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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

ESTAÇÃO FERRY . . . ANTIGA RIO NITERÓI !


Quarta, 05 Setembro 2012 10:53

As Barcas Ferry

Escrito por

Em 29 de junho de 1862, com a presença do imperador D.Pedro II, era inaugurado um novo serviço de transporte de pessoas e cargas, feito pela empresa Companhia de Barcas Ferry. Uma grande multidão aguardava a cerimônia na Praça XV, ansiosa em conhecer a novidade. As embarcações, de origem americana, eram completamente diferentes das aqui conhecidas, pois tinham duas proas, além de serem movidas a rodas de pás nas laterais, como nos barcos que percorriam o rio Mississipi. Além disso, foi construída uma estação para embarque com pontes flutuantes, pois até então eram usadas simples pontes de madeira.
 
Todas as melhorias aumentaram tremendamente a facilidade de se viajar a Niterói, e tanto foi o sucesso que a empresa estendeu o horário das barcas até 11:30 da noite — isso no ano de 1862, acreditem se quiser.
 
barcas_ferry

Estação Ferry na Praça XV, em seu aspecto original de 1862


O transporte a vapor para Niterói começou na verdade bem antes, na época de D. João VI. O monarca outorgou uma concessão a dois ingleses em 1817, que contudo não levaram a iniciativa adiante. Quatro anos depois, em 1821, surgiu um serviço irregular ligando o Rio a Niterói e também à ilha de Paquetá, feito por uma barca chamada Bragança. Também não durou muito tempo. Em 1834 surgia finalmente a primeira empresa destinada a colocar em ação um sistema de transporte eficaz entre a capital e Niterói. A Sociedade de Navegação de Nichteroy começou o serviço no ano seguinte com três barcas: Nichteroyense, Praia Grande e Especuladora. Com capacidade para 250 pessoas, trafegavam de hora em hora, criando a primeira ligação de fato com Niterói.
 
A empresa se fundiria em 1852 com a Companhia de Inhomirim, que realizava serviço para Porto da Caixas e Porto da Estrela, e que havia obtido permissão para estender suas linhas. Além de levar passageiros até Niterói e ao rio Inhomirim e as ilhas de Paquetá e do Governador, a empresa regularizou o transporte até São Cristóvão e Botafogo, onde os passageiros podiam desembarcar em frente à rua Marquês de Olinda ou na São Clemente.
 
A Companhia Nichteroy-Inhomirim, contudo, não conseguiu resistir à concorrência da Barcas Ferry, que fazia as viagens em muito menos tempo e com mais conforto, e encerraria suas atividades em 1865, três anos sómente após a entrada da concorrente no mercado. A Cia. de Barcas Ferry, por sua vez, se fundiria em 1889 com a Empresa de Obras Públicas no Brasil, a nova empresa passando a se chamar Companhia Cantareira e Viação Fluminense, a qual dominaria o transporte marítimo na Baía da Guanabara até os anos 50, sendo famosa pela péssima qualidade dos serviços em seu período final, fato que levou em 1959 à Revolta das Barcas, com diversos incêndios, mortos e destruição da estação de barcas de Niterói.
 
A utilização do transporte marítimo em uma cidade banhada pelo mar como o Rio de Janeiro é uma opção óbvia, e, como por se depreender do pequeno resumo histórico acima, era isso mesmo que se pensava no século XIX, quando surgiram essas iniciativas. Mas, durante o século passado, principalmente após a Segunda Guerra, procurou-se tudo sucatear em favor do transporte rodoviário, uma opção estúpida que deixou o país sem uma infraestrutura de transporte adequada à suas dimensões, gerando uma carência responsável por boa parte do famoso "custo Brasil", pago por todos cotidianamente. Assim, por exemplo, em um primor de irracionalidade, são frequentemente enviadas mercadorias em caminhão do Rio Grande do Sul ao Pará, por falta de uma opção eficiente de transporte por cabotagem.
 
O transporte marítimo também poderia ser uma excelente opção a nível urbano, pois hoje em dia existem embarcações do tipo catamarã que enfrentam com facilidade o mar aberto, como por exemplo entre a Espanha e o Marrocos ou entre a Dinamarca e a Suécia, que poderiam ligar a Barra ao Centro ou a outros pontos da baía de Guanabara, ou quem sabe até o Rio a Cabo Frio. Todas essas soluções, assim como a modernização do transporte ferroviário, são possíveis, e poderiam representar um avanço na qualidade dos serviços ao resgatar uma parte do atraso e da pobreza que representa o transporte rodoviário, imposto há décadas a toda população como única opção.

JARDIM BOTÂNICO: OBRIGADO LISZT VIEIRA E TCU, O BRASIL AGRADECE !


