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quinta-feira, 25 de março de 2010

Troféu de guerra não se devolve. É crime de lesa-pátria.



Hoje, 25/03/10, num noticiário da Globo News em que o reporter comentou que a "Guerra do Paraguai" foi uma guerra em que o Paraguai enfrentou, sozinho, o Brasil, a Argentina e o Uruguai, fiquei sabendo que, por iniciativa do Ministério da Cultura, estamos em vias de devolver àquele país os troféus que conquistamos nos campos de batalha. Isso é uma indignidade, é um insulto aos incontáveis heróis que morreram pela causa brasileira.

Troféu de guerra não se devolve. Essa atitude de "bom-mocismo", como dizemos na caserna, dando barretadas com o chapéu alheio, demonstra, inclusive, uma profunda falta de cultura. É completo desconhecimento do que foi a "Guerra da Tríplice Aliança". É crime de lesa-pátria.


No Canadá, nos EUA, na Europa, em todo o mundo, os povos que têm valor exibem seus troféus com orgulho. Napoleão mandou fazer um obelisco com o bronze dos canhões prussianos tomados na batalha de Austerlitz.

Somente aqui, em virtude dessa praga ideológica que grassa entre nós e que insiste em se demorar, em total desrespeito aos feitos dos nossos antepassados e negando às gerações futuras o legado histórico que recebemos, conseguiram impingir ao povo um inexplicável sentimento de culpa. Passamos a ter vergonha de ser grandes, a renegar nossos heróis, a reescrever a História, a ter vergonha de ser felizes.

Oxalá não venhamos a devolver, no futuro, os canhões 88 que tomamos ao exército nazista nos campos da Itália e que hoje são exibidos em alguns dos poucos monumentos bélicos que temos.


Gen Div Mário Ivan Araújo Bezerra
Oficial-General Reformado

Promulgação da primeira Constituição Brasileira (1824).




25 Mar - Promulgação da



primeira Constituição Brasileira (1824).






Proclamada a Independência do Brasil, tornou-se indispensável dar contextura política ao nosso País.






Para isso, foi outorgada, no dia 25 de março de 1824, a Primeira Constituição do Brasil e, como não poderia deixar de ser, trouxe em seu bojo dispositivos de ordem político-eleitoral.



Apesar de ser antidemocrática, a primeira Constituição do Brasil foi a que mais tempo durou.






Por ela, o voto era Censitário: só podia votar quem tivesse uma renda mínima de cem mil réis anuais.






Para ser votado, a renda era maior ainda.






E as eleições indiretas.






O trabalhador estava excluído desse processo.






O Poder Legislativo era formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Vitalício (o senador era escolhido pelo Imperador e ficava no cargo até morrer).






O Poder Judiciário, os juízes dos tribunais eram nomeados pelo Imperador.






O Poder Executivo, você já sabe quem o exercia, o Imperador.






Tinha ainda o Poder Moderador, que dava ao Imperador o direito de fechar a Assembléia Geral, demitir juízes do Supremo Tribunal e convocar tropas, quando se sentisse prejudicado.






Nesta Constituição, a Igreja Católica foi oficializada através do Padroado: os bispos passaram a ser pagos pelo Imperador, que também os nomeava.






O direito de votar era complicadíssimo e castrador. Havia um eleitor que escolhia um outro eleitor para votar nos deputados e senadores.






Vejamos:






Tinha o eleitor chamado de Paróquia, que para essa modalidade precisava de uma renda mínima de 100.000$000 (cem mil réis) ao ano, para poder votar no outro eleitor chamado de Província; Eleitor de Província tinha que ter uma renda anual de no mínimo 200.000$000 (duzentos mil réis), para votar nos deputados e senadores; Para ser deputado era exigida uma renda mínima anual de 400.000$000 (quatrocentos mil réis) e receber os votos dos eleitores de Província; Os senadores eram em número de três por Província (hoje Estado), que para serem eleitos precisavam ter uma renda anual de no mínimo 800.000$000 (oitocentos mil réis) e receberem os votos do eleitor de Província. Sendo que um dos três senadores seria indicado pelo Imperador.






A Constituição do Império do Brasil pode, assim, ser considerada o marco inicial da evolução do Direito Eleitoral do nosso País, muito embora não se desconheçam anteriores disposições eleitorais, quando o Brasil ainda pertencia ao Reino de Portugal, as quais não trataremos no presente trabalho, como anteriormente foi advertido.






A primeira instrução eleitoral foi baixada por decreto e, a rigor, deve ser considerada como a primeira lei eleitoral do Brasil.






Entrou em vigor um dia após a outorga da Constituição e vigorou por mais de vinte anos.





