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domingo, 24 de maio de 2009

MORRO DA CONCEIÇÃO RESISTE AO TEMPO ...




Palco de várias batalhas na colônia e império
JB

O Morro da Conceição é um dos que restou das quatro colinas históricas da cidade: Santo Antônio, São Bento, Castelo e Conceição.

– Os Morros Santo Antônio e Castelo foram desmontados. O de São Bento virou mosteiro e colégio. O da Conceição é o único que tem ocupação tradicional – explica o professor de história Milton Teixeira.


Depois de servir de moradia ao padre Antônio Fernandes, no século 16, ele foi comprado, em 1634, por Miguel de Carvalho e Azevedo e dona Maria Dantas. O casal construiu, em desagravo, uma capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição.


– O Mosteiro de São Bento era dedicado inicialmente a Nossa Senhora da Conceição. Mas, para puxar o saco do governador Salvador Correa de Sá, mudaram para Nossa Senhora de Montserrat, que era da terra dele. Então, eles constroem essa capela no morro seguinte, e ela passa a nomeá-lo.


Tentaram doar a capela aos frades carmelitas, que não a aceitaram. Acharam-na meio longe. Quem aceitou foram os capuchinhos franceses, que trataram de construir um convento ao lado. Os governantes portugueses, porém, não gostaram da ideia da doação. Acharam que iriam passar informações para os franceses. Em 1697, Dom Pedro II expulsou os capuchinhos.


No ano seguinte, chegou ao Rio o terceiro bispo, o frei Francisco de São Jerônimo, que resolveu habitar o antigo convento dos capuchinhos, transformado em palácio episcopal.


Em 1711, porém, uma esquadra francesa, liderada pelo corsário René Duguay-Trouin, atacou a Baía de Guanabara, desembarcou no Largo da Prainha, onde hoje é a Praça Mauá, subiu o Morro da Conceição e tomou o palácio episcopal. Lá de cima, começou a bombardear a cidade, que se rendeu.


– Por isso que acho que os capuchinhos franceses devem ter passado informações – desconfia Milton Teixeira. – A cidade só foi devolvida depois de ter pagado um resgate em ouro, bois, pau-brasil, açúcar, vacas. Um dos navios afundou no Atlântico cheio de ouro.


Em consequência, o governo português mandou construir um forte no alto do morro.


– O único tiro que deu arrebentou o palácio todo por dentro.


O bispo chegou a excomungar a guarnição.


Ainda restam 30 metros do muro de defesa do forte.


Domingo, 24 de Maio de 2009 - 00:00

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