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terça-feira, 22 de setembro de 2009

O MORRO DA VIÚVA

O Morro da Viúva




22/09/2009 - 02:04
Enviado por: Paulo Pacini


JB



De sua curta estada no Rio de Janeiro, de 1557 a 58, Jean de Lery nos legou um depoimento extremamente valioso sobre a primitiva terra carioca, seus habitantes e costumes. Os conflitos e discordâncias entre seu grupo e Villegagnon, chefe dos colonos, os forçaram a deixar o forte na pequena ilha, indo se instalar em um lugar chamado "La Briqueterie", enquanto aguardavam transporte para retornar à Europa. Havia sido construída no local uma olaria, supostamente localizada no final da Praia do Flamengo junto a um morro, que teria sido, segundo algumas versões, batizado com o nome de Leripe, a partir daquele de Lery, que lá esteve.


Após a expulsão dos franceses, nos primórdios da colonização portuguesa, a Ordem Beneditina solicitou e recebeu em 1618 uma carta da Câmara concedendo um trecho do Morro do Leripe para a extração de todas pedras necessárias à construção da Igreja de N. Sª de Monserrate e do convento do Morro de São Bento no centro da cidade, obra que só terminaria na década de 1640. Ignorado por muitos anos, o antigo morro teria, no século XIX, seu nome mudado de Leripe para da Viúva, pois D. Joaquina Pereira de Barros, esposa do falecido Joaquim Gomes de Barros, era possuidora de muitas terras no local. Assim foi rebatizado e chegou até nossos dias.




Praia do Flamengo e o desimpedido Morro da Viúva em 1900




Um novo capítulo na história do morro seria escrito em 1863, durante a questão Christie, quando a prepotência de um diplomata inglês levou ao rompimento das relações entre Brasil e Inglaterra, com ameaça de apresamento dos navios brasileiros. Para combater os invasores, uma série de medidas defensivas foram tomadas, incluindo a construção de uma bateria de canhões no Morro da Viúva, a qual, felizmente, nunca chegou a ser usada.




Dez anos depois, o perigo não vinha mais dos mares e sim da terra, com a insuficiência do abastecimento de água. Para enfrentar o problema, foi construída a partir de 1876 uma nova adutora, que ia buscar o precioso líquido a mais de 50km de distância, na represa Rio d'Ouro, na Baixada. Para armazená-la foram construídos novos reservatórios na cidade, dentre eles o do Morro da Viúva, inaugurado em 1878 e funcionando por quase cem anos.




Quase invisível ao nível da rua, oculto pelos prédios ao seu redor, o Morro da Viúva fez parte de alguns dos episódios mais antigos na colonização das Américas e da história brasileira, em que pese sua discrição e quase anonimato.



domingo, 20 de setembro de 2009

BNDES PRESERVA A MEMÓRIA DO BRASIL

19h42



História fundiária é recuperada pelo BNDES



Acervo sobre terras no Rio passa por catalogação




Leia mais: Conheça parte dos documentos que serão restaurados

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/09/19/veja-lista-dos-documentos-historicos-que-serao-recuperados-pelo-bndes-no-rio-767687620.asp
Catalogação


História fundiária é recuperada pelo BNDES


Publicada em 19/09/2009 às 19h42


O Globo


RIO - Começa a ser salvo da deterioração um tesouro em forma de escrituras, plantas, atas, contratos e outros documentos históricos, que datam a partir do século XVIII, mostra reportagem publicada neste domingo pelo Globo. O volumoso acervo, acomodado improvisadamente em sete mil caixas (que em linha reta somam 980 metros), é alvo de um projeto de recuperação, financiado pelo BNDES. Uma tropa de choque, formada por arquivistas, restauradores e 16 estagiários, já está debruçada sobre o material, que pertence à Superintendência do Patrimônio da União (SPU-RJ), subordinado ao Ministério do Planejamento.







Os documentos vão passar ao longo de um ano por um cuidadoso tratamento técnico: higienização (parte do material apresenta fungos), identificação, catalogação e acondicionamento. A ideia é, após essas etapas, acomodar todo o acervo, que hoje se encontra dividido em dois imóveis do ministério, num único local.






O acervo guarda raridades, como documentos manuscritos, entre 1732 e 1832, como arbitramento de preços, assentamentos, demarcação, doação de terrenos ou venda. Parte deles se refere à região da Lagoa Rodrigo de Freitas e arredores, quando esses terrenos eram chácaras. Há ainda escrituras da compra de imóveis, como o Palácio do Catete (1911) e plantas de prédios públicos, como o Museu de Belas Artes (1937) e a Casa da Moeda (sem data).


