Revitalizado, Museu Nacional volta a ser amarelo, a sua cor original
Rio - A fachada e as torres norte e sul do Museu Nacional vão voltar ter a cor da época em que o palácio era a residência da Família Real. A revitalização da frente do prédio, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, será festejada com nova “inauguração”, nesta quarta-feira. As obras duraram dois anos e custaram R$ 1,2 milhão.
Prédio, na Quinta da Boa Vista, será reinaugurado na quarta-feira
Na restauração da fachada, o rosa deu lugar ao amarelo, o que pode causar estranheza aos visitantes. Mas a arquiteta Paula Van Biene explica como se decidiu retomar a cor original. “Houve uma extensa investigação em documentos, pinturas e livros da época, até concluirmos que esta era a cor certa”, detalha.
O professor e historiador Milton Teixeira tem uma justificativa histórica para o uso do rosa. “No final do século XIX, alguns prédios do Rio de Janeiro foram pintados de rosa. Mas não houve nenhum decreto obrigando o uso dessa cor. Desde então criou-se um mito de que todo prédio público é rosa”, afirma.
O diretor administrativo do museu, Wagner William Martins, explica que o processo integral de recuperação do palácio de três andares, onde também funciona um campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, deve ser longo. “Ainda devemos transferir os cursos e a administração que funcionam aqui dentro para prédios separados para dar mais espaço ao acervo”, conta.
O Museu Nacional abriga o maior acervo científico da América Latina, com 20 milhões de itens, como fósseis de dinossauros, diversos tipos de animais e múmias egípcias. Também foi no edifício que se criou a primeira Constituição do Brasil.
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