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sábado, 1 de setembro de 2012

Tishman Speyer - OBRIGADO POR PRESERVAR NOSSO PATRIMÔNIO !


Enviado por Jorge Antonio Barros -
31.8.2012
|
17h48m
arquitetura

Retrofit do Edifício Galeria conquista prêmio


O projeto de retrofit do Edifício Galeria, na Rua da Quitanda --Centro do Rio -- executado pela Tishman Speyer, veja na foto, conquistou o Prêmio Master Imobiliário 2012 na categoria empreendimento comercial. O imóvel projetado em 1922 ocupa todo o quadrilátero formado pelas ruas da Quitanda, do Ouvidor, do Carmo e do Rosário, abrigava a antiga sede da Companhia Sul América de Seguros e foi completamente modernizado, sem que fossem perdidas as características arquitetônicas da fachada.
-- Todo o trabalho foi executado com o objetivo de manter o equilíbrio entre a herança cultural dessa construção e a modernização do espaço físico e das instalações. Como resultado, temos um edifício de escritórios de altíssimo padrão, totalmente integrado ao processo de revitalização do Centro do Rio de Janeiro -- disse Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer no Brasil, empresa de origem americana, especializada em adquirir e reposicionar construções históricas, há 17 anos no país. 

O retrofit de prédios é considerado por muitos arquitetos como um dos meios mais eficazes de se resgatar a arquitetura histórica nos grandes centros urbanos hoje. Como muitos proprietários não têm recursos para restaurar os edifícios, assim como o poder público, cada vez mais empresas se especializam nesse trabalho. 

Com 28 mil metros quadrados de área construída, o empreendimento passou por ampla requalificação, que incluiu a total modernização de suas instalações, além do restauro dos itens que compõe sua arquitetura eclética: afrescos, o relógio da fachada, as belíssimas escadas e os mínimos detalhes de suas fachadas. Além de escritórios corporativos, o empreendimento conta com um shopping no andar térreo, resgatando o conceito de compras de varejo para a região central da cidade, com três mil metros quadrados de lojas e restaurantes de altíssimo padrão. Os outros oito pavimentos, destinados a escritórios, estão sendo alugados para empresas nacionais e multinacionais. 

O Edifício Galeria foi concebido pelos arquitetos Joseph Gire e por Roberto R. Prentice, responsáveis por outros importantes edifícios no Rio de Janeiro: Gire é autor dos projetos do Copacabana Palace, do Hotel Glória e do Palácio das Laranjeiras. Prentice assina o projeto da Central do Brasil.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CENTRO HISTÓRICO DO RIO, PATRIMÔNIO AMEAÇADO PELA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA !


Venda em bloco de casarios históricos da Rua da Carioca pode despejar lojas centenárias


Lojistas inquilinos de imóveis tradicionais como Bar Luiz e A Guitarra de Prata temem ser despejados

Publicado:

O tradicional comércio da Rua da Carioca pode perder 19 de suas lojas
Foto: Domingos Peixoto / O Globo
O tradicional comércio da Rua da Carioca pode perder 19 de suas lojasDomingos Peixoto / O Globo
RIO - A Rua da Carioca, um dos mais tradicionais endereços do comércio de rua do Rio, com estabelecimentos centenários como Bar Luiz, Vesuvio e A Guitarra de Prata, teve parte de seu casario histórico posto à venda. Há pouco mais de um mês, comerciantes de 19 imóveis da rua começaram a ser informados da venda pela Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, proprietária das lojas, dentro de um lote de 42 edificações em 13 ruas do Centro e da Zona Sul, como noticiou a coluna Gente Boa, do GLOBO. Avaliados em R$ 54,85 milhões, os imóveis deverão ser vendidos em bloco. Segundo documento ao qual O GLOBO teve acesso, a instituição religiosa estaria se desfazendo de parte de seu patrimônio devido a dívidas bancárias, fiscais e previdenciárias.

