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quinta-feira, 21 de junho de 2012

O PALACETE DO BARÃO


Quarta, 20 Junho 2012 11:33

O Palacete do Barão


Escrito por


A perplexidade do homem diante do universo fez com que criasse idéias e conceitos religiosos e filosóficos, para tentar compreender qual seu lugar na grande confusão cósmica, e o sentido de uma vida que, um dia, acaba terminando. Além disso, as diferentes trajetórias individuais, muitas vezes determinadas por eventos involuntários, sugeriram a existência de uma mão invisível, que dispensaria a seu bel-prazer quinhões de sorte, quase sempre injustamente, dando muito a poucos e pouco a muitos. A essa entidade chamou-se destino, e, por mais que a mente racional-científica-individualista da cultura atual tente negar, sua presença em certos casos é difícil de ser ignorada.
Um personagem da história do Rio cuja vida bem poderia ilustrar o que está acima foi o Barão de Nova Friburgo, que viveu durante o século XIX. Antonio Clemente Pinto, era esse seu nome, português de nascença, era mais um a tentar a sorte em terras brasileiras, seguindo o exemplo de muitos patrícios, que, após anos de esforço e privação, conseguiram juntar um cabedal suficiente para uma aposentadoria confortável. Mas o destino — é forçoso dizer — quis de outra forma. Um belo dia, seu caminho cruza com o do Barão de Ubá (João Rodrigues de Almeida), que sofre um acidente e é socorrido por Antonio Clemente, o qual recebe a gratidão do barão, que decide auxiliar o jovem sem recursos.
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O Palácio do Catete ainda com as estátuas originais, no começo do século XX



Optando pela lavoura do café, então em plena expansão, começa a plantar em Cantagalo, Estado do Rio, e, com o passar dos anos, torna-se um dos homens mais ricos do Império. Sua fortuna permitiu, em dado momento, construir um palácio de grandes dimensões na Côrte, em parte para atender às demandas da esposa. O terreno adquirido era enorme, indo da Praia do Flamengo até a rua do Catete. Um fato curioso a respeito da construção é sua singular posição, em frente à rua, quando seria mais natural estar no centro do terreno, com maior privacidade. A esse respeito, o historiador Brasil Gerson conta que, ao ver o projeto, a esposa do Barão lhe disse: "— Ó Barão, pensas que vou descer lá da fazenda, no meio do mato, para ficar também cercada de mato aqui? Quero a casa com janelas para a rua!"
Assim se fez, e o palacete estava concluído em 1862, ornando o Catete com seu símbolo mais conhecido, até hoje. O barão faleceria poucos anos depois, e seus herdeiros venderam a propriedade a uma empresa que pretendia transformá-la em hotel, mas, com a República, o negócio não foi adiante, e as dívidas fizeram com que acabasse nas mãos do Banco do Brasil, e, posteriormente, do governo. Em 1897 passou a ser sede do poder federal, até a construção de Brasília.
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Outra vista do palácio com as antigas estátuas em seu topo



Além de mudanças internas, foi feita no início do século passado uma alteração na fachada do prédio, talvez a mais visível. Essa era originalmente encimada por um grupo de estátuas clássicas representando o comércio, a indústria, etc., as quais foram substituídas por águias, feitas pelo escultor Rodolfo Bernardelli, sem dúvida belas, mas que mudaram um pouco o aspecto original. Por que os ocupantes do poder escolheram águias? Não sabemos, mas a mensagem subconsciente era bastante reveladora, com elas muitas vezes simbolizando a rapacidade dos governantes, sempre dispostos a predar o bolso do contribuinte, quando a ocasião é favorável...
A longa história republicana do Palácio do Catete é pontilhada de acontecimentos marcantes, como é notório, sendo o mais trágico e importante o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954. Esse ciclo se encerra em 1960, com a mudança da capital para o planalto central. Completando 150 anos de existência, é hoje sede do Museu da República e visita obrigatória para todos que desejam conhecer uma parte importante de nossa história.

domingo, 17 de junho de 2012

RIO DE JANEIRO E As Fazendas no Vale do Café


Fazendas no Vale do Café que servem de cenário para novelas investem no turismo histórico

FABÍOLA ORTIZ 
Colaboração para o UOL Viagem




As fazendas históricas que viveram o auge do ciclo do café no século 19 na região conhecida como Vale do Café, no Rio de Janeiro, durante o período do Brasil Império, resistem ao tempo e hoje se destacam como grandes polos de atração para o turismo cultural. Os atuais proprietários investem no turismo histórico e no romantismo para seduzir visitantes de todas as partes do Brasil.

