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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

JARDIM BOTÂNICO: OBRIGADO LISZT VIEIRA E TCU, O BRASIL AGRADECE !


Demarcação do Jardim Botânico pode sair em menos de 60 dias


Conforme decisão do TCU, em até 390 dias, nenhuma família poderá mais morar dentro dos limites do parque


Casas erguidas dentro dos limites do Jardim Botânico: Tribunal de Contas da União decidiu que nenhuma família poderá permanecer no parque
Foto: Pablo Jacob / O Globo
Casas erguidas dentro dos limites do Jardim Botânico: Tribunal de Contas da União decidiu que nenhuma família poderá permanecer no parque Pablo Jacob / O Globo
RIO - O presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, Liszt Vieira, anunciou na quinta-feira que vai se reunir na próxima semana com o Iphan e a procuradoria para detalhar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), discutir questões jurídicas e dar andamento à delimitação da área. Conforme decisão do TCU, em até 390 dias, nenhuma família poderá mais morar dentro dos limites do parque. O prazo para o Jardim Botânico e o Iphan delimitarem a área é de dois meses, mas Liszt acredita que o processo termine antes disso:

— Já existe uma ideia prévia sobre a área do parque, o que vai agilizar o processo.
Com a preservação do Jardim Botânico garantida, a discussão se volta para os limites que serão adotados. Tanto a direção do parque quanto a Associação de Moradores do Jardim Botânico (AMA-JB) defendem que a delimitação respeite a planta do tombamento, de 1938. Isso significa que quase todas as 620 famílias estariam morando dentro dos limites do parque. E que, portanto, teriam que sair, já que não é possível fazer regularização fundiária em áreas públicas tombadas e de preservação.
— Legalmente, a associação não pode participar das reuniões sobre a delimitação. Mas nós vamos monitorar os trabalhos. Se o prazo de 60 dias não for respeitado, vamos acionar de novo o TCU — diz o presidente da AMA-JB, João Senise.
O chefe de gabinete do Iphan em Brasília, Willian Sutti, disse que o órgão só poderá se manifestar sobre o acórdão a partir de segunda-feira. Isso porque técnicos ainda estudam o documento, para verificar quais são as atribuições do Iphan.
A presidente da Associação de Moradores do Horto, Emília Maria de Souza, alega que as famílias não estão dentro do parque. Para ela, o limite foi estabelecido com a construção da escola Julia Kubitschek.
— O presidente Juscelino Kubitschek levantou esse colégio porque viu a necessidade de atender as crianças da região — disse Emília de Souza.
Ao analisar a questão anteontem, o ministro do TCU Walton Alencar Rodrigues, revisor do processo do Jardim Botânico, foi taxativo em seu voto. “O direito individual à habitação não pode ombrear com o direito coletivo à preservação de sítios tombados, constitutivos dos hortos florestais. É inadmissível, pois, sob o argumento da garantia à moradia, a ocupação de áreas públicas, ou de bens de uso comum do povo, como ruas, praças, jardins, parques etc.”
Ele acrescentou que a questão do Jardim Botânico demostra o nível de apreensão em relação ao significado do conceito de patrimônio público: “Em comparação, seria inconcebível cogitar que áreas públicas do Hyde Park, em Londres, ou do Central Park, em Nova York, ou do Bois de Bologne, em Paris, pudessem ser objeto de tal atentado.”
O ministro prosseguiu: “qualquer ousadia semelhante à que se perpetra no Rio seria objeto de revolta popular, em defesa do meio ambiente. Em exemplo grotesco, a utilização das áreas do Horto do Rio para a finalidade de regularização fundiária é hipótese idêntica à da utilização da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, para assentamento popular de mendigos.”

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