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quarta-feira, 11 de abril de 2012

O ÚLTIMO CARRO MOVIDO A TRAÇÃO ANIMAL . . .


Quarta, 11 Abril 2012 11:12

O Último Carro

Escrito por

Poucos eventos na história dessa cidade tiveram o efeito transformador que representou a introdução dos bondes, em meados do século XIX. Nessa época, o transporte coletivo se compunha unicamente de ônibus de tração animal, uma espécie de diligência de grandes dimensões, e gôndolas, menores, com capacidade para 9 passageiros. Fora isso, haviam embarcações rumo a vários destinos na baía da Guanabara, e, em terra, carros de aluguel, individuais, os famosos tílburis.

O transporte terrestre era quase sempre desconfortável, pois trafegando em estradas de terra ou mal pavimentadas, os solavancos transformavam a viagem em suplício, evitada sempre que possível. Com isso, as moradias continuavam se concentrando na área central, com pouco incentivo para daí se afastar, com os bairros periféricos sendo pouco habitados.


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Última linha de bonde de burros, ligando Madureira a Irajá


Tudo começaria a mudar em março de 1856, quando o governo outorgou as duas primeiras concessões para a exploração do serviço de bondes. A primeira foi ao Conselheiro Cândido Batista, para uma linha da Cinelândia até a Gávea, que, por falta de capital, nunca foi adiante, sendo vendida ao Barão de Mauá, e a segunda ao médico Thomas Cochrane, sogro de José de Alencar, que pretendia levar seus bondes da Praça Tiradentes até o Alto da Boa Vista. A Companhia de Carris de Ferro da Cidade à Boa Vista, era esse o nome da empresa, conseguiu o capital, e fez a primeira viagem, em caráter experimental, em 30 de janeiro de 1859. A inauguração ocorreu em 26 de março do mesmo ano, com a presença de D.Pedro II e sua esposa, além de várias autoridades.

A viagem nos bondes impressionou pela suavidade do andar, transformando o suplício dos ônibus em puro prazer, com os passageiros podendo finalmente desfrutar a bela paisagem do Rio de Janeiro de então. A empresa, contudo, ia mal das pernas, e fechou a linha em 1866, prejudicando os moradores que apostaram no novo meio de transporte. O Barão de Mauá, que havia adquirido a outra concessão, abriu em 1862 nova empresa, a Companhia do Caminho de Carris de Ferro do Jardim Botânico, conseguindo obter uma parte dos recursos, mas acabou passando o negócio adiante em 1866. O comprador, Charles B. Greenough, organizou uma companhia, a Botanical Garden Rail Road Company, obtendo capital de investidores americanos.

A primeira linha, da rua Gonçalves Dias ao Largo do Machado, foi inaugurada em 1868, com retumbante sucesso. A demanda não cessava de crescer, e, nos anos seguintes, várias outras companhias surgiram, servindo a diversos bairros, como a Rio de Janeiro Street Railway, a Companhia Ferro-Carril de Vila Isabel (do Barão de Drummond), a Companhia de São Cristóvão e muitas outras. Com isso, a área urbana se dilatou tremendamente, com novos bairros se integrando plenamente à antiga cidade.

Desde o princípio e até 1892, quando se iniciou a eletrificação das linhas, os veículos eram puxados por animais de carga, geralmente parelhas de burros. Uma das principais empresas a servir o Centro, a Companhia de Carris Urbanos, contudo, possuía carros pequenos, em função de sua bitola estreita de apenas 0,82m. Suas dimensões permitiam os bondes passarem por quaisquer ruas, por mais estreitas que fossem, com seus carros freqüentemente puxados por um único animal.

Com a conversão progressiva das linhas à tração elétrica, acelerada pela entrada da Light em 1904, várias empresas desapareceram, absorvidas pela nova companhia. Uma delas foi a Companhia de Carris Urbanos, fazendo com que seus carros fossem deslocados para bairros periféricos.

Nos subúrbios, os veículos de tração animal continuaram servindo a população, em pleno século XX. Os bondes da Carris Urbanos terminaram em uma pequena empresa, chamada Linha Circular Suburbana de Tramways, que iniciou suas atividades em 1911, ligando os bairros de Madureira e Irajá. Dificuldades econômicas levaram à deterioração da linha e dos veículos, e suas atividades se encerraram em março de 1928.

