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quinta-feira, 21 de abril de 2011

S.A.I.R. PRINCESA DONA TEREZA E O SEU AMOR PELO BRASIL, ESCOLHEU NOSSO PAÍS PARA REPOUSAR PELA ETERNIDADE !

Fonte:

A princesa D. Teresa de Orleans e Bragança foi cremada ontem.

Suas cinzas serão transferidas ao Brasil conforme o seu desejo.

Será interessante ver quem presidirá o funeral no Brasil já que D. Teresa apoiava o seu primo distante, D. Luiz.

O ÚLTIMO ADEUS À PRINCESA DONA THEREZA DE ORLEANS E BRAGANÇA

Quarta-feira, 20 de Abril de 2011

Fonte:

IMPRENSA PORTUGUESA:

O ÚLTIMO ADEUS À PRINCESA DONA THEREZA DE ORLEANS E BRAGANÇA



A família e amigos mais próximos despediram-se pela última vez de S.A.I.R., Dona Thereza d'Orléans e Bragança, Princesa Imperial do Brasil, que morreu aos 91 anos durante a madrugada da passada segunda-feira. A princesa Teté, como era tratada no seu círculo íntimo, era a única tia materna viva do Duque de Bragança. O seu corpo foi velado em casa, local onde também teria lugar uma missa antes de ser cremada. As Suas cinzas, conforme era o Seu desejo, irão para o Brasil.

 - Ler Aqui:  http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=274879



Elizabete Martorell, filha mais velha da Princesa Dona Thereza



Núria Martorell, filha mais nova



SS.AA.RR., Os Duques de Bragança com a neta mais nova da Princesa






Irmãs do Rei de Espanha, Infanta Dona Margarida e Infanta Dona Pilar com a neta mais velha da Princesa Dona Thereza.









quarta-feira, 20 de abril de 2011

CAPELA DO MENINO DEUS - RIO DE JANEIRO




Capítulo 1

Jacinta e Francisca na Chácara da Bica







Jacinta de São José

Corria o ano de 1742 quando as irmãs Jacinta e Francisca voltavam da missa na Ermida de Nossa Senhora do Desterro, onde habitavam religiosos capuchinhos italianos. Elas, passando pelo caminho do Matacavalos que tinha esse nome, pois muitos dos cavalos que por lá passavam ficavam atolados e quebravam as patas tendo que ser sacrificados, avistaram uma antiga Chácara que se chamava Chácara da Bica. Tal chácara estava abandonada e em ruínas, mas algo atraiu Jacinta para aquele lugar.

Jacinta então pediu ao seu tio materno Manoel Pereira Ramos, que comprasse essa chácara do então proprietário Tenente Coronel Domingos Rodrigues Távora.

No dia seguinte ao dia 25 de março do mesmo ano, Jacinta voltando da Missa na ermida de Nossa Senhora do Desterro com seu irmão, o Padre José Gonçalves, entro na Chácara na Matacavalos carregando consigo apenas a imagem do Menino Deus que possuía. Com o auxílio do Padre José Gonçalves, improvisou junto a parede um altar provisório ornado com flores e ervas odoríferas que ela mesma foi colher perto de uma fonte havia no quintal da chácara. Foi aos pés deste altar que Jacinta sussurrou suas primeiras orações no novo retiro.

Jacinta então pediu ao Padre José Gonçalves que fosse convidar sua irmã Francisca para viver junto dela naquele retiro que ela mesma preparara. Para sua surpresa, no dia seguinte já estava Francisca ao lado de Jacinta no retiro. Ali as duas irmãs começaram viver na solidão e no silêncio, entregando-se à penitência e consagrando-se suas almas a Deus. A partir daquele momento, as irmãs largaram tudo e passaram a se chamar Jacinta de São José e Francisca de Jesus Maria.

A casa em ruínas da Chácara da Bica tinha se tornado o mais vivo interesse de veneração dos habitantes da cidade do Rio de Janeiro, pois nela se asilavam as duas flores precursoras do Carmelo no Brasil: Jacinta e Francisca.

Ninguém as via com exceção do Padre José Gonçalves e do confessor que as dirigiam, porém sempre ouvia-se a voz delas entoando cantos e rezando o ofício de Nossa Senhora.