Demarcação do Jardim Botânico pode sair em menos de 60 dias


Conforme decisão do TCU, em até 390 dias, nenhuma família poderá mais morar dentro dos limites do parque


Casas erguidas dentro dos limites do Jardim Botânico: Tribunal de Contas da União decidiu que nenhuma família poderá permanecer no parque
Foto: Pablo Jacob / O Globo
Casas erguidas dentro dos limites do Jardim Botânico: Tribunal de Contas da União decidiu que nenhuma família poderá permanecer no parque Pablo Jacob / O Globo
RIO - O presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, Liszt Vieira, anunciou na quinta-feira que vai se reunir na próxima semana com o Iphan e a procuradoria para detalhar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), discutir questões jurídicas e dar andamento à delimitação da área. Conforme decisão do TCU, em até 390 dias, nenhuma família poderá mais morar dentro dos limites do parque. O prazo para o Jardim Botânico e o Iphan delimitarem a área é de dois meses, mas Liszt acredita que o processo termine antes disso:

— Já existe uma ideia prévia sobre a área do parque, o que vai agilizar o processo.
Com a preservação do Jardim Botânico garantida, a discussão se volta para os limites que serão adotados. Tanto a direção do parque quanto a Associação de Moradores do Jardim Botânico (AMA-JB) defendem que a delimitação respeite a planta do tombamento, de 1938. Isso significa que quase todas as 620 famílias estariam morando dentro dos limites do parque. E que, portanto, teriam que sair, já que não é possível fazer regularização fundiária em áreas públicas tombadas e de preservação.
— Legalmente, a associação não pode participar das reuniões sobre a delimitação. Mas nós vamos monitorar os trabalhos. Se o prazo de 60 dias não for respeitado, vamos acionar de novo o TCU — diz o presidente da AMA-JB, João Senise.
O chefe de gabinete do Iphan em Brasília, Willian Sutti, disse que o órgão só poderá se manifestar sobre o acórdão a partir de segunda-feira. Isso porque técnicos ainda estudam o documento, para verificar quais são as atribuições do Iphan.
A presidente da Associação de Moradores do Horto, Emília Maria de Souza, alega que as famílias não estão dentro do parque. Para ela, o limite foi estabelecido com a construção da escola Julia Kubitschek.
— O presidente Juscelino Kubitschek levantou esse colégio porque viu a necessidade de atender as crianças da região — disse Emília de Souza.
Ao analisar a questão anteontem, o ministro do TCU Walton Alencar Rodrigues, revisor do processo do Jardim Botânico, foi taxativo em seu voto. “O direito individual à habitação não pode ombrear com o direito coletivo à preservação de sítios tombados, constitutivos dos hortos florestais. É inadmissível, pois, sob o argumento da garantia à moradia, a ocupação de áreas públicas, ou de bens de uso comum do povo, como ruas, praças, jardins, parques etc.”
Ele acrescentou que a questão do Jardim Botânico demostra o nível de apreensão em relação ao significado do conceito de patrimônio público: “Em comparação, seria inconcebível cogitar que áreas públicas do Hyde Park, em Londres, ou do Central Park, em Nova York, ou do Bois de Bologne, em Paris, pudessem ser objeto de tal atentado.”
O ministro prosseguiu: “qualquer ousadia semelhante à que se perpetra no Rio seria objeto de revolta popular, em defesa do meio ambiente. Em exemplo grotesco, a utilização das áreas do Horto do Rio para a finalidade de regularização fundiária é hipótese idêntica à da utilização da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, para assentamento popular de mendigos.”

CASA DE JOSÉ BONIFÁCIO, ESTÁ A VENDA ! . . . ASSIM O RIO TRATA A HISTÓRIA DO BRASIL !






Casa onde patriarca da Independência do Brasil morou está à venda por R$ 1,2 mi

Por ser tombado, imóvel não pode ser demolido e nem sofrer alterações. Em 1 ano e meio diversas propostas foram feitas, mas nenhuma saiu do papel. Comente

Anderson Dezan , iG Rio de Janeiro |





George Magaraia
Entrada da casa onde morou José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência do Brasil

A casa onde José Bonifácio de Andrada e Silva - o patriarca da Independência do Brasil - passou os últimos anos de sua vida está à venda. Localizada na Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a residência com seis quartos - situada em uma chácara de 4 mil metros quadrados - pode ser adquirida por R$ 1,2 milhão. O imóvel é tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Os livros de História relatam que após ser afastado da tutoria de D. Pedro II e preso por supostamente liderar um complô para trazer D. Pedro I de volta o Brasil, José Bonifácio foi levado em 1833 para a casa em Paquetá para cumprir pena em regime domiciliar. De lá, só saiu cinco anos depois para morar na cidade de Niterói, onde morreu.


