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sábado, 17 de outubro de 2009

Homilia de Dom José Palmeiro Mendes, OSB, Abade emérito do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, na Antiga Sé, 17 de outubro de 2009

MISSA POR OCASIÃO DOS 180 ANOS

DO CASAMENTO DE

D. PEDRO I E D. AMÉLIA DE LEUCHTEMBERG


190 ANOS DO NASCIMENTO DA

RAINHA D. MARIA II











Estamos aqui rezando uma missa em ação de graças. Porque motivo dar graças a Deus? Ouvimos, já na antífona de entrada desta missa, São Paulo exortar aos efésios e a nós: "Cantai e salmodiai ao Senhor em vossos corações, daí sempre graças a Deus Pai por todas as coisas". Sim, sempre temos motivos de agradecimentos a Deus, sendo inúmeros seus benefícios. Infelizmente muitas pessoas se dirigem ao Senhor apenas para pedir favores e reclamar da vida e esquecem de agradecer tantas coisas que receberam.É o que vimos inclusive no episódio dos leprosos no evangelho recém proclamado (Lc 7, 11-19). Ora, se agradecemos a Deus o que aconteceu (mesmo as cruzes de nossa existência, que sempre tem um sentido providencial, quanto mais as coisas boas!) - tudo é graça - estamos reconhecendo, ao menos implicitamente, que ele é a fonte de todas as coisas que recebemos, que somos fracos, que dependemos dele, que ele é bom e misericordioso. E este reconhecimento humilde atrai novos favores sobre nós.


Por outro lado, a algumas pessoas pode talvez parecer estranho que estejamos aqui expressando a Deus nosso louvor e ação de graças pelos 180 anos do casamento do nosso primeiro imperador, Dom Pedro I, com Dona Amélia de Leuchtenberg e pelos 190 anos do nascimento da princesa Dona Maria da Glória, depois D. Maria II, Rainha de Portugal. Ora, a Família Imperial Brasileira, como toda família soberana, representa, encarna, a História do país, o seu passado de lutas e glórias, as suas tradições; representa também o seu futuro, as esperanças, no caso, de um Brasil melhor. Uma família real, se diz com razão, chega a ser um pouco a nossa família, a família de cada cidadão do país, tais os laços, inclusive afetivos, que se criam entre o povo e a família real, mesmo não reinante. Isto pode estar esquecido de muita gente, no mundo secularizado em que vivemos, em que não se cultua mais a tradição, a história do país, mas é isso mesmo. Graças a Deus ainda há um 'pequeno rebanho' no Brasil que cultiva a História e as tradições imperiais. Há um mês atrás assistimos aqui no Rio de Janeiro uma palestra comemorando o centenário de nascimento do saudoso Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, descendente de Dom Pedro I e Dom Pedro II e representante dos princípios monárquicos no Brasil por 60 anos. O conferencista, dr. Adolpho Lindenberg, recordou o que representava este Príncipe e salientou, com razão, ter sido ele Imperador do Brasil, sendo apenas um detalhe não muito importante o fato de nunca ter reinado efetivamente. Enfim, "é bom e justo, é nosso dever e salvação" recordar os eventos importantes da História do nosso país e da história daqueles grandes vultos que amamos e respeitamos. Daí ter sido bela a iniciativa do Circulo Monárquico do Rio de Janeiro, tendo à frente dona Leda Machado, de promover esta celebração.


