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terça-feira, 14 de junho de 2011

COSME VELHO: SOLAR DOS ABACAXIS ATACADO POR VÂNDALOS ! . . .

Louças destruídas a marretadas

Vândalos invadem Solar dos Abacaxis, no Cosme Velho, e depredam casarão




Publicada em 13/06/2011 às 23h36m

Simone Candida
O GLOBO

RIO - À venda há mais de uma década, o Solar dos Abacaxis, na Rua Cosme Velho, foi invadido e depredado por vândalos na semana passada, como noticiou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO . Segundo os herdeiros do imóvel, aproveitando-se da ausência do caseiro, alguém arrombou o cadeado de um dos portões, derrubou três portas de madeira e destruiu a marretadas pias e bidês, destruindo louças originais dos três banheiros do casarão, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).



Construída em 1843, na Rua Cosme Velho 857, a residência em estilo neoclássico recebeu o apelido por causa dos abacaxis esculpidos em ferro no portão e na fachada. Ao todo, são mil metros quadrados de área construída: cinco salões, dez quartos, biblioteca e sótão, entre outros aposentos. A casa pertenceu ao historiador Marcos Carneiro Mendonça, que também foi o primeiro goleiro da seleção brasileira, e à poetisa Anna Amélia de Queiroz. Uma das herdeiras do historiador, a crítica de teatro Bárbara Heliodora recebeu a notícia no fim de semana e ficou indignada:



- Minha filha esteve lá e voltou aos prantos. Foi um absurdo o que fizeram. Destruíram as peças só de maldade.



De acordo com a família, vizinhos do imóvel contaram que o casarão foi invadido por usuários de drogas. Ainda segundo os herdeiros, o vigia da casa aposentou-se e ainda não foi substituído.



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Na casa não há nada de valor. Acreditamos que possa realmente ter sido algum usuário de crack, como contaram moradores

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- Na casa não há nada de valor. Acreditamos que possa realmente ter sido algum usuário de crack, como contaram moradores - disse uma das herdeiras, acrescentando que a família já providenciou a troca das fechaduras, o reparo das portas e a contratação de novo vigia.



Já foram muitas, desde 2000, as tentativas de vender a casa. Em 2005, o imóvel quase foi vendido por R$ 1,5 milhão, mas as negociações foram interrompidas por um decreto de desapropriação que acabou sendo revogado em 2006.

Em 2007, tentou-se a venda por cerca de R$ 4 milhões. Atualmente, a construção está sendo oferecida por cerca de R$ 2 milhões.



A residência, que abrigou saraus ao longo do século passado, é vizinha do Largo do Boticário, também tombado pelo Inepac e abandonado . No conjunto de casas, protegido desde a década de 90, quatro residências - as de números 20, 26, 28 e 30 - encontram-se em estado precário, contrastando com as duas construções na entrada do beco, que estão preservadas.



Bem perto dali, um outro imóvel na Rua Cosme Velho contribui para o aspecto de degradação da região. Importante endereço turístico da cidade, o Museu de Arte Naïf, que desde 2007 vem funcionando de forma precária, está fechado desde abril por falta de verba. Procurada pelo GLOBO, a direção da instituição não se pronunciou.


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