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segunda-feira, 15 de março de 2010

A PRAÇA DA CONSTITUIÇÃO


15/03/2010 - 06:09 Enviado por: Paulo Pacini

Vinte e seis de fevereiro de 1821 foi um dia tenso para o príncipe D.Pedro, futuro imperador do Brasil.
Instigados pela revolta ocorrida seis meses antes no Porto, em Portugal, os militares aqui estacionados se rebelaram, pretendendo impor ao rei D. João VI a nova constituição liberal, a ser elaborada pelas Cortes em Lisboa.
Indo e voltando à Quinta da Boa Vista, D. Pedro apaziguou os ânimos e trouxe o monarca, que, apavorado, concordou e assinou tudo que lhe pediram.
Este movimento pretendia, além de limitar os poderes reais, reconduzir o Brasil à condição de colônia, e acabou sendo um dos principais motivos para nossa independência, no ano seguinte.
Tais fatos se deram em um dos locais de maior riqueza histórica, a Praça Tiradentes, conhecida antes como Praça da Constituição, nome conferido em março de 1822, lembrando os acontecimentos do ano anterior.
Mas sua trajetória começa bem antes, quando ainda terreno pantanoso, cedido pela Câmara para pasto, desde que o arrendatário o aterrasse.
Chamado Campo da Cidade, era uma grande área indefinida e foi ocupada aos poucos, acompanhando a drenagem do terreno.
Em seu entorno, propriedades surgiam, definindo toscamente a área hoje conhecida.
O trecho principal, contudo, ainda era alagado e impróprio para habitação, mas foi o único local em que os ciganos puderam construir suas casas, o que acabou lhe dando seu nome, conhecido então como Campo dos Ciganos.


Praça Tiradentes: cenário de acontecimentos marcantes


No final do século XVIII, este campo foi demarcado, mudando o nome para Rossio grande ou da cidade.


Foi utilizado por soldados como local de treinamento, inclusive pela artilharia, que disparava seus canhões contra a barreira do Morro de Santo Antônio.


O crescimento urbano determinou o fim desta prática, e, quando a côrte portuguesa chegou em 1808, a praça possuía aproximadamente os contornos atuais.


Além de acontecimentos políticos, tornou-se um dos centros da vida artística carioca a partir da inauguração do Teatro São João, futuro São Pedro (João Caetano), em 1813.


José Bonifácio foi morador em uma casa em frente ao teatro, na esquina com a rua do Sacramento (Av. Passos), anteriormente embaixada do Xá da Pérsia.


Fazendo lado com a Visconde do Rio Branco ainda está o palacete do Visconde do Rio Seco, palco de grandes festas de gala, posteriormente transformado no Clube Fluminense, onde Machado de Assis e outros personagens ilustres iam jogar xadrez.


Em ruínas e abandonado, ameaça desmoronar.


Caso ocorra, em seu lugar certamente surgirá mais um prédio a agredir a estética local, ou então encarnará como terreno baldio convertido em estacionamento.


A praça mudou seu nome para Tiradentes em 1890, lembrando o mártir que ali passou rumo ao patíbulo.


Em seu centro, a estátua eqüestre de D. Pedro I continua dominando, desde sua inauguração em 1862.


Talvez a mais bela obra deste gênero que a cidade possui, nos recorda os acontecimentos passados, que determinaram em grande parte o nascimento do Brasil enquanto nação soberana.

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