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quinta-feira, 3 de março de 2011

Ruínas nos subterrâneos do Porto Maravilha . . . CAIS DA IMPERATRIZ DONA TERESA CRISTINA

Ruínas nos subterrâneos do Porto Maravilha




Escavações de obra de drenagem da Zona Portuária encontram restos dos cais da Imperatriz e do Valongo

Publicada em 01/03/2011 às 23h35m

Rogério Daflon

O GLOBO


RIO - Das escavações do Projeto Porto Maravilha na Avenida Barão de Tefé, na Região Portuária, surgiu um tesouro arqueológico. Trata-se do Cais da Imperatriz e do Cais do Valongo, ambos do século XIX. A descoberta empolgou o prefeito Eduardo Paes, que, no último sábado, foi acompanhar as obras de drenagem e se deparou com a novidade.



- Fui lá no sábado vistoriar as obras e, quando vi aquilo, fiquei absolutamente chocado. Vou fazer uma praça como em Roma. Ali estão as nossas ruínas romanas.



A praça a que se refere Paes deverá ser feita entre o Hotel Barão de Tefé e o Hospital dos Servidores do Estado, ao longo e no entorno da Avenida Barão de Tefé.



O Cais da Imperatriz data da década de 1840. Foi feito sobre o Cais do Valongo, numa grande reforma com o intuito de receber a futura imperatriz Teresa Cristina, que se casaria com Dom Pedro II. O projeto foi realizado à época pelo paisagista Grandjean de Montigny.



Ponto de chegada de escravos ao Brasil

O Cais do Valongo, também do século XIX, foi o lugar onde aportaram mais um milhão de escravos. O prefeito afirmou que, além da praça, haverá um centro de referência.









- Vou fazer um concurso público para isso. Será algo mais bonito e simbólico do que a estátua de Zumbi na Avenida Presidente Vargas - ressaltou Paes, afirmando que fará também um museu para os objetos encontrados nos dois antigos ancoradouros.



O museu, informou o prefeito, será na Casa da Guarda e no Jardim do Valongo, no Morro da Conceição, na Zona Portuária. O prefeito, contudo, terá de contar com a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio, cujo superintendente, Carlos Fernando Andrade, se reunirá com Paes na próxima sexta-feira para acertar detalhes.



- Se houver mais descobertas, pode haver modificações do desenho urbano naquela área - disse Carlos Fernando, que é simpático à ideia da praça à moda Roma.



Com a empreiteira que toca a obra, arqueólogos do Museu Nacional acompanhavam cada escavação, a fim de encontrar os dois portos do século XIX.



Tanto o Cais da Imperatriz como o Cais do Valongo deram lugar ao aterro feito pelo prefeito Pereira Passos no primeira década do Século XX.



quarta-feira, 2 de março de 2011

Descoberto no Rio de Janeiro: Cais da Imperatriz foi construído para receber D. Teresa Cristina em 1843

Escavações em obra do Porto Maravilha encontram monumento escondido há cem anos

Cais da Imperatriz foi construído em 1843 e estava escondido por avenida



Carolina Farias, do R7
02/03/2011 às 06h02

Twitter Eduardo Paes

Prefeito postou foto da descoberta no último sábado (26) no Twitter;



Cais da Imperatriz foi construído para receber Teresa Cristina em 1843





As escavações para as obras do Porto Maravilha, na zona portuária no Rio de Janeiro, encontraram no último sábado (26) um tesouro arqueológico escondido há cerca de cem anos.

O Cais da Imperatriz foi construído em 1843 especialmente para receber Teresa Cristina, mulher de Dom Pedro II e imperatriz do Brasil.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB), radiante com a descoberta, disse que o projeto sofrerá uma leve alteração para que o cais seja transformado em um monumento aos negros.



- No sábado eles [arqueólogos que acompanham a obra] ficaram chocados com o que viram. O cais vai ser transformado em um monumento ao negro, que tem história ali, onde os escravos desembarcavam.



De acordo com o prefeito, uma reunião vai acontecer na próxima sexta-feira (4) para falar sobre a descoberta e alteração no traçado da obra.

O que deve mudar é o traçado de uma rua próxima à avenida Barão de Tefé.



A descoberta do cais aconteceu durante a escavação para a construção de uma galeria de águas pluviais, que faz parte do projeto Porto Maravilha, que vai revitalizar toda a zona portuária carioca.