Capítulo 2

A construção da Capela do Menino Deus e seus primeiros anos







Governador Gomes Freire

Depois de terminadas algumas obras para tornar a chácara mais habitável, Jacinta decidiu erguer uma Capela dedicada ao Menino Deus, mas aguardava a autorização do Bispo. Em 03 de abril de 1742, o Bispo D. Frei João da Cruz concedeu tal autorização. Como não tinha dinheiro, vendeu o par de brincos que tinha e com o dinheiro da venda começou a obra para erguer a Capela tão sonhada. Além disso, o Governador Gomes Freire de Andrade vendo a dedicação e o empenho de Jacinta e Francisca na construção da Capela, concedeu a elas uma quantia mensal para ajudar na obra e demais necessidades das irmãs.

De dia os operários trabalhavam incansavelmente para levantar a Capela e a noite viam-se vultos brancos sob a luz do luar de duas mulheres carregando pesadas pedras para junto das paredes que eram erguidas. Não demorou muito para a Capela ser erguida completamente.

Em 31 de dezembro de 1743, dia de São Silvestre, o Cônego Doutoral Henrique Moreira de Carvalho, com a autorização do Bispo, benzeu a nova Capela do Menino Deus e no dia seguinte, 01 de janeiro de 1744 foi celebrada a primeira missa na Capela pelo Frei Manoel Francisco tendo a presença de Jacinta e Francisca trajadas com capas e saias pardas e véus pretos para receber a sagrada comunhão.

Do lado do Evangelho, sobre o presbitério da Capela, Jacinta colocou uma porta com uma pequena abertura para servir de confessionário.

Não tardou muito para que outras mulheres fossem ao encontro de Jacinta e Francisca querendo viver naquela tão humilde retiro. Foram elas: Rosa de Jesus Maria, Ana de Santo Agostinho, Maria de Santa Teresa e Ana de Jesus.

Por duas vezes o Bispo D. João da Cruz visitou Jacinta e Francisca na Capela e ele demonstrava muito apreço pelas irmãs. Por tudo isso, ele ofereceu uma imagem de Nossa Senhora do Carmo e uma outra de São João da Cruz que hoje encontram-se no Convento de Santa Teresa.





Capítulo 3

A morte de Francisca





Em conseqüência da vida que Francisca levava de excessivo trabalho e das austeridades que a abraçava, ela foi atacada por uma tuberculose pulmonar. Antes de morrer ainda teve a alegria de ver ordenado seu irmão Sebastião e José Gonçalves. Mesmo perto da morte, Francisca guardava um semblante alegre e sereno. Em seus últimos suspiros, Francisca sussurrava a frase “Ai meu Deus!”. E na manhã do dia 13 de junho de 1748 quando tinha por volta de 30 anos de idade, Francisca respirou pela última vez.

Padre Antonio Nunes, seu confessou assim a descreveu: “Francisca era muito pura de consciência, de coração singelo, um espírito liberto e acatado, muito alegre e mortificada, sem afetações, sem fingimentos, nem beatices exteriores. Uma mulher muito sofredora, pacífica e humilde. Sem apego, muito pronta a voz da obediência sem a menor dificuldade, muito compadecida, muito caritativa e dada a orações com muita solidez nos exercícios dela, sendo igualmente trabalhadora”.

Jacinta, sua irmã, tinha o desejo que seu corpo fosse enterrado no terreno da Capela do Menino Deus. E assim foi feito.





Capítulo 4

Jacinta e suas companheiras de mudam para o Convento de Santa Teresa e a Capela do Menino Deus fica abandonada







Convento de Santa Teresa

Depois da morte de Francisca, chegaram mais moças para se juntar com Francisca e as demais que lá já estavam: Foram estas Inácia Catalina de Jesus, Isabel do Sacramento, Felipa de Santa Teresa, Maria da Encarnação, irmã do bispo de Coimbra, D. Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho; Ana do Sacramento, Ana de S. Francisco, Maria da Conceição, Maria do Calvário e Antônia de Jesus.

Tempos depois, em uma visita do então Bispo D. Frei Antonio do Desterro e do Governador Gomes Freire de Andrade na Capela do Menino Deus, presenciaram a enorme pobreza e humildade que viviam Jacinta e suas companheiras de retiro e desde então cuidaram em construir e fundar um Convento maior para que elas exercessem sua vocação, concedendo o prelado do uso do hábito de estamenha parda com capas de beata branca por causa do clima quente do Brasil.

