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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Desterro e Florianópolis . . .





Desterro e Florianópolis


JB SIQUEIRA NETO

 

De: "Dr. Celso Amodio Mantovani" dr.celso@t...


Data: Seg Jan 24, 2005 12:07 am

Assunto: Re: [amigosdamonarquia] A vergonha do Estado de SC

Caros correligionários:

Ao que me consta, na verdade, os 185 degolados não eram homens adultos, mas adolescentes, alunos da Escola Naval de Santa Catarina, e faziam parte da nata da sociedade local, para quem era uma honra ter, pelo menos, 1 filho na Marinha.

Aderiram à Revolta da Armada, de 1893 e foram rendidos por militares enviados por Floriano (estavam, obviamente desarmados e não resistiram), sendo TODOS degolados pessoalmente pelo capitão Moreira Cesar, que seria posteriormente decapitado pelos homens de Antônio Conselheiro, em Canudos. Seus corpos foram enterrados em local secreto e a capital de Santa Catarina teve seu nome original, Nossa Senhora do Desterro, mudada para Florianópolis, em uma auto-homenagem imposta aos "barrigas-verdes" (catarinenses) pelo algoz de suas crianças.

Posteriormente, segundo o comandante da FAB, Bruno Macedo de Carvalho, monarquista de 1ª hora, foram descobertas as 185 ossadas das crianças catarinenses por ocasião dos serviços de terraplenagem realizados para a construção de uma base da FAB na região.

Essa foi apenas uma das várias ações vergonhosas e covardes da república.

A aceitação do fato pelos catarinenses pode ser aquilatada pelo fato de que. até hoje, ao se enviar uma carta para Florianópolis marcando-se "Desterro" ao invés do nome original, a carta é normalmente entregue ao destinatário.

Corrijam-me se estiver errado.

P.S.: o motivo pelo qual os catarinenses são conhecidos até hoje pelo apelido de "barrigas verdes" é que, na época do Império, cada província tinha seu próprio uniforme para as suas FFAA, e na catarinense constava uma larga faixa verde no abdomen.

Dr. Celso Amodio Mantovani

São Bernardo do Campo - SP



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Historia que não ensinam na escola, Florianopolis - O nome

A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, ou simplesmente Fortaleza de Anhatomirim, ergue-se na ilha de Anhatomirim ("ilha pequena do diabo" em língua tupi), na barra norte do canal da ilha de Santa Catarina, atual município de Governador Celso Ramos, no litoral do estado de Santa Catarina, no Brasil.



JB SIQUEIRA NETO



-----Mensagem original-----

De: Dom Paulo [mailto:jairpaulo@terra.com.br]

Enviada em: sexta-feira, 21 de janeiro de 2005 00:01

Para: Gen Santa Catarina; Origens; GenealBR

Assunto: [GBr] Historia que não ensinam na escola









Historia que não ensinam na escola





Florianopolis - O nome





Uma das dezenas de ilhotas ao redor da Ilha de Florianópolis, principal pólo turístico do sul do Brasil, esconde no cenário paradisíaco pintado com cores naturais pelo azul do mar e realçado pelas marcas irretocáveis do tempo uma história de fantasmas daquelas de arrepiar. O palco principal é a Fortaleza de Santa Cruz. Nela ainda há quem escute o arrastar de correntes dos 185 homens fuzilados, degolados ou enforcados em abril de 1894 acusados de conspiração contra o presidente Floriano Peixoto no episódio que pôs fim à Revolta da Armada.



Os funcionários da Universidade Federal de Santa Catarina, que cuidam do lugar, são testemunhas. O zelador Amílton dos Santos, o "Nino", de 38 anos, já cansou de sair da cama para conferir sons que pareciam passos nos assoalhos. São doze anos de madeira rangendo, correntes sendo arrastadas - além do barulho das ondas que quebram no mar. O nome do lugar não ajuda em nada. Anhatomirim significa, em tupi-guarani, Pequena Ilha do Diabo.



"Algumas vezes os ruídos pareciam tão reais que tive certeza de que encontraria alguém, vivo ou morto", conta Nino. Sem desdenhar da possibilidade de Anhatomirim ser um lugar carregado - "Se eu disser que assombração não existe, elas podem aparecer só para provar o contrário" -, ele ensaia uma explicação racional. "A madeira pega sol durante o dia e trabalha à noite, estalando. E às vezes trabalha tanto que arrebenta os pregos enferrujados. Daí o barulho que lembra o de correntes sendo arrastadas."



A bem da verdade, os fantasmas de Anhatomirim estão mais vivos do que nunca na memória de uns tantos manezinhos da ilha - como são conhecidos os nascidos na parte da capital de Santa Catarina cercada por algumas das praias mais belas do litoral brasileiro e enfeitada pela Lagoa da Conceição.