Como a região é uma das mais ricas historicamente, o superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional) Carlos Fernando Andrade solicitou ao prefeito que as obras fossem acompanhadas por arqueólogos, como acontece desde o início das obras, no segundo semestre de 2010.



Depois da descoberta do último sábado, Paes tem uma nova recomendação para os trabalhadores da obra.



- Agora vamos ‘cavocar’ com mais carinho.



O cais foi encontrado na avenida Barão de Tefé, na Saúde, que está localizado em uma região conhecida como pequena África, que engloba também os bairros da Gamboa, Santo Cristo e Morro da Conceição.



Na mesma avenida também fica o Valongo, local onde ficava o mercado de escravos, que desembarcavam ali vindos da África. Antes de dar lugar a avenida, uma praça foi construída no início do século 20 onde ficava o cais.





terça-feira, 1 de março de 2011

A Rua dos Pescadores

A Rua dos Pescadores

01/03/2011 - 08:40
Enviado por: Paulo Pacini
JB


Em 1590, os frades beneditinos puderam finalmente iniciar a construção de seu convento e igreja, após receberem como doação, da parte de Diogo de Brito Lacerda, a sesmaria concedida em 1573 a seu pai, Manuel de Brito, pelo governador Cristóvão de Barros.

A enorme área, que incluía a Prainha (Praça Mauá) e parte do Morro da Conceição, tinha como imite ao sul um pequeno curso d'água, que se originava próximo ao local onde se encontram as ruas Alcântara Machado e Visconde de Inhaúma, seguindo até o mar, em uma praia inicialmente chamada de São Bento.



Neste local relativamente isolado, pescadores construíram algumas choças para moradia, sendo por muito tempo os únicos habitantes.

Sua presença deu nome ao riacho, conhecido como ribeirão dos Pescadores, e o mesmo se deu com uma via que o acompanhava, chamado de Caminho e depois rua dos Pescadores.

Décadas após, em meados do século XVII, os frades desviaram o curso do riacho para junto do Morro de São Bento, para com isto irrigar sua horta, a qual abrangia a maior parte das terras da várzea.

Desaparecendo o ribeiro, contudo, permaneceram rua e os pescadores.





Visconde de Inhaúma em 1906, após as reformas de Pereira Passos. Os imóveis remanescentes estão sempre sob ameaça de virar estacionamento.



No início do século seguinte, a praia passaria a ser conhecida como dos Mineiros, pelo seu uso no desembarque de mercadorias e pessoas provenientes das Minas Gerais, cuja última etapa da viagem acontecia em embarcações que saíam de portos no fundo da Baía de Guanabara.

Foi neste local que nasceu a Marinha brasileira, através da criação do Arsenal em 1764 pelo vice-rei Conde da Cunha, embora seu pleno desenvolvimento só ocorresse a partir do Império, após a independência.



A rua dos Pescadores paulatinamente se dirigiu ao interior, à medida em que se drenavam os terrenos, inicialmente até onde é a Alcântara Machado e depois até o Largo de Santa Rita.

A ligação com a região ao norte da cidade e o Campo de Santana só aconteceria em 1787, com a abertura da rua de São Joaquim, a qual oferecia um acesso mais direto e com menos desvios.

Após a chegada da Côrte, em 1808, vários personagens de destaque lá tiveram residência, como o Conde de Bonfim e o Barão de Itamarati, antes de construir seu palacete da rua Larga, vendido posteriormente ao governo republicano.

Em 1869 seu nome é mudado para Visconde de Inhaúma, em homenagem ao almirante José Joaquim Inácio, herói da Guerra do Paraguai, falecido neste mesmo ano.



Em 1905 seria alargada e se uniria à rua Larga de São Joaquim (Marechal Floriano), a qual foi prolongada até o Largo de Santa Rita, concretizando uma ligação imaginada há muito, embora tenha causado a perda da Igreja de São Joaquim, localizada ao lado do Colégio D. Pedro II.

A origem desta antiga rua está em grande parte ligada à história do Mosteiro de São Bento e sua relação com a Marinha, que ali nasceu em terrenos doados ou vendidos pelos religiosos, desmembrados da grande sesmaria de Manuel de Brito, concedida em uma época na qual ainda se lutava contra Tamoios e franceses remanescentes do tempo de Villegagnon.