Nessa época, a Capela contava com mais de dez mulheres perseverantes que celebravam os exercícios da religião como as festas de Natal e de Santa Teresa e com matinas que tinham a presença do Governador Gomes Freire.

Como o espaço já estava pequeno para Jacinta e suas companheiras realizarem com mais zelo suas virtudes religiosas, o Governador Gomes Freire se comprometeu em erguer um convento maior para elas.

Em 24 de junho de 1750 foi começada a construção do novo Convento que seria dedicado a Santa Teresa com a presença do Bispo, do Governador, do Senado da Câmara, de Jacinta e suas companheiras.

Um ano após o início da construção, em 1751, Jacinta e suas companheiras participaram e comungaram pela última vez na Capela do Menino Deus, pois logo em seguida foram para o novo Convento de Santa Teresa no então Morro do Desterro.

A partir daí ficou abandonada a Capelinha do Menino Deus., que na época ficava no caminho entre as Ruas dos Inválidos e do Lavradio. Via-se na frente da Capela um portão, que abria para um pátio e que passava por uma varanda até chegar na Capela. No seu interior via-se um único altar com a imagem do Menino Deus e no presbitério viam-se duas janelas de madeira que fechavam as antigas tribunas, aonde Jacinta e suas companheiras vinham orar.





Capítulo 5

A morte de Jacinta





Em 02 de outubro de 1768 morria Jacinta que teve seu corpo sepultado no Convento de Santa Teresa bem ao lado do túmulo do Governador Gomes Freire que morrera três anos antes. Jacinta nunca foi uma Carmelita descalça, porém foi a fundadora do Carmelo Brasileiro. Por causa de sua morte, Jacinta não viu seu sonho realizado de que ela e suas companheiras obtivessem o direito de usar seus hábitos sob a Regra de Santa Teresa. Tal direito só foi concedido a elas em 16 de junho de 1780 quando elas enfim receberam o direito da clausura canônica.

Em 23 de janeiro de 1781, as primeiras freiras professas de Santa Teresa receberam seus véus no Rio de Janeiro.

O Bispo nomeou priora do Convento a Madre Maria da Encarnação, que substituiu Jacinta após sua morte, e que viveu até 12 de novembro de 1834.

Depois disso, o próprio povo deu ao Outeiro do Desterro o nome de Morro de Santa Teresa. A água do mar ia até o pé do morro. Tal morro expandiu-se com os anos e hoje é um enorme bairro que leva o nome da santa das carmelitas: Bairro de Santa Teresa.





Capítulo 6

Chafariz no Caminho do Matacavalos: a Fonte do Menino Deus





Em 1772, o senado da Câmara mandava construir, em nome do Vice-Rei Marquês do Lavradio, um chafariz que ficava na Chácara da Bica e bem ao lado da Capela do Menino Deus, no caminho do Matacavalos. Era também conhecido como a fonte do Menino Deus por ficar próxima a Capela de mesmo nome.

Encarregou-se da construção do Chafariz João Coelho Marinho, mestre pedreiro.

Sobre um mármore do pequeno chafariz foi talhada a seguinte inscrição:

CIVIS AQUAM BIBE: LAVRADI MARCHIO DONAT ILLE PATER PATRIAE. QUAE SITIS ERGO TIBI?

FLUMINENSIS – SENATUS 1772

Esta inscrição significa:

O SENADO CONVIDA O POVO A BEBER, POIS O MARQUÊS DO LAVRADIO, O PAI DA PÁTRIA, DÁ POR SUA CONTA A ÁGUA.

Em 5 de março de 1782, sendo inúmeras reclamações dos moradores sobre a escassez de água que vinha da fonte, começou um intenso conflito entre os proprietários do local de onde vinha a água e os encarregados de realizarem as obras. O chafariz então foi desativado e foi construído um novo chafariz próximo na própria Matacavalos e próximo a esquina da Rua André Cavalcanti em 1817.

O chafariz da Fonte do Menino Deus ainda chegou a ser reconstruído em 1868, porém em março de 1890, por iniciativa da Inspetoria Geral de Obras Públicas, o antigo chafariz foi demolido por se julgar inútil ao abastecimento de água da região.