As notificações sobre a venda começaram a ser entregues no início de julho, dando prazo até 18 de agosto passado para que lojistas interessados na compra se apresentassem. Segundo comerciantes, contudo, a venda em bloco inviabilizaria a compra, devido ao alto valor pedido. Dizendo-se de mãos atadas, eles temem eventuais despejos ou mudanças nos contratos de locação.
O presidente da Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca), Roberto Cury, diz que os lojistas se reuniram para discutir o assunto. Mas eles não teriam como arcar com a aquisição em bloco:
— São muitos imóveis, em muitas ruas. Na Carioca, vão vender do número 11 ao 53, com exceção do Cine Íris e do Shopping Matriz, que já foram vendidos. As notificações davam 30 dias, como prevê a Lei do Inquilinato. Mas não houve como exercer essa preferência de compra. Os lojistas estão desesperados.
Outro receio é da perda da tradição das lojas, caso os imóveis sejam comprados por um único empresário que queira mudar o destino dos estabelecimentos. O casario da Rua da Carioca é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) desde 1983, e o conjunto arquitetônico é protegido por legislação municipal do Corredor Cultural.
Com 125 anos, o Bar Luiz ocupa um dos imóveis da lista. Fundado em 1887 na Rua da Assembleia, o bar se mudou para a Carioca em 1926. Foi um dos primeiros a servir cerveja e chope no Rio. A possibilidade de ter que sair do local preocupa frequentadores e funcionários.
— O bar chamava-se “Braço de Ferro” porque, no início, a cerveja era disputada no braço. Os bares só vendiam vinho — diz o garçom João Natal, um dos mais antigos do Bar Luiz.
Vizinho de parede do bar e também na iminência da venda, a loja de instrumentos musicais A Guitarra de Prata já atendeu clientes famosos como Pixinguinha, Dorival Caymmi, Nelson Gonçalves e Paulinho da Viola. Na loja, há 125 anos no mesmo endereço, o compasso é de espera.
— Nosso contrato vence em dois anos. Mas há muita falta de informação. É uma insegurança grande e uma pena — diz o gerente, Afrânio Capitine.
O GLOBO procurou a Ordem Terceira, mas não obteve retorno. No texto das notificações, a instituição afirma que a “alienação em bloco de imóveis é imprescindível à instituição, diante da urgente necessidade de quitar parte de seu passivo fiscal, tributário, previdenciário e bancário, e à continuidade das atividades do Hospital Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência”.
Subsecretário de Patrimônio faz críticas à venda em bloco
O subsecretário municipal de Patrimônio, Washington Fajardo, disse ter sido procurado por inquilinos receosos do destino da Rua da Carioca. Ele criticou a venda em bloco dos imóveis pela instituição:
— A venda em lote impede a compra pelos inquilinos. O valor é alto. Não tenho dúvida de que, se a venda fosse fracionada, seria feita rapidamente. A venda em lote busca o lucro, sem considerar inquilinos históricos. É um modo pouco cristão de cuidar do patrimônio. Um capitalismo selvagem sendo praticado por uma ordem religiosa.
Os imóveis à venda ficam à esquerda da Carioca, nos limites do Morro de Santo Antônio. O lote de 42 imóveis inclui quatro na Avenida Rio Branco 100, na área chamada de “Ferro de Engomar”, pelo formato triangular do terreno. Os demais imóveis ficam nas ruas Miguel Couto (5), Teófilo Otoni (4), Primeiro de Março (1), Sete de Setembro (1), Gonçalves Dias (1), Senhor dos Passos (1), Uruguaiana (2), Mem de Sá (1) e Visconde de Pirajá (1), na Travessa do Ouvidor (1) e Largo de Santa Rita (1).


LISZT VIEIRA CONTA O PT, A FAVOR DO BRASIL !