Banidos da História



Só os turistas que lotam hotéis e pousadas não chegam a perceber a reação dos moradores ao nome da cidade. Anhatomirim virou atração depois que a Universidade Federal de Santa Catarina reformou os dez prédios que compõem a fortaleza erguida entre 1739 e 1744. Só no ano passado recebeu cerca de 100 mil visitantes - que chegam até ela de escuna, num passeio com duração de 40 minutos e parada para banho em alto-mar, por R$ 35,00 mais R$ 4,00 pela entrada na ilha. A maioria sai de lá sem saber da ligação entre o lugar e a origem do nome Florianópolis, pois os fuzilamentos e enforcamentos são citados apenas de passagem pelos guias turísticos.



No Mercado Público e nas rodas de dominó da Praça 15 de Novembro, no entanto, não é difícil encontrar quem se recuse a escrever ou até mesmo pronunciar a palavra maldita: "Florianópolis". Não vai tão longe assim o tempo em que essa resistência chegou a gerar movimentos articulados que pregavam um rebatismo. Ajudam a manter indelevelmente acesa a chama da mudança às lembranças da Chacina de Anhatomirim, uma história banida do ensino oficial, mas repassada de geração em geração há 110 anos.



Os fantasmas de hoje eram os rebelados de ontem. Faziam parte do grupo de revoltosos da Marinha que, nos turbulentos anos que se seguiram à Proclamação da República, se insurgiram contra o governo do Marechal de Ferro e tentaram tirá-lo do poder. Enquanto a revolta era combatida no Rio de Janeiro, seis navios sob comando dos rebeldes seguiram rumo ao Sul. No final de setembro de 1893, a Ilha do Desterro - primeiro nome dado ao acidente geográfico batizado de Ilha de Santa Catarina, que forma hoje, com a parte continental, a capital Florianópolis - foi invadida e declarada Capital Provisória da República.



Com apenas 20.000 habitantes, o lugarejo - que sequer tinha ligação com o continente, já que a primeira das três pontes do arquipélago seria inaugurada três décadas depois - não teve como resistir à invasão. Quando os navios República e Palas se aproximaram da ilha, a instauração do governo provisório foi simplesmente comunicada às autoridades locais e posta em prática sem violência. Três meses depois, o encouraçado Aquidaban, à época o maior navio da Marinha do Brasil, trazia o líder da revolta: Custódio de Melo.



Enquanto isso, o marechal Floriano Peixoto organizava uma nova frota, comprada às pressas no exterior e enviada a Ilha do Desterro, em abril de 1894, com quinhentos homens liderados pelo coronel Moreira César, para reconquistar a cidade. Levados a Anhatomirim, os prisioneiros passaram por humilhações e tortura antes de executados sem julgamento. Entre eles estavam dezenas de moradores acusados de colaborar com os revoltosos. Gente que fazia parte da elite social e intelectual da cidade - como o juiz Joaquim Lopes de Oliveira e o comerciante Caetano Nicolau de Moura - e militares - como o marechal Manoel de Almeida Gama d'Eça, o Barão do Batovi, um herói da Guerra do Paraguai.



Oportunismo e humilhação



A Ilha do Desterro foi, então, rebatizada por um desses oportunismos políticos. O deputado Genuíno Vidal propôs, em outubro de 1894, que a vitória do presidente fosse eternizada com a troca do nome da cidade para Florianópolis. Com o marechal ainda no poder, ninguém se atreveu a contestar a idéia. Só dois anos depois, quando os jornais de oposição voltaram a circular, foram registrados os primeiros protestos. Em editorial na edição de 3 de julho de 1896, o jornal "O Estado" deu o tom: "O tal nome, semelhante a um escarro cuspido em nossa capital, bateu na lâmina limpa de sua cútis, escorreu para baixo e veio emporcalhar aquele que o cuspira."



Florianópolis virou uma humilhação. Não foi por outra que, há uma década, o movimento Cem Anos de Humilhação reuniu historiadores, advogados e jornalistas em defesa da substituição do nome. A articulação esbarrou na Lei Orgânica do Município, que estabelece que isso só pode ser feito por plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores.



Como o nome original, Desterro, poderia espantar os turistas, o movimento admitia algumas alternativas. Ilha de Santa Catarina, Ondina, por sugestão do poeta Virgílio Várzea, Meiembipe, nome dado à ilha pelos índios carijós e que significa Montanha Dentro do Mar e, até mesmo, a oficialização do apelido Floripa, que para muitos seria suficiente para desvincular a imagem da cidade da de Floriano Peixoto.



A proposta de submeter à população a escolha de um novo nome para a capital catarinense conquistou a simpatia de uns poucos vereadores dos partidos de esquerda, mas não seguiu adiante na Câmara de Vereadores. Quatro anos antes, a vereadora Jalila El-Achkar, do Partido Verde (PV), teve uma decepção ainda maior ao apresentar o mesmo projeto: nenhum colega a apoiou.