Capítulo 7

A Capela do Menino Deus em ruínas





Após o abandono da Capela e ela está em ruínas foram retiradas dela a imagem do Menino Deus e algumas relíquias do tempo de Jacinta e foram levados para o Convento de Santa Teresa.

Entre os anos de 1877 e 1902 foram escritos alguns relatos da antiga Capela. Ela estando em ruínas acharam melhor destruí-la e construir uma outra com estilo neo-clássico tardio.

Depois da destruição, do antigo muro da frente do terreno que precedia a capela avarandada, ainda estava de pé uma parte, mas que seria também arrasado para vir um outro maior e com grades, provavelmente de cor de alumínio.

Tão curiosa e ingênua sua construção de 1742 foi abandonada e deixaram que ela se arruinasse. Não pensaram em nenhum momento mantê-la idêntica a quando foi construída. Tal Capela não primava por disciplina arquitetural, mas foi lá que se deu origem a um acontecimento de piedade cristã que jamais nos dará uma nova Capela, cuja fachada se achava em meio caminho. Talvez a Capela perdera naquele momento a sua qualidade fundamental de documento ou prova autêntica de seu próprio passado.

A nova Capela em execução pouco mais ficaria da antiga primitiva, a qual que por mais que estivesse arruinada, não seria impossível de refazê-la. Depois de concluída, a nova Capela teria janelas orgivais e outras linhas de arquitetura gótica. Durante as escavações para a construção da nova Capela, foram encontrados ossos humanos enterrados no local. Tais ossos foram cuidadosamente colocados em uma urna e novamente sepultados no terreno. Não se sabe de quem eram esses restos mortais e nem em que local foram enterrados novamente, mas há quem diga que seja de Francisca que morreu e foi sepultada em 1748 na Capela do Menino Deus.





Capítulo 8

Personalidades da antiguidade que frequentavam a Capela







Machado de Assis

Antes, porém de cair nesse estado de completo abandono e ruína, a Capela do Menino Deus foi muito frequentada. Ficava situada em território da freguesia de Santo Antônio dos Pobres. Frequentavam a capelinha as mais distintas famílias que habitavam as melhores chácaras da região e entovam cantos no mês mariano.

Cito abaixo, algumas dessas notáveis personalidades que freqüentavam a capelinha do Menino Deus.

Marquês de Olinda; ex-regente do império; Marquês de Sapucaí; Visconde de Jaguari; Barão do Lavradio; Conselheiro Ferreira França; Conselheiro Joaquim José de Sequeira, de renome como chefe de polícia que fora; o famoso cirurgião Cristóvão José dos Santos; Conselheiros Josino do Nascimento e Silva, Albino Barbosa, Paiva Teixeira, D. Francisco Baltasar da Silveira, Caminhoá e Bandeira de Melo; Dr. Luís de Castro, redator chefe do Jornal do Comércio; Barão do Rio Doce, testador da escola deste nome; Dr. Joaquim Caetano da Silva, grande erudito das questões de limites da Guiana Francesa; Barão de Bambuí, o folhetinista; Dr. França Júnior; D. Antonio de Saldanha da Gama; Dr. D. Francisco de Assis Mascarenhas; Senador Francisco José Furtado; Dr. Carlos Honório de Figueiredo; Dr. Fábio de Carvalho Reis; Comendador Cândido de Carvalho e Sousa,; Câmara Lima; João Diogo Hartley; Desembargador Luís Fortunato de Brito, advogado de nomeada; Marquês de Valença; Barão de Pereira Franco; Machado de Assis, grande escritor; entre muitos outros.





Diz a história que Machado de Assis ao sair de uma Missa de Natal na Capela do Menino Deus compôs um Soneto de Natal que transcrevo a seguir:





Um homem, era aquela noite amiga,

Noite cristã, berço do Nazareno,

Ao relembrar os dias de pequeno,

E a viva dança, e a lépida cantiga.





Quis transportar ao verso doce e ameno,

As sensações da sua idade antiga,

Naquela mesma velha noite amiga,

Noite cristã, berço do Nazareno.





Escolheu o soneto... A folfa branca,

Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,

A pena não acode o gesto seu.





E em vão lutando contra o metro adverso,

Só lhe saiu este pequeno verso:

"mudaria o Natal ou mudei eu?"





