FALE COM OS MONARQUISTAS !

FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO YAHOO

Inscreva-se em DMB1890
Powered by br.groups.yahoo.com

sábado, 5 de novembro de 2011

25ª. DP (ROCHA) INVADE A RECUPERA PATRIMÔNIO HISTÓRICO, PARABÉNS POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO !

Polícia do Rio recupera estátuas furtadas na zona sul


Peças foram encontradas na zona norte, após denúncias anônimas


 


do R7
05/11/2011 às 08h08




Policiais da Delegacia do Rocha (25ª DP) recuperaram duas estátuas de ferro fundido, suas bases e outras seis estruturas de mármore de Carrara, que haviam sido furtadas do Palacete São Cornélio, na Glória.



O objetos foram encontrados em Guadalupe, na zona norte, depois de uma denúncia anônima.

Dois homens foram presos no momento em que colocavam as estátuas em um caminhão e responderão por receptação.



As peças haviam sido furtadas na terça-feira.

Uma das estátuas representa Atalanta, personagem da mitologia grega.

Construído em 1862, o casarão da Glória é tombado desde 1938 pelo (Iphan) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.







sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Plebiscito de 1993: a farsa que legitimou o ilegitimável.

Plebiscito de 1993: a fraude que não chocou o Brasil.

História, Monarquia, Política
Autor: Sebastião Fabiano Pinto Marques

São João del-Rei, MG





Plebiscito de 1993: a farsa que legitimou o ilegitimável.

O Plebiscito de 1993 foi uma fraude eleitoral regulada pela lei 8.624 de 4 de fevereiro de 1993 cujo grande objetivo foi legitimar, após 104 anos, o golpe militar que impôs a república no Brasil em 15 de novembro de 1889.



Ironicamente, o plebiscito ocorreu em 21 de abril de 1993. Só para lembrar, 21 de abril é um feriado no Brasil que presta homenagens ao traidor Tiradentes. Ele tentou implantar a república em Minas Gerais através de um golpe que objetivava separar Minas do resto do Brasil. A consequência seria óbvia: a divisão do Brasil em dezenas de republiquetas pobres e desunidas semelhante ao que é hoje em relação à América Latina espanhola.



Acredite se quiser, os republicanos golpistas do séc. XIX transformaram Tiradentes no símbolo do “herói” que morreu em prol da “liberdade”. Até deram feições de Jesus Cristo para o Tiradentes ficar mais convincente. E, apesar de toda mentirada, Tiradentes é tido como exemplo de herói até hoje! (CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: o Imaginário da república no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990).



Enfim: por ser uma data que evoca os sentimentos republicanos, por si só deveria ser considerada suspeita. O plebiscito jamais poderia ser realizado nesse dia. No entanto, o plebiscito foi realizado em 21 de abril e ninguém questionou o poder de influência do símbolo Tiradentes sobre os eleitores.



O plebiscito de 1993 em si não tem legitimidade, apesar de ser considerado juridicamente válido. O plebiscito foi mais um golpe político que entrou para os livros da história como “festa da democracia”, apesar de ser questionável em vários aspectos. Vejamos alguns deles:







Cédula do plebiscito de 1993: a própria cédula confundiu forma de estado com forma de governo. Observe como a questão estava centrada em "parlamentarismo" e "presidencialismo". O tema monarquia era tratado em segundo plano quase como uma "questão trivial". A cédula em si mesma já era tendenciosa e incentivava o eleitor a votar em "presidencialismo republicano" porque essa era a opção mais fácil de marcar na cédula.

Primeiro: o plebiscito misturou a escolha da forma de governo (monarquia ou república) com a forma de Estado (parlamentarismo ou presidencialismo). Até mesmo entre os estudiosos, a classificação causa confusão e debates. Imagine entre o povo leigo? Foi o que aconteceu. E a mistura foi feita de propósito porque os políticos sabiam que o povo já tinha inclinação para apoiar a república presidencialista.



Para que o plebiscito fosse menos injusto, ele deveria ser dividido em duas etapas realizadas em dias diferentes. A primeira para que o povo escolhesse entre monarquia ou república. A segunda para definir se a república ou a monarquia escolhida seria presidencial ou parlamentar. O povo não sabe disso, mas é perfeitamente possível existir uma monarquia presidencial e essa opção não estava na cédula…



A mistura desses dois assuntos (forma de governo e forma de estado) no mesmo plebiscito só confundiu o eleitor e ainda favoreceu o “presidencialismo republicano” por ser a opção mais fácil de marcar na cédula.