Os humildes animais finalmente puderam ter seu descanso merecido. Nas várias décadas em que emprestaram sua força motriz aos bondes, prestaram um serviço bem mais valioso que o de muitos políticos e oportunistas, que, ao contrário dos burros, jogam com freqüência a carga de sua corrupção e desmandos às costas da população.

terça-feira, 10 de abril de 2012

RIO: Teatro-circo da Real Companhia Equestre Inglesa E OS AMIGOS DO ALHEIO ! . . .


Enviado por Ancelmo Gois -
9.4.2012
12h59m
Gois de papel

As fotos de hoje


UM GRUPO DE amigos da Lapa, o bairro boêmio do Rio, anda preocupado com uma vizinhança nada amistosa. 

É que, após o carnaval, uns ambulantes transformaram o imóvel n 94 da Rua do Lavradio (o sobrado do meio) em depósito de produtos. 

As trancas de uma das portas de enrolar, repare no detalhe, foram retiradas, facilitando o acesso ao edifício que no século XIX abrigou o teatro-circo da Real Companhia Equestre Inglesa e, anos mais tarde, parte da antiga “Tribuna da Imprensa”. 

Alô, Eduardo Paes!

ESTÁTUA DO GENERAL OSÓRIO NO RIO, DEPREDADA POR VÂNDALOS ! . . .




Vândalos atacam Monumento a General Osório
10 Abr 2012

Portão do gradil, com 80 quilos, espada e placas são furtados

O peso — 80 quilos — não impediu que o portão do gradil que circunda o monumento em homenagem a General Osório, no Largo do Paço, na Praça Quinze, fosse furtado, durante o feriadão da Semana Santa. Além do portão, sumiram a espada empunhada pelo militar e uma placa comemorativa da última restauração da obra, feita no segundo semestre do ano passado. As três peças são de bronze.
Uma queixa-crime foi registrada pela prefeitura na 1ª DP (Gamboa). O secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, também solicitou à chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, prioridade na investigação do caso e uma atuação firme junto aos ferro-velhos, receptadores de materiais. Osório pediu ainda a colaboração da população com denúncias:
— Pelas informações que tivemos, o furto aconteceu na madrugada da Sexta-Feira da Paixão. A Praça Quinze tem um grande movimento à noite. Quem viu os autores do crime pode usar o canal do Disque-Denúncia (2253 1177).
Criado pelo escultor Rodolfo Bernardelli, o monumento a Manuel Luiz Osório, herói da Guerra do Paraguai, é o primeiro instalado na cidade após a Proclamação da República. Foi encomendado em 1887 e inaugurado em 1894, depois de fundido em Paris, na Fundição das Oficinas Thiébault. O portão do gradil do monumento é uma das maiores peças furtadas no Rio.

FAZENDAS DE CAFÉ, VALE CONFERIR ! . . .


Um tour pelas fazendas de café

Centenárias fazendas de café se transformaram em charmosos hotéis. Conheça algumas delas e faça uma viagem no tempo

Mônica Cardoso, especial para o iG São Paulo
Foto: Divulgação
Fazendas de café procuram manter o charme dos tempos coloniais

Centenárias, as antigas fazendas de café têm muita história para contar. Muitas foram transformadas em hotéis, mas conservam o mesmo jeitinho colonial na arquitetura de janelonas azuis e nos pesados móveis de madeira.

Conheça algumas fazendas tradicionais de São Paulo e do Rio de Janeiro e dê uma volta ao passado. Com pausa para uma boa xícara de café:

Fazenda Ponte Alta – Barra do Piraí - RJ
Para entrar no clima, o visitante é recebido pelo barão de café, a baronesa, a sinhazinha e uma escrava. Em seguida, percorre a propriedade com o Barão de Mambucaba, primeiro dono daquelas terras, que dá uma verdadeira aula de história sobre a fazenda de 1830 e o ciclo do café, quando o Vale do Paraíba concentrava a riqueza do País. Na verdade, são os funcionários do hotel vestindo roupas de época, mas não importa.
A casa grande e a senzala hoje abrigam quartos confortáveis, decorados com móveis e objetos do século 19. Não perca o animado sarau histórico com dramatizações que apresentam o modo de vida das famílias e terminam com danças da época do Império como polca, minueto e valsa. Até dá para arriscar uns passinhos.
Emoldurada por belas montanhas, aproveite a tranquilidade da serra para fazer caminhadas, andar a cavalo e mergulhar no açude e na piscina do hotel. Uma curiosidade: Getúlio Vargas costumava visitar a fazenda com bastante frequência, quando era presidente. Ali ele comemorou seus últimos cinco aniversários.