Capítulo 9

Reconstrução da Capela do Menino Deus







Menino Jesus

Depois de sua reconstrução feita pela Sociedade de São Vicente de Paulo com a autorização do Convento de Santa Teresa, em 06 de janeiro de 1925 saíram em procissão do convento até a nova Capela a imagem do Menino Deus, o cálice e os sinos da antiga Capela e outras relíquias do tempo de Jacinta e Francisca. Ao sair do convento a imagem do Menino Deus, as freiras entoaram cantos em seu louvor:





ADEUS SAGRADO MENINO,

REI DO NOSSO CORAÇÃO.

ADEUS MONARCA DIVINO,

SENHOR DE TODA CRIAÇÃO!





Em textos escritos em após sua reconstrução, a nova Capela é descrita dessa maneira: “Há um simples portão em um pátio de triste aspecto. No fim do portão há uma varanda que não é menos triste. Depois da varanda há a Capela de limitadíssimas proporções. Sobre o presbitério há dois antigos postigos e sobre o altar a imagem do Menino Deus. Do lado do Evangelho há uma porta baixa e estreita que dá entrada para a pequena e acanhada sacristia. A impressão é desagradável pela pobreza ou quase miséria que há naquele lugar. Além de haver um puro seio de orações, um teto histórico e recomendável de suaves recordações e por um passado cheio de místicas poesias”.

A Capela do Menino Deus parece condenada no passado por essa fatal indiferença e que nem lhe valeu o sentimento religioso que a deveria defender.

A Capela do Menino Deus nunca chegou a ser o jardim do Carmelo no Brasil. Porém foi nesta Capela que nasceu e foi acariciada, cultivada e fortalecida a idéia do primeiro Convento de Carmelitas Descalças no Brasil. Nesta Capela passaram oito anos Jacinta e Francisca em solidão completa.

Não se sabe o que sobrou da antiga Capela ou suas relíquias. Não temos esse fato gravado em nenhum lugar. A maioria do seu patrimônio sabe-se que é da época da reconstrução na década de 1920. Talvez tenhamos lembranças da época de Jacinta e Francisca enterradas neste terreno sagrado ou escondidas entre as paredes da nova Capela. Talvez nunca saibamos.





Capítulo 10

A Capela do Menino Deus em 2010







Capela em 2010

A Capela do Menino Deus atualmente é administrada pela Sociedade de São Vicente de Paulo, aliás deste a sua reconstrução. Se considerarmos a primeira construção, a Capela é a mais antiga da Rua do Riachuelo. A Capela é vinculada à Paróquia de Santo Antônio dos Pobres e pertence à Segunda Forania do Vicariato Epicopal Urbano da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. A sua fachada é caracterizada pelo seu estilo neo clássico tardio com cores rosa e branca. No início da década de 1990 foi construído o prédio ao lado da Capela pertencente à SSVP. Abaixo da Capela, existe um salão onde há reuniões para diversos fins. Passando pelo primeiro portão, subimos uma pequena escada que leva a varanda da Capela de onde tem um boa visão da Rua do Riachuelo. Depois, passando pela grande porta principal toda de madeira entramos na Capela que tem um pequeno coro de madeira ao fundo. No chão vemos simples e belos azulejos. Quanto ao teto, uma tonalidade azul que parece o céu. As paredes são simplesmente branca com quatorze pequenos quadros que representam a via sacra. Há um presbitério pequeno com uma elevação e coberto por um carpete vermelho. Nas suas laterais há duas credências. O sacrário é tímido, mas de grande suntuosidade. O altar é todo de madeira e dentro dele está a imagem do Senhor Morto. Ao lado esquerdo do altar está a Relíquia de São Vicente de Paulo, posta lá em 11 de fevereiro de 2007. Na relíquia há um pequeno quadro com um coração pintado com o sangue do próprio São Vicente de Paulo. Do lado direito do altar há uma pequena porta que leva a Sacristia e ao lugar onde o Sacerdote se prepara para as celebrações. Hoje a Capela possui ar condicionado que ajuda a melhorar o forte calor do verão carioca, além de duas câmeras de vigilância que a monitoram o tempo todo. Nas paredes, ao lado esquerdo de quem entra, as imagens de São Sebastião, São José, São Vicente de Paulo e Santo Antônio dos Pobres. Nos lados do presbitério a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e do Sagrado Coração de Jesus. E na parede, ao lado direito de quem entra, as imagens de Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresa. No altar principal a imagem de Nossa Senhora Aparecida e logo atrás a imagem do Menino Deus segurando uma circunferência tendo a cruz em seu topo e a outra mão em posição de bênção. Acredita-se ser a mesma imagem que Jacinta carregava para dentro da Chácara da Bica em 1742.







