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sábado, 6 de março de 2010

DESCASO COM A NOSSA HISTÓRIA, AGUARDE QUE O PEDIDO DE INDENIZAÇÃO VEM POR AÍ TOLINHOS !

QUEM FUGIU DA ESCOLA
NÃO CONHECE NOSSA HISTÓRIA !


Um canhão para cicatrizar feridas


País devolverá 'troféu' ao Paraguai

O canhão "cristão", feito a partir de sinos de igreja, símbolo da vitória brasileira na Guerra do Paraguai, vai ser devolvido ao país vizinho.


O presidente Lula anunciou a decisão depois de um pedido emocionado do vice-presidente paraguaio, Federico Franco, feito durante seu discurso comemorativo aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, no início da semana.


"O país nunca vai cicatrizar a ferida se o Brasil não devolver o arquivo militar e o canhão cristão, que devem retornar ao Paraguai para que se inicie a cicatrização do povo paraguaio", discursou ele, na cidade de Cerro Corá, onde o ditador Solano López foi morto pelas tropas brasileiras em 1870.


Retirado da Fortaleza do Humaitá, no Rio Paraguai, o canhão está no Museu Histórico Nacional, na Praça XV, no Rio.


A direção do museu não quis comentar a decisão.


Quem vai cuidar da transferência para Assunção, sem data definida, é o Ministério da Cultura.


A decisão de Lula foi aplaudida pelo general Gilberto Barbosa de Figueiredo, presidente do Clube Militar.


"Normalmente não se devolve troféu de guerra, mas o povo paraguaio merece. É um ato de grandeza."


A historiadora Mary del Priore lembra que o país vizinho ficou devastado depois de cinco anos de guerra contra Brasil, Argentina e Uruguai.


Mesmo depois de Assunção ter sido tomada, o imperador d. Pedro II insistiu com a guerra para capturar López, o que levou mais um ano.


"O esvaziamento da economia paraguaia por anos foi consequência desta guerra."


Priore lembra que o pedido não é coisa rara entre os vencidos.


"Turcos e egípcios vivem solicitando que os troféus de guerra levados por Napoleão para a França sejam devolvidos."


No século 19, os militares trouxeram também todos os documentos referentes à história paraguaia.


Eles só foram devolvidos pelo general Figueiredo ao ditador Alfredo Strossner.


Os paraguaios ainda reivindicam a devolução de arquivos sobre a guerra mantido pelo governo brasileiro.

quarta-feira, 3 de março de 2010

PARAGUAI EM BREVE VAI REQUERER INDENIZAÇÃO . . . SAI FORA !




foco



Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra" do Brasil



FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS

Em discurso comemorativo aos 140 anos do fim da Guerra do Paraguai, o vice-presidente do país, Federico Franco, afirmou que a "cicatrização do povo paraguaio" só começará depois que o Brasil devolva um suposto arquivo militar e o canhão "Cristão", hoje em exibição no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.



"O meu país nunca vai cicatrizar a ferida da epopeia de 1865 a 1870 se o Brasil não devolver o arquivo militar que injusta e injustificadamente retém hoje, como também retém o canhão Cristão, que devem retornar ao Paraguai para que se inicie a cicatrização do povo paraguaio", disse Franco, em discurso anteontem.



O vice paraguaio disse esperar "que essa mensagem chegue ao presidente Lula" para que a devolução seja feita "antes cedo do que tarde".




Para ele, é "incrível" que o Brasil ainda mantenha troféus da guerra.



Franco participou na condição de presidente em exercício de ato na cidade de Cerro Corá, onde o ditador paraguaio Francisco Solano López foi morto por tropas brasileiras, dando fim à guerra. O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, estava no Uruguai anteontem.



Em exibição no Museu Histórico Nacional, o "Cristão" recebeu esse nome porque foi construído a partir de sinos de igreja. A arma foi apreendida em fevereiro de 1868, quando o Brasil tomou a fortaleza de Humaitá, no rio Paraguai.



Já um arquivo militar paraguaio provavelmente não existe, afirma o historiador Francisco Doratioto, autor do livro "Maldita Guerra" (ed. Cia. das Letras), um dos estudos mais importantes sobre o período. Ele acredita que, no máximo, existam documentos ainda desconhecidos, mas não de uma forma organizada.

terça-feira, 2 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

A ESCOLA POLITÉCNICA


01/03/2010 - 09:19 Enviado por: Paulo Pacini

Personagem conhecido por sua boa vontade, o governador Gomes Freire acreditou ter finalmente resolvido uma questão que se arrastava há tempos, iniciada quando os clérigos da Sé abandonaram a Igreja de São Sebastião, no Morro do Castelo, e se instalaram sucessivamente em várias igrejas, em intrusiva peregrinação, passando pelas de São José, Candelária, Santa Cruz dos Militares e Rosário.
Sua estadia não era desejada nem por eles e muito menos pelos ocupantes originais dos templos. Assim, em 1739, são lançados os alicerces da nova Sé, futura sede do bispado, no Largo de São Francisco.
Contudo, nem Gomes Freire nem ninguém jamais veria a sonhada igreja.Paralisadas as obras logo a seguir, viraram estas motivo de chacota na boca do povo, que quando desejava se referir a algo que não acaba nunca, dizia "isto é velho como as obras da Sé...".
Assim foi até a chegada da família real portuguesa, em 1808.
O templo em devir enfim encontra seu destino em duas novas construções: parte do material foi utilizado no Teatro São João (futuro São Pedro, atual João Caetano), e as fundações aproveitadas na construção de um novo prédio, que abrigou a Academia Real Militar a partir de 1812.

