FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Igreja de Conceição e Boa Morte

A Igreja de Conceição e Boa Morte

06/04/2011 - 18:28
Enviado por: Paulo Pacini
JB


A religião sempre teve grande importância na vida de todos, pelo menos até a era contemporânea, quando parte da população se desvinculou deste tipo de prática. Muitos fiéis, contudo, continuam sua devoção, expressa pela diversidade dos cultos atuais. Antigamente, contudo, não haviam distrações e consumismo, fazendo com que assuntos ligados à prática religiosa e suas instituições tivessem acentuada importância.



A história da Igreja da Conceição e Boa Morte, no centro do Rio, é bastante ilustrativa a esse respeito, e nos dá um exemplo vívido dos tempos de outrora. Tudo começa no início do século XVIII, quando João Machado Pereira ergue uma ermida dedicada a N.Sª da Conceição na esquina das ruas então chamadas André Dias (Rosário) e Caminho da Conceição para o Parto (depois Ourives e hoje Miguel Couto). Seguiam as coisas tranquilamente até que, passados alguns anos, a Irmandade do Rosário e São Benedito lá vai procurar abrigo, após ser expulsa da Igreja de São Sebastião, no Castelo. Acolhidos por João Machado, lá permaneceram durante as obras de sua igreja (do Rosário), construída em terreno doado por Francisca Pontes. Logo que puderam, mudaram-se para seu templo, deixando a ermida desocupada.





Igreja de N.Sª da Conceição e Boa Morte, obra
destacada do Brigadeiro Alpoim



Os hóspedes seguintes foram frades Barbadinhos italianos, chamados na época de Barbonos, que permaneceram por anos até mudarem-se para o morro do Desterro, e depois para seu convento. A seguir, recebeu a Ordem Terceira da Penitência, que havia brigado com frades do convento de Santo Antônio, decidindo finalmente sair do morro. Compraram a capela e lá ficaram por dez anos, até a reconciliação em 1725, voltando à sua antiga casa.



Em 1729, a Irmandade de N. Sª da Conceição, situada na Igreja de São Sebastião no Castelo, tem a mesma sorte daquela do Rosário e São Benedito, tendo de buscar morada noutras paragens. Estando desocupada a capela de João Machado, compram-na à Ordem da Terceira da Penitência. Entrementes, na Igreja do Carmo, a Irmandade da Assunção e Boa Morte enfrentava problemas com os frades, e uma parte dos fiéis desejava romper e mudar-se. Retiraram à socapa grande parte da prataria, sob diversos pretextos, e, durante uma procissão noturna, aproveitando o manto da escuridão, desviaram do caminho e levaram a imagem correndo até a Igreja da Conceição, trancando as portas atrás de si. O episódio causou a cisão da irmandade, ficando no Carmo a da Assunção e a da Boa Morte na Capela da Conceição.



Os donos da capela receberam bem os recém-chegados, pois poderiam reunir esforços para construir um templo condigno. Assim foi, e, em 1735, o Brigadeiro Alpoim, principal engenheiro e arquiteto do governador Gomes Freire, começa a construção da igreja. Os trabalhos só terminariam em 1785, 50 anos depois.



O tempo e a convivência corroeram a harmonia entre as duas agremiações, e a discórdia foi responsável por boa parte do atraso das obras. Episódios bizarros e mesquinhos pontilharam este período, antes que cizânia fosse superada. Por exemplo, a Irmandade da Conceição impedia que a da Boa Morte construísse suas catacumbas, e esta não deixava tocar um sino que havia comprado. Quando a Irmandade da Conceição ganhou um órgão, colocou um cadeado para impedir que os outros o utilizassem, gerando desavenças que chegaram algumas vezes à agressão física. O conflito só cessaria em 1820, quando as duas irmandades foram reunidas em uma só, até os dias de hoje.