Ariel Carvalho.

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FONTE:

Capela do Menino Deus

Visite o Blog da Capela: http://capeladomeninodeus.blogspot.com/

MORRE A PRINCESA . . .




Morreu ontem, no Estoril, em Portugal, a princesa Teresa Maria Teodora Micaela Gabriela Rafaela Gonzada de Orléans e Bragança, filha do príncipe dom Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e da condessa Elizabeth Dobrzensky von Dobrzenicz, ela era irmã da condessa de Paris e dos príncipes dom Pedro Gastão e dom João de Orléans e Bragança, os três já falecidos, sendo que dom João deixou viúva outra Teresa, a elegante Teresa Souza Campos.

Nascida em Bologne-Sur-Seine, na França, em 18 de junho de 1919, a princesa era a caçula dos irmãos.

Ela se casou, em outubro de 1957, com Ernesto Martorell y Calderon, morto em 1985.

O casal tinha duas filhas: Elisabeth e Nuria...

terça-feira, 19 de abril de 2011

S.A.I.R. Dona Teresa Teodora de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz - A PRINCESA DE ORLEANS E BRAGANÇA E O ADMIRADOR ! . . .


S.A.I.R. DONA TERESA - PRINCESA DE ORLEANS E BRAGANÇA E MARCELO ROBERTO FERREIRA - O ADMIRADOR !


Por ocasião da recepção a S.A.I.R. Dona Teresa Teodora de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (Boulogne-sur-Seine, 18 de junho de 1919), princesa de Orléans e Bragança.

É a última filha de D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e de sua esposa, a condessa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz.

Sua avó paterna foi a princesa D. Isabel do Brasil.

No dia 7 de outubro de 1957, em Sintra, Portugal, ela desposou Ernesto António Maria Martorell y Calderó (1921-1985).

Eles tiveram duas filhas, Elisabeth (1959) e Nuria (1960).
 
 
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Quando S.A.I.R. Dona Teresa Teodora de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz - A PRINCESA DE ORLEANS E BRAGANÇA esteve em visita ao Brasil em companhia da Filha Núria, o Casal Van Hombeeck (Procurador de Justiça Charles e Desembargadora Vera Maria Van Hombeeck) as recepcionaram, tive o privilégio de conhecer e conversar com Dona Teresa - A Princesa de Orleans e Bragança, a última neta da Princesa Isabel - A Redentora.
 
 
Muito me impressionou sua elegância, vivacidade, alegria e principalmente o seu carisma !
 
 
Existem as pessoas que são anunciadas e as QUE CHEGAM, assim era Dona Teresa . . . Chegava e TODOS ficavam cativos das suas histórias e do seu conhecimento Universal, uma aula de imersão no Brasil, me senti renovado !
 
 
 
Foi servido um café colonial e seguiu uma tarde de muita alegria.
 
 
 
Quando tiramos a foto acima, a Princesa Dona Teresa orientou-me:
 
 
"Não me fite nos olhos, pois pode parecer compromisso !..."
 
 
Por isso estamos sorrindo, pois S.A.I.R. Dona Teresa era assim - FIRME, FORTE e DOCE ! . .
 
 
Muitas Saudades, rogando ao Altíssimo que acolha e encaminhe Sua Bondosa Alma, a Família nossas mais sinceras condolências e a TODOS os Monarquistas - O EXEMPLO DE UMA DIVINA CRIATURA QUE AMAVA A VIDA E AS PESSOAS !
 
 
Marcelo Roberto Ferreira
Diretor Jurídico
Diretório Monárquico do Brasil
 
 

MORRE S.A.I.R. Dona Tereza Teodora de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz - PRINCESA DE ORLEANS E BRAGANÇA

Última hora:

Morreu S. A. I. R. Dona Tereza de Orléans e Bragança, Tia Materna de S. A. R. o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança



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FONTE: P. D. R. – PROJECTO DEMOCRACIA REAL

 







S.A.I.R., A Senhora Dona Tereza, no dia em que fez 90 anos, Revista Caras, de 08 de Julho de 2009.

