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terça-feira, 23 de março de 2010

PROVIDÊNCIA: O MORRO ONDE NASCEU A FAVELA


O morro onde nasceu a favela


Soldados que voltaram de Canudos foram os primeiros moradores




O Morro da Providência é o marco zero das favelas cariocas.


Foi ali que elas nasceram.


Segundo o site "Favela tem memória", os primeiros casebres surgiram em 1893, depois da demolição do maior cortiço do Rio, o Cabeça de Porco, no Centro.


Seus moradores teriam levado os restos das construções para o Morro da Providência, erguendo os primeiros barracos na encosta.


Para o historiador Milton Teixeira, no entanto, o início da ocupação ocorreu quatro anos depois, em 1897, quando soldados que haviam participado da Guerra de Canudos, no interior da Bahia, se instalaram no morro, levando para lá um nome que ficaria gravado na memória do Rio.


- Em Canudos, os soldados tinham ficado numa região chamada Morro da Favela, que tinha esse nome devido a uma planta leguminosa conhecida como faveleiro.


Quando chegaram aqui, eles rebatizaram aquele lugar como Morro da Favela.


Mais tarde, a palavra favela passou a definir todas as aglomerações de casarios nas encostas - afirma Teixeira.


Localizada entre Santo Cristo e Gamboa, a região, esquecida pela cidade formal, foi aos poucos ganhando visibilidade nas artes.


Em 1916, foi lançada a música "Morro da Favela".


Em 1924, Tarsila do Amaral pintou "Morro da Favela", inspirado na comunidade da Providência. Humberto Mauro filmou, em 1935, "Favela dos meus amores", quase inteiramente rodado na Providência.


No início do século passado, o Morro da Providência foi importante reduto de mão de obra para a remodelação da cidade e a construção do porto.


Hoje, mais de cem anos depois, a comunidade pode ser beneficiada pelas obras de revitalização da Zona Portuária, na região central da cidade, que devem ser iniciadas esta semana.


De acordo com Milton Teixeira, o Morro da Providência e arredores reúnem preciosidades históricas.


A Capela da Penha, no alto da favela, guarda uma cruz trazida de Canudos e uma imagem de São Benedito, datada do século XVIII.


A favela abriga também um reservatório de água de 1880.

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