FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

sábado, 25 de junho de 2011

A RUA DAS VIOLAS

A Rua das Violas

24/06/2011 - 11:17
Enviado por: Paulo Pacini
JB


O ano de 1904 foi marcado por intervenções de grande vulto na estrutura urbana da cidade, de acordo com a iniciativa da prefeitura sob o comando do engenheiro Pereira Passos. Uma das obras de maior importância foi o prolongamento da Rua Larga de São Joaquim até o mar, projeto imaginado há várias décadas pelo Barão de Taunay, mas só então realizado. Uma das perdas lamentáveis foi a Igreja de São Joaquim, localizada ao lado do Colégio Pedro II e que marcava a transição da Rua Larga para a Estreita de São Joaquim, as duas formando a atual Marechal Floriano.



Além da igreja, também foram demolidos imóveis do lado par, levando consigo algumas lembranças associadas a uma rua próxima, Teófilo Otoni, cujas origens nos remetem a um passado distante. Por iniciativa de Domingos Coelho, proprietário de terras junto ao mar, esta rua foi se dirigindo para o interior desde o litoral, com ponto de partida no posteriormente conhecido Cais dos Mineiros, desde meados do século XVII. Seu desenvolvimento, assim como da maioria dos logradouros de então, dependia do lento processo de drenagem e aterro, pois quase toda área da cidade era composta por pântanos e alagadiços. As condições desfavoráveis fizeram até mesmo a Santa Casa rejeitar os prédios legados a esta por Domingos Coelho, quando de seu falecimento.





Antiga Rua das Violas, no início do século passado



Em 1710 a via finalmente alcançava a rua dos Ourives (Miguel Couto), recebendo também outro nome, de Rua Serafina, viúva de Domingos Coelho. Outro nome, cuja origem é desconhecida, foi o de Rua dos Três Cegos. Após a construção da Igreja de Santa Rita, em 1721, o trecho atrás do templo ficou conhecido como Detrás de Santa Rita, e também da Ilha Sêca, em referência a um trecho entre a rua da Conceição e Vala (Uruguaiana) que encontrava-se livre das águas. Mas só final do século XVIII o antigo caminho receberia o nome pelo qual ficaria conhecida, após lá se estabelecerem fabricantes de violas, que, embora não sendo muitos, tinham presença marcante, fazendo com que o local ficasse logo conhecido segundo seu negócio. Nascia a Rua das Violas.



O nome permaneceria até 1869, quando passou a ser chamada de Teófilo Otoni em mais uma mudança por razões políticas, homenageando um parlamentar que nada tinha a ver com a história do local. Nesta época, a maioria dos violeiros já havia se transferido para a rua Estreita de São Joaquim, cujas grandes mudanças de 1904 apagariam a lembrança deste capítulo peculiar da história do Rio de Janeiro.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

MANIFESTO EM DEFESA A PRIMEIRA ESTRADA DE FERRO DO BRASIL CONSTRUIDA PELO VISCONDE DE MAUÁ - CARTA ABERTA AO PÚBLICO.

MANIFESTO EM DEFESA A PRIMEIRA ESTRADA DE FERRO DO BRASIL CONSTRUIDA PELO VISCONDE DE MAUÁ - CARTA ABERTA AO PÚBLICO.







Caríssimos amigos e primos,


Devemos ficar muito atentos, podem está desvirtuando a reativação da Estrada de Ferro construída pelo Visconde de Mauá, pois querem acrecentar a Estrada de Ferro Leopoldina ao projeto. E sabemos que esta companhia nada tem a ver com a Imperial Companhia de Navegação a Vapor Estrada de Ferro de Petrópolis fundada em 1852, inaugurada em 1854 e renomeada de Imperial Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará pelo proprietário Visconde de Mauá em 1878 homenageando o primogenito da Princesa Isabel, D. Pedro de Alcantara Príncipe do Grão-Pará.