FONTE:



PRESERVANDO A HISTÓRIA E DEMOCRATIZANDO A CULTURA



Retrofit


Escola Darcy Ribeiro ganhará cinema fechado e também ao ar livre


Publicada em 24/03/2010 às 23h24m


Jacqueline Costa

O GLOBO

RIO - Depois de anos com as janelas cobertas e transformadas em um grande paredão de gesso, a luz natural voltará a entrar no gigantesco salão térreo da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na esquina das ruas Primeiro de Março e da Alfândega.

Após uma grandiosa reforma que está prevista para começar até outubro, parte desse espaço de 600 metros quadrados será transformado em uma sala de projeções para 250 pessoas.


O projeto de reforma total do prédio é assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e promete integrar estudantes e visitantes.


O terraço, que dá direito a vista para a Baía de Guanabara, abrigará um restaurante e uma área de projeções ao ar livre. A tela será a parede de um prédio vizinho.


No total, o retrofit (técnica de arquitetura em que se mantém a fachada, modernizando a parte interna do imóvel) custará R$ 12 milhões. Irene Ferraz, diretora da escola, diz que a reforma vai incluir também as partes elétricas e hidráulicas, além de toda a fachada.


A partir do início das obras, o projeto levará três anos para ser concluído, exatamente quando a escola completará uma década.


Irene lembra que quando recebeu as chaves do imóvel, em 2001, o lugar estava em estado deplorável. No mês passado, uma placa de mármore se desprendeu da fachada e, por sorte, não atingiu ninguém na calçada. Irene quer transformar a construção, que fica em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), num templo do audiovisual.


" Ao fim dessa obra, teremos inserido neste pólo cultural do Centro do Rio a maior sala de cinema da área da Candelária "


- Estava em péssimo estado de conservação, com intensas infiltrações ocasionadas por águas pluviais, além da ameaça de invasão por moradores de ruas e entulhos.


Ao fim dessa obra, teremos inserido neste pólo cultural do Centro do Rio a maior sala de cinema da área da Candelária, legitimando a importância desse projeto - conta Irene.


A construção do edifício-sede foi concluída em 1926. Era mais um banco estrangeiro que vinha se juntar aos já existentes nas Ruas da Alfândega e Quitanda.


A concentração de estabelecimentos bancários estrangeiros naquela época justificava-se por três razões: a proximidade com as instalações portuárias do Rio, por onde fluía a exportação de café; a vizinhança com o Banco do Brasil, na época situado na Travessa Candelária; e os vultosos empréstimos do exterior.


Em plena Segunda Guerra, o imóvel foi incorporado ao patrimônio da União e, depois, entregue aos Correios e Telégrafos.


Em janeiro de 2001, a instituição cedeu-o ao Instituto Brasileiro de Audiovisual, entidade mantenedora da Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Hoje a escola de cinema tem entre os professores nomes respeitados do cinema nacional, como Ruy Guerra e Walter Lima Jr.

LARANJEIRAS: CASAS CASADAS


Enviado por Renata Leite -
25.3.2010
10h36m



Exemplos da arquitetura neoclássica no Rio, as Casas Casadas, na Rua Leite Leal, são alvo de um impasse entre a Secretaria municipal de Cultura e a Associação de Moradores e Amigos de Laranjeiras (Amal).


O conjunto de seis residências autônomas, construído em 1883 e tombado pela prefeitura em 1994, já esteve em ruínas, mas, por pressão de moradores do bairro, passou por reformas, com a promessa de se tornar um centro cultural.


Hoje, abriga a RioFilme, o Espaço Rio Carioca (com café e livraria) e salas de cinema inativas. Muito pouco, na opinião da Amal.


- Desde que houve a reforma, não tivemos oportunidade de entrar para ver como ficou o espaço.


A ideia não era que as Casas Casadas se tornassem uma repartição pública - critica Marcus Vinícius Seixas, presidente da Amal, referindo-se à ocupação por parte da distribuidora municipal de cinema.


A associação pleiteia, junto à secretária Jandira Feghali, que algumas salas do conjunto neoclássico sejam disponibilizadas a população.

terça-feira, 23 de março de 2010

PROVIDÊNCIA: O MORRO ONDE NASCEU A FAVELA


O morro onde nasceu a favela


Soldados que voltaram de Canudos foram os primeiros moradores




O Morro da Providência é o marco zero das favelas cariocas.


Foi ali que elas nasceram.


Segundo o site "Favela tem memória", os primeiros casebres surgiram em 1893, depois da demolição do maior cortiço do Rio, o Cabeça de Porco, no Centro.


Seus moradores teriam levado os restos das construções para o Morro da Providência, erguendo os primeiros barracos na encosta.


Para o historiador Milton Teixeira, no entanto, o início da ocupação ocorreu quatro anos depois, em 1897, quando soldados que haviam participado da Guerra de Canudos, no interior da Bahia, se instalaram no morro, levando para lá um nome que ficaria gravado na memória do Rio.


- Em Canudos, os soldados tinham ficado numa região chamada Morro da Favela, que tinha esse nome devido a uma planta leguminosa conhecida como faveleiro.


