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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Rio antigo - A fortaleza de São José


Paulo Pacini


JB



O sucesso da cultura da cana de açúcar, um dos pilares da colonização portuguesa do Brasil, tornou-se possível graças ao concurso de diversos fatores, tais como o domínio da técnica produtiva, a mão de obra escrava e uma ampla distribuição do produto no mercado europeu. Esta última tarefa era desempenhada com excelentes resultados pelos holandeses, que, além de serem os maiores compradores, financiavam a instalação de muitos engenhos no Brasil.


A bem-sucedida dobradinha Portugal-Holanda começaria a acabar em 1581, quando o rei Felipe II da Espanha assumiu a coroa portuguesa, vacante pela falta de herdeiros do rei D.Sebastião, que se fez matar em terras africanas.


O rei espanhol, inimigo dos holandeses, quebrou o esquema, e estes ficaram sem acesso à preciosa mercadoria. Inconformados, anos depois invadiriam o Brasil, primeiro em Salvador em 1624, sendo expulsos a seguir, mas com êxito em Recife, permanecendo de 1630 a 1654, e obtendo o açúcar na própria fonte. Temendo o alastramento das invasões por todo território, as autoridades reforçaram o sistema defensivo em outros pontos da colônia. Assim o fez o governador Martim Corrêa de Sá, construindo um forte na Ilha das Cobras, na época propriedade da ordem dos beneditinos. Erigida com grande auxílio da população, a nova fortaleza se consagraria como uma das mais importantes, protegendo a área urbana central.


Em 1710, auxiliou na defesa, abrindo fogo contra os invasores franceses de Duclerc. Mas em 1711 foi tomada durante a nova invasão francesa, comandada por Duguay-Trouin, que virou seus canhões contra a cidade e a bombardeou até conseguir o resgate desejado, de 600 mil cruzados.


Após esses incidentes, o sistema defensivo foi ampliado, criando-se um novo conjunto de fortificações, e, assim, em 1736 era inaugurada a Fortaleza do Patriarca de São José da Ilha das Cobras. Compunha-se de três fortes, o de São José, o do Pau da Bandeira e o de Santo Antônio. Novas melhorias e acréscimos seriam feitos nos séculos seguintes, chegando até a configuração atual.


Abrigando o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais, e com uma preciosa coleção de artefatos, que testemunham incontáveis acontecimentos ocorridos ao longo de quase quatro séculos, a antiga fortaleza é uma visita obrigatória e altamente enriquecedora para todos que desejem conhecer um pouco mais sobre as origens e história da Cidade Maravilhosa.


Segunda-feira, 20 de Julho de 2009 - 00:00

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