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quarta-feira, 30 de maio de 2012

O PAU DA BANDEIRA


Quarta, 30 Maio 2012 10:26

O Pau da Bandeira

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Na maioria das cidades antigas à beira-mar o porto foi, por vários milênios, o ponto de maior movimentação e interesse, por onde não sómente passavam quase todos os bens, vindos de além-mar ou exportados, mas também onde chegavam notícias em primeira mão, pelo menos até a invenção do cabo telegráfico submarino, no século XIX.
O porto era portanto o elo vital de ligação, não só nacional, mas com o resto da humanidade, com países muitas vezes separados por enormes distâncias, as quais eram transpostas por poucos. Pode se avaliar o tremendo esforço empreendido na colonização de novas terras, só acontecida pela perspectiva de lucro que essas ofereciam, a ponto de convencer o cidadão de uma metrópole européia a embarcar em tão louca aventura.
pau_bandeira

O Pau da Bandeira no Morro do Castelo


Mas na verdade nem sempre o que vinha do mar era bom ou esperado. Que o diga os primeiros habitantes do Rio de Janeiro, que enfrentaram por muitos anos a ameaça de piratas e daqueles que tencionavam se apossar da frágil colônia, ainda incipiente e com poucas forças para se defender. Apesar das limitações, a comunidade sobreviveu e perseverou, mas a visão de um navio desconhecido entrando pela barra sempre causava grande expectativa e temor, até se assegurar de que se tratava de embarcação amiga. As defesa, baseada principalmente nas fortalezas de São João e Santa Cruz, podia oferecer alguma resistência, mas sua eficácia estava longe de ser absoluta, como se comprovou na invasão da esquadra francesa de Duguay-Trouin em 1711, que subjugou a cidade e só saiu depois de receber vultoso resgate.
No intuito de procurar estabelecer a identidade dos navios que chegavam, foi instalado no alto do Morro do Castelo um sistema de sinalização. Foi colocado um mastro com barras transversais, do qual pendiam bandeiras que trocavam mensagens com a fortaleza de Santa Cruz, a qual, por sua localização, identificava o tipo e a nacionalidade da nave que entrava na baía. O povo não tardou em apelidar a novidade de Pau da Bandeira.
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Algumas das bandeiras usadas pelo antigo sistema semafórico


Segundo alguns, esse sistema data de 1695, e ficava dentro das muralhas do forte. Durante o século XIX foi instalado próximamente um posto telegráfico, que repassava as informações do sistema semafórico por sinais elétricos. Esse dispositivo permaneceu em funcionamento até 1921, por 226 anos, portanto. Desapareceu em 1922 junto com outros marcos históricos do morro, como a Igreja de São Sebastião e o Colégio dos Jesuítas, além do forte, monumentos veneráveis daquela que foi a primeira cidade do Rio de Janeiro.

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