George Magaraia
Portão fechado evita a entrada de pessoas que acham que a casa está aberta à visitações

Atualmente, a casa pertence à família Ajuz, de origem árabe, que a comprou na década de 1930 para passar as férias. Na época, a residência já era de um dono que não tinha ligações com José Bonifácio. Os sete herdeiros, outrora adolescentes que passavam verões na chácara, envelheceram e perderam o hábito de ir ao local.
Para a corretora Eliane Machado, responsável pela venda do imóvel, o preço de R$ 1,2 milhão está no mínimo aceitável. “Pelo valor histórico, vale muito mais”, diz. Segundo ela, para efeito de comparação, uma casa de alto nível em Paquetá, sem terreno, como a que vivia o diretor da TV Globo Jorge Fernando, custa em média R$ 500 mil. Fora da ilha, com o valor cobrado pela casa de José Bonifácio é possível comprar um apartamento de três quartos em Copacabana.
Por mês, Eliane diz receber aproximadamente dez ligações de supostos interessados. Desse número, no entanto, muitos são apenas curiosos. “Aqueles que estão a passeio em Paquetá, veem o anúncio e ligam. Se o portão não estiver trancado, entram na casa como se estivesse aberta a visitas. Uma vez, estava mostrando o imóvel para um interessado e quando me dei conta várias pessoas já tinham entrado”, relata.


George Magaraia
Como o imóvel está de frente para a praia em Paquetá, o calor é amenizado

Casa não pode ser demolida
Propostas sérias, no período em que a residência está à venda - 1 ano e meio -, foram poucas. Uma francesa teve a ideia de fazer uma pousada no local, mas, como o imóvel só possui um banheiro, foi descartada. Uma sobrinha-neta de José Bonifácio, que vive em Santos (SP), tem muitos pertences do tio-avô ilustre e chegou a pensar em transformar a casa em um museu em sua homenagem. “As ideias são boas, mas não saem do papel”, lamenta a corretora.
O futuro comprador deve ficar atento a alguns pontos. Como o imóvel é tombado pelo Iphan por sua importância histórica, ele não pode ser demolido e nem sofrer alterações. O mesmo vale para o jardim localizado na entrada. Já para o terreno situado nos fundos, a regra não é aplicada.


George Magaraia
Em algumas partes do imóvel, a presença de cupins se faz presente, como no piso

Obras de manutenção na casa também devem ser previamente informadas ao Iphan. “A aprovação depende do nível de preservação do bem e está sempre vinculada à necessidade de serem mantidas as características que justificaram o tombamento. O instituto presta assessoria gratuita para orientações sobre o que pode ou não se fazer em termos de restauração”, informa o órgão.
Iphan não tem interesse na compra
A reportagem constatou que a casa está em boas condições, mas em algumas partes a ação do tempo se faz presente, com presença de cupins, por exemplo. Como qualquer residência antiga, ela possui teto alto, de forro, e, portanto, não conta com ventiladores de teto. Mas por ficar situada em frente à praia e contar com muitas janelas, o calor acaba sendo amenizado.
Para diminuir a resistência à compra de um bem tombado, o Iphan oferece incentivos fiscais. No imposto de renda de pessoa física, podem ser deduzidos 80% das despesas efetuadas no imóvel. Essa dedução, entretanto, é limitada a 10% da renda tributável. No caso de pessoa jurídica, podem ser deduzidas 40% das despesas, limitadas a 2% do imposto de renda devido. A Prefeitura do Rio ainda isenta do IPTU os proprietários de bens tombados.
Procurado pelo iG, o Iphan informou não ter interesse em adquirir o imóvel. A família proprietária, por sua vez, não pensa em reduzir o valor. “São vários herdeiros, não vai ficar quase nada para cada um”, avalia Eliane.
Mesmo com as dificuldades, a corretora de imóveis, moradora de Paquetá, não desanima. “Não perco as esperanças de vender a casa. Alguns falam que é difícil, mas não acho. Ainda não veio a pessoa certa. Tem que ser alguém que tenha amor por preservar”, conclui.
Leia mais sobre Paquetá: 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Construções avançam em meio à Mata Atlântica na Serra da Estrela


Construções avançam em meio à Mata Atlântica na Serra da Estrela


Do alto é possível ver ruas e construções abertas em meio à mata. Um morador lamentou. Segundo ele, a cada mês uma nova casa surge na região./Foto: Marco Oddone.