Recordamos em primeiro lugar o segundo casamento de Dom Pedro I. Viúvo desde dezembro de 1826 de Dona Leopoldina, a nossa grande primeira imperatriz, quis casar uma segunda vez. Contava apenas 28 anos e ficara com 5 filhos pequenos. Não foi fácil, suas pretensões sendo repelidas por vários monarcas europeus, à vista da péssima reputação que tinha como marido. Havia também razões políticas para isso, o nosso soberano não tendo a simpatia do poderoso chanceler austríaco, príncipe de Metternich. Recebeu enfim oito recusas das côrtes da Baviera e do Wurtemberg, do Piemonte e das Duas Sicílias.Tinha que ser uma princesa e além do mais bonita, virtuosa e culta... Graças aos esforços do visconde de Pedra Branca (o pai da célebre e tão simpática, embora caluniada, condessa de Barral), diplomata residente em Paris, e com o auxílio do coronel Antonio Fortunato de Brack, da antiga guarda imperial napoleônica, surgiu em 1828 o nome da jovem princesa Amélia de Leuchtenberg. Era filha de Eugenio de Beauharnais (na época já falecido), filho por sua vez de um primeiro casamento da imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, que por isso perfilhara Eugenio de Beauharnais, dando-lhe o título de príncipe francês. Foi depois vice-rei da Itália e príncipe de Veneza e enfim, concluída a aventura napoleônica, foi criado duque de Leuchtenberg e príncipe de Eichstädt, na Baviera. Ele tinha casado com a princesa Augusta Amélia da Baviera, filha do rei Maximiliano I (e irmã do rei Luis I, que vai ser o trisavô de nossa princesa Dona Maria da Baviera, viúva de D. Pedro Henrique e mãe de D. Luiz). As negociações visando o casamento se prolongaram. Amélia consultada, depois de quatro dias de reflexão, concordou em casar com o imperador do Brasil. Dom Pedro, sabendo por todos os testemunhos que recebeu, da beleza da jovem, a pede oficialmente em casamento e a 30 de maio de 1829 é assinado o contrato nupcial. Dia 2 de agosto (dois dias depois da princesa ter completado 17 anos) é celebrado por procuração, o casamento na Capela do Palácio da Duquesa de Leuchtenberg, em Munique, oficiando o Núncio Apostólico na Baviera, Mons. Charles Mercy d´Argenteau. O noivo é representado pelo tio da princesa Amélia, o príncipe Carlos Teodoro da Baviera. Estão presentes o marquês de Barbacena, a quem será confiada a imperatriz recém casada, e o marquês de Resende, ministro do Brasil junto a Corte de Viena. Interessante, D. Pedro dera ordens que nada se poupasse para o brilho dos esponsais em Munique. Amélia, porém, preferiu um casamento com simplicidade e pediu que aquilo que se iria gastar em festas e luxo efêmero fosse distribuído entre noivas pobres. Enfim, parte poucos dias depois para a Inglaterra, onde é aguardada por três fragatas brasileiras e encontra sua enteada, a rainha de Portugal, D. Maria II (que estava com dez anos). Viajam juntas ao Brasil. Dia 16 de outubro chegam ao Rio de Janeiro. Imediatamente Dom Pedro I vai a bordo do navio. Fica deslumbrado com a esposa. E ela por ele. No dia seguinte, ou seja, exatamente hoje a 180 anos atrás, a esta hora,10h, o Imperador vai a bordo da fragata "Imperatriz" e conduz Dona Amélia ao cais, onde é aguardada por grande massa de povo, apesar da chuva torrencial que caia sobre o Rio de Janeiro. Agrupavam-se também no Arsenal de Marinha os elementos mais representativos da Corte, ministros de Estado, corpo diplomático, altos funcionários do paço, todos em uniforme de gala. Toma Dona Amélia um coche puxado por oito cavalos brancos, dirigindo-se à Capela Imperial, ou seja, o local em que estamos. Pelas ruas é aplaudida com entusiasmo pelo povo. Pelas 2 horas da tarde aqui chega, sendo recebida pelo bispo do Rio de Janeiro, D. José Caetano da Silva Coutinho, e o seu cabido. Encaminha-se com o Imperador até os tronos colocados junto ao altar-mor. Ajoelhados, recebem a bênção nupcial, seguindo-se a santa missa e concluindo com um Te Deum, com música do próprio Dom Pedro. Finda a cerimônia religiosa, banda militar executa o Hino Nacional e as fortalezas saúdam com 101 tiros. Em cortejo vão os imperadores até a Quinta da Boa Vista. Ali Dona Amélia tem um primeiro contato com os demais filhos de Dom Pedro I. Abraça ternamente a cada um. Será na verdade mãe de todos eles e mais tarde, já na Europa, também da pequena duquesa de Goiás, a filha de D. Pedro com a marquesa de Santos. Todos a chamam de mãe e seus filhos - como a nossa Princesa Isabel - a chamam de avó.