A Companhia Estrada de Ferro Leopoldina fundada pelo Barão de São Geraldo em 1884 e repassada em 1886 por falta de recursos deste titular ao LONDON AND RIVER PLATE BANK (conglomerado Anglo-argentino....), que passou a cometer vários delitos crimes arbitrarios que levou um processo da Estrada de Ferro Principe do Grão-Pará representada pelos procuradores Comendador Henrique Ireneo de Souza, Visconde de Santa Victória, Conde de Nioaque, Conde de Figueiredo e Dr. Eduardo Pellew Wilson Jr. contra o réu London and River Plate Bank representante da Estrada de Ferro Leopoldina, por acentar seus trilhos sobre os da antiga Estrada de Ferro de Petrópolis depois Príncipe do Grão-Pará, dando ganho de causa o Juiz Barão de Itaipú do Supremo Tribunal em última estância em outubro de 1889, ordenando ao réu London and River Plate Bank levantar os seus trilhos colocados sobre os da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará. Porém em janeiro de 1890, já no novo regime o Chefe do Governo Provisório Generalíssimo Deodoro da Fonseca anula o resultado do Supremo, e tentando agradar os sócios do London and River Plate Bank, senhores Rothschild & Sons e Ninreyers & Ciª, manda reacentar os trilhos da Leopoldina sobre os da Mauá... Ainda é possível ver os restos deste absurdo no trecho entre Inhomirim e Fragoso....!!!!

A Companhia Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará não resistiu a tamanho absusdo. Numa tentativa desesperada de salva-la os sócios criam em janeiro de 1891 na Praça do Comercio de Londres a "Northen Brazilian Raways" transportando suas ações da Companhia Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará (ex-Imperial Companhia de Navegação a Vapor Estrada de Ferro de Petrópolis) para tentar enfrentar o Barão de Rothschild mas este maquiavélico vigarista britânico percebeu a manobra dos brasileiros na Bolsa de Londres e deu início a boicotes e difamações especulatórias desleais, e não tendo outra saída seus representantes da "Northen Brazilian Raiways-Príncipe do Grão Pará" Comendador Henrique Irineo de Souza, Visconde de Santa Victória, Conde de Figueiredo e Conde de Wilson transferem a Companhia para ser incorporada pela Companhia Estrada de Ferro Central do Brasil, por preço simbólico ( uma nota de um mil réis.... pois foram proibidos pelo Governo Federal de da-la de graça....!!!!!!!! ).

A Companhia Estrada de Ferro Leopoldina e a London and River Plate Bank ao contrario prosperaram dando lucros aos seus sócios estrangeiros até ser incorporada a União em 1945. Sua Estação, um feio arremedo inacabado do Palácio de Buckinghan, foi inaugurada em 1926 sendo homenageado o Visconde de Mauá com seu nome, como a nova Estação da Central do Brasil com o nome de D. Pedro II.

Em poucas linhas podemos observar que a Companhia Estrada de Ferro Leopoldina nada tem haver com o Visconde de Mauá, pelo contrario, esta Companhia fez tudo para prejudicar e destruir a Companhia fundada pelo Visconde de Mauá em 1854, a primeira do Brasil..

Devemos deixar bem claro a todas as instituições Federais e mesmo a Presidência da República, que nós da família somos terminantemente contra qualquer tentativa de vincular a Estrada de Ferro Leopoldina a Estrada de Ferro construida por Mauá, e que sua restauração deve ser efetuada ao que Mauá construiu, ou seja, saindo da atual Praça Mauá de barca indo até a Praia de Mauá em Magé, fazendo aí baldeação para o trem seguindo Inhomirim, Fragoso, Raiz da Serra até Petrópolis. Sua Construção inaugurada com sua Estação de Guia de Pacobaiba em 30 de abril de 1854 seguiu superando suas dificuldades tecnológicas até o ano de 1884 quando foi solenemente inaugurada pelo próprio Visconde de Mauá, já falido mas ainda acionista da Companhia, e em companhia do Imperador D. Pedro II e de suas respectivas famílias, embarcaram no Comboio do trem com seu destino final para a cidade de Petrópolis.

Nós da Família descendentes de Irineo Evangelista de Souza Visconde de Mauá só iremos apoiar esta alternativa construida e inaugurada pelo mesmo em 1854, de embarcar no Pier da Praça Mauá no Rio de Janeiro em barco (tipo barcas Rio-Niteroi, Catamarã ou aero-barco) passando pela baia de Guanabara fazendo baldeação no Pier da Praia de Mauá em frente da Estação de Guia de Pacobaiba no município de Magé (marco zero das Ferrovias no Brasil) e dalí seguindo em comboio de trem por via ferrea passando por Inhomirim, Fragoso e Raiz da Serra até a cidade de Petrópolis que é a única e verdadeira.

A Estrada de Ferro construída pelo Visconde de Mauá também oferecerá muito mais segurança aos seus usuários, turistas e trabalhadores inter-estaduais, pois atravessando no trecho inicial via barcas a baia de Guanabara desembarcando na Praça Mauá bem no centro financeiro da cidade do Rio de Janeiro evitaria assim caminhos perigosos de outras estradas de ferro, como as Estradas de Ferro Leopoldina e Central do Brasil, que hoje estão cercadas de favelas de difícil remoção e áreas degradadas, chamada Cracolandia, dominadas por narco-traficantes sujeitas a embates de fogo cruzado destes com as forças legalistas da Polícia Militar Estadual.