"O assunto foi tratado com desdém, como uma idéia exótica de uma vereadora de um partido exótico", lembra Jalila, hoje dona de uma imobiliária. "A troca do nome só será possível quando a população realmente desejá-la, mas enquanto a história da chacina de Anhatomirim não for contada de verdade nas escolas não haverá a menor chance."



Os fantasmas do general



Os maiores críticos da proposta de trocar o nome da cidade são os empresários ligados ao turismo. "Mesmo que Floriano Peixoto tenha sido um sanguinário, não se pode abrir mão de uma grife conhecida no

mundo inteiro em função do que ocorreu há mais de cem anos. Isso traria enormes prejuízos à cidade", diz o presidente da seção catarinense da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, João Eduardo Amaral Moritz. Mesmo os que sabem da Chacina de Anhatomirim acham que o prazo de validade do revanchismo já está vencido.



A antigüidade do nome é um argumento usado com freqüência para defendê-lo, mas quem prega a substituição lembra que a denominação anterior tinha mais de dois séculos. Desterro era uma simplificação

de Nossa Senhora do Desterro, escolhida para padroeira da povoação fundada pelo bandeirante paulista Francisco Dias Velho em 1675.



O desterro de Nossa Senhora deu-se quando Herodes decretou a morte de todas as crianças com menos de dois anos e Maria fugiu para o Egito para salvar Jesus. Na campanha pela adoção da homenagem a Floriano, Genuíno Vidal afirmava equivocadamente que o nome Desterro se originara do fato de a ilha ter sido usada como prisão para criminosos portugueses.



Pelo menos um companheiro de farda do marechal sentiu a reação dos manezinhos toda vez que seu nome é evocado. Foi o inesquecível presidente João Figueiredo. Em meio a uma campanha de popularização do último governo militar, ele resolveu visitar a ilha em novembro de 1979 para inaugurar uma placa em homenagem a Floriano Peixoto na Praça 15 de Novembro. Pra quê?



Depois de apedrejar o palácio do governo estadual e atacar os carros oficiais, estudantes conseguiram arrancar a placa e queimá-la no meio da praça. De quebra, provocaram uma das reações mais bizarras da

história republicana brasileira. Conhecido pelo destempero emocional, Figueiredo reagiu às provocações, trocou desaforos com os estudantes e quis partir para a briga no corpo-a-corpo. Teve de ser contido pelos seguranças. Dizem que o vexame foi coisa dos fantasmas de Anhatomirim.









ROBERTO CANÁZIO FAZ DEFESA AO IMPERADOR DOM PEDRO II PARA MILHÕES DE BRASILEIROS ! . . .



MANHÃ DA GLOBO COM
ROBERTO CANAZIO

LIDER DE AUDIÊNCIA DAS 10:00 AS 13:00

RÁDIO GLOBO AM 1220



 
Hoje nos dabates populares, um advogado que participava, comparou a república com a MONARQUIA, nos insucessos e clientelismo, tentando basear um raciocínio tacanho e estúpido.
 
DE PLANO foi interpelado pelo Roberto Canázio que defendeu DOM PEDRO II, sustentando que o Imperador do Brasil tinha conduta ilibada e honestidade a toda prova !
 
Meu Amigo Roberto Canázio,
 
OS MONARQUISTAS ESTÃO LIGADOS NO
MANHÃ DA GLOBO !
 
VALEU IRMÃO !

O GAROTO PEDRO II

O garoto Pedro II

Ancelmo Góis





Está saindo do forno um livro sobre o francês Julien Pallière (1784-1862), autor, entre outros, deste retrato de Dom Pedro II na infância.

A obra sobre o artista, que desembarcou no Rio em 1817 com a princesa Leopoldina, é assinada por Ana Pessoa, Júlio Bandeira e Pedro Correia do Lago. Sairá pela Editora Capivara.



VEREADORES QUESTIONAM DOAÇÃO DE TERRENO DA UFRJ PARA GE . . . SOMOS CONTRA !

Vereadores discutem com UFRJ doação de terreno para a General Eletric





Por: Bruno Villa, em 16/11/2011 às 14:57


Os vereadores do Rio estão reunidos, nesta quarta-feira, na Câmara, com representantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).



O assunto é a doação de terreno da instituição, na Ilha de Bom Jesus, para instalção de uma unidade da General Eletric do Brasil Ltda. (GE).



O resultado do encontro é fundamental para a base do governo conseguir aprovar a mensagem 1164/2001, do Executivo, que prevê a entrega da área.



