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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dia da Proclamação PROVISÓRIA da República.





Diretório Monárquico do Brasil


Informativo

Data: 14.11.2011.

JB SIQUEIRA NETO

Hoje é o Dia da Proclamação PROVISÓRIA da República.

Acentuei o Provisória porque a totalidade dos nossos livros escolares de História, cujos autores entendem ser desnecessário o rigor na História, falam simplesmente em Proclamação da República.

Muito bem.

Aqui vão algumas informações que raramente chegam ao grande público.

Não houve unanimidade entre os militares quanto ao golpe republicano. O Marechal Hermes da Fonseca, irmão do Marechal Deodoro e pai do futuro Marechal Hermes, comandava o Exército na Bahia, em Salvador, e ele não aderiu imediatamente ao golpe. Ficou esperando as ordens da Corte, que nunca chegaram porque os golpistas tiveram a esperteza de ocupar logo os Telégrafos, até o final da tarde do dia 15 de novembro. Como não viessem notícias, resolveu aderir. Os políticos bahianos, também, no dia, não aderiram logo ao golpe. A adesão da Bahia, portanto, só se completou no final do dia 15.

Os livros também nos falam que não houve resistência; mentira, houve sim.

Mais de cem membros da Guarda Negra, morreram em combate com tropas do Exército em uma província, cujo nome não lembro, do nordeste.

Guarda Negra era uma milícia voluntária formada por ex-escravos que tatuavam o brasão imperial no ombro e assumiam o compromisso de defender a Família Imperial. O material sobre ela, com mais detalhes, é quase inexistente.

A Marinha Imperial, também manteve-se fiel ao Império por todo o dia 15. Os navios da esquadra mantiveram a bandeira imperial em seus mastros até o final do dia.

Pelo Decreto Número 1, do Governo Provisório, em um de seus artigos, o novo governo assumia o compromisso ("como lhe compete", conforme o texto) de providenciar uma consulta ao povo para que os brasileiros confirmassem a preferência pelo novo regime. A consulta foi feita, finalmente, com mais de cem anos de atraso, em 1993.

É possível mentir, nos livros, mas não dá para mentir muito. Pelos livros escolares, percebe-se que nenhum general foi falar com o Imperador, no dia 15. Só foram até lá oficiais de patentes abaixo de general. Provavelmente porque o Imperador, com sua enorme estatura moral, teria dado as ordens para acabar aquele ato de rebeldia. e seria, com certeza, obedecido.

O dia 15 de novembro foi uma sexta-feira.

O plano original dos golpistas era de enviar a Família Imperial, exilada, para a Europa, no domingo, depois que eles fossem à Missa.

Porém, no início da noite de sábado, dia 16, um dos generais lembrou aos demais que se o Imperador e Sua Família fossem à Missa, o povo saberia então o que estava ocorrendo e o Exército não teria como enfrentar isso. Assim, resolveram mandar o Imperador e demais membros da Família Imperial, às pressas, para a Europa, na madrugada de domingo!!

Para amenizar a imoralidade do golpe, ofereceram ao Imperador cinco mil contos de réis para que ele e Sua Família tivessem muito conforto no exílio. O Imperador não aceitou porque o dinheiro não tinha sido autorizado pelo Parlamento e, disse que "eles não tinham o direito de usar o dinheiro do povo sem autorização legislativa". A frase não foi exatamente assim mas o sentido foi esse.

Primeiro grande detalhe que os nossos livros escolares também não mencionam: Dom Pedro II jamais reconheceu o golpe e nunca renunciou. Dessa forma, ele faleceu como Imperador do Brasil e por isso teve honras imperiais por parte do governo francês quando faleceu em Paris.

Segundo detalhe que também os nossos livros escolares não mencionam: o banimento da Família Imperial foi revogado em 1920 no Governo Epitácio Pessoa.

Terceiro detalhe: o objetivo dos golpitas não era democrático, de forma alguma, porque a doutrina em que os republicanos brasileiros se fundamentavam era autoritária e não democrática - o Positivismo.

Quarto detalhe: as revoltas de Canudos, Contestado em Santa Catarina, Revolta da Vacina, e principalmente a Revolução Federalista e Revolta da Armada, tinham, sim, fortíssima influência monárquica.

Quinto detalhe: não foi apenas o hino antigo que o Marechal Deodoro quis que continuasse; também a bandeira, segundo o seu parecer, deveria permanecer a mesma, substituindo-se a coroa pelo Cruzeiro (do Sul).

Conforme pode-se perceber, os acontecimentos do dia 15 de novembro de 1889 e seus desdobramentos foram muito diferentes do que se ensina aos estudantes brasileiros nas aulas de História do Brasil.

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