Dona Tereza Teodora de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (nasceu em Boulogne-sur-Seine, 18 de junho de 1919), Princesa de Orléans e Bragança.

É a última filha de Dom Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e da Senhora Condessa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz. Sua Avó paterna foi a Princesa Dona Isabel do Brasil.

É Tia Materna de S.A.R., O Senhor Dom Duarte de Bragança, e Irmã de S.A.R., A Senhora Dona Maria Francisca de Bragança, Mãe de S.A.R., O Senhor Dom Duarte.

No dia 7 de Outubro de 1957, em Sintra, casou com Ernesto António Maria Martorell y Calderó (1921-1985). Tiveram duas filhas, Elisabeth (1959) e Nuria (1960).

«A minha tia deu-nos durante toda a vida um exemplo de coragem e de coerência. Tem uma vida de dedicação aos mais necessitados.» - palavras de S.A.R., O Senhor Dom Duarte à revista “Caras”.

«O segredo para se chegar a esta idade é ser feliz e uma boa cristã, amar a Deus e acreditar sempre. Se não perdermos essas capacidades, conseguimos ultrapassar tudo.» - Princesa Dona Tereza de Orleans e Bragança, à revista “Caras”.

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Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno entre os esplendores da luz perpétua, que descanse em paz. Amen.

Publicada por Maria Menezes em “Família Real Portuguesa“

A Real Associação da Beira Litoral manifesta à Família enlutada e, muito em especial, à Família Real Portuguesa as mais sentidas condolências neste momento tão difícil.



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S.A.I.R., A Princesa Dona Teresa de Orleans e Bragança, que completou no ano passado 90 anos de idade, esteve presente na Santa Missa celebrada por Sua Santidade, O Papa Bento XVI no dia 13 de Maio último, no Terreiro do Paço.

Dona Tereza Teodora de Orléans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz (nasceu em Boulogne-sur-Seine, (18 de junho de 1919), Princesa de Orléans e Bragança. É a última filha de D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e de Sua Mulher, a Condessa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz. Sua Avó Paterna foi a Princesa Dona Isabel do Brasil.

É Tia materna de S.A.R., O Senhor Dom Duarte, ou seja, Irmã de S.A.R., A Senhora Dona Maria Francisca de Bragança, Mãe de S.A.R., O Senhor Dom Duarte de Bragança.

No dia 7 de outubro de 1957, em Sintra, casou com Ernesto António Maria Martorell y Calderó (1921-1985). Tiveram duas filhas, Elisabeth (1959) e Nuria (1960).

«A minha tia deu-nos durante toda a vida um exemplo de coragem e de coerência. Tem uma vida de dedicação aos mais necessitados.», disse S.A.R., Dom Duarte de Bragança sobre a Princesa Dona Teresa de Orleans e Bragança à revista Caras no ano passado quando celebrou o seu 90º aniversário de vida .

«O segredo para se chegar a esta idade é ser feliz e uma boa cristã, amar a Deus e acreditar sempre. Se não perdermos essas capacidades, conseguimos ultrapassar tudo.» disse A Princesa Dona Teresa de Orleans e Bragança, a propósito do seu 90º aniversário (18-06-2009) – (Revista Caras)

(Fonte: Facebook)

Fonte: Blogue da Real Associação da Beira Litoral

Nota:

Já tive oportunidade de comunicar a Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, os meus mais sentidos pêsames. Que a Sua Alteza Imperial, a Senhora Dona Teresa de Orleães e Bragança descanse em Paz. Deus a Guarde.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

FRED FIGNER, MERECE NOSSAS HOMENAGENS ! . . .