A Escola Politécnica em seu apogeu, no início do século XX



No programa da nova Academia constavam todas disciplinas relativas ao conhecimento teórico e prático de engenharia militar, mas também o que se considera hoje pertinente ao campo da engenharia civil, como construção de estradas, pontes, canais e portos, além de arquitetura.


As duas linhas do curso visavam objetivos distintos, o que com o tempo gerou certo atrito, com defensores de ambos os lados advogando uma separação, que melhor serviria ao interesse geral.


A Academia, chamada de Escola Militar a partir de 1839, passou por várias reformas nas décadas seguintes, e a desvinculação das especialidades começou a se materializar em 1859, quando foi inaugurada a sede da Praia Vermelha, transferindo-se para lá a Escola Militar.


O prédio do Largo de São Francisco virou a Escola Central, na qual seriam ministradas disciplinas comuns às duas abordagens.


Em 1874, o processo de separação finalmente se completava. Surgia a Escola Politécnica. A instituição tornou-se o principal centro de formação de profissionais em engenharia no Brasil, estando seus cursos nivelados em termos de qualidade com os melhores encontrados na Europa.


A excelência da Politécnica favoreceu o aparecimento de vários talentos da engenharia nacional, como André Rebouças e Paulo de Frontin, que estiveram à frente de importantes obras realizadas a partir do final do século XIX.


Em 1937, por pressão do governo do Estado Novo, passa a se chamar Escola Nacional de Engenharia. Permaneceu no mesmo prédio até 1966, transferindo-se então para o Fundão, novo campus da UFRJ.


A antiga escola, originalmente um templo inacabado, é ocupada hoje pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, que dá continuidade a uma tradição local de duzentos dedicados ao saber e ensino na cidade do Rio de Janeiro.

A FÁBRICA DE GÁS


28/02/2010 - 07:52 Enviado por: Paulo Pacini

A evolução dos grandes centros urbanos em muito se assemelha à história geológica do planeta, onde um lento processo de transformação da paisagem é intercalado por mudanças súbitas de grande porte, alterando de modo imprevisto o ambiente anterior.
Assim, o desenvolvimento normal das cidades é por vezes abalado por intervenções de larga escala, podendo afetar a vida dos habitantes tanto de modo negativo quanto positivo, e de forma duradoura.
Uma das novidades mais benéficas introduzidas no Rio de Janeiro ocorreu no século XIX, quando a iluminação a gás nas ruas criou uma nova relação dos habitantes com o espaço público.
Necessária e desejada por muito tempo, a construção de um sistema de iluminação de tal porte era uma tarefa totalmente fora do alcance financeiro e técnico da maioria dos empreendedores, fossem brasileiros ou estrangeiros.
Isso até 1851, quando Irineu Evangelista de Souza, futuro Barão de Mauá, vencendo a concorrência aberta pelo governo imperial para implantar o serviço, inicia a colocação dos encanamentos e lampiões nas ruas, assim como a construção da fábrica de gás.
O local escolhido situava-se na rua do Aterrado, posteriormente Senador Eusébio (lado direito da Av. Pres. Vargas depois da Praça Onze), ocupando o quarteirão entre as ruas Carmo Neto e Comandante Mauriti, tendo aos fundos a desaparecida rua General Pedra.


A fábrica de gás de Mauá, um marco no progresso carioca


Neste sítio, fora as instalações necessárias para a produção, armazenamento e distribuição do gás, no prédio da fábrica havia laboratórios e oficinas, além da administração e outros escritórios.


A empresa introduziu um nível de relacionamento moderno e sem precedentes com seus empregados, provendo moradia no local para alguns deles, além de biblioteca, botica, tanques para banho e jardim.


Isto em um país em que a escravidão era considerada a grande força motriz da economia, e o trabalho visto como algo degradante pelas elites, que dele queriam distância.


Os funcionários da fábrica realizavam, além disso, treinamento regular contra incêndios.


Como precaução adicional, foram construídos reservatórios de água para a extinção do fogo, tarefa impossível contando-se únicamente com o volume de líquido fornecido pelos chafarizes públicos.


A Companhia de Iluminação a Gás de Mauá foi vendida aos ingleses em 1865, passando a se chamar "Rio de Janeiro Gas Company, Limited", e 20 anos depois transferida a empresários belgas, que formaram em 1886 a "Societé Anonyme du Gaz", responsável pelos serviços até 1969, quando o Estado da Guanabara criou a CEG, privatizada em 1997.


Uma parte do prédio continua a existir no mesmo local, como testemunho do grande acontecimento quando, em 25 de março de 1854, a luz mágica dos primeiros postes iluminou o centro da cidade, causando profundo impacto na população, que não entendia como pôde viver tanto tempo sem esta melhoria.


A antiga fábrica nos lembra o homem de visão e ação que foi o Barão de Mauá, cujas iniciativas vêm beneficiando a população carioca há mais de 150 anos.