Prezada Cora Rónai.
Apreciei muito o seu artigo de hoje, denunciando o estado de abandono desta jóia da nossa cidade, que é o Campo de Santana. Deixa-me bastante satisfeito quando uma jornalista com o seu prestígio usa o seu espaço para defender o patrimônio histórico-cultural da nossa cidade, o qual, diga-se, é riquíssimo.
É inconcebível que uma cidade que pretende se tornar um dos grandes polos do turismo internacional, e que daqui a poucos anos será sede de uma Olimpíada, cuide tão mal deste patrimônio. Fiquei contente também por você ter usado o nome histórico Campo de Santana.
Provavelmente pensamos da mesma forma, que a república não merece ser nome desta obra encomendada por D. Pedro II ao grande paisagista Auguste François Marie Glaziou, o mesmo que fez o parque da Quinta da Boa Vista.
Merece sim, aliás, as pichações e depredações sofridas pelo monumento a Benjamin Constant, maldosamente colocado no centro do Campo, assim como merece as pichações do monumento a Deodoro na Praça Paris, e os mendigos que dormem em seu entorno.
Uma cidade para a qual o turismo representa importante fonte de recursos, não pode oferecer apenas belezas naturais e prostituição. Afinal, temos muita história para contar, muitas construções e parques para nos orgulhar se fossem bem cuidados.
Com que cara vamos mostrar a um viajante internacional o Campo de Santana, o Palácio Imperial da Quinta ou o Hospital São Francisco de Assis do jeito em se encontram?
Sem falar no belíssimo prédio da Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, cuja pedra fundamental foi colocada pelo Imperador, e que foi demolido sem explicação.
Mais uma vez, parabéns pelo artigo.
Bruno Hellmuth
médico
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