Endereço: Rua Silas Pereira da Mota, 880 – Parque Santana – Barra do Piraí.
Telefone: (24) 2443-5005
Diária: a partir de R$ 350 o casal. Inclui pensão completa




Dona Carolina - Itatiba - SP

A fazenda do século 19, que já foi uma das maiores produtoras de café do País, hoje abriga um requintado hotel. O antigo casarão colonial construído em taipa de pilão foi transformado em área de lazer. Já a estrebaria abriga hoje a sala de leitura e espaço para o chá da tarde.
A programação é recheada de atividades como tirolesa, arco e flecha, oficina de bumerangues e caiaques no lago, além de oito trilhas ecológicas nas redondezas. O hotel ainda conta com piscinas climatizadas, saunas, quadras de tênis, vôlei e campo de futebol.

Foto: DivulgaçãoAmpliar
Amantes de cavalgadas podem fazer uso dos cavalos disponíveis na Fazenda Dona Carolina

A equipe de recreação está sempre pronta para uma nova brincadeira com a criançada. Já os pais podem fazer um tour pela cachaçaria local e acompanhar o processo de fabricação da aguardente, da moagem da cana até o envasamento.
Cansou? Esqueça da vida com a pescaria no lago ou uma massagem relaxante no spa. De tão bem preservada, a fazenda serviu de cenário para o filme Gaijin, de Tizuka Yamasaki.

Diária: A partir de R$ 831 para o casal. Inclui pensão completa
Endereço: Estrada Manoel Stefani, altura do km 39,5 da Rodovia Itatiba-Bragança.
Telefone: (11) 3120-9699



Fazenda União – Rio das Flores - RJ
De longe se vê a fileira das imponentes palmeiras imperiais em frente à casa sede, que pertenceu ao Visconde de Rio Preto. A fazenda foi totalmente restaurada, mas conserva todo o luxo dos tempos áureos do café. E não é para menos, já que a produção de café daqui chegou a representar 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
A casa grande exibe lustres de cristais, mesas de jacarandá e paredes pintadas com motivos franceses. Nas confortáveis suítes com pé direito alto, a mobília antiga convive harmoniosamente com modernas televisões de plasma.

Todas as refeições são preparadas no forno à lenha, com culinária inspirada em receitas daquela época como o pastel de angu com recheio de carne seca e o funduntum, feito com canjiquinha e recheado com agrião e carne de porco refogada. Para sobremesa, pudim de café. No chá da tarde, o azul da porcelana Limoges e o brilho dos talheres de prata são acompanhados por uma farta mesa com pães, bolos, queijos e geleia, preparados na própria fazenda.
As noites são animadas por danças afro, capoeira e jongo ritmadas por atabaques. Repare nos pés de camélias, presentes em todos os cantos da propriedade. Símbolo do movimento abolicionista, as flores eram usadas nas lapelas ou cultivadas nos jardins por quem lutava pela libertação dos escravos.

Diária: a partir de R$ 500 o casal, com pensão completa
Endereço: Estrada do Abarracamento, quilômetro 3,5 - Rio das Flores,
Telefone: (24) 9915-1210




Fazenda Capoava – Itu - SP
Encravada em uma pequena encosta, a casa sede construída de taipa de pilão pelos bandeirantes em meados de 1750, preserva o mesmo charme. A enorme senzala hoje abriga os hóspedes em confortáveis chalés na fazenda que já abrigou plantações de cana de açúcar e café.

Foto: Divulgação
Clima interiorano e cenário paradisíaco dão o tom da Fazenda Capoava
As crianças contam com programação especial, sempre acompanhada pelos atenciosos monitores. Dá para esbaldar na piscina e nos campos de futebol e vôlei. O criadouro de aves reúne araras, papagaios e tucanos. E uma simpática família de macacos prego vive em uma ilha, no meio de um grande lago.
Destaque para os mais de 70 cavalos da fazenda. Aproveite para fazer cavalgadas em noites de lua cheia ou para conhecer outras fazendas históricas da região.