FRED FIGNER





Fred Figner





OS GRAMOFONES



Frederico Figner nasceu em dezembro de 1866 em Milewko, na então Austria-Hungria. Ainda muito jovem e buscando ampliar seus horizontes migrou para os Estados Unidos, chegando ao país no momento em que Thomas Edison estava lançando um aparelho que registrava e reproduzia sons por intermédio de cilindros giratórios. Fascinado pela novidade, adquiriu um desses equipamentos e vários rolos de gravação, embarcando com sua preciosa carga em um navio rumo a Belém do Pará, onde chegou em 1891 sem conhecer uma única palavra do Português. Naquela cidade começou a exibir a novidade para o público, que pagava para registrar e escutar a própria voz. O sucesso foi imediato e, de Belém, Fred se dirigiu para outras praças, sempre com o gravador a tiracolo. Passou por Manaus, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Salvador antes de chegar ao Rio de Janeiro, no ano seguinte, já falando e entendendo um pouquinho do nosso idioma e com um razoável pé de meia. Na Cidade Maravilhosa Figner abriu sua primeira loja, a Casa Edison, em um sobrado da Rua Uruguaiana, onde importava e comercializava esses primeiros fonógrafos.





Comercial da Casa Edison da Rua Uruguaiana





CASA EDISON



Por essa mesma época o cientista judeu Emile Berliner tinha acabado de lançar nos Estados Unidos um equipamento de gravação que utilizava discos revestidos com cera, com qualidade sonora superior ao do aparelho de Thomas Edison. Fred Figner percebeu de imediato o potencial da nova invenção e transferiu seu estabelecimento de um sobrado da Rua Uruguaiana para uma loja térrea na tradicional Rua do Ouvidor, onde abriu o primeiro estúdio de gravação e varejo de discos do Brasil, em 1900.





Casa Edison da Rua do Ouvidor



OS PRIMEIROS DISCOS



Os discos fabricados por Figner nessa fase inicial utilizavam cera de carnaúba, eram gravados em apenas uma das faces e tocados em vitrolas movidas a manivela. Apesar das limitações técnicas, essa iniciativa representou uma verdadeira revolução para a música popular brasileira, que engatinhava, pois até então os artistas só podiam se apresentar ao vivo ou comercializar suas criações por intermédio de partituras impressas. O primeiro disco brasileiro foi gravado na Casa Edison pelo cantor Manuel Pedro dos Santos, o Bahiano, em 1902. Era o lundu “Isto é Bom”, de autoria do seu conterrâneo Xisto da Bahia. A partir daí mais e mais artistas começaram a gravar suas composições em discos que eram distribuídos pela Casa Edison do Rio e também pela filial que Figner havia aberto em São Paulo. A procura pelos discos cresceu tanto que em 1913 Fred decidiu instalar uma indústria fonográfica de grande porte na Av. 28 de Setembro, Vila Isabel, dando origem ao consagrado selo Odeon.







Discos Odeon







A MANSÃO FIGNER



Fred Figner era um homem à frente do seu tempo e para coroar o sucesso nos negócios decidiu erguer uma residência que espelhasse seu perfil empreendedor. A hoje conhecida Mansão Figner, na Rua Marquês de Abrantes 99, no Flamengo, abriga o Centro Cultural Arte-Sesc e o restaurante Bistrô do Senac. É considerada um exemplo arquitetônico raro de “casa burguesa do início do século 20”. Fred Figner utilizou-a como hospital, em 1918, durante a pandemia conhecida como Gripe Espanhola. Apesar dele próprio estar acometido pela enfermidade, atuou como um prestativo auxiliar de enfermagem, transformando seu palacete em uma improvisada enfermaria de campanha que chegou a abrigar quatorze pacientes em seu interior..





Mansão Figner Hoje





RETIRO DOS ARTISTAS



Fred era um homem generoso e solidário. Pela própria natureza do trabalho nas suas duas gravadoras havia se tornado amigo de muitos músicos e cantores de sucesso. Em uma época que antecedeu à criação da Previdência, ficou consternado com a situação de penúria que alguns desses artistas tinham de enfrentar ao chegar à velhice. Sensibilizado com esse verdadeiro drama social, não titubeou e decidiu doar o terreno, em Jacarepaguá, para a construção da modelar instituição Retiro dos Artistas, que funciona até os dias de hoje.





Retiro dos Artistas em Jacarepaguá



O FINAL



Em 19 de janeiro de 1947, quando faleceu, aos 81 anos de idade, ao se abrir seu testamento, verificou-se que Fred Figner havia destinado parte substancial dos seus bens às obras sociais de Chico Xavier.

O jornal carioca A Noite Ilustrada publicou editorial em que o judeu Frederico Figner foi honrado, post-mortem, com o merecido título de “o mais brasileiro de todos os estrangeiros”.