Há cerca de quinze dias, a oposição conseguiu suspender a votação do projeto por entender que a prefeitura não pode doar um terreno que não pertence a ela, mas à União.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O IMPÉRIO BRASILEIRO E OS BARRIGAS VERDES ! . . .


JB SIQUEIRA NETO

"No dia 17 de novembro de 1889, a Junta, acompanhada de um grupo de republicanos, compareceu ao Palácio do Governo, onde tomou posse. Em frente ao Palácio, concentravam-se oficiais, soldados, a banda do 25º. BI e grande número de populares. Segundo Jali Meirinho, a “passividade dos moradores foi quebrada apenas na noite de 18 de novembro, quando um grupo de praças do 25º BI promoveu um motim” (1982, p.39). Após o término da retreta promovida pelo Clube Republicano em homenagem ao novo regime, o grupo retornou ao quartel e encontrou, embora sem munição, alguns soldados amotinados, tendo à frente o cabo Cândido Pedro Duarte. Os rebeldes exigiram que o comandante da referida banda, major Santos Dias, acompanhasse-os em passeata levando a bandeira imperial, quarenta praças, em ordem e formatura, deram vivas ao Império e ao imperador e percorreram as principais ruas do centro da cidade. Enquanto isso, os oficiais, junto com o chefe de polícia, Firmino Lopes Rego, já ocupavam o prédio do 25º BI e, quando os praças chegaram, receberam voz de prisão. Um deles chamou o comandante de traidor. O major mandou que a banda se afastasse e ordenou fogo. Pelo menos quatro ficaram baleados, com saldo de um morto, três feridos e alguns que conseguiram fugir, sendo depois recapturados.

Vale destacar que, por conta desta ação repressiva, no dia 25 de novembro o chefe de polícia foi agraciado pelos comerciantes locais com uma espada com bainha de prata, mandada fazer na Europa (ibidem, p.39).

Trecho de “A República em Santa Catarina : modernidade e exclusão (1889-1920)", autora Roselane Neckel, pág. 10-11.







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-----Mensagem original-----

De: Dom Paulo [mailto:jairpaulo@terra.com.br]  

Enviada em: sexta-feira, 21 de janeiro de 2005 00:01

Para: Gen Santa Catarina; Origens; GenealBR

Assunto: [GBr] Historia que não ensinam na escola









Historia que não ensinam na escola





Florianopolis - O nome





Uma das dezenas de ilhotas ao redor da Ilha de Florianópolis, principal pólo turístico do sul do Brasil, esconde no cenário paradisíaco pintado com cores naturais pelo azul do mar e realçado pelas marcas irretocáveis do tempo uma história de fantasmas daquelas de arrepiar. O palco principal é a Fortaleza de Santa Cruz. Nela ainda há quem escute o arrastar de correntes dos 185 homens fuzilados, degolados ou enforcados em abril de 1894 acusados de conspiração contra o presidente Floriano Peixoto no episódio que pôs fim à Revolta da Armada.



Os funcionários da Universidade Federal de Santa Catarina, que cuidam do lugar, são testemunhas. O zelador Amílton dos Santos, o "Nino", de 38 anos, já cansou de sair da cama para conferir sons que pareciam passos nos assoalhos. São doze anos de madeira rangendo, correntes sendo arrastadas - além do barulho das ondas que quebram no mar. O nome do lugar não ajuda em nada. Anhatomirim significa, em tupi-guarani, Pequena Ilha do Diabo.



"Algumas vezes os ruídos pareciam tão reais que tive certeza de que encontraria alguém, vivo ou morto", conta Nino. Sem desdenhar da possibilidade de Anhatomirim ser um lugar carregado - "Se eu disser que assombração não existe, elas podem aparecer só para provar o contrário" -, ele ensaia uma explicação racional. "A madeira pega sol durante o dia e trabalha à noite, estalando. E às vezes trabalha tanto que arrebenta os pregos enferrujados. Daí o barulho que lembra o de correntes sendo arrastadas."



A bem da verdade, os fantasmas de Anhatomirim estão mais vivos do que nunca na memória de uns tantos manezinhos da ilha - como são conhecidos os nascidos na parte da capital de Santa Catarina cercada por algumas das praias mais belas do litoral brasileiro e enfeitada pela Lagoa da Conceição.



Banidos da História



Só os turistas que lotam hotéis e pousadas não chegam a perceber a reação dos moradores ao nome da cidade. Anhatomirim virou atração depois que a Universidade Federal de Santa Catarina reformou os dez prédios que compõem a fortaleza erguida entre 1739 e 1744. Só no ano passado recebeu cerca de 100 mil visitantes - que chegam até ela de escuna, num passeio com duração de 40 minutos e parada para banho em alto-mar, por R$ 35,00 mais R$ 4,00 pela entrada na ilha. A maioria sai de lá sem saber da ligação entre o lugar e a origem do nome Florianópolis, pois os fuzilamentos e enforcamentos são citados apenas de passagem pelos guias turísticos.