Endereço: km 89,9 da Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (antiga Marechal Rondon - saindo de SP, com acesso na saída 59 da Rodovia dos Bandeirantes)
Telefone: (11) 2118-4100
Diária: sob consulta. É possível entrar em contato pelo site da fazenda


Hospedaria Águas Claras – Itapira - SP
Um cheirinho bom de café insiste em pairar no ar. Aqui, ele ainda é produzido à moda antiga, de maneira artesanal. Vale a pena fazer uma visita guiada para acompanhar todo o processo de fabricação: da colheita nos cafezais, passando pela secagem e torragem dos grãos até a embalagem, com direito, é claro, à degustação.
A fazenda de 1870 preserva a arquitetura nos quartos decorados com móveis pesadões de madeiras e delicados azulejos pintados a mão. Percorra as trilhas até as cachoeiras e os mirantes, de onde se tem uma bela vista da região. Se quiser um pouco mais de adrenalina, troque a caminhada pela mountain bike ou pelo cavalo. Quer mais? Ainda tem rapel, boia cross e rafting. Desse jeito, você nem vai perceber a ausência da televisão.

Endereço: Rodovia SP-147, acesso pelo km 35 - Itapira
Telefone: (11) 3044-1893
Diária: a partir de R$ 510 para o casal. Inclui pensão completa 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

TIRADENTES . . . INVENTADO PELA REPÚBLICA ! . . .


Enviado por Ancelmo Gois -
8.4.2012
14h26m
GOIS DE PAPEL

A Santa Teresinha da República


Dia 21, agora, celebram-se os 220 anos da morte de Tiradentes. Mas com o passar dos anos a imagem do herói supremo da nação anda meio crestada. 

Um tiro certeiro foi disparado pelo grande historiador José Murilo de Carvalho, que, em seu livro “A formação das almas”, no capítulo “Tiradentes: um herói para a República”, mostra como o mito Tiradentes foi construído pela propaganda republicana. 

A República, que chegou ao poder sem muito apelo popular, teve dificuldade de construir um herói. Tentou sem sucesso Deodoro, Benjamin Constant e Floriano Peixoto. Terminou tendo êxito apelando para Tiradentes.

Zé Murilo lembra que em torno do personagem histórico de Tiradentes houve e continua a haver intensa batalha historiográfica. 

“Até hoje se disputa sobre seu verdadeiro papel na Inconfidência, sobre sua personalidade, sobre suas convicções e sobre até sua aparência física.” 

Como não existia qualquer retrato feito por quem o tivesse conhecido pessoalmente, foi retratado de barbas, uma figura que lembra, como cantou Castro Alves, Jesus.

Kenneth Maxwell, historiador britânico e autor do livraço “A devassa da devassa — A Inconfidência Mineira: Brasil e $1750-1808”, diz que quando escreveu o livro deixou de lado a mitologia de Tiradentes “bem relatada por José Murilo em seu belo trabalho”. 

Segundo ele, Tiradentes era de fato um admirador da independência dos EUA, um republicano, nacionalista e também um homem de ação. 

“Mas não era, na minha opinião, o mais importante conjurado em Minas na época, em comparação com homens abastados, e com experiência internacional, como Cláudio Manuel da Costa e Tomas Antônio Gonzaga, por exemplo.”

Já mestre Boris Fausto diz que Tiradentes foi, na sua opinião, “um dos poucos heróis de nossa História, sem falar e sem fazer demagogia, e do povo brasileiro. Diz que gosta muito da obra do Zé Murilo, “mas ele tem um viés com relação à República”. 

Boris reconhece que o culto de Tiradentes surgiu entre os republicanos: “Mas sua imagem, em compensação, foi abafada pela monarquia, porque D. Maria, chamada A Louca, responsável ostensiva pela aplicação da pena de morte ao alferes, era ancestral de nossos imperadores.”

Convidado a entrar no debate, o pernambucano Evaldo Cabral de Mello se esquivou. “Tiradentes era uma figura simpática, simples, considerado um santo, uma Santa Teresinha, e com santo não se discute.”