Não bastasse isso, Hollywood foi um aliado da causa republicana. Os filmes americanos mostram o “presidente” sempre como um “deus” salvador de toda humanidade e de todo o povo contra todo tipo de mal. Ele é sempre mostrado como “todo-poderoso”, a incorporação viva do messias cristão que sozinho tudo pode mudar e consertar num passe de mágica. O “presidente” dos filmes americanos sempre é o exemplar vivo do homem perfeito, íntegro, bondoso e sempre disposto a se sacrificar por todos sem pensar em si, igual ao mito de Jesus Cristo. Apesar de ser uma mentira descarada e gritante, é o tipo de mentira que convence o povo e que mexe com o imaginário coletivo, formando opiniões. E quando povo votou no presidencialismo, assim o fez convicto de que o Brasil teria um “salvador da pátria” que, sozinho, salvaria o Brasil de todos os males igual acontece nos filmes…



Segundo: depois de 104 anos ensinando nas escolas que a “república era boa”, a “monarquia má e totalitária”, era no mínimo suspeito o governo propor um “plebiscito democrático” perguntando ao povo se ele queria república ou monarquia. Evidentemente, o povo escolheu a república. Para ele, era o mais certo a escolher. O povo foi ensinado desde criança que a república é “progresso”, “democracia” e “liberdade”. E, também, o povo foi ensinado desde criança que a monarquia é “retrocesso”, “autoritarismo” e “escravidão”. Na verdade, até hoje esse preconceito continua nos livros de escola. Até mesmo os professores universitários, que deveriam ser mais cultos, prestam-se a repetir esses preconceitos sem nenhum remorso de consciência.



Basta pegar alguns livros escolares para ficar chocado com a capacidade dos escritores de mentir, ignorar os fatos históricos e desprezar as estatísticas mundiais sobre democracia, desenvolvimento humano e honestidade. As estatísticas apontam o caráter superior da monarquia em promover democracia, desenvolvimento humano e honestidade. Bem como reprovam a república presidencialista em todos esses critérios. Ao mesmo tempo, as estatísticas mostram a república parlamentarista como opção secundária não tão eficiente quanto à monarquia parlamentar, mas pelo menos superior a república presidencial na capacidade de produzir resultados.



No entanto, isso tudo é ignorado e os livros de história continuam fazendo propaganda antimonárquica e pró-republicana sem serem questionados pelos intelectuais deste país. Aliás, existe vida inteligente no Brasil? Apesar de termos milhares de “doutores”, “mestres” e “bacharéis” floreados com vários títulos e diplomas pomposos; nossos “homens cultos” não gostam de pensar, nem criar soluções para os nossos problemas. A questão é mais grave nas “ciências humanas”. Eles preferem copiar o que os outros países inventam como se as pessoas daqui fossem incapazes de criar algo útil. Eles pensam que para ser “doutor”, basta imitar o papagaio e repetir tudo que se fala por aí sem pensar muito. E claro, se o “doutor” fizer citações em língua alemã e escrever dezenas de páginas inúteis, incompreensíveis e sem nexo; aí sim ele será considerado um “sábio doutor” pelos intelectuais!



O Brasil tem muitos diplomas, mas escassos pensadores. A estupidez e a incapacidade de se indignar são avassaladoras. Os sábios são tidos por loucos e os estúpidos sempre têm algum título para ostentar nas paredes e polir o ego. Aliás, se você for estúpido, aconselho-o a fazer uma faculdade e conseguir um diploma. É muito fácil e nem precisa saber pensar. Faça também um mestrado e um doutorado. Assim você poderá escrever coisas sem sentido e inúteis e ainda ser aplaudido por isso. O Brasil é muito promissor para pensadores ignorantes e triviais. Em contrapartida, a verdade quase nunca acha ocasião para aparecer por aqui e é sempre motivo de chacota. E, para nossa tristeza, são os “doutores” que escrevem os livros formadores da opinião pública. E claro, esses imbecis serão os professores de seus filhos…



Ora! É importante lembrar que até 1988 era crime defender a monarquia no Brasil. Havia impedimento constitucional. Não era sequer permitido publicar livros a respeito do tema. Não passava pela censura. Enfim: nem os pesquisadores sabiam o que era a monarquia. Quase tudo que se tinha notícia era envolto em folclore e lenda.