Quando chegaram aqui, eles rebatizaram aquele lugar como Morro da Favela.


Mais tarde, a palavra favela passou a definir todas as aglomerações de casarios nas encostas - afirma Teixeira.


Localizada entre Santo Cristo e Gamboa, a região, esquecida pela cidade formal, foi aos poucos ganhando visibilidade nas artes.


Em 1916, foi lançada a música "Morro da Favela".


Em 1924, Tarsila do Amaral pintou "Morro da Favela", inspirado na comunidade da Providência. Humberto Mauro filmou, em 1935, "Favela dos meus amores", quase inteiramente rodado na Providência.


No início do século passado, o Morro da Providência foi importante reduto de mão de obra para a remodelação da cidade e a construção do porto.


Hoje, mais de cem anos depois, a comunidade pode ser beneficiada pelas obras de revitalização da Zona Portuária, na região central da cidade, que devem ser iniciadas esta semana.


De acordo com Milton Teixeira, o Morro da Providência e arredores reúnem preciosidades históricas.


A Capela da Penha, no alto da favela, guarda uma cruz trazida de Canudos e uma imagem de São Benedito, datada do século XVIII.


A favela abriga também um reservatório de água de 1880.

LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA É O DUQUE DE CAXIAS


23 Mar - Luís Alves de Lima e Silva é agraciado com o título de duque, o mais elevado grau nobiliárquico do Império.


Foi o único brasileiro que recebeu essa distinção (1869).

segunda-feira, 22 de março de 2010

A RUA DO PASSEIO

A Rua do Passeio


22/03/2010 - 07:19 Enviado por: Paulo Pacini


Durante longo período, a comunicação entre a cidade do Rio de Janeiro e sua periferia foi limitada por vários obstáculos naturais, como pântanos e morros.

O acesso por terra à zona sul no século XVII, por exemplo, só era possível através de uma rota que, iniciando junto à ermida de N. Sª da Ajuda, aproximadamente na esquina da rua Evaristo da Veiga com a Cinelândia, contornava a lagoa do Boqueirão, onde é o Passeio Público, seguindo pelas atuais ruas da Lapa e Catete.

Este caminho chamou-se inicialmente Ilharga da Ajuda, mas foi logo conhecido como Caminho do Boqueirão.

Um endereço nada atraente, pois a área era um depósito de imundícies e criadouro de mosquitos.

Só morava no local quem não dispunha de melhor opção.

Tudo mudaria a partir de 1783, quando surge o Passeio Público, construído sobre o aterro da lagoa.

Verdadeira jóia do Mestre Valentim, o Passeio conferiu outra dignidade à região, procurada por poderosos e abastados.

Como ninguém queria se lembrar do que antes existia, o Caminho do Boqueirão mais uma vez mudou seu nome, desta vez para Rua do Passeio.



Biblioteca Nacional e Cassino Fluminense, início do século XX


Nela foi instalada, a partir de 1808, a Biblioteca Real, atual Nacional, a primeira do Brasil.


Permaneceu nesse endereço até a construção da sede na Av. Rio Branco, inaugurada em 1910, e no lugar do prédio original está a Escola de Música da UFRJ.


Na esquina com a rua das Marrecas ficava a casa do Conde da Barca, antigo ministro de D. João VI.


Em sua morada nasceu a Impressão Régia, origem da atual Imprensa Nacional, e também o primeiro jornal do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, no mesmo ano de 1808.


Em meados do século XIX abrigou duas secretarias do Império, Exterior e Justiça, no mesmo local do prédio do antigo cinema Metro-Boavista.
Ao lado da biblioteca, ficava o antigo Cassino Fluminense, inaugurado em 1860, com projeto do arquiteto Araújo Porto Alegre.


Um dos principais centros de diversão no século XIX, tornou-se em 1910 o Clube dos Diários, que trabalhavam no Rio mas moravam em Petrópolis, indo e vindo cotidianamente.


Em 1924, passa a sediar o Automóvel Clube do Brasil, adquirindo uma dimensão política, pois é onde todos candidatos à presidência da República são apresentados, até 1930.


O antigo prédio foi até locação de filme, na chanchada "O Homem do Sputinik", de 1959, com Oscarito e Norma Bengell, que faz uma divertida paródia de Brigitte Bardot.


Mas o episódio mais importante ocorreu em 30 de março de 1964, quando o presidente João Goulart fez seu último discurso, durante o aniversário da Associação dos subtenentes e sargentos da Polícia Militar.

Tentando se equilibrar entre a necessidade de reformas de cunho social e a legalidade, sua intervenção foi vista como mais uma provocação pelos militares.


No dia seguinte, iniciava o longo período de ditadura, só terminando em 1985.


Cenário de vários episódios de nossa história, o Automóvel Clube é um dos poucos sobreviventes da Rua do Passeio, berço insuspeito de algumas das mais importantes instituições brasileiras.