Conheça as fazendas no Vale do Café (RJ)

Foto 23 de 33 - Fazenda União oferece espaço na cavalaria para locação de cavalos ou hospedar os animais levados por seus hóspedes Mais Fabíola Ortiz/UOL
Na região fluminense, existem 220 fazendas remanescentes do período café, mas apenas 30 estão abertas à visitação e somente algumas se tornaram hotéis fazendas e criaram pacotes convidativos para os apaixonados por turismo histórico. Valença, Rio das Flores, Vassouras e Barra do Piraí são os principais municípios no Vale do Paraíba Fluminense que concentram o maior número de atrativos turísticos.

OPÇÕES DE PASSEIO EM CONSERVATÓRIA

Casa de Cultura Uma das fachadas mais bonitas da cidade, o vistoso sobrado teve como morador o padre João Pedron. O local abriga exposições permanentes e itinerantes de esculturas e pinturas, de artesãos, tapeçarias, música ao vivo, palestras. Hoje a Casa abriga o maior acervo de músicas de serestas do país e serve como um dos grandes motivadores da tradição da música na cidade.

Rua Monsenhor Paschoal Librelloto, 307
Tel: (24) 2438-1316 / 2438-1993
Museu Silvio Caldas, Gilberto Alves, Guilherme de Brito e Nelson Gonçalves Foi construído há cerca de 10 anos, com o objetivo de tentar reproduzir fielmente um sobrado do século 19. O acervo reúne documentos, fotografias, discos e objetos pessoais desses músicos. Lá estão a carteira profissional de Guilherme, o chapéu panamá de Nelson, o violão que Juscelino Kubistcheck ofereceu a Silvio Caldas em 1957 entre outros objetos.

Rua Dr. Luiz de Almeida Pinto, 44
Museu Vicente Celestino e Gilda Abreu O espaço abriga vasto material pessoal de Vicente Celestino e sua esposa Gilda de Abreu. Conta com discografia do artista, figurinos de filmes e roupas do casamento. Há também uma Galeria dos Imortais, com acervo de outros artistas, e uma sala de pesquisa da MPB, com mais de 2000 fotos, títulos, recortes de jornais e revistas.

Rua Oswaldo Fonseca, 63
Tel: (24) 2438-1134
Museu de música Inaugurado em 2000, em parceria com a prefeitura de Valença, conta com acervo doado pela filha de Silvio Caldas, pela filha de Nelson Gonçalves e amiga de Gilberto Alves.

R. Luiz Almeida Pinto, 44
Tel: (24) 2438-1134
Museu Sacro da Matriz de Santo Antônio O museu localiza-se no interior da igreja matriz de Sto. Antônio e está instalado na capela de N. S. das Dores e Senhor dos Passos. O espaço reúne peças sacras onde o visitante poderá observar castiçais de madeira do século 18 e um estandarte do sagrado coração de Jesus, do século 19, todo trabalhado em filigranas, entre outras peças.

Praça Getúlio Vargas, s/nº
Tel: (24) 2438-1316 / 2438-1993
Estação Ferroviária O prédio da Estação Rodoviária Dr. Jair Nóbrega está situado no centro de Conservatória. A antiga Estação da Rede Mineira de Viação foi inaugurada por D. Pedro II em 21 de novembro de 1883. Com a extinção do trem em 1961, foi transformada em rodoviária. A atual rodoviária teve como material de construção, no térreo, as pedras retiradas da escavação do Túnel que Chora. No segundo pavimento foram utilizados tijolos vindo da França.
Serra da Beleza A Serra da Beleza é um maravilhoso ponto turístico onde, de seu cume, já se avista o Estado de Minas Gerais. Seu ponto mais alto é o pico do Piris com 1.300m e o pico do Cavalo Russo com 1.295m. É procurada por ufólogos como ponto de Acontecimentos Extraterrenos (os OVNI's).