Ademais, o conhecimento que se tinha do período monárquico no Brasil era repleto de preconceitos e ranço republicano. Basta ver o filme “Carlota Joaquina: a princesa do Brasil” que não deixa dúvidas sobre essa visão limitada e preconceituosa. Acredite se quiser, apesar de mentiroso e tendencioso, esse filme é exibido nas escolas para “ensinar” história do Brasil aos alunos.







Filme Carlota Joaquina, a princesa do Brasil (1995). Fruto da visão preconceituosa da monarquia. Apesar de falso do ponto de vista histórico, o filme é usado para “ensinar” história nas escolas e universidades.



Num cenário desses, de repente aparece uma consulta popular perguntando se o povo queria monarquia ou república. Isso era inviável para época e só tinha o objetivo de legitimar o golpe militar sanguinário de 15/11/1889. Para piorar a situação, o plebiscito que deveria ter sido realizado em 7 de setembro, foi adiantado para 21 de abril, diminuindo o tempo dos monarquistas se informarem e prepararem uma apresentação decente do tema. O povo não tinha como escolher e prova disso é que ele optou pelo presidencialismo republicano, a forma mais ineficaz para combater a corrupção, o totalitarismo e a miséria humana. Nem mesmo a república parlamentarista, forma menos nociva de república, conseguiu ser aprovada! O povo legitimou o que havia de pior porque foi ensinado a escolher isso desde criança.







Além da propaganda pró-republicana em 1993, os monarquistas tiveram a coragem de divulgar o lixo acima como “propaganda monárquica”. Além do vídeo não esclarecer os benefícios da monarquia, até hoje é motivo de chacota quando exibido. Veja e tire suas conclusões.



Além da questão educacional, há outras polêmicas que invalidam moralmente o plebiscito de 1993. São elas:



Jogo sujo dos deputados. Até 1993 era pacífico que a família Orleans e Bragança na pessoa de Dom Luiz de Orleans e Bragança era o legítimo herdeiro de Dom Pedro II como já reconhecido de longa data pela família real de várias outras nações. A câmara dos deputados do Brasil propôs, ao invés de Dom Luiz, Dom João Henrique como sucessor, violando o reconhecimento internacional e causando divisão dentro do pequeno e frágil movimento monárquico no Brasil. Em consequência, a divisão enfraqueceu o movimento monárquico nascente. Logicamente, os políticos sabiam disso e assim o fizeram de propósito.





Ramo de Vassouras e Petrópolis: até hoje as discussões sobre qual ramo da família "tem direito" ao trono do Brasil dividem e enfraquecem o movimento monárquico. Do lado de Petrópolis temos príncipes que se dizem republicanos, mas que não abrem mão do direito de sucessão ao trono do Brasil. Do outro lado, temos o legítimo ramo de Vassouras com reconhecimento internacional, mas que adotou a postura de não enfrentar a questão para evitar desgastes familiares. Quando essa divisão vai acabar?



 
Trapalhada do STF. O STF proibiu os príncipes de aparecerem na televisão. Os maiores conhecedores da monarquia, os príncipes, não puderam falar na TV por ordem do STF, o que, evidentemente, foi uma censura desleal contra a propaganda monárquica, pois o Rei e os príncipes são as personalidades mais importantes de uma monarquia.



Por todas essas vicissitudes, o plebiscito de 1993 é totalmente inválido do ponto de vista moral. Ele foi tão somente uma tentativa grosseira e mal intencionada de legitimar um sistema de governo que nasceu de um golpe militar e que nunca deu certo no Brasil. Apesar de sua validade jurídica, o plebiscito de 1993 é um exemplo vivo de como as massas podem ser manipuladas e usadas para se legitimar o ilegitimável e, ainda assim, conseguir a simpatia internacional por passar a imagem de “bom moço” que promove a “democracia”.







GLÓRIA: PALACETE SÃO CORNÉLIO DE 1862 - DEPREDADO E FURTADO ! . . . ALÔ SANTA CASA . . . MISERICÓRDIA !