Projetos para reativação da Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará, a ampliação da área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos – que desde 2008 abrange uma área maior na Serra da Estrela – e até mesmo a interferência do Ministério Público Federal, que há anos vem buscando uma solução para pôr fim à ocupação da área de preservação ambiental, não estão sendo suficientes para conter o avanço das construções irregulares, que continuam crescendo em meio à vegetação de Mata Atlântica.

Do alto da Estrada da Serra da Estrela é possível ver – em meio à mata às margens de uma rua de terra – a construção de pelo menos duas novas edificações. O caso, denunciado à Tribuna por moradores da região, fica na localidade conhecida como Pontilhão, no antigo Caminho do Ouro, e é apenas um entre tantas outras novas construções existentes na região. A situação é especialmente preocupante, pois a vegetação de Mata Atlântica existente na Serra da Estrela é o último elo de ligação existente entre o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a APA-Petrópolis e a Reserva Biológica do Tinguá, sendo considerado um importante corredor ecológico – denominado zona de vida silvestre.
“Temos percebido que semana após semana vem ocorrendo desmatamento em uma das vilas que é denominada como Pontilhão final (Caminho do Ouro). Da estrada, pode-se ver que no final da rua há construção de novas casas. A cada mês é construída uma nova casa nessa área, que segue sendo desmatada. Gostaria que alguma providência fosse tomada, pois além de construir casas em local de risco, estão destruindo todas as árvores com queimadas “acidentais”, para melhor aproveitamento do espaço. Não suporto passar ali e ver que ninguém faz nada!”, denuncia um morador, que por medo de represálias prefere não se identificar.
O crescimento desordenado naquela região é um problema antigo da cidade. Em julho de 2008, uma ação conjunta de fiscalização levou ao local representantes da APA-Petrópolis, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), do Ministério Público Federal e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A ação foi fruto de uma parceria entre a APA-Petrópolis e o Iphan e já tinha o objetivo de coibir as invasões. Estudos do Instituto feitos naquela época mostraram que entre os anos de 2006 e 2008, mais de 200 novas construções foram erguidas irregularmente dentro da Área de Preservação Permanente da Mata Atlântica e no entorno dos conjuntos tombados da Serra velha. Segundo informações do Iphan, apenas as ruínas da fábrica e o casario antigo, seriam regulares. Naquela ocasião, a ação foi concentrada na área de entorno às ruínas da antiga Fábrica de tecidos Cometa – que é tombada – e no Meio da Serra.
Além de novas construções, o Iphan identificou na época a descaracterização das fachadas, asfaltamento irregular da via de acesso às ruínas da fábrica – que é tombada –, além da instalação de postes de rede elétrica, inclusive com fiação presa na chaminé da antiga fábrica. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que enviou uma equipe do Grupamento de Proteção Ambiental (GPA) ao local ontem. Caso seja constatado desmatamento, o responsável poderá ser notificado. No entanto, vale ressaltar que não foram registradas denúncias de desmatamento naquela localidade junto à Secretaria recentemente.
Já a Secretaria de Planejamento e Urbanismo informou que enviará equipe à localidade ainda esta semana, para que seja feita a fiscalização. Se verificado o surgimento de novas construções, irá averiguar se há autorização para realização das mesmas. Caso contrário os moradores serão intimados a realizar a legalização, ou mesmo a interrupção das obras em se tratando de área de preservação ambiental.
Jaqueline Ribeiro
Redação Tribuna

PRAÇA TIRADENTES. . . DOM PEDRO I, REINA !


Recuperação da Praça Tiradentes traz à tona discussão sobre mudança de perfil da área


Região, agora revitalizada, passa por período de transição

Publicado:

Praça Tiradentes está recebendo novos investimentos, como hotéis, restaurantes, escritórios de advocacia e casas noturnas Foto: Gustavo Stephan / O Globo
Praça Tiradentes está recebendo novos investimentos, como hotéis, restaurantes, escritórios de advocacia e casas noturnas Gustavo Stephan / O Globo
RIO - Do alto do seu cavalo de bronze, Dom Pedro I já viu acontecer de tudo um pouco na Praça Tiradentes. Em 150 anos, passaram, diante da estátua, Bidu Sayão criança; o maestro Carlos Gomes; os espetáculos do Teatro de Revista; os encontros na tipografia de Paula de Brito, que reunia grandes nomes da literatura brasileira, a começar por Machado de Assis; os últimos momentos de Chiquinha Gonzaga e as filas para entrar na Estudantina nos anos 1980. O monumento também testemunhou a praça mergulhar em decadência nas últimas décadas. E o que será que os olhos do imperador verão nos próximos anos? Recentemente revitalizada e sem os gradis que a separavam do povo, a Tiradentes agora busca nova vocação, que também pode representar um retorno ao passado glorioso. O empresário Armando José da Costa Dias, de 48 anos, diz que o comércio está meio perdido, e a praça sem um perfil definido. Ele representa nada menos que a terceira geração da família que comanda a sapataria Tic Tac, na Tiradentes desde 1919.
— Estamos num período de transição — explica Armando diante da promessa de novos investimentos para a praça, que incluem um cabaré voltado para o Teatro de Revista e até um hotel cinco estrelas (o primeiro do Centro do Rio). — É preciso que a circulação volte à praça. Perdemos gente com a retirada dos pontos de ônibus. Mas isso pode ser compensado com a vinda de novos empresários.
O anúncio da ocupação de alguns edifícios históricos, hoje malconservados, parece trazer ânimo para quem já aposta na praça há tempos. Isnard Manso, presidente da associação Polo Novo Rio Antigo e fundador do Centro Cultural Carioca, continua acreditando na área: há um ano, ele abriu o Gaspar, bar e braseiro que hoje ajuda a movimentar a região também à noite. O negócio funciona próximo ao Teatro João Caetano, num casarão de três andares que também abriga a companhia de dança de Isnard.
— A praça está à espera de empresários mais audaciosos, que ajudem a mudar a ocupação do local — afirma Isnard, que defende incentivos fiscais para atrair novos empreendimentos.
Cabaré de R$ 1 milhão deve ser aberto em 2013
Ele é do time que acredita na velha praça — a dos teatros, cafés e restaurantes, movimento que teve seu apogeu no século XIX. O empresário Plínio Fróes, do Rio Scenarium, abrirá, no fim do ano que vem, um cabaré na Tiradentes, voltado para o Teatro de Revista e com papel também de casa noturna. O negócio abrangerá dois casarões interligados, que já tiveram suas fachadas recuperadas. As obras, que incluem refazer toda a parte interna, praticamente em ruínas, custarão R$ 1 milhão.
— Não vamos repetir nenhuma receita do que fizemos até hoje e vamos evocar o passado da Praça Tiradentes. Para isso, nada melhor do que desenvolver a vocação da praça no passado, que era dos cabarés e do Teatro de Revista.
O empresário ainda adquiriu um terceiro imóvel, que ele pretende usar para eventos fechados. Mas o mais novo investimento anunciado é o da transformação do Hotel Paris num cinco estrelas. Para repaginar o antigo ponto de prostituição, os irmãos François-Xavier e Jacques Dussol gastarão R$ 10 milhões. Perto dali, o Centro de Referência do Artesanato, do Sebrae, prepara-se para expandir sua área para o Solar do Visconde do Rio Seco, a mais antiga construção da praça (do final do século XVIII), tombada pelo Iphan, e há anos desocupada pelo estado. Numa estimativa do Sebrae, que tem agora a concessão do endereço, serão gastos R$ 50 milhões nas obras de recuperação, que começam no ano que vem e ficam prontas para a Copa de 2014.
A vida noturna na Praça Tiradentes tende a ganhar novas opções e público, mas a vontade da prefeitura é que a característica da área seja a mais diversa possível. Animado com o projeto do Sebrae, o arquiteto Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, diz que o município trabalha para que a noite não sejo o principal atrativo. Para ele, a recente instalação de dois escritórios de design e um de advocacia contribui para essa linha.
— A gente não pode deixar que a Praça Tiradentes reproduza o modelo da Lapa, onde a setorização noturna traz muitos problemas de gestão urbana e afasta a população fixa. A praça tem potencial de manter a diversidade de usos, de atrair mais gente para morar, além de empresas e comércios — diz Fajardo.
Marcos Corrêa, diretor do Espaço Acústica — endereço que promove festas há dois anos e que hoje realiza um debate, às 18h, sobre o futuro da Tiradentes e da Lapa —, afirma que a área tem potencial para se unir à Rua do Lavradio e atrair negócios no campo da cultura. Para ele, é preciso que a Tiradentes seja ocupada, especialmente à noite:
— Hoje é impossível fazer qualquer coisa na Praça Tiradentes numa quarta — diz Corrêa, que, aos poucos, vê os ambulantes invadirem a praça nas noites de festa, na falta de estabelecimentos noturnos.
Uma coisa é certa: independentemente de quem chegue, o novo e o antigo serão vizinhos. A começar pela Estudantina, cujo fantasma do despejo foi afastado com o tombamento. A casa continuará mantendo a tradição das gafieiras na praça, enquanto o João Caetano e o Carlos Gomes preservarão a dos teatros. Este último passa por uma restauração, que custará R$1,7 milhão ao município. Segundo o secretário municipal de Cultura, Emílio Kalil, o público ganhará a fachada de volta, hoje ocupada pelos banners dos espetáculos:
— A fachada é totalmente descaraterizada a cada espetáculo. Isso não vai ser mais possível. Vamos instalar um grande painel de LED, mais fino e adequado, que possibilitará a leitura dos espetáculos.
Na última sexta, a Orquestra Tabajara se apresentou na praça. Na próxima, haverá um baile com o Cordão da Bola Preta. Kalil conta que a mudança de dia foi estratégica:
— No domingo, se faz sol, as pessoas não vão até o Centro. Sábado é mais de programas em bares e restaurantes. Fazer o projeto no início da noite de sexta cria uma agitação, um grande happy hour.
Assim como os espectadores dos teatros e os amantes da música, os jogadores de sinuca ainda têm seu espaço na praça. O Bilhares Guanabara, por onde circularam grandes jogadores, mantém sua tradição, só com um detalhe novo: o almoço a quilo durante a semana, e a feijoada aos sábados. O aposentado Afonso Thiago, de 74 anos, bate ponto no bilhar nas tardes de quinta, quando revê os amigos .
— A praça não mudou nada, só tiraram as grades — comenta.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Chafariz da Glória é restaurado



