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domingo, 4 de dezembro de 2011

MUSEU RODOVIÁRIO: OS BANDIDOS ROUBAM NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E MATAM NOSSA HISTÓRIA ! . . . MALDITOS !

Museu Rodoviário está em condições precárias

Acervo histórico sofre abandono em Levy Gasparian e tem destino incerto


Paulo Roberto Araújo
O GLOBO




Dois antigos ônibus do extinto DNER fazem parte do Museu Rodoviário, inaugurado em 1972

Jason Vogel / O Globo



RIO - Guardião de um rico acervo que percorre histórias das estradas brasileiras, o Museu Rodoviário no distrito de Mont’Serrat, município de Levy Gasparian, na região Centro-Sul do estado, pede socorro para que suas memórias não fiquem pelo caminho. Apesar de tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o museu está em condições precárias e tem destino incerto. Desde sua inauguração em 1972 até o fim dos anos 90, ele foi administrado pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Com o fim do DNER em 2001, o museu passou a ser gerido pela prefeitura de Levy Gasparian, que tenta devolvê-lo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), alegando falta de recursos.



O município tem tentado parceria com a iniciativa privada. O projeto já existe e uma das possibilidades para concretizá-lo seria a colaboração da Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer), que administra o trecho de 180 quilômetros da rodovia BR-040 (Rio-Brasília), que vai do Rio a Juiz de Fora.



— Estamos empenhados na recuperação do museu — diz o prefeito de Levy Gasparian, Cláudio Mannarino (PMDB). — Mas o custo da obra é muito alto. Além disso o prédio não nos pertence e, como é tombado pelo Iphan, depende de uma série de autorizações para que seja reformado.



O Dnit, por meio de sua assessoria de imprensa, se limitou a informar que o caso é de responsabilidade da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), do Ministério do Planejamento, sob cuja custódia estão os bens do antigo DNER. Já a assessoria do ministério informou que o processo está em análise.



Paulo Roberto dos Santos, presidente do Conselho de Turismo do Ciclo do Café no Vale do Café (Conciclo) e vice-presidente do Instituto Preservale, diz que a situação do museu piorou nos últimos cinco anos. Ele reconhece que a prefeitura tem interesse em preservá-lo, mas faltam recursos.



— Esse patrimônio é único no país. O museu preserva a memória da primeira rodovia construída para a passagem de carruagens entre a cidade imperial de Petrópolis e Juiz de Fora, a União e Indústria. Além disso, ele fica dentro da única estação de muda que restou. Os animais não suportavam as longas distâncias das viagens de carruagem e era preciso trocá-los no caminho, usando essas estações — relata Santos.



O Museu Rodoviário fica na Praça João Werneck, s/n e abre de quarta-feira a domingo, das 10h às 16h. A entrada é franca.


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