Tel: (24) 2453-2972
Balneário Municipal João Raposo - Cachoeira da Índia O balneário é conhecido como Cachoeira da Índia por ter no meio do lago formado pela cachoeira uma escultura em bronze, que evoca uma mistura de índia com sereia. Formada por dois pequenos saltos do Rio dos Índios, está localizada em área ampla e urbanizada, devido à implantação de um balneário composto de restaurante, bar, sanitários, campo de futebol society e quadra de vôlei.

Tel: (24) 2438-1188
Próximo à vila de Conservatória, no distrito de Valença, a Fazenda Florença pertencia à família Teixeira Leite de origem portuguesa e hoje oferece 35 quartos e mais duas suítes de 130 metros quadrados para hospedagem. De 1852, a fazenda com 110 hectares serviu como set de gravação para a novela da Rede Globo “Escrava Isaura”, em 1976, e dez anos depois serviu de cenário para “Sinhá Moça”. Em 1986, a extinta Rede Manchete também aproveitou a fazenda para gravar “Dona Beija”. A última novela a ter gravações na Florença foi “Paraíso”, em 2009.
“As fazendas do século 19 no estado do Rio têm a singularidade de terem sido preservadas na sua arquitetura e no seu mobiliário. As fazendas começaram a se firmar no ciclo do café a partir de 1830 e apresentam requintes arquitetônicos”, disse Paulo Roberto dos Santos, proprietário há 14 anos da Fazenda Florença.
Em ótimo estado de conservação, o casarão de Florença, hoje transformado em museu, guarda em seus 30 cômodos móveis de madeira, armários, prataria, louças de cristal, luminárias e objetos decorativos do século 19. As paredes da casa de 800 metros quadrados guardam ainda esta história viva do glamour que viveu a região no auge do ciclo do café.
No casarão Florença, aberto à visita guiada tanto para hóspedes quanto para turistas que agendam, é possível percorrer as salas de estar, de jantares, quartos e alcovas e sentir o clima de 1800 em pleno século 21. E para completar o fim de semana, o espaço abriga apresentações de música instrumental na capela, seresta e sarau histórico aos fins de semana, além dos tradicionais atrativos de hotel fazenda como ampla área de lazer, quadra de tênis, campo de futebol e piscina térmica.
A Fazenda Florença também integra pela terceira vez a programação do Festival Vale do Café 2011, que ocorrerá entre os dias 22 e 31 de julho de 2011. Desde a sua criação, o festival já recebeu mais de 600 mil pessoas pelas dezenas de fazendas que abriram suas portas para realização de saraus e concertos de música instrumental brasileira. No festival, estão previstos também shows em praças públicas e cortejos de tradições populares locais.
O sarau histórico que a Fazenda Florença está preparando para os visitantes será uma novidade que promete emocionar. Marcado para o dia 31 de julho, o sarau teatral com música vai contar a vida do barão de Guaraciaba, o único barão negro do império. Na performance estarão representados o Conde d’Eu (marido da Princesa Isabel), figuras como o Visconde da Gávea, Chiquinha Gonzaga e o Capitão da Guarda Imperial. Após a apresentação, será oferecida aos visitantes uma degustação de gastronomia francesa, portuguesa e brasileira com pratos típicos.
Já a Fazenda União, localizada em Rio das Flores, é datada de 1836 e hoje é considerada uma das mais luxuosas e de mais alto padrão de preservação do patrimônio histórico deste período. Lá o visitante tem a oportunidade de mergulhar na história da região e dormir em quartos mobiliados com objetos verdadeiros do tempo do império.
O casarão de 900 metros quadrados que pertencia ao Visconde de Rio Preto abriga coleções de arte sacra e peças do século 19 que pertenceram à Imperatriz Leopoldina ou à Dom João IV, e oferece dez quartos decorados e adaptados dentro da casa-museu para hospedar turistas. Além de aposentos dentro do casarão com mobiliário de época, há quartos remodelados no espaço que antigamente era a senzala. São seis quartos temáticos e assinados pelo decorador carioca Chico Gouveia.
  • Fabíola Ortiz/UOL
    A Casa Museu da Fazenda Florença está aberta à visita tanto para hóspedes quanto para turistas
Com pista para pouso de helicóptero e espaço para locação na cavalariça, a Fazenda União aposta no diferencial da convivência e interação dos hóspedes no ambiente histórico. A fazenda oferece serviço de cavalgada para turistas que desejam conhecer a região com direito a piquenique, assim como um passeio de Ford de 1929 (um dos primeiros modelos de carros a chegar ao Brasil) na virada do século 20. A igrejinha está sendo reconstruída e poderá realizar batizados e casamentos.
E num ambiente repleto de verde e montanhas, atrativos ecológicos como caminhadas, arvorismo e vista do mirante também estão em alta. A fazenda está próxima de inaugurar o "Balneário da Baronesa" com piscina térmica, casa de banhos, saunas e espaço para tratamento estético com produtos feitos à base de café.
A gastronomia é desenvolvida a partir de receituários das fazendas do século 19, assinados pela historiadora Ana Roldão, atual diretora da Fazenda União. Após passar por um longo período de restauração e reformas, tendo sido aberta ao público há cerca de cinco meses, a União integrará pela primeira vez o  circuito de apresentações do Festival Vale do Café.