Finalmente, o que é muito importante, não podemos contar apenas com a boa vontade de abenegadas e beneméritas pessoas, sejam Engenheiros Ferroviarios, Deputadas Estaduais e Empresários, esta histórica Ferrovia construída pelo Visconde de Mauá em 30 de abril de 1854, ainda está sobre domínio da União, ou seja, do Governo Federal, e nada mais racional e lógico que Sua Excelência a Presidente da República Dilma Rousseff tome a redea efetiva desta responsabilidade de reativação da primeira Estrada de Ferro do Brasil e da América Latina.



Assinam os descendentes do Visconde de Mauá



Eduardo André Chaves de Nedehf Marquês de Viana .........tetraneto

Francisca Chaves Nedehf Marquesa de Viana .........................trineta

Dr. Jorge Paes de Carvalho ...................................................trineto

Maria Stella Paes de Carvalho

Silvia Paes de Carvalho Menezes.........................................pentaneta

Clarice Gomes Oliveira de Sampaio Vianna Rego .....................trineta

Dr. Antônio Roosevelt Guerreiro Chaves ..................................trineto

Dr. Carlos César Guerreiro .......................................................trineto

Maria Dalva Freire Chaves ......................................................trineta



Assinam os Conselheiros da Sociedade Memorial Visconde de Mauá



Dr. Paulo Fernando Arco Verde de Abuquerque Maranhão

Dr. Marcos Antônio dos Reis Camardella

Riná Bittencourt dos Reis Camardella

Dr. António da Silvia Peña Loulé

Profª. Fátima da Silva Peña Loulé

Dr. Eduardo Pellew Wilson Conde de Wilson

Dr. Carlos Francisco Moura

Prof. Antônio José de Almeida Magalhães

Dr. Wolmar Olympio Nogueira Borges

Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan

Embaixador Dr. Felix Baptista de Faria

Drª. Nalva Nobrega Fonseca

Dr. José Façanha Mamede

Drª. Maria Glaudia Ferrer Mamede

Jornalista Sr. Osíris de Paula Soares

Dr. Mauro Pereira de Lima Câmara

Profª. Rosangela de Almeida Costa Bandeira

Sr. Pedro Henrique Ferreira Souza

Prof. Renato Alencar Dotta

Dr. Marcelo Roberto Ferreira

Profª. Drª. Idalina Gonçalves

Drª. Lucia das Graças de Almeida

Drª. Anna da Silva Mussoi

Dr. Luiz Gustavo Faria Briote

Dr. Luiz Gondim de Araujo Lins

Drª. Isabel Junqueira de Andréa

Dr. Hélio Suevo Rodriguez

Prof. Dr. Paulo Emílio Martins

Sr. Orlando Inácio

Sr. Arthur da Silva Affonso

Sr. César de Abreu Vilella

Dr. Luiz Brito Filho

domingo, 19 de junho de 2011

DONA BEJA CONTINUA A SER NOTÍCIA NO ARRAIAL DO TIJUCO ! . . .

Com descoberta de ossada, Dona Beja volta a virar estrela em Minas

Prefeitura investiga se restos mortais encontrados em praça são da prostituta do século 19 que teria sido responsável por mudar mapa do Estado

Denise Motta, iG Minas Gerais
19/06/2011 07:00

Com descoberta de ossada, Dona Beja volta a virar estrela


Abertura da novela Dona Beija, exibida pela TV Manchete em 1986



Funcionários da prefeitura de Estrela do Sul, cidade distante 498 quilômetros de Belo Horizonte, encontraram nesta semana duas ossadas na Praça da Matriz, em uma área de 500 metros quadrados escavada para a construção de uma fonte.



A descoberta reascendeu na cidade as histórias e mistérios da lendária Dona Beja (uma corruptela de Dona Beija), que morreu lá em 1873, possivelmente de infecção, aos 73 anos. Seria uma das ossadas encontradas pertencente à famosa mulher que encantou homens no século 19, virou personagem de novela e ganhou fama internacional?



Na tentativa de desvendar o novo mistério que cerca Dona Beja, a prefeitura de Estrela do Sul pretende encaminhar as ossadas para uma perícia, mas ainda estuda como serão os procedimentos. Enquanto isso, os restos mortais permanecem no local em que foram encontrados e onde teria existido um cemitério até 1925.