O belo templo barroco, que vale uma visita só pela sua bela estética, é também lembrança de uma época em que, sem as distrações da vida moderna, a religião era levada talvez a sério demais, e que o divino servia por vezes como desculpa para o extravasamento de paixões demasiadamente humanas.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

MUSEU HISTÓRICO DA VILA REAL DA PRAIA GRANDE E DA IMPERIAL CIDADE DE NITERÓI

MUSEU HISTÓRICO DA VILA REAL DA PRAIA GRANDE E DA IMPERIAL CIDADE DE NITERÓI












A criação do Museu Histórico da Vila Real da Praia Grande e da Imperial Cidade de Niterói está inserida num amplo contexto de realizações que se iniciaram em 2006, por iniciativa do Círculo Monárquico Dom Pedro II de Niterói, visando a participação do Instituto Cultural Frederico Guilherme de Albuquerque e do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói nas comemorações dos 200 anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, ocorrida, como se sabe, em 7 de março de 1808.







O Círculo Monárquico D.Pedro II de Niterói deliberou, na ocasião, instituir um Projeto de cunho histórico-cultural, denominado “Dom João VI volta à Villa Real da Praia Grande”, visando o resgate da memória da presença e atuação histórica da Família Real Portuguesa e, na sequência, da Família Imperial Brasileira em território da margem leste da Baía de Guanabara, posteriormente denominada de Imperial Cidade de Niterói, por Decreto de D.Pedro II e, hoje simplesmente de Niterói.




Esse projeto constituiu-se das seguintes etapas intermediárias:







· Construção de uma Maquete arquitetônica, na Escala de 1:33 1/3, do Palacete de D. João VI, construído por volta de 1790/1793 no Largo de São Domingos e, lamentavelmente, demolido entre 1905/1909. Essa maquete resultou de um convênio acertado entre o CMDPII e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFF.







- Estágio atual de desenvolvimento: Concluído em Janeiro de 2008.




 





· Exposição “Niterói nos Tempos de Dom João VI”, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói, em perfeita união de propósitos com o Arquivo Histórico Divaldo Aguiar Lopes da CMN.







- Estágio atual de desenvolvimento: Inaugurada em 05.03.2008 e encerrada em Junho de 2008.







- Essa Exposição esteve também montada no Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro – “Museu do Ingá” – por dois meses.



_______________________________________________________________________________________________







· Edição do livro intitulado “São Domingos – Berço Histórico da Vila Real da Praia Grande e Imperial Cidade de Niterói”, focalizando a história do atual bairro de São Domingos, com ênfase na presença e atuação, nos anos de 1815, 1816 e 1819, de Dom João VI e demais membros da Família Real Portuguesa no Palacete doado pelo Capitão Thomáz Soares de Andrade e o empenho do Rei na criação e instalação dos prédios e órgão administrativos da Vila Real da Praia Grande.







- Estágio atual de desenvolvimento: Concluído. Lançamento no dia 16.08.2088 no Calçadão da Cultura, do Grupo Mônaco de Cultura, em Niterói.



_______________________________________________________________







· Cunhagem da “Medalha Dom João VI”, em convênio com o Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, para homenagear personalidades niteroienses de destaque nas áreas históricas, artísticas, culturais, educacionais e sociais.







- Estágio atual de desenvolvimento: Concluído. Entrega das comendas no Plenário da Câmara Municipal de Niterói, no dia 30 de Setembro de 2008 (Data comemorativa do 35º- aniversário de fundação do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói).







_______________________________________________________________







· Cunhagem de uma “Medalha Comemorativa” ao 190º- Aniversário da criação da Vila Real da Praia Grande e, após, Imperial Cidade de Niterói, pelo Clube da Medalha do Brasil, órgão cultural da Casa da Moeda do Brasil. Essa medalha, nos metais Ouro, Prata e Bronze, foi a primeira cunhada em toda a História do CMB, homenageando um fato histórico de Niterói.







- Estágio atual de desenvolvimento: Concluído. Lançamento da Medalha no dia 13 de maio de 2009 (data natalícia de D.João VI), no Auditório do Museu de Arte Contemporânea – MAC – de Niterói.



______________________________________________________________







· Criação do “Museu Histórico da Vila Real da Praia Grande e Imperial Cidade de Niterói”, em perfeita sintonia e união de propósitos com o Deputado Estadual Comte Bittencourt, autor do Projeto de Lei Nº- 20110300159, de 11.03.2011.