Chafariz da Glória é restaurado

Chafariz da Glória após a restauração
Chafariz da Glória após a restauração Foto: Daniel Coelho / Divulgação

O Globo

RIO - O Chafariz da Glória será reinaugurado nesta terça-feira, como revelou o jornalista Ancelmo Gois em sua coluna no jornal O GLOBO. O monumento voltará a ter água nas suas bicas e ganhará nova iluminação, com a modernização dos projetores. O secretário de Conservação Carlos Roberto Osório promete que, a partir de agora, vai tornar difícil a vida de pichadores, vândalos e moradores de rua, que usam até chafarizes como moradia. A prefeitura assumiu a manutenção do chafariz, que era feita pelo Iphan, e recebeu da Cedae a responsabilidade de ocupar a área anexa ao chafariz, que passará a sediar uma unidade da Gerência de Monumentos e Chafarizes da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos.
A equipe vai cuidar exatamente da conservação dos 35 mil imóveis históricos do Rio. Aliás, o Chafariz da Glória, construído em 1742, é, de todos os monumentos cariocas, o mais atacado pelos vândalos da cidade, até mais do que a estátua de bronze de Drummond , em Copacabana, cujos óculos foram furtados muitas vezes.
Na restauração, foi retirada a vegetação existente, além de ser feita a recomposição dos elementos artísticos com argamassa de reposição. Os arames farpados foram removidos e o local foi pintado. Foi colocado vidro laminado nas bordas dos tanques que compõem o chafariz, melhorando o resguardo desses elementos.
O chafariz da Glória, tombado pelo Iphan em 1938, foi construído durante o vice-reinado do Marquês do Lavradio (1769-1779). O bem é composto por uma cantaria de gnasse, possui quatro bicas, duas pilastras culminadas em alto relevo curvo.

RIO E O SEU PATRIMÔNIO HISTÓRICO SEMPRE EM PERIGO !


Venda de prédios históricos põe em risco tradicional comércio do centro do Rio

Ao menos 19 imóveis na rua da Carioca foram vendidos, preocupando lojistas


André Paino, do R7 | 04/09/2012 às 05h30
Luis Fernando Reis

rua da carioca
Lojistas da rua da Carioca, no centro do Rio, se dizem com venda de imóveis tombados