Não é caso de deter-nos mais na vida que levam a seguir os dois esposos. D. Amélia terá um benéfico influxo na vida de seu impulsivo marido. De fato, o imperador vai viver só cinco anos. Os acontecimentos se precipitam: impopular no Brasil, no meio de dificuldades de ordem política e pensando nos direitos portugueses de sua filha D. Maria II, ele abdica a 7 de abril de 1831 e parte com sua esposa e a rainha menina para a Europa uma semana depois, dia 14. Dona Amélia, portanto, viveu no Brasil apenas um ano e meio. Como duque de Bragança D. Pedro entra na política portuguesa, pondo-se à frente da causa liberal. D. Amélia e D. Maria II ficam no exílio, sobretudo na França. Ali, em dezembro de 1831, nasce sua filha, a princesa Dona Maria Amélia. Com a entrada em Lisboa das tropas liberais, D. Pedro chama sua esposa e ela chega na capital portuguesa a 22 de setembro de 1833. Só um ano tinha ainda D. Pedro de vida, eis que morre no Palácio de Queluz a 24 de setembro de 1834.


Sobre Dona Amélia, tem que se reconhecer que humanamente ela levou uma vida de muitos sofrimentos.Com 11 anos perdeu o pai; imperatriz do Brasil por ocasião do casamento, perde este título com a abdicação do marido três anos depois; passa um largo tempo exilada e longe do marido, só indo com ele encontrar-se em 1833. No ano seguinte perde o esposo amado (viúva com apenas 22 anos) e poucos meses depois o irmão, o príncipe Augusto, que tinha casado com D. Maria II. Verifica-se um estremecimento de relações com a enteada rainha. Vive para a filha Maria Amélia, princesa belíssima e prendada, mas de 1850 a 1853 acompanha a lenta e implacável doença da filha, que morre com edificante piedade cristã na ilha da Madeira com apenas 21 anos. No mesmo ano morre D. Maria II. Fica Dona Amélia muito ligada ao neto, o rei D. Pedro V e sua esposa D. Estefânia, mas ambos tem morte prematura. Sua profunda fé cristã porém sempre a acompanhou. Dedicava-se muito a obras de caridade. Viveu retirada no chamado Paço das Janelas Verdes, em Lisboa, que tinha mais de convento religioso do que de palácio real. Ali vai receber a visita do conde d´Eu a caminho do Brasil, onde casará com a Princesa Imperial; ali depois recebeu a neta Dona Isabel em viagem de núpcias e enfim, em 1871 o filho Dom Pedro II, com quem sempre se correspondia. Cercada de meia dúzia de incansáveis amigos, ali morre no início de 1873. Será sepultada no Panteon da Casa de Bragança na Igreja de São Vicente de Fora, ao lado de D. Pedro I. Desde 1982 seus restos repousam no Brasil, no Monumento do Ipiranga, em S. Paulo, junto aos de D. Pedro I e de D. Leopoldina. Será um sonho, imaginar a construção de uma grande Necrópole Imperial, talvez aqui no Rio de Janeiro ou em Petrópolis, onde repousariam mais dignamente do que hoje (em S. Paulo, Petrópolis, aqui no Convento de Santo Antonio e em Vassouras, em Dreux na França e em Coburgo na Alemanha) nossos Imperadores e todos os demais membros da Família Imperial Brasileira? A lembrança de D. Amélia permanece viva na Família Imperial, tanto que o príncipe Dom Antonio deu o nome da imperatriz a uma de suas filhas. O príncipe Dom Luiz escreveu também um belo texto sobre D. Amélia numa de suas mensagens de Natal, texto que foi reproduzido agora pelo Círculo Monárquico no convite para esta missa.


