17 Mar - Criação da Casa da Moeda, no Rio de Janeiro (1699)
12/01/1698 - 20/01/1700
(Junta do Comércio - Ladeira de São Bento - R. Direita)
Se por um lado os problemas de numerário foram amenizados na Capitania da Bahia, com a criação de uma Casa da Moeda naquela localidade, a população do Rio de Janeiro sofria com a falta de moeda e do risco de transporte de ouro e prata para serem amoedados àquela localidade, bem como da remessade moedas portuguesas e espanholas, para serem recunhadas e transformadas em moeda provincial, levando-se em conta a absoluta falta de segurança e a pirataria verificada nas costas brasileiras.
Através da Carta Régia de 7 de março de 1697, D. Pedro II prorroga por um ano as funções da Casa da Moeda da Bahia, determinando que as Capitanias de Pernambuco e Paraíba continuassem a remeter à Salvador todo o dinheiro.
Estabeleceu ainda que, após esse prazo, fosse fechada aquela Instituição.
Nesse mesmo documento, o monarca determinou que, em facedas argumentações apresentadas pela Capitania do Rio de Janeiro, o Governador e a Câmara deveriam optarem continuar remetendo o dinheiro para a Bahia ou, terminado o lavor da moeda em Salvador, deveriam seguir para o Rio de Janeiro os oficiais e os engenhos, para que ali se realizassem os trabalhos de transformação.
As despesas dessa transferência correriam por conta dos moradores do Rio de Janeiro, inclusive as despesas com a fábrica e com os ordenados, excetuando-se os custos dos engenhos, por se encontrarem pagos.
Em reunião de 8 de maio de 1697, os Oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, examinando as opções alvitradas por D. Pedro II, concluíram, por ser mais conveniente e seguro para o bem comum, instalar a Casa da Moeda na cidade do Rio de Janeiro e não mais remeter o dinheiro para a cidade de Salvador.
A escolha do local para o funcionamento da nova Casa da Moeda, recaiu sobre o prédio onde se encontrava a Junta do Comércio, localizado na rua Direita, nas proximidades da Ladeira de São Bento, onde hoje estão as instalações do Arsenal da Marinha.
A transferência das instalações da Bahia para o Rio de Janeiro não ocorreu de imediato, uma vez que D. Pedro II determinou que fosse concedido à Capitania de Pernambuco o prazo de um ano, para que remetesse toda moeda que dispunha à Bahia, a fim de ser reduzida a moeda provincial em circulação.
A Casa da Moeda do Rio de Janeiro deu início aos trabalhos a 17 de Março de 1699 e, naquele ano e no seguinte, lavrou metais e valores idênticos aos da Casa da Moeda da Bahia, isto é, moedas de ouro e de prata. Realizado o serviço de cunhagem mais urgente, na Capitania do Rio de Janeiro, a Casa da Moeda foi transferida para a Capitania de Pernambuco, onde existia uma grande necessidade de numerário.
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