Como chegar nas fazendas históricas

Vindo do Rio de Janeiro: siga pela Via Dutra até entrar em Piraí. Prossiga em direção a Barra do Piraí e entre na cidade. Chegando ao Trevo do Belvedere, atravesse as duas pistas para entrar na estrada em direção a Ipiabas/Conservatória. Prossiga nessa estrada, passe por Ipiabas e siga em direção a Conservatória. Entre no acesso (placa indicativa do Hotel Florença) 2 km antes da cidade. São 1.700 metros até o Hotel.
Vindo de São Paulo: siga pela Via Dutra, até entrar em volta Redonda. Siga pela rodovia a BR-393 em direção a Barra do Piraí. Chegando ao Trevo do Belvedere, atravesse a pista da esquerda, para entrar na estrada em direção a Ipiabas/Conservatória. Prossiga nessa estrada, passe por Ipiabas e sega em direção a Conservatória. Entre no acesso (placa indicativa do Hotel Florença) 2 km antes da cidade. São 1700 metros até o Hotel.
Vindo de Minas Gerais: siga pela BR 40, entre na rodovia BR393 na altura de Três Rios/Paraíba do Sul, siga em direção a Barra do Piraí passando por Vassouras. No Belvedere de Barra do Piraí, entre a direita em direção a Ipiabas/Conservatória. Prossiga nessa estrada, passe por Ipiabas e sigar em direção a Conservatória. Entre no acesso (placa indicativa do Hotel Florença) 2km antes da cidade. São 1700 metros até o Hotel.
A fazenda apenas opera com reservas e funciona de sexta-feira a domingos, feriados, nas férias escolares de janeiro e julho, ou para grupos que reservem acima de 12 suítes.
As tarifas para 2011, mas sujeita a alterações nos feriados, incluem pacote de café da manhã, almoço e jantar. O preço das diárias varia de R$440 o casal a R$528.
Central de reservas: (24) 2438-0124 / 1195; (24) 8115-8808
Estrada da Cachoeira, 1560 - Conservatória - Valença - RJ

Saindo do Rio de Janeiro: siga pela BR-040. Após Areal, passe pela Polícia Rodoviária na entrada de Paraíba do Sul e siga em frente por mais 20 km. Saia a direita no km 0 da BR-040 e siga a placa indicando Rio das Flores. Em Rio das Flores passe em frente a Prefeitura Municipal e siga em frente, sentido Abarracamento. A Fazenda União está situada a cerca de 4 km após o início desse trajeto.
Saindo de São Paulo: siga pela BR-116, rodovia Ayrton Senna. Siga a trajetória passando por São José dos Campos, Aparecida do Norte, Guaratinguetá, Lorena e Cachoeira Paulista. Chegando em Resende, siga na direção noroeste na Av. Rita Maria Ferreira da Rocha em direção José Sarkis. Pegue a rodovia Presidente Dutra, seguindo a BR-363. Passe por Volta Redonda, chegando a Barra do Piraí, vire para Valença e siga pela RJ.145. Em Rio das Flores, passe em frente a Prefeitura Municipal e siga em frente, sentido Abarracamento. A Fazenda União está situada a cerca de 4 km após o início desse trajeto.
A funciona todos os dias da semana mas mediante reservas.
O preço das diárias para casal variam de R$400 a R$ 590.
Reservas: (24) 2458-1701, (24) 9915-1210
Estrada do Abarracamento km 3,5 | Abarracamento - Rio das Flores - RJ