No Mercado Público e nas rodas de dominó da Praça 15 de Novembro, no entanto, não é difícil encontrar quem se recuse a escrever ou até mesmo pronunciar a palavra maldita: "Florianópolis". Não vai tão longe assim o tempo em que essa resistência chegou a gerar movimentos articulados que pregavam um rebatismo. Ajudam a manter indelevelmente acesa a chama da mudança às lembranças da Chacina de Anhatomirim, uma história banida do ensino oficial, mas repassada de geração em geração há 110 anos.



Os fantasmas de hoje eram os rebelados de ontem. Faziam parte do grupo de revoltosos da Marinha que, nos turbulentos anos que se seguiram à Proclamação da República, se insurgiram contra o governo do Marechal de Ferro e tentaram tirá-lo do poder. Enquanto a revolta era combatida no Rio de Janeiro, seis navios sob comando dos rebeldes seguiram rumo ao Sul. No final de setembro de 1893, a Ilha do Desterro - primeiro nome dado ao acidente geográfico batizado de Ilha de Santa Catarina, que forma hoje, com a parte continental, a capital Florianópolis - foi invadida e declarada Capital Provisória da República.



Com apenas 20.000 habitantes, o lugarejo - que sequer tinha ligação com o continente, já que a primeira das três pontes do arquipélago seria inaugurada três décadas depois - não teve como resistir à invasão. Quando os navios República e Palas se aproximaram da ilha, a instauração do governo provisório foi simplesmente comunicada às autoridades locais e posta em prática sem violência. Três meses depois, o encouraçado Aquidaban, à época o maior navio da Marinha do Brasil, trazia o líder da revolta: Custódio de Melo.



Enquanto isso, o marechal Floriano Peixoto organizava uma nova frota, comprada às pressas no exterior e enviada a Ilha do Desterro, em abril de 1894, com quinhentos homens liderados pelo coronel Moreira César, para reconquistar a cidade. Levados a Anhatomirim, os prisioneiros passaram por humilhações e tortura antes de executados sem julgamento. Entre eles estavam dezenas de moradores acusados de colaborar com os revoltosos. Gente que fazia parte da elite social e intelectual da cidade - como o juiz Joaquim Lopes de Oliveira e o comerciante Caetano Nicolau de Moura - e militares - como o marechal Manoel de Almeida Gama d'Eça, o Barão do Batovi, um herói da Guerra do Paraguai.



Oportunismo e humilhação



A Ilha do Desterro foi, então, rebatizada por um desses oportunismos políticos. O deputado Genuíno Vidal propôs, em outubro de 1894, que a vitória do presidente fosse eternizada com a troca do nome da cidade para Florianópolis. Com o marechal ainda no poder, ninguém se atreveu a contestar a idéia. Só dois anos depois, quando os jornais de oposição voltaram a circular, foram registrados os primeiros protestos. Em editorial na edição de 3 de julho de 1896, o jornal "O Estado" deu o tom: "O tal nome, semelhante a um escarro cuspido em nossa capital, bateu na lâmina limpa de sua cútis, escorreu para baixo e veio emporcalhar aquele que o cuspira."



Florianópolis virou uma humilhação. Não foi por outra que, há uma década, o movimento Cem Anos de Humilhação reuniu historiadores, advogados e jornalistas em defesa da substituição do nome. A articulação esbarrou na Lei Orgânica do Município, que estabelece que isso só pode ser feito por plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores.



Como o nome original, Desterro, poderia espantar os turistas, o movimento admitia algumas alternativas. Ilha de Santa Catarina, Ondina, por sugestão do poeta Virgílio Várzea, Meiembipe, nome dado à ilha pelos índios carijós e que significa Montanha Dentro do Mar e, até mesmo, a oficialização do apelido Floripa, que para muitos seria suficiente para desvincular a imagem da cidade da de Floriano Peixoto.



A proposta de submeter à população a escolha de um novo nome para a capital catarinense conquistou a simpatia de uns poucos vereadores dos partidos de esquerda, mas não seguiu adiante na Câmara de Vereadores. Quatro anos antes, a vereadora Jalila El-Achkar, do Partido Verde (PV), teve uma decepção ainda maior ao apresentar o mesmo projeto: nenhum colega a apoiou.



"O assunto foi tratado com desdém, como uma idéia exótica de uma vereadora de um partido exótico", lembra Jalila, hoje dona de uma imobiliária. "A troca do nome só será possível quando a população realmente desejá-la, mas enquanto a história da chacina de Anhatomirim não for contada de verdade nas escolas não haverá a menor chance."