Bandidos levaram estátua



Polícia Federal investiga furto em palacete tombado na Glória

Publicada em 03/11/2011 às 23h31m

Fábio Vasconcellos fabiovas@oglobo.com.br






RIO - A Polícia Federal começou a investigar na quinta-feira o furto de peças de ferro fundido do Palacete São Cornélio, na Glória. Construído em 1862, o prédio é tombado desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O sumiço do material foi denunciado pelo Conselho Comunitário do bairro, que, em março, propôs ao Ministério Público Federal uma ação civil pública contra a Santa Casa de Misericórdia, dona do imóvel. Os moradores cobram melhorias no palacete, que está desocupado e com problemas como queda de reboco, infiltrações e pichações.



O palacete pertenceu ao comendador João Martins Cornélio, que doou o imóvel à Santa Casa, em 1894. A irmandade instalou no local um asilo em 1900. O prédio chegou a ser usado também pela Faculdade de Medicina Souza Marques, que deixou o local nos anos 2000. As duas peças furtadas, com cerca de 400 quilos, são um estátua de Atalanta, personagem da mitologia grega, e sua base de ferro. Ambas ficavam logo após o portão de entrada, cujo cadeado não foi arrombado.



 

Na quinta-feira, agentes da Delegacia de Combate aos Crimes contra o Meio Ambiente e a Patrimônio Histórico da PF estiveram no imóvel. Segundo integrantes do Conselho Comunitário do bairro, a estátua foi furtada na terça-feira. Na quinta-feira, os ladrões retornaram e levaram a sua base. Ambos fazem parte de uma coleção de arte francesa, com itens feitos de ferro, que estão distribuído por vários imóveis no Rio.



"

Essa é, infelizmente, uma tragédia anunciada. O prédio está fechado há uns cinco anos. Nesse período, o Iphan entrou com ações contra a Santa Casa, solicitando reparos no imóvel. Mas a Justiça é muito morosa

"

--------------------------------------------------------------------------------

- O prédio está abandonado. Essas peças têm grande valor histórico. O que causa surpresa é que a base de ferro pesa muito e não poderia ser levada facilmente. Dias atrás sumiram também oito estátuas de mármore de Carrara. Estão dilapidando o imóvel - disse José Marconi, integrante do Conselho Comunitário.



O superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade, disse que o órgão move ações contra a Santa Casa, exigindo que o imóvel, na Rua do Catete, seja protegido. Segundo ele, até quinta-feira, o Iphan tinha conhecimento apenas do sumiço da estátua e da base de ferro. Para Andrade, as duas peças poderão ser derretidas para ser vendidas no mercado de ferro do Rio.



- Essa é, infelizmente, uma tragédia anunciada. O prédio está fechado há uns cinco anos. Nesse período, o Iphan entrou com ações contra a Santa Casa, solicitando reparos no imóvel. Mas a Justiça é muito morosa. Daqui a dez anos, quando essas ações forem julgadas, provavelmente o prédio já terá caído.





A Santa Casa de Misericórdia informou na quinta-feira que vai pedir a quebra do contrato com a empresa Gespar, que alugou o imóvel há dois anos para instalar um hospital no local. Mas, desde então, o negócio está parado.



- Já acionamos o nosso advogado para retomarmos o palacete. Temos vários outros interessados em alugar o prédio - disse o provedor da Santa Casa, Dahas Zarur.



Em nota, a Gespar informou que o processo de restauração do prédio e de instalação do hospital está parado devido a problemas na documentação do Palacete São Cornélio. Segundo a empresa, ainda não foi localizado o registro do imóvel, documento necessário para a empresa dar prosseguimento ao pedido para restauração do prédio e da construção de um anexo. A empresa informou que aguarda a Santa Casa enviar documentos.




domingo, 30 de outubro de 2011

REPÚBLICA DESTROÇADA !



República destroçada

30 Out 2011

Espaço aberto

Marco Antonio Villa *
ESTADÃO


Em 1899 um velho militante, desiludido com os rumos do regime, escreveu que a República não tinha sido proclamada naquele mesmo ano, mas somente anunciada. Dez anos depois continuava aguardando a materialização do seu sonho. Era um otimista. Mais de cem anos depois, o que temos é uma República em frangalhos, destroçada.