- Estágio atual de desenvolvimento: Em tramitação na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ.



_______________________________________________________________







Prof. Francisco Tomasco de Albuquerque
Conselheiro-Presidente do CMDPII de Niterói

Tel. 2610-0099








quarta-feira, 6 de abril de 2011

I JORNADA DE ESTUDOS DE HISTÓRIA MILITAR




No âmbito do bicentenário de criação da Academia Real Militar, que funcionou originalmente na Casa do Trem, atualmente pertencente ao conjunto arquitetônico que abriga o Museu Histórico Nacional, será realizada, no dia 12 de abril, no auditório do MHN, das 9h às 18h, a I JORNADA DE ESTUDOS DE HISTÓRIA MILITAR, promovida pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, através do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército.



Inscrições gratuitas no site www.dphcex.ensino.eb.br  


Direito à certificado de participação.



Às 18h, descerramento de placa alusiva aos 200 anos do Ensino Militar no Brasil, afixada na entrada da Casa do Trem.






segunda-feira, 4 de abril de 2011

CAPELA DE SÃO PEDRO DE ALCANTARA NO ACERVO DO MEMORIAL VISCONDE DE MAUÁ.

IMAGENS DA CAPELA DE SÃO PEDRO DE ALCANTARA NO ACERVO DO MEMORIAL VISCONDE DE MAUÁ.

O Ministro José Clemente Pereira (o Mordomo de Deus), que foi Mordomo de D. João VI, de D. Pedro I, de D. Pedro II, da Santa Casa de Misericordia e dos pobres da Irmandade do Convento de Santo Antonio de Lisboa do Rio de Janeiro, próximo de sua morte recebe a visita em sua casa do segundo Imperador do Brasil, este questiona o velho ministro que foi seu Mordomo de seu Pai, de seu Avô, da Santa Casa e dos pobres de Santo Antônio... que mais queria ser...?!?!? Este responde ao jovem monarca...Quero ser agora o Mordomo de Deus...!!!!

Este homem bem humorado foi o responsável pela construção do então Hospício de D. Pedro II, primeira grande edificação neo-classica no Brasil no desenho do arquitecto José Maria Jacyntho Rabello inaugurado numa terça-feira de 30 de novembro de 1852 em terreno doado pela Imperatriz Thereza Christina.



A cermônia transcrita no Jornal do Commercio de 1 de dezembro de 1852, sob os acordes do hino nacional regido pelo maestro Francisco Manoel da Silva, contou com a presença dos Imperadores e da Família Imperial, dos ministros Marquês de Paraná, José Clemente Pereira e Conselheiro Cruz Jobim, além do Presidente da Ciª de Gaz do Rio de Janeiro Comendador Irineo Evangelista de Souza (depois Visconde de Mauá) que fez a doação da instalação e fornecimento da iluminação a gás de todo complexo, sobrevivendo arruinados ainda os dois postes com os brasões imperiais em sua base fundidos na Fabrica da Ponta d´Areia, destruidos pelo descaso nos ultimos anos.








Inaugurou-se as estatuas em marmore de carrara do Imperador menino D. Pedro II, do Mordomo Clemente Pereira no salão nobre (felizmente ainda preservadas) e de São Pedro d´Alcantara da Capela junto as imgens de Nossa Senhora Imaculada Conceição, do Sagrado Coração de Jesus e São Judas Tadeo, infelizmente destruidas no terrível incêndio, esculturas do alemão Johann Franz Pettrich que trabalhou no Brasil entre 1842 até 1856; ainda resta deste grande escultor a "Pietá" na Capela de Nossa Senhora da Piedade no bairro do Flamengo.

As fotos mais antigas são de 1861 do salão nobre e da capela na época de Visconde de Mauá quando da instalação da iluminação a gás.




As outras são de 1998 em palestra sobre o Visconde de Mauá assistidos por seus trineta e tetraneto respectivamente, Francisca Chaves Nedehf Marquesa de Viana e Eduardo André Chaves Nedehf Marquês de Viana.