Restos mortais de muitas pessoas foram transferidos para outra área, nesta época, mas não os de Dona Beja. “Naquela época, 1925, Dona Beja não era tão famosa. Se fosse hoje, certamente haveria a transferência dos restos mortais com muita pompa”, diz o historiador Mário Lúcio Rosa.



Funcionários municipais afirmam que até hoje existem descendentes de Dona Beja morando na cidade. Eles devem ser identificados e podem ajudar na confirmação ou não de que os restos mortais são de Dona Beja.





Foto: Divulgação Ampliar - Imagem de Dona Beja, já idosa

A escavação



A escavação na praça teve início há três meses. Além das ossadas, foram encontrados pedaços de caixão com zinco. O material teria sido usado para adornar o caixão de Dona Beja, acreditam alguns moradores de Estrela do Sul e funcionários da prefeitura.



O biógrafo Pedro Divino Rosa e seu irmão, o historiador Mário Lúcio Rosa, não acreditam que sejam os restos mortais de Dona Beja por causa da localização em que foram encontrados.



“Já fizemos medições e sabemos que não é este o local onde Dona Beja foi enterrada”, diz Pedro. “Relatos históricos, passados de geração para geração indicam que não foi este o local de enterro de Dona Beja. Ela está enterrada na cidade, pode estar em um quintal perto da praça”, completa Mário.



A história de Dona Beja



Registrada como Anna Jacintha de São José, Dona Beja teve seu testamento revelado em dezembro de 1873. No documento, ela pede para ser enterrada na Igreja Matriz, que fica próxima à praça onde foram encontradas as ossadas. O padre da época não permitiu, possivelmente por causa de sua má fama, conta o biógrafo. Dona Beja teve duas filhas: Tereza e Joana. Ela ganhou renome após ser amante do ouvidor da corte, Joaquim Inácio Silveira da Motta, aos 13 anos.



Nascida em Formiga, a 194 quilômetros de Belo Horizonte, no ano de 1800, a cortesã escolhia quem recebia, em troco de dinheiro. “Ela não era uma prostituta qualquer. Escolhia com quem dormia e cobrava altas quantias de fidalgos da corte”, conta o historiador. Beja chegou em Araxá ainda criança, acompanhada pelo avô, que fugia de comentários sobre o fato de a filha ter gerado um bebê sem estar casada.



“ Ela não era uma prostituta qualquer. Escolhia com quem dormia e cobrava altas quantias de fidalgos da corte”, conta historiador

Foi aos 13 anos, quando já havia perdido a mãe, que ela foi raptada pelo ouvidor da corte de Dom João 6º. Nesta época, os dois viveram em Paracatu, cidade a 350 quilômetros de Araxá e que na época pertencia ao Estado de Goiás.



Denúncias de que ele teria assassinado o avô de Beja levaram o ouvidor a pedir a Dom João VI que integrasse parte de Goiás ao território mineiro, pois tinha boas relações com o governador de Minas e não com o de Goiás. Daí vem a tese de que "a beleza de Dona Beja é tão extraordinária que modificou o mapa do Brasil". Foi no ano de 1816 que uma área de Goiás foi integrada à de Minas Gerais. Hoje a região é conhecida como Triângulo Mineiro.



Sem conseguir abafar o assassinato do avô de Beja pelo ouvidor, pouco tempo depois Dom João 6º o transferiu para o Rio de Janeiro. Foi nesta época que ela decidiu retornar para Araxá, cidade onde foi criada.



Em Araxá, Beja criou um bordel refinado chamado Chácara Jatobá. Ela teve dois amores, Antônio Sampaio, namorado de infância, e o advogado João de Mendonça. Sampaio era casado e pai da filha de Beja, Tereza. Já o advogado era pai da filha mais nova, Joana.





Trecho da novela em que dona Beija ganha uma mina de ouro



Beja viveu até 1840 em Araxá, quando se mudou para Bagagem, hoje Estrela do Sul, em busca de negócios relacionados à exploração de diamantes. “Ao chegar, ela se ligou a diversas instituições religiosas e fez várias benfeitorias à cidade”, conta biógrafo.



O mistério que cerca as ossadas encontradas em Estrela do Sul sempre fez parte da história em torno de Dona Beja. Há documentação histórica restrita. Não existem registros formais do óbito dela, por exemplo. Sabe-se que ela teria morrido em 1873 pois foi o ano em que o testamento dela foi revelado.



Em 1986, a história de Dona Beja virou novela exibida pela extinta TV Machete (com a grafia adaptada para a norma culta da língua portuguesa). A atriz Maitê Proença estrelou o folhetim, sucesso de público que foi exibido no Brasil e em países da América Latina e América do Norte.