Lojistas da rua da Carioca, tradicional área de comércio do centro do Rio de Janeiro, foram pegos de surpresa com a venda de 19 imóveis da região que pertenciam à Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. Segundo o presidente da Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências, Roberto Cury, os lojistas temem que o novo proprietário peça para que eles deixem os imóveis, instalados em importante ponto histórico da capital.
Em 18 de julho passado, a Ordem apresentou notificação aos lojistas para informar que 42 prédios, sendo 19 da rua da Carioca, seriam vendidos. De acordo com o presidente da associação, o documento dava prioridade aos lojistas, porém, os prédios deveriam ser vendidos em blocos (R$ 54 milhões) e não separadamente o que inviabilizava a compra dos imóveis devido ao alto valor exigido.
— Ficamos sabendo que a Ordem já havia feito a venda para uma financeira quando um dos lojistas tentou renovar o contrato de aluguel. Isso é uma agressão aos lojistas e, principalmente, ao patrimônio histórico e cultural.
Cury informou que a Ordem havia dado um prazo de 30 dias para que os lojistas apresentassem interesse na compra dos imóveis. Porém, como a venda não poderia ser feita separadamente, não houve propostas.
O presidente afirmou ainda que a liminar apresentada pelos advogados da Ordem dava conta de que os prédios precisavam ser vendidos urgentemente porque a entidade estava com problemas fiscais e previdenciários, além de dificuldades financeiras.
— A venda em blocos foi propositalmente projetada para que os lojistas não pudessem realizar a compra dos imóveis, que foram vendidos para a financeira à qual a ordem estava devendo dinheiro.
O R7 entrou em contato com a Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que não quis se pronunciar sobre o assunto.
Prédios tombados
A região abriga importantes pontos tradicionais do Rio, como o Bar Luiz, no local desde 1926. O bar foi um dos primeiros a vender chope na cidade. Outro estabelecimento importante para a história do Rio é o Guitarra de Prata, loja de instrumentos musicais que já recebeu importantes nomes da música brasileira, como Nelson Gonçalves e Dorival Caymmi.
Os imóveis à venda localizados na rua da Carioca são tombados desde 1983 pelo Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural).
Segundo a Secretaria Estadual de Cultura, proprietários de imóveis tombados não podem vendê-los sem antes comunicar ao órgão de tombamento o desejo de fazê-lo e sem que o imóvel seja oferecido primeiro à instância de governo a que é vinculado o órgão de tombamento.
A secretaria informou que, para validar uma transação de compra e venda de um bem tombado, é preciso constar do processo a ciência do órgão de tombamento e a recusa de compra da instância de governo que tem prioridade de aquisição (municipal, estadual ou federal).

domingo, 2 de setembro de 2012

DOM BERTRAND RECEBIDO COM HOSTILIDADE NA UNESP DE FRANCA


SÁBADO, 1 DE SETEMBRO DE 2012

G1: UNESP DE FRANCA AVALIA PUNIR ALUNOS QUE CHAMARAM PRÍNCIPE DE NAZISTA

Protesto aconteceu durante visita do herdeiro da família real à universidade. Dom Bertrand, 71 anos, palestrou sobre a história da monarquia no país.
 
Adriano Oliveira
Do G1 Ribeirão e Franca
 
A diretoria da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Franca (SP) informou nesta sexta-feira (31) que analisa punir os estudantes que realizaram um protesto durante a palestra do príncipe herdeiro da família real brasileira, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, de 71 anos, na noite da última terça-feira (29).
 
Dom Bertrand de Orleans e Bragança iniciou visita pela Catedral (Foto: Reprodução/TV Integração)
O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e 
Bragança fez  palestra sobre a história da 
monarquia brasileira em  Franca 
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Segundo o diretor da Unesp, professor Fernando Andrade Fernandes, o príncipe havia sido convidado para falar sobre a história da monarquia no Brasil. Entretanto, cerca de 100 universitários invadiram o auditório na abertura do evento com bandeiras e cartazes, chamando Dom Bertrand de “nazista”, “fascista” e “assassino”.
 
Após o tumulto, o príncipe saiu escoltado por seguranças e o encontro foi transferido para a Faculdade de Direito de Franca. “A administração está avaliando a adoção de medidas punitivas em relação aos responsáveis pelo ato. Não somos contra a liberdade de pensamento, mas não aceitamos a atitude de um grupo extremista que sempre adota posturas radicais dessa natureza”, afirmou o diretor da Unesp.
 
O protesto
O estudante de Direito Arthur Cantarella, de 21 anos, disse que integrantes do grupo contrário à realização da palestra distribuíram cartazes pela universidade criticando a casa imperial brasileira e convocando os alunos para participarem da manifestação.
 
Para Cantarella, o principal motivo do protesto foi a postura ideológica do príncipe, que defende a volta do regime monárquico ao país. “O problema é que esses alunos extrapolam. Manifestações são válidas e permitidas, a questão é agredir verbalmente um convidado”, criticou.
 
G1 tentou falar com estudantes que organizaram o protesto, mas nenhum deles retornou as ligações ou e-mails enviados até a manhã de sábado (1º).
 
Príncipe

Por telefone, Dom Bertrand disse ao G1 que considerou o protesto uma “estupidez” e que já sofreu críticas semelhantes em outras ocasiões. “Ficaram me acusando de ser nazista sem o mínimo conhecimento sobre a história da minha família, que foi perseguida pelo nazismo. Isso demonstra que eles desconhecem a própria história."
 