No decorrer destas palavras, já foi mencionada a rainha D. Maria II de Portugal. Uma referência final ainda a esta soberana, de que se comemoram os 190 anos de nascimento. Nascida princesa Dona Maria da Glória, foi a primogênita do então Príncipe Real Dom Pedro de Alcântara e de Dona Leopoldina. Nasceu no Palácio de São Cristóvão a 4 de abril de 1819,um Domingo de Ramos, ou seja, quando estava ainda no Brasil seu avô Dom João VI. Nesta igreja em que estamos, então Capela Real, foi batizada dia 3 de maio, seguindo-se missa solene encomendada pelo Senado da Câmara na Igreja de S. Francisco de Paula. D. João VI, muito devoto de Nossa Senhora, levou a netinha dia 21 de junho ao Outeiro da Glória, colocando-a sob a maternal proteção da Virgem Santíssima. Muitas vezes depois D. Pedro levou D. Maria da Glória em visita ao Outeiro, Em março de 1826 morreu o avô em Lisboa e no dia 2 de maio o pai abdicou ao trono português em seu favor. Dona Maria II, rainha menina de 7 anos. Ela, a 5 de julho de 1828 viaja, menina de 9 anos, mas muito desembaraçada, para a Europa, acompanhada pelo já mencionado marquês de Barbacena, que vai também com a missão de obter uma segunda esposa para o Imperador. Não dando certo os planos iniciais, ela vai para a Inglaterra e depois, como dissemos, volta ao Brasil com D. Amélia, sua madrasta, a quem de fato nunca considerará mãe, mas companheira e amiga. Deixará em definitivo o Brasil na companhia do pai a 14 de abril de 1831. Não vamos traçar aqui sua biografia. É caso de lembrar apenas que foi declarada maior com apenas 15 anos, a 19 de abril de 1834. Uma lei de 30 de outubro do ano seguinte vai tirar-lhe qualquer direito ao trono do Brasil. Seu governo em Portugal foi polêmico e tumultuado. Tinha o autoritarismo do pai, muito ciosa de suas prerrogativas. Morre contando apenas 34 anos, pouco menos que o pai na data de seu falecimento. Mas envelhecera muito. Interessante, morreu num 15 de novembro, data fatídica pois para a Casa de Bragança, do ano de 1853. Casou em segundas núpcias com o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, Dom Fernando II, rei honorário de Portugal, príncipe caseiro, sensível e delicado.Assimilou bem os costumes portugueses, identificando-se muito com o povo. Será o padrinho de batismo de nossa Princesa Isabel. Dom Pedro II será muito afeiçoado a ele.


Prezados amigos, por aqui paro. Penso ter avivado em todos a recordação de D. Pedro I, D. Amélia, Dona Maria II. Isto permitirá a todos unir-se mais intimamente às intenções desta santa missa, cuja celebração vamos agora prosseguir.






Homilia de Dom José Palmeiro Mendes, OSB, Abade emérito do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, na Antiga Sé, 17 de outubro de 2009

REVITALIZAÇÃO DA FERROVIA RIO - PETRÓPOLIS


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DIA DO PROFESSOR







 



O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.







No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.







Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.







Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.







O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.







A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".













quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CÍRCULO MONÁRQUICO DO RIO DE JANEIRO - 20 ANOS


A RUA DA CADEIA

14/10/2009 - 01:46
Enviado por: Paulo Pacini

JB





É um fato básico da vida a presença do bem e do mal em todo universo, incluindo o âmago de cada um. Mesmo que tal possa ser uma ilusão criada pela mente humana e projetada sobre o mundo, a vida em comunidade exige o gerenciamento das ações consideradas maléficas, em nome da sobrevivência do grupo. Daí a criação do sistema judiciário e seus diversos tentáculos, como polícia, tribunais e prisões.

Não foi outra a situação enfrentada pelos colonizadores do Rio. Mesmo quando provisoriamente no Morro Cara de Cão, antes da criação do núcleo urbano, delitos eram cometidos e punidos, surpreendentemente em um grupo que deveria permanecer coeso para enfrentar um inimigo comum. Tendo sido expulsos os franceses, uma das primeiras providências foi a construção de uma cadeia na cidadela do Morro do Castelo, conjugada com a Câmara dos representantes. À medida que a várzea abaixo ia sendo conquistada, fizeram-se as primeiras gestões para erigir-se uma nova cadeia, que evitaria a subida ao Castelo. A autorização só ocorreu em 1639. O local escolhido localizava-se onde é hoje o Palácio Tiradentes, ao lado da Ermida de São José. As obras se arrastaram por quase um século, pela má qualidade da construção e modificações no projeto, só terminando em 1747.