Constituições, códigos, leis, decretos, um emaranhado legal caótico. Mas nada consegue regular o bom funcionamento da democracia brasileira. Ética, moralidade, competência, eficiência, compromisso público simplesmente desapareceram. Temos um amontoado de políticos vorazes, saqueadores do erário. A impunidade acabou transformando alguns deles em referências morais, por mais estranho que pareça. Um conhecido político, símbolo da corrupção, do roubo de dinheiro público, do desvio de milhões e milhões de reais, chegou a comemorar recentemente, com muita pompa, o seu aniversário cercado pelas mais altas autoridades da República.

Vivemos uma época do vale-tudo. Desapareceram os homens públicos. Foram substituídos pelos políticos profissionais. Todos querem enriquecer a qualquer preço. E rapidamente. Não importam os meios. Garantidos pela impunidade, sabem que se forem apanhados têm sempre uma banca de advogados, regiamente pagos, para livrá-los de alguma condenação.

São anos marcados pela hipocrisia. Não há mais ideologia. Longe disso. A disputa política é pelo poder, que tudo pode e no qual nada é proibido. Pois os poderosos exercem o controle do Estado - controle no sentido mais amplo e autocrático possível. Feio não é violar a lei, mas perder uma eleição, estar distante do governo.

O Brasil de hoje é uma sociedade invertebrada. Amorfa, passiva, sem capacidade de reação, por mínima que seja. Não há mais distinção. O panorama político foi ficando cinzento, dificultando identificar as diferenças. Partidos, ações administrativas, programas partidários são meras fantasias, sem significados e facilmente substituíveis. O prazo de validade de uma aliança política, de um projeto de governo, é sempre muito curto. O aliado de hoje é facilmente transformado no adversário de amanhã, tudo porque o que os unia era meramente o espólio do poder.

Neste universo sombrio, somente os áulicos - e são tantos - é que podem estar satisfeitos. São os modernos bobos da corte. Devem sempre alegrar e divertir os poderosos, ser servis, educados e gentis. E não é de bom tom dizer que o rei está nu. Sobrevivem sempre elogiando e encontrando qualidades onde só há o vazio.

Mas a realidade acaba se impondo. Nenhum dos três Poderes consegue funcionar com um mínimo de eficiência. E republicanismo. Todos estão marcados pelo filhotismo, pela corrupção e incompetência. E nas três esferas: municipal, estadual e federal. O País conseguiu desmoralizar até novidades como as formas alternativas de trabalho social, as organizações não governamentais (ONGs). E mais: os Tribunais de Contas, que deveriam vigiar a aplicação do dinheiro público, são instrumentos de corrupção. E não faltam exemplos nos Estados, até mesmo nos mais importantes. A lista dos desmazelos é enorme e faltariam linhas e mais linhas para descrevê-los.

A política nacional tem a seriedade das chanchadas da Atlântida. Com a diferença de que ninguém tem o talento de um Oscarito ou de um Grande Otelo. Os nossos políticos, em sua maioria, são canastrões, representam mal, muito mal, o papel de estadistas. Seriam, no máximo, meros figurantes em Nem Sansão nem Dalila. Grande parte deles não tem ideias próprias. Porém se acham em alta conta.

Um deles anunciou, com muita antecedência, que faria um importante pronunciamento no Senado. Seria o seu primeiro discurso. Pelo apresentado, é bom que seja o último. Deu a entender que era uma espécie de Winston Churchill das montanhas. Não era, nunca foi. Estava mais para ator de comédia pastelão. Agora prometeu ficar em silêncio. Fez bem, é mais prudente. Como diziam os antigos, quem não tem nada a dizer deve ficar calado.

Resta rir. Quem acompanha pela televisão as sessões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as entrevistas dos membros do Poder Executivo sabe o que estou dizendo. O quadro é desolador. Alguns mal sabem falar. É difícil - muito difícil mesmo, sem exagero - entender do que estão tratando. Em certos momentos parecem fazer parte de alguma sociedade secreta, pois nós - pobres cidadãos - temos dificuldade de compreender algumas decisões. Mas não se esquecem do ritualismo. Se não há seriedade no trato dos assuntos públicos, eles tentam manter as aparências, mesmo que nada republicanas. O STF tem funcionários somente para colocar as capas nos ministros (são chamados de "capinhas") e outros para puxar a cadeira, nas sessões públicas, quando alguma excelência tem de se sentar para trabalhar.

Vivemos numa República bufa.