Os fantasmas do general



Os maiores críticos da proposta de trocar o nome da cidade são os empresários ligados ao turismo. "Mesmo que Floriano Peixoto tenha sido um sanguinário, não se pode abrir mão de uma grife conhecida no mundo inteiro em função do que ocorreu há mais de cem anos. Isso traria enormes prejuízos à cidade", diz o presidente da seção catarinense da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, João Eduardo Amaral Moritz. Mesmo os que sabem da Chacina de Anhatomirim acham que o prazo de validade do revanchismo já está vencido.



A antigüidade do nome é um argumento usado com freqüência para defendê-lo, mas quem prega a substituição lembra que a denominação anterior tinha mais de dois séculos. Desterro era uma simplificação de Nossa Senhora do Desterro, escolhida para padroeira da povoação fundada pelo bandeirante paulista Francisco Dias Velho em 1675.



O desterro de Nossa Senhora deu-se quando Herodes decretou a morte de todas as crianças com menos de dois anos e Maria fugiu para o Egito para salvar Jesus. Na campanha pela adoção da homenagem a Floriano, Genuíno Vidal afirmava equivocadamente que o nome Desterro se originara do fato de a ilha ter sido usada como prisão para criminosos portugueses.



Pelo menos um companheiro de farda do marechal sentiu a reação dos manezinhos toda vez que seu nome é evocado. Foi o inesquecível presidente João Figueiredo. Em meio a uma campanha de popularização do último governo militar, ele resolveu visitar a ilha em novembro de 1979 para inaugurar uma placa em homenagem a Floriano Peixoto na Praça 15 de Novembro. Pra quê?



Depois de apedrejar o palácio do governo estadual e atacar os carros oficiais, estudantes conseguiram arrancar a placa e queimá-la no meio da praça. De quebra, provocaram uma das reações mais bizarras da história republicana brasileira. Conhecido pelo destempero emocional, Figueiredo reagiu às provocações, trocou desaforos com os estudantes e quis partir para a briga no corpo-a-corpo. Teve de ser contido pelos seguranças. Dizem que o vexame foi coisa dos fantasmas de Anhatomirim.







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Desterro e Florianópolis



De: "Dr. Celso Amodio Mantovani"

Data: Seg Jan 24, 2005 12:07 am

Assunto: Re: [amigosdamonarquia] A vergonha do Estado de SC

Caros correligionários:

Ao que me consta, na verdade, os 185 degolados não eram homens adultos, mas adolescentes, alunos da Escola Naval de Santa Catarina, e faziam parte da nata da sociedade local, para quem era uma honra ter, pelo menos, 1 filho na Marinha.

Aderiram à Revolta da Armada, de 1893 e foram rendidos por militares enviados por Floriano (estavam, obviamente desarmados e não resistiram), sendo TODOS degolados pessoalmente pelo capitão Moreira Cesar, que seria posteriormente decapitado pelos homens de Antônio Conselheiro, em Canudos. Seus corpos foram enterrados em local secreto e a capital de Sabta Catarina teve seu nome original, Nossa Senhora do Desterro, mudada para Florianópolis, em uma auto-homenagem imposta aos "barrigas-verdes" (catarinenses) pelo algoz de suas crianças.

Posteriormente, segundo o comandante da FAB, Bruno Macedo de Carvalho, monarquista de 1ª hora, foram descobertas as 185 ossadas das crianças catarinenses por ocasião dos serviços de terraplenagem realizados para a construção de uma base da FAB na região.

Essa foi apenas uma das várias ações vergonhosas e covardes da república.

A aceitação do fato pelos catarinenses pode ser aquilatada pelo fato de que. até hoje, ao se enviar uma carta para Florianópolis marcando-se "Desterro" ao invés do nome original, a carta é normalmente entregue ao destinatário.

Corrijam-me se estiver errado.

P.S.: o motivo pelo qual os catarinenses são conhecidos até hoje pelo apelido de "barrigas verdes" é que, na época do Império, cada província tinha seu próprio uniforme para as suas FFAA, e na catarinense constava uma larga faixa verde no abdomen.

Dr. Celso Amodio Mantovani

São Bernardo do Campo - SP



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terça-feira, 15 de novembro de 2011

VIVA O IMPERADOR . . . A REPÚBLICA FRACASSA ! . . .

Marcha contra a corrupção tem terceira edição neste feriado

Dia da proclamação da República será marcado por manifestações em todo País. Veja onde acontecerão as marchas

iG São Paulo
15/11/2011 07:00




 
Foto: AE

Vestido de presidiário, manifestante pede o fim da impunidade para corruptos (12/10/11)



Manifestantes realizam nesta terça-feira diversas marchas contra a corrupção em mais de 30 cidades do Brasil. Os organizadores pretendem repetir os protestos realizados em 7 de setembro e 12 de outubro, quando levaram mais de 20 mil pessoas às ruas, e mobilizar a população na luta pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, pelo voto aberto no Congresso, pelo fim da impunidade, entre outras reivindicações.