19h44m


Conheça parte dos documentos que serão restaurados

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/09/19/veja-lista-dos-documentos-historicos-que-serao-recuperados-pelo-bndes-no-rio-767687620.asp

Sete mil caixas


Veja a lista dos documentos históricos que serão recuperados pelo BNDES no Rio


Publicada em 19/09/2009 às 19h44m


O Globo


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RIO - O volumoso acervo de documentos históricos, alvo do projeto de recuperação do BNDES, inclui, por exemplo, o arrendamento das chácaras da Lagoa Rodrigo de Freitas e das áreas onde estão hoje Leblon, Ipanema, Gávea e Jardim Botânico, que poderiam ser consideradas as "certidões de nascimento" desse trecho da Zona Sul. Veja a lista deste tesouro em forma de escrituras, plantas, atas e contratos.






Escrituras de imóveis - 1817 a 1920 (1.428 escrituras encadernadas em 24 volumes)


- Aquisição de propriedade localizada na Tijuca para conservar a pureza das águas do Rio Maracanã (1855)


- Construção do Arsenal de Marinha/RJ (1868-1873)


- Acqueduto da Carioca (1878)


- Estrada de Ferro Dom Pedro II (1898)


- Construção da Avenida Central (1904)


- Construção do Cais do Porto (1904)


- Construção do Prédio Sede do Banco do Brasil (atual CCBB)


- Construção do Observatório Nacional (1913-1920) em São Cristovão


- Aquisição do Palacete Itamaraty (1889), incluindo móveis e utensílios domés-ticos com a descrição de cada item.


Processos / Documentos textuais - 1779 - 1941


- Doação de terras a Alberto Santos Dumont - sítio Cabangú entre Estações Rocha Dias e Mantiqueira


- Translado dos autos do inventário da Fazenda Santa Cruz, sequestrada aos denominados Jesuítas - 1779


- Papéis referentes ao Instituto Benjamin Constant - 1872


- Prédio a rua do Catete nº 153 (Palácio Nova Friburgo), comprado ao Conselheiro Francisco de Paula Mayrink para residencia do Presidente da República - 1907


- Edifício da Alfândega - atual Casa França Brasil - 1911


- Companhia Predial e Saneamento do Rio de Janeiro referente ao pagamento de foro do terreno chácara do algodão situada na Lagoa Rodrigo de Freitas - 1925


- Estrada de Ferro do Corcovado - Termo de Entrega e Recibo dos Bens Móveis, Imóveis e demais pertences arrendados - 1925 a 1984


- Requerimento de Dona Lucrezia Maria Petrelli


- sobre a posse das terras da Chácara das Catacumbas sito a margem da Lagoa Rodrigo de Freitas.


Requerimento de José Gomes Duque Estrada p.p. sucessores de Camilo Antonio Lopes Marinho, pedindo que lhe sejam cobrados os arrendamentos em débito e concedida carta de aforamento do lote nº131, denominado Chácara das Catacumbas, da Fazenda da Lagoa Rodrigo de Freitas - 1925


- Construção do Porto de Niterói - 1933


- Instalação do Museu Imperial de Petrópolis - 1939


- Avaliação dos Bens da Lloyd Brasileiro S/A -1939


- Instalação do Porto Zootécnico em Piraí - 1940


- Aquisição de terreno pela Companhia Terrenos Quitandinha em Petrópolis - 1941


Atas


- Comissão Especial Revisora de Títulos - 1941- 1944, nos Municípios de; Piraí, Mangaratiba, Vassouras, Barra Mansa, Sepetiba etc.


- Conselho de Terras da União - 1944 - 1974


Contratos de empréstimos


- Estrada de Ferro Vitória - Minas - Sem Data


- Estrada de Ferro Itapura Corumbá - 1908-22


- Porto do Recife - 1908


- Estrada de Ferro de Goiás - 1909


- Empréstimos do Governo Imperial do Brasil - 1883


Cadastro e tombamento de patrimônios nacionais - 1931


- Levantamento do Morro de São Carlos - Sem Data


- Curato de Santa Cruz - 1929


- Reservatório do Morro de São Bento - 1924


- Caixa D'Água no Morro do Barro Vermelho - 1924


- Palácio Itamaraty - 1939


Título de arrendamento


- Fazenda Nacional de Santa Cruz - 1892-1901


Pareceres SPU


- Comissão de Organização, Instalação e Funcionamento do Ministério das Minas e Energia - 1964


- Levantamento aerofotográfico - 1959


Lagoa Rodrigo de Freitas (documento encadernado), 1732 - 1832, contendo informações sobre:


- Arbitramento de preços, assentamentos, demarcação, desmembramento, doação de terreno, venda etc.


- Escola Normal (anexa ao Jardim Botânico)


- Fábrica de Pólvora


- Capela Nossa Senhora das Cabeça, etc.


Plantas / Prédios públicos no Rio de Janeiro - 1928 - 1945


- Banco do Brasil - Sem Data


- Casa da Moeda - Sem Data


- Vila Operária Portugal - 1903


- Escola Nacional de Belas Artes - 1937


- Departamento Nacional de Estatística - 1932


- Colégio Pedro II - 1942


- Projeto da Vila Operária - 1943


- Ministério da Justiça, Negócios e Interiores - 1934