Assembléia, antiga rua da Cadeia,
início da Via Dolorosa de Tiradentes



A rua em frente, aberta durante o século XVII e dirigindo-se para o interior, acabou recebendo no nome de Rua da Cadeia, e continuava como caminho até a lagoa de Santo Antônio, no futuro Largo da Carioca. Com a drenagem da área, que levou décadas, a rua pôde ser plenamente ocupada, e seu trajeto foi definido em meados do século XVIII.

Chegando a Côrte, em 1808, o prédio foi requisitado, e os presos da Cadeia Velha transferidos para a prisão do Aljube, na rua do Acre. Em 1823, já com o Brasil independente, reunia-se no local a primeira Assembléia Constituinte, fato que acabou conferindo um novo significado para o antigo prédio, como da Assembléia. Por efeito indutivo, a rua da Cadeia acabou se transformando em rua da Assembléia, mas só em 1853, nome que permaneceu até os dias de hoje.

A Cadeia e a rua da Assembléia encontram seu maior significado com a Inconfidência e a prisão de Tiradentes. De lá saiu o mártir rumo ao patíbulo, e, após a demolição do antigo prédio em 1922, foi dado seu nome à então Câmara dos Deputados, em homenagem ao personagem central do episódio talvez mais simbólico de toda história brasileira.





segunda-feira, 12 de outubro de 2009

o casamento de Dona Isabel de Orleans e Bragança com o Conde Alexander de Stolberg-Stolberg

Hildegard Angel

Jornal do Brasil






No Rio, a maior revoada de coroados de nossa História!


Vai ser espetacular, com pompas e elegâncias das famílias reais, o casamento no Rio de dona Isabel de Orléans e Bragança e o conde Alexander de Stolberg-Stolberg. Marcado para às 19h30, o Sim acontece dia 16, no Outeiro da Glória, seguindo a tradição dos Orléans e Bragança que só casam lá...

Será a união de duas Casas Reais e por isso mesmo é esperado no Rio um número inédito de membros da realeza e da nobreza européia. Certamente a maior revoada de coroados da História do Brasil! Entre os que já confirmaram a presença, dom Duarte de Bragança, o duque de Bragança, chefe da Casa Real de Portugal; o príncipe Jean d’Orléans, duque de Vêndome e herdeiro do trono francês; os príncipes de Merode, Aremberg, Stolberg, Baviera, Bourbon Parma (entre eles, a sobrinha da rainha Beatrix, da Holanda), boa parte da aristocracia da Bélgica, da Alemanha e de outros países, uauau!...

Agora vou falar um pouco sobre os noivos. A princesa dona Isabel é filha de dona Maria da Graça de Siqueira Carvalho Baère de Araújo e Orléans e Bragança e de dom Fernando Diniz, o sexto filho e o quinto varão de dom Pedro Henrique, de jure (‘pelo direito’, como dizem os nobres) dom Pedro III do Brasil. Isto é: ela é sobrinha de dom Luiz, de jure dom Luiz I do Brasil, atual chefe da Casa Imperial do Brasil...

Dona Isabel formou-se em psicologia na PUC do Rio e é pós-graduada. Hoje trabalha num banco belga, em Bruxelas. E o vestido dela terá grife de Guilherme Guimarães, o estilista de nossas princesas imperiais reais...

Já o conde principesco de Stolberg-Stolberg, Alexander Stolberg, nasceu em Frankfurt e se graduou em economia na Universidade Sueca de São Galo. É mestre em Gestão de Bancos e hoje dirige uma empresa de investimentos. Recebeu educação de um verdadeiro filho de uma alteza ilustríssima, o conde Josef Emanuel Franz de Stolberg-Stolberg, e de sua alteza ilustríssima a condessa Franz, nascida Jacqueline de Florin de Duikinberg, da não titulada nobreza belga. O primeiro ancestral do noivo de que se saiba data de 1200, Heinrich de Stolberg, conde de Voigtstedt...

Atualmente, os condes Stolberg-Stolberg pertencem ao Reino da Saxônia. O chefe da Casa de Stolberg é sua alteza sereníssima o conde Jost-Christian, casado com sua alteza sereníssima a condessa Sylvianne Janssens van der Maelen. E quem vos conta isso tudo, meus amores, é Hildezinha sereníssima, especialista em reis, rainhas, duques, condes, príncipes e correlatos...