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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MOSTEIRO DE SÃO BENTO: LAMPADÁRIO É FURTADO DA CAPELA DE SÃO BRÁS

Apesar de segurança



Lampadário acorrentado ao teto é furtado do Mosteiro de São Bento

Publicada em 01/09/2010 às 23h23m

Jacqueline Costa
O GLOBO




RIO - Não deveria ser uma tarefa fácil retirar um lampadário de prata, de mais de meio metro de altura, da Capela de São Brás, no Mosteiro de São Bento, no Centro.

Apesar de a igreja contar com segurança própria e câmeras de vigilância, bandidos conseguiram colocar uma escada, desprender a peça do teto e carregá-la sem serem notados.



Dom Mauro Fragoso, diretor de Patrimônio do mosteiro, conta que o furto foi descoberto por funcionários na segunda-feira à noite.

O religioso não soube informar quantos quilos pesa o adorno. Fitas com a gravação das imagens do circuito interno foram entregues a policiais federais da Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico (Delemaph), que foram ao mosteiro na terça-feira para registrar a ocorrência.



Em 2008, roubo de cinco itens veio à tona

Pouco a pouco, o acervo da abadia vem sendo dilapidado. Ocorrido no fim de 2007, o furto de cinco importantes peças históricas só em junho de 2008 veio à tona.

Sumiram dois cálices e duas patenas (disco utilizado para cobrir o cálice ou receber a hóstia) de prata dourada do século 20, além de uma imagem em madeira policromada do século 19.



A capela de onde o lampadário foi retirado fica aberta ao público das 6h às 18h, diariamente. Segundo Dom Mauro, vigilantes se revezam o dia inteiro para tomar conta do templo. Ele diz que já fez o que podia para impedir o furto de peças do Mosteiro:



- É um mistério. O que tem sido feito é contratar seguranças e instalar câmeras, mas essas medidas não têm surtido efeito. A peça é grande e estava acorrentada ao teto.

Não tenho ideia de como o furto aconteceu. Acho que o que aconteceu é parte da nossa realidade e fruto de uma sociedade de exploração e imoralidade - diz dom Mauro.



O Mosteiro de São Bento guarda há séculos muitas preciosidades. Entre elas, um medalhão com uma lasca da cruz de Cristo, o primeiro quadro a óleo pintado no Brasil, de autoria desconhecida, além de inúmeros livros raros.

Na biblioteca, o mosteiro reúne um acervo com mais de 35 mil volumes, entre eles tratados de filosofia do século 14, livros de direito do século 15 e volumes de ciências que serviram de base para estudos de José Bonifácio de Andrada, o Patriarca da Independência.



Iphan fez há um ano inventário de todas as peças

A Superintendência Regional do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou em setembro de 2009 um inventário de todos os bens móveis e integrados do Mosteiro de São Bento.

Altares, púlpitos, mesas, quadros, imagens, esculturas, crucifixos, tocheiros e missais, entre outros itens históricos, foram fotografados e descritos minuciosamente. A maioria da peças é do século 18.



Uma cópia do documento foi entregue à direção do convento. Mais de 2.400 fichas informam a época, o material e a importância histórica de cada peça. O inventário é uma medida cautelar contra o roubo de obras de arte.

A partir do inventário, no caso de roubos ou furtos, é possível divulgar imagens na imprensa que podes ajudar na recuperação. O Mosteiro São Bento foi tombado pelo Iphan em 1938.



Quem tiver informações sobre o paradeiro do lampadário pode enviá-las para o e-mail ouvidoria.rj@iphan.gov.br  ou ligar para 2233-6334.





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