Assim como nas edições passadas, as marchas de hoje foram organizadas principalmente por meio das redes sociais na internet, como Twitter, Orkut e Facebook, e contam com o apoio de diversas entidades e organizações. Entre os principais apoiadores estão a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).



Edições anteriores da marcha:

7 de setembro: Em Brasília, estudantes lavam o Congresso

12 de outubro: Manifestantes cantam Legião e Chico Buarque



Neste feriado prolongado de 15 de novembro, quando se comemora a proclamação da República, os protestos são criativos. Em São Paulo, os organizadores realizaram ontem uma vigília em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde acenderam 5 mil velas. No Rio, um varal será estendido na Cinelândia. No varal, serão penduradas reportagens sobre corrupção no governo e outros órgãos públicos, além de cuecas com dinheiro e cartazes.



Veja abaixo onde acontecerá a marcha na sua cidade:



Alagoas

- Maceió: Concentração: antigo Sete Coqueiros(antiga praia da Pajuçara), caminhada até o antigo Alagoinhas onde será realizado ato público. Horário: 14 horas

- Marechal Deodoro: Concentração: entrada da cidade de Marechal Deodoro, caminhada até o centro da cidade onde será realizado um grande ato público. Horário: 7 horas

Amazonas

- Manaus - Darcy Vargas, em frente à EST, às 14h



Bahia

- Salvador - Campo Grande, às 14h

- Alagoinhas - Estádio Antônio Carneiro (Carneirão), às 14h

- Feira de Santana - Cruzamento da Av. Getúlio Vargas com a Av. Mª Quitéria, às 14h

- Vitória da Conquista - Praça Barão do Rio Branco, às 14h



Ceará

- Fortaleza - Dragão do Mar, às 15h



Espírito Santo

- Vitória - Avenida Dante Micheline, próximo ao primeiro píer (píer de Iemanjá), depois da Ponte de Camburi, em frente do Bairro Jardim da Penha, às 15h

Goiás

- Goiânia - Início na Praça Cívica (em frente ao monumento às Três Raças) e término na Assembléia Legislativa, às 10h



Maranhão

- São Luís - Anel Viário (Quiosques da Passarela do Samba), às 14h

Minas Gerais

- Belo Horizonte - Praça da Liberdade, às 13h

- Alfenas - Praça Getúlio Vargas (em frente a Concha Acústica), às 14h

- Uberlândia - Praça Tubal Vilela(centro da cidade), às 14h



Mato Grosso

- Cuiabá - Praça Ipiranga, às 15h

- Tangará da Serra - Concentração será na Praça da Bíblia, às 14h



Pernambuco

- Recife - Pracinha de Boa Viagem, às 14h



Paraíba

- João Pessoa - Busto de Tamandaré, às 16h



Paraná

- Curitiba - Praça Santos Andrade, às 13h



Santa Catarina

- Florianópolis - UFSC, às 14h

- Balneário Camboriú - Praça Almirante Tamandaré, às 14h

- Brusque - Praça Barão de Schneeburg, às 16h

- Jaraguá do Sul - Praça Ângelo Piazera, com concentração às 13h



Rio de Janeiro

- Rio de Janeiro - Cinelândia, 15h

- Cachoeiras de Macacu - Terminal Rodoviário de Cachoeiras de Macacu, às 14h



Rio Grande do Norte

- Natal - Praça Cívica em Petrópolis, com concentração às 13h



Rio Grande do Sul

- Porto Alegre - Manifestação no dia 09/12

- Caxias do Sul - O ato começará às 16h do dia 14/11, com um acampamento na praça localizada na frente da Prefeitura de Caxias do Sul. No dia 15, a marcha sairá às 16h rumo à praça Dante Aligieri

- Novo Hamburgo - Concentração às 10h na Praça do Imigrante (ex-chafariz) - centro



São Paulo

- São Paulo: Av. Paulista, saindo do MASP, às 14 horas

- Santos - Praça da Independência, às 17h

- São José dos Campos - Vicentina Aranha, com concentração às 9h do dia 19/10

- São Vicente - Prefeitura Municipal de São Vicente, às 13h, com encerramento no Teleférico, na praia do Itararé às 15h30





O PATRONO DO DMB FALA SOBRE O GOLPE DE 15 DE NOVEMBRO



O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século manteve íntegro, tranqüilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. O Império aboliu de fato a pena de morte, extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de D. Pedro II, que em quase cinqüenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos?

A República brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniqüidade. A República se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na História e terá uma existência efêmera!


  


 
Afonso Celso de Assis Figueiredo, primeiro e único Visconde de Ouro Preto, (Ouro Preto, 21 de fevereiro de 1836Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1912), Fundador do Diretório Monárquico do Brasil em 1890.

