Deus, ainda existente na rua do Riachuelo.

O recolhimento e sua ermida tornaram-se cada vez mais conhecidos, angariando simpatias e apoios diversos, inclusive do Governador Gomes Freire, que concordava com a idéia de Jacinta de se construir um convento de carmelitas seguindo a regra de Santa Teresa.

Foi escolhido como local a Ermida do Desterro, e, em 1750, era lançada a pedra fundamental do prédio, com projeto e construção feita pelo famoso Brigadeiro Alpoim.

Jacinta não conheceria o novo convento, pois havia falecido em 1748. As reclusas para lá se transferiram assim que possível, mas foram autorizadas a seguir a regra de Santa Clara, não a de Santa Teresa, como era sua intenção.

Para reverter essa decisão, Francisca embarca em segredo para Portugal com seu irmão em 1756, e consegue seu intento junto ao rei D. José I.

De volta ao Rio, transmite a ordem ao bispo D. Antônio do Desterro que, contrariado, tudo fez para impedir e retardar sua aplicação. Só após sua morte é que D. Maria I, rainha de Portugal, ordenou em 1777 que fosse efetivada a decisão de D. José I.



Já então, tanto o convento quanto o morro eram conhecidos como de Santa Teresa, nome que se estendeu ao bairro que nasceria durante o século XIX, formado pelo conjunto de morros por onde passava o Aqueduto da Carioca, e que se tornaria um dos locais mais pitorescos e belos do Rio de Janeiro.



IGREJA DA CANDELÁRIA, PREÇOS PROIBITIVOS . . . MAS, SEM DINHEIRO PARA CUIDAR DO PATRIMÔNIO ! . . . DEMOCRATIZAR PARA RESTAURAR !

Candelária largada vira crise com Iphan

Administrador da igreja alega falta de patrocínio para obras de restauração. Instituto afirma que falta manutenção periódica

POR CELSO OLIVEIRA
O DIA


Rio - Falta de patrocínio para a realização de obras ou simples descuido com a manutenção? Os administradores da Igreja da Candelária, no Centro do Rio, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) têm opiniões divergentes sobre os problemas na infraestrutura de um dos maiores símbolos do corredor cultural carioca.





Vitrais quebrados mostram a situação da Candelária
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia


Para José Gomes, provedor da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária, que administra a igreja tombada em 1938, não é possível restaurá-la sem a participação da iniciativa privada ou do poder público.

“A irmandade não tem como bancar sozinha. Teríamos que desviar dinheiro das nossas obras sociais e não podemos fazer isso. O patrocínio é nossa maior necessidade hoje”, afirma o provedor.



Segundo ele, são necessárias obras de grande vulto para recuperar o que o tempo desgastou. O projeto de restauração da área externa, por exemplo, idealizado há quatro anos, quando só o telhado foi restaurado, ficou em R$ 18 milhões. O projeto teria sido abandonado justamente por falta de patrocinador.



“Todas as fachadas precisam ser restauradas, além das pedras pichadas, a cúpula do alto e as torres. Esse projeto pode ser adaptado, mas o custo pode ser maior”, salientou o provedor, que não vê risco para as pessoas com a queda de pedaços de reboco, como ocorreu há 3 meses. “Isso acontece numa área que não afeta quem passa na calçada”.



De acordo com Carlos Fernando de Souza, superintendente do Iphan, o que falta na Candelária é manutenção periódica, o que segundo ele pode ser feito pela própria administração da igreja, com baixo custo e sem a interferência do órgão, vinculado ao Ministério da Cultura. “Todo prédio com certa idade tem queda de reboco. E as pichações podem ser limpas. Não precisa de nenhum grande projeto. O que está faltando ali é responsabilidade mesmo”, critica Carlos Fernando.



Vitrais quebrados e ferrugem



Pode ser que o burburinho intenso do trânsito ao redor da Igreja da Candelária não permita a observação detalhada dos problemas no prédio. Mas basta uma rápida parada para se reparar nos vitrais quebrados, na pintura descascada e na ferrugem que toma conta do cume das torres.



Construída entre 1778 e 1898, a Candelária virou cartão-postal do Centro do Rio, impondo-se pela beleza do estilo neoclássico, grandes e pesadas portas de bronze e interior revestido de mármore.



Ponto de concentração para manifestações políticas, ganhou o noticiário internacional em 1993, quando 8 pessoas, incluindo 6 menores, foram mortas na Chacina da Candelária.