IGREJA DA GLÓRIA, UMA JÓIA DO RIO DE JANEIRO


Principal ícone do bairro, Igreja da Glória volta à sua época de ouro


Restauro da construção devolverá parcialmente o tom dourado da talha do altar-mor e dos dois altares laterais

Publicado:


A talha do altar-mor emoldura a imagem de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo
A talha do altar-mor emoldura a imagem de Nossa Senhora da Glória do Outeiro Pedro Kirilos / Agência O Globo
RIO - A Igreja da Glória vai passar por um importante restauro no momento de revitalização do bairro do qual é o principal ícone. E essa reconstituição é tão importante que, na última quinta-feira, um seminário com arquitetos, restauradores, historiadores da arte e integrantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Irmandade Imperial da Glória discutiu o destino da talha no interior da edificação religiosa. A partir daí, pôde-se desvendar um pouco da história do prédio instalado no topo do outeiro na primeira metade do século XVIII, formando um conjunto de relevo e arquitetura que o carioca talvez não tenha se dado conta que é tão importante quanto o do Corcovado e do Cristo Redentor.



Atualmente, a talha do altar-mor e dos dois altares laterais tem sua madeira crua, sem qualquer douramento. A Irmandade da Glória, então, quis ouvir especialistas para saber se a mantém assim, faz um douramento total ou se faz um douramento parcial, deixando fundos brancos, mais leves.
— Ao fim de oito horas de debate, a Irmandade percebeu que a maioria dos palestrantes gostaria de ver a talha com douramento parcial, no estilo rococó. Agora, vamos precisar da aprovação do Iphan — disse o provedor da irmandade, Ronaldo Goytaz Cavalheiro.
A discussão sobre a talha é antiga. O arquiteto Luciano Cavalcanti de Albuquerque lembra que, em 1940, o então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) tinha como presidente Rodrigo Melo Franco de Andrade . Na época, Melo Franco se aconselhou sobre a talha da igreja com o arquiteto Lúcio Costa, pioneiro da arquitetura moderna no Brasil.
— Lúcio Costa defendeu então a retirada do douramento não por ser contra, mas por considerar o ouro utilizado de má qualidade. Ao ver como ficou a madeira sem nada, Lúcio gostou do efeito visual.
Desde então, a talha dos altares não tem qualquer douramento. Em 1942, porém, o poeta Manuel Bandeira publicou artigo protestando contra a retirada do douramento.
Azulejos vieram de Portugal
De planta poligonal, a arquitetura da igreja, segundo o arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti, tem estilo barroco em seu exterior. Já o interior da igreja, com as mudanças feitas ao longo do tempo, apresenta o estilo rococó, bem mais simples do que o estilo barroco, no qual o douramento das talhas era total. O recurso visual buscava acentuar o poder da Igreja Católica após a contrarreforma, como explica a historiadora da arte Myriam Ribeiro no livro “O barroco e o rococó nas Igrejas do Rio”, escrito em parceria com Fátima Justiano. Na obra, as autoras explicam que o rococó surgiu na França no reinado de Luiz XV, em meados do século XVIII. Há documentos históricos comprovando que a Igreja da Glória já estava em atividade em 1739, mas ainda não se sabe ao certo o ano da inauguração. O primeiro douramento ocorreu na segunda metade do século XVIII, sob a influência do estilo francês. Apaixonada pela igreja, Myriam vai além da análise do interior do prédio.
— As três portadas da fachada são em pedra de lioz. Esse material veio em navios portugueses como lastro e, como era pesado, não chegou às igrejas mineiras, já que era impossível transportá-lo nas estradas da época. Em Minas, usou-se então material semelhante à pedra de lioz, a pedra sabão — diz Myriam, lembrando que os azulejos também vieram em navios portugueses.
Estudiosa da azulejaria portuguesa, a arquiteta Dora Alcântara detalha os exemplares da Igreja da Glória:
— Os painéis de azulejos da nave são do segundo quarto do século XVIII. É um tipo de produção do período joanino (dom João V) entre 1725 e 1750. Historiadores de Portugal atribuem esses painéis ao pintor português Valentim de Almeida. Os demais painéis (da capela-mor, da sacristia, dos corredores e do coro alto) são da mesma época, mas de autoria desconhecida. Todos têm muita boa qualidade.
O arquiteto Lúcio Costa talvez tenha sido o admirador mais ilustre da Igreja da Glória. Luciano Cavalcanti conta que, nos anos 1960, ele projetou a rampa em ziguezague até o templo, começando pela Rua do Russel. Hoje, o belo caminho carece de reforma.
— A Igreja da Glória revela belos ângulos de diferentes pontos do bairro. Desde o século XVIII, talvez tenha sido uma das edificações mais vistas em pinturas históricas — diz Luciano.
O cartão-postal tantas vezes retratado guarda também a imagem da primeira capela construída no outeiro no século XVII. Como conta Nireu Cavalcanti, quem olha para o teto da sacristia se depara com uma pintura da construção original.