Dia da Proclamação PROVISÓRIA da República.





Diretório Monárquico do Brasil


Informativo

Data: 14.11.2011.

JB SIQUEIRA NETO

Hoje é o Dia da Proclamação PROVISÓRIA da República.

Acentuei o Provisória porque a totalidade dos nossos livros escolares de História, cujos autores entendem ser desnecessário o rigor na História, falam simplesmente em Proclamação da República.

Muito bem.

Aqui vão algumas informações que raramente chegam ao grande público.

Não houve unanimidade entre os militares quanto ao golpe republicano. O Marechal Hermes da Fonseca, irmão do Marechal Deodoro e pai do futuro Marechal Hermes, comandava o Exército na Bahia, em Salvador, e ele não aderiu imediatamente ao golpe. Ficou esperando as ordens da Corte, que nunca chegaram porque os golpistas tiveram a esperteza de ocupar logo os Telégrafos, até o final da tarde do dia 15 de novembro. Como não viessem notícias, resolveu aderir. Os políticos bahianos, também, no dia, não aderiram logo ao golpe. A adesão da Bahia, portanto, só se completou no final do dia 15.

Os livros também nos falam que não houve resistência; mentira, houve sim.

Mais de cem membros da Guarda Negra, morreram em combate com tropas do Exército em uma província, cujo nome não lembro, do nordeste.

Guarda Negra era uma milícia voluntária formada por ex-escravos que tatuavam o brasão imperial no ombro e assumiam o compromisso de defender a Família Imperial. O material sobre ela, com mais detalhes, é quase inexistente.

A Marinha Imperial, também manteve-se fiel ao Império por todo o dia 15. Os navios da esquadra mantiveram a bandeira imperial em seus mastros até o final do dia.

Pelo Decreto Número 1, do Governo Provisório, em um de seus artigos, o novo governo assumia o compromisso ("como lhe compete", conforme o texto) de providenciar uma consulta ao povo para que os brasileiros confirmassem a preferência pelo novo regime. A consulta foi feita, finalmente, com mais de cem anos de atraso, em 1993.

É possível mentir, nos livros, mas não dá para mentir muito. Pelos livros escolares, percebe-se que nenhum general foi falar com o Imperador, no dia 15. Só foram até lá oficiais de patentes abaixo de general. Provavelmente porque o Imperador, com sua enorme estatura moral, teria dado as ordens para acabar aquele ato de rebeldia. e seria, com certeza, obedecido.

O dia 15 de novembro foi uma sexta-feira.

O plano original dos golpistas era de enviar a Família Imperial, exilada, para a Europa, no domingo, depois que eles fossem à Missa.

Porém, no início da noite de sábado, dia 16, um dos generais lembrou aos demais que se o Imperador e Sua Família fossem à Missa, o povo saberia então o que estava ocorrendo e o Exército não teria como enfrentar isso. Assim, resolveram mandar o Imperador e demais membros da Família Imperial, às pressas, para a Europa, na madrugada de domingo!!

Para amenizar a imoralidade do golpe, ofereceram ao Imperador cinco mil contos de réis para que ele e Sua Família tivessem muito conforto no exílio. O Imperador não aceitou porque o dinheiro não tinha sido autorizado pelo Parlamento e, disse que "eles não tinham o direito de usar o dinheiro do povo sem autorização legislativa". A frase não foi exatamente assim mas o sentido foi esse.

Primeiro grande detalhe que os nossos livros escolares também não mencionam: Dom Pedro II jamais reconheceu o golpe e nunca renunciou. Dessa forma, ele faleceu como Imperador do Brasil e por isso teve honras imperiais por parte do governo francês quando faleceu em Paris.

Segundo detalhe que também os nossos livros escolares não mencionam: o banimento da Família Imperial foi revogado em 1920 no Governo Epitácio Pessoa.

Terceiro detalhe: o objetivo dos golpitas não era democrático, de forma alguma, porque a doutrina em que os republicanos brasileiros se fundamentavam era autoritária e não democrática - o Positivismo.

Quarto detalhe: as revoltas de Canudos, Contestado em Santa Catarina, Revolta da Vacina, e principalmente a Revolução Federalista e Revolta da Armada, tinham, sim, fortíssima influência monárquica.

Quinto detalhe: não foi apenas o hino antigo que o Marechal Deodoro quis que continuasse; também a bandeira, segundo o seu parecer, deveria permanecer a mesma, substituindo-se a coroa pelo Cruzeiro (do Sul).

Conforme pode-se perceber, os acontecimentos do dia 15 de novembro de 1889 e seus desdobramentos foram muito diferentes do que se ensina aos estudantes brasileiros nas aulas de História do Brasil.