Liszt Vieira: ‘Querem construir casas dentro do Jardim Botânico. Não dá’

Ao contrário do que propõe a União, Liszt Vieira quer área do parque livre: “Dentro do Jardim Botânico não dá”
Ao contrário do que propõe a União, Liszt Vieira quer área do parque livre: “Dentro do Jardim Botânico não dá” Foto: Márcia Foletto / O Globo
Selma Schmidt - O Globo

RIO - O Ministério do Meio Ambiente propôs remover casas de invasores de dois núcleos do Jardim Botânico, em áreas de risco, para outro trecho dentro do parque. Demissionário por causa do imbróglio, o presidente do instituto, Liszt Vieira, não aceitou a proposta e conta aqui que o impasse continua.
Mais de 600 famílias ocupam a área do Jardim Botânico. Quais os prejuízos dessa ocupação para o parque?
O Jardim Botânico está sufocado no seu atual espaço. Necessita de espaço para efetuar o plantio de espécies ameaçadas de extinção e representativas de biomas brasileiros, e para a expansão de laboratórios. Há muitos anos estamos propondo que o governo faça construções de habitações de interesse social para abrigar os atuais ocupantes. Mas não houve nenhuma iniciativa concreta nessa direção. Então, temos essa necessidade do ponto de vista científico, que não pode ser cumprida porque estamos sufocados. O Jardim Botânico, hoje, é parte da agenda científica do país. Ele contribui com a política nacional de conservação da biodiversidade.
Mas existem documentos e decisões determinando a retirada dos invasores...
A Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente fez um levantamento e identificou 240 casas em área de risco, recomendando a remoção imediata. Esse estudo é do segundo semestre do ano passado, foi publicado em dezembro e encaminhado à ministra (Izabella Teixeira). Outro documento é o de tombamento do Horto como área de continuidade do Jardim Botânico, de 1973. Há também o Plano Diretor da cidade, de 2002, que estabelece a ocupação das áreas do Jardim Botânico para atividades científicas.
Há ainda uma decisão a ser tomada, possivelmente no dia 5, pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O relator do processo considera a ocupação ilegal. Dois ministros votaram e um terceiro pediu vista. Provavelmente o TCU vai considerar a ocupação ilegal. Mas o que governo vai fazer eu não sei.
O Jardim Botânico precisa de todos os cerca de 50 hectares ocupados irregularmente?
Pessoalmente, abriria mão da faixa alongada entre o Rio dos Macacos e a Rua Pacheco Leão, desde que haja amparo legal. Mas a diretoria do Jardim Botânico, em sua maioria, entende que toda a área ocupada precisa ser retomada para que a instituição possa cumprir a sua missão prevista em lei. Concordamos que seja feito um cronograma para que os ocupantes saiam gradativamente, até que o governo faça construções de interesse social para abrigar as famílias.
O senhor esteve com o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (Francisco Gaetani). Ele conversou com o senhor sobre remoções? O ministério está para remover os primeiros núcleos dentro do parque?
A SPU (Secretaria do Patrimônio da União) aceita que pessoas de algumas áreas de risco sejam removidas. São as que estão nos núcleos do Grotão (95 unidades) e da Vila da Major (24). Mas quer que as famílias sejam reassentadas dentro do Jardim Botânico, no Caxinguelê e no Morro das Margaridas. Ou seja, pretendem construir casas dentro do parque. O secretário nos ouviu em Brasília. Eu disse: dentro do Jardim Botânico não dá.
Então a conversa em Brasília foi sobre essa proposta?
Nos chamaram para ouvir a opinião do Jardim Botânico. Sugerimos que as pessoas fossem transferidas para uma outra área da União, que não fica no parque nem é tombada. Fica na Rua Dona Castorina, no próprio bairro, onde já existe uma ocupação.
Foi tomada uma decisão?
Eles não bateram o martelo. Não há nada decidido ainda. Disseram que ouviram o Jardim Botânico e que vão rediscutir o assunto.
Depois dessa conversa, como fica a sua posição em relação à decisão já anunciada de deixar a direção do Jardim Botânico até o fim do ano?
Como já estava vendo o andar da carruagem, no fim do ano passado comuniquei à ministra que eu queria sair do Jardim Botânico e pedi a ela que procurasse alguém para me substituir. Ela pediu que eu ficasse até a Rio+20 (junho). Disse que ficava até que a ministra arranjasse um substituto. No dia em que ela disser que arranjou, eu vou embora. A bola está com ela.
Na reunião com o secretário-executivo, esse assunto foi tratado?
Não. Isso é com a ministra.
A sua decisão de sair até o fim do ano permanece?
Você tem que entender o seguinte: se a ministra está apoiando uma coisa que eu sou contra, tenho que ir embora. Ocupo um cargo de confiança. É uma questão ética. Agora, o governo também não tem uma decisão final.
Mas essa não é uma questão muito política, que envolve parentes do deputado Edson Santos (PT)?
O Jardim Botânico tem um critério científico e ambiental. A SPU, um critério habitacional. São duas linhas que não são convergentes, são paralelas. Agora, tem a pressão política também. Parentes do deputado moram dentro do Jardim Botânico.
A coluna do Ancelmo Gois informou que existe um movimento de artistas de apoio ao senhor. O senhor foi procurado por eles?
O Frejat pai (o ex-deputado José Frejat) me telefonou na semana passada e comunicou que o filho iria tomar essa iniciativa. Já recebi também o apoio dos 28 diretores de unidades de conservação do estado, que tem o blog “Mosaico Carioca”. E tem ainda muita gente mandando e-mail, escrevendo no Facebook.
O senhor acha que esse imbróglio vai ter uma solução?
Algum dia vai ter uma solução. Não sei qual.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O PARC ROYAL