A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário. Basta ler o Estadão todo santo dia. As notícias são desesperadoras. A falta de compostura virou grife. Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. Os corruptos já não ficam envergonhados. Buscam até justificativa histórica para privilégios. O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional - e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar - proclamando aos quatro ventos seu "direito" de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada.

Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido "Triste Bahia". Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil. Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: "Pobre te vejo a ti". É a melhor síntese do nosso país.

* HISTORIADOR, É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS(UFSCAR)





CÁOSBRAL E A SUA ESTUPUIDEZ, VAI DEMOLIR PRÉDIO HISTÓRICO DA PMERJ . . . ALÔ IPHAN ! . . .

DESTRUINDO A HISTÓRIA DO BRASIL E DEGRADANDO A PEMERJ ! . . .


29/10/2011 17h38 - Atualizado em 29/10/2011 17h45



Quartel da PM na Tijuca, no Rio, será primeiro a ser remodelado

Novo conceito deve atingir todos os batalhões até 2014.

No local será construída uma unidade com área de lazer para o público.

Do G1 RJ



5 comentários

O quartel da Polícia Millitar (PM) da Tijuca (6º BPM), na Zona Norte do Rio, será o primeiro do Estado a ser remodelado. O projeto vem sendo desenvolvido pela Secretaria da Casa Civil, em conjunto com a Secretaria de Segurança e o comando da Polícia Militar. O objetivo é reformar as instalações da corporação a partir da revisão do conceito de aquartelamento. As informações foram divulgadas neste sábado (29) no site do governo do estado do Rio.



O governador Sérgio Cabral já havia falado sobre o novo formato na última quinta-feira (27), durante a formatura de novos policiais militares, em Sulacap, na Zona Oeste. Cabral afirmou na ocasião que a medida vai permitir que os policiais fiquem mais nas ruas, atuando no policiamento ostensivo, e menos nos batalhões, em atividades administrativas.



No lugar de grandes batalhões com centenas de policiais, serão criadas companhias espalhadas pelos bairros, num formato muito semelhante ao das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O batalhão na Tijuca foi escolhido por causa do sucesso da implantação das UPPs do Andaraí, Borel, Formiga, Macacos, Salgueiro e Turano, informou o governo.



O atual prédio do 6º. Batalhão será demolido e em seu lugar será construída uma unidade administrativa, com previsão de área de lazer e esportes, aberta ao público.


A exemplo das UPPs, os novos postos serão construídos em módulos de alvenaria com estrutura metálica, com até dois andares e 300m², e serão comandados por um capitão.



O novo conceito da PM deve atingir todos os batalhões da corporação até 2014. Depois da Tijuca as unidades seguintes serão o Quartel Central da corporação, no Centro do Rio, e o Batalhão de Botafogo, na Zona Sul. Apenas os Batalhões de Choque e Operações Especiais (Bope) manterão o formato atual.



A idéia da transição dos quartéis da PM partiu do chefe do Estado-Maior Administrativo da PM, coronel Robson Rodrigues, que esteve no comando das UPPs por mais de um ano.



"Vamos realizar uma grande mudança e levar o estilo das UPPs para os bairros, usando toda a experiência adquirida com a implantação da polícia pacificadora nas comunidades. Nosso objetivo é o de aproximar a polícia da sociedade, saindo do atual modelo de polícia colonial, que gera medo e distanciamento", disse ele, de acordo com o site.



UPP na Mangueira

Também na quinta-feira (27), o governador informou que começa no dia 3 de novembro a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na Mangueira, na Zona Norte. Na sexta-feira passada (21), o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, já havia informado que a instalação da UPP na Mangueira aconteceria em aproximadamente duas semanas.



Três bases, onde vão funcionar a UPP, já estão quase prontas, faltando apenas montar o mobiliário e instalar os equipamentos da polícia. Segundo Beltrame, a UPP da Mangueira terá 403 policiais nas bases do Parque Candelária, Caixa D Água e Tuiuti.



Com a instalação de uma UPP na Mangueira, se fecha o cinturão de segurança do Maciço da Tijuca, que compreende também as comunidades dos morros do Turano, Salgueiro, Formiga, Andaraí, Borel, Macacos e São João. Todas são próximas ao Maracanã e Maracanãzinho, dois dos principais equipamentos esportivos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.