Quarta, 29 Agosto 2012 11:44

O Parc Royal

Escrito por

Tempos atrás — não muito tempo — era quase impossível a uma pessoa nesse país comprar o que fosse do exterior. Tudo era proibido, bloqueado por interdições de toda ordem, na maioria das vezes para beneficiar os muitos protegidos associados da corrupção e ineficiência estatal, para os quais eram feitas leis e portarias que eliminavam qualquer competição, obrigando a população a consumir produtos inferiores e com preço absurdo. O exemplo mais conhecido é o do setor automobilístico, o qual, de 1974 a 1990, teve as importações "temporariamente suspensas", sendo esse o jargão burocrático usado pelo governo para transformar o país no único em que multinacionais (VW,GM, Ford, etc) tinham reserva de mercado.
Esse tipo de fato, ainda presente em grande escala se comparado a outros países, reflete na verdade uma longa e ambígua relação do Brasil com o exterior, passando alternadamente por períodos de maior ou menor liberalização, a atitude não se resumindo a sua dimensão econômica, sendo mais um tipo de convicção profundamente enraizado na psiquê de gerações sucessivas de burocratas governamentais. É talvez o setor mais sujeito a arbitrariedades, com regras mudando ao sabor dos interesses.
É possível que esse tipo de postura esteja diretamente ligada ao nosso passado colonial, onde toda relação com o exterior era controlada pela metrópole portuguesa, e onde durante muito tempo proibia-se a entrada de estrangeiros, salvo em casos específicos. Os navios que aqui vinham só podiam ter como destino Portugal, e a coroa procurava bloquear o acesso a tudo que não viesse de lá, mantendo a colônia no maior atraso possível, pensando assim melhor defender seus interesses.

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O magazine Parc Royal ao lado da igreja de São Francisco, em um Largo 
ainda distante do caos e imundície atuais


Esse esquema viraria de cabeça para baixo a partir de 1808, quando a côrte foi transplantada para o Rio de Janeiro. De uma hora para a outra, a cidade passou a ser a própria metrópole, para onde convergiam bens de toda parte do mundo, assim como autoridades e delegações estrangeiras de vários países. Com a abertura dos portos às nações amigas, em 28 de janeiro de 1808, a até então obscura colônia ligava-se ao mundo, o qual respondeu enviando um fluxo contínuo de mercadorias e pessoas, que começaram a definir o próprio país.
Essa lufada de ar fresco de proporções míticas geraria um sem-número de transformações, como por exemplo na construção de novos tipos de residência, amplas e ajardinadas, uma influência inglesa, à criação do setor hoteleiro, através do primeiro hotel decente, o Pharoux na praça XV, francês, o qual também introduziu a culinária sofisticada com seu restaurante, além da entrada de um número infinito de mercadorias européias, utensílios domésticos como móveis e outros, máquinas, além de bens culturais como livros, etc.
Como não poderia deixar de acontecer, uma das facetas da vida cotidiana mais afetada foi a moda, pois agora era imperioso, principalmente para a elite, seguir os padrões da côrte, que eram os da Europa. Os navios desembarcavam sem parar tecidos e outros implementos, os quais vinham acompanhados de uma multidão de alfaiates e modistas, chapeleiros, etc. Agora estar na moda era uma necessidade, e esse setor de atividade só fez prosperar, desde o tempo de D.João.
Seu pleno florescimento aconteceria durante a época de D.Pedro II, com a transformação da rua do Ouvidor em passarela da moda e na rua mais conhecida do Brasil, onde se podia comprar quase tudo que de melhor existia, desde que se tivesse dinheiro. E as opções eram muitas, como a famosa loja Notre-Dame de Paris, de 1848, a Torre Eiffel, de 1889, a Raunier, de 1854, e muitas outras. A expansão dessa atividade continuou com a República, e um dos estabelecimentos mais destacados ficava perto da Ouvidor, no Largo de São Francisco. Foi o magazine Parc Royal.
Fundado em 1875, na esquina do Largo com rua dos Andradas, era uma loja com grande movimento, e introduziu a novidade de venda a preço fixo, além de distribuir catálogos à freguesia, através dos quais podia se fazer encomendas que seriam enviadas de sua filial em Paris, sem problema algum. O magazine tornou-se o principal fornecedor de tudo que se refere ao vestuário na antiga capital.
O crescimento da loja levou à construção de uma nova instalação, em frente a seu antigo endereço e ao lado da igreja de São Francisco. O prédio foi inaugurado em 9 de março de 1911, continuando sua tradição como endereço da moda. Mas infelizmente não duraria para sempre. Após várias décadas de existência, em 9 de julho de 1943 o Parc Royal pegava fogo, em um dos maiores incêndios da história do centro do Rio. As chamas foram tão fortes que o prédio desabou do lado da rua Ramalho Ortigão, e a igreja ao lado teve vários de seus vitrais quebrados. Só resistiu por conta de sua forte construção colonial com paredes extremamente espessas.
O fim da famosa loja talvez prenunciasse o ocaso da região da rua do Ouvidor como lugar da moda e sofisticação, pois a seguir o Largo entraria em processo de decadência contínua ao ser transformado primeiro em terminal de ônibus, nos anos 60, e depois dos anos 80 em um infernal centro de comércio de rua ilegal, que a tudo suja além de atrapalhar a circulação. A Prefeitura completou o quadro ao retirar vários bloqueios à circulação que impediam uma maior degradação pelos veículos, sujando o local ainda mais e transformando-o em estacionamento de motos e carros.
Longe estão os dias do Parc Royal, verdadeiro símbolo de uma era em que ir ao centro do Rio era um prazer, ao invés da experiência desagradável de hoje em dia. Seria importante para a revalorização da imagem da cidade que toda essa área histórica fosse disciplinada e protegida, resgatando para o cidadão ruas e locais de passado tão histórico e destacado.