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terça-feira, 31 de agosto de 2010

O TEATRO FÊNIX

O Teatro Fênix

30/08/2010 - 06:59
Enviado por: Paulo Pacini
JB


A vida agitada e corrida do centro do Rio, voltada exclusivamente para o comércio, não nos dá nenhuma indicação sobre um passado muito mais rico, onde cultura e entretenimento ocupavam lugar de destaque nesta área.



Além dos inúmeros bares, restaurantes, cabarés e outras casas de diversão com atrações musicais, o centro da cidade contava com teatros de porte variado, em cujos palcos brilharam vários personagens da história da artes cênicas brasileiras.



Na antiga rua da Ajuda ficava desde o século XIX o teatro Fênix Dramático, que desapareceu com a abertura da avenida Central.

No terreno onde se encontrava, entre a Rio Branco e a rua México, lateral com Almirante Barroso, foi construído o Palace-Hotel.

Parte da área, na esquina da rua México, foi destinada a um novo teatro, que se chamaria Fênix, em lembrança da primeira casa.





Teatro Fênix na Almirante Barroso, desaparecido em 1958



Suas atividades iniciaram na década de 1910, em um belo prédio construído por Januzzi, arrendado e utilizado para várias finalidades.

Começou como cinema, posteriormente teatro, como devia, cassino, e, finalmente, voltou a ser teatro. Em 1948, abrigou o Teatro do Estudante de Pascoal Carlos Magno e a Companhia de Comédias de Bibi Ferreira.



Renascido dos escombros uma vez, o Fênix não resistiria à especulação imobiliária, sendo demolido em 1958.

Seu desaparecimento assinala o ocaso da região enquanto centro de diversão, além da uniformização de sua paisagem pela substituição de obras de arte arquitetônica por anônimas caixas de cimento armado.



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Comentários

Daniel enviou em 30/08/2010 as 09:35:



Caro Paccini,

este teatro não ficava onde hoje é uma agência bancária?

Não era ali onde começava a subida do Morro do Castelo?

Tenho esta dúvida, pois até hoje, há uma leve subida, que presumo ser o lugar do antigo morro, mais ou menos nos limites definidos por Gastão Cruls.



Olá, Daniel, não me lembro no momento do detalhe da agência bancária, mas o teatro ficava exatamente na esquina da México com Almirante Barroso, com a frente voltada para esta última, como, alías, se vê na foto.

Nas redondezas, antes das obras da avenida, ficava a entrada da Chácara da Floresta, com portão na rua da Ajuda.

O teatro Fênix original ficava nos fundos do Hotel Brisson, na mesma rua. Por ali não havia acesso público ao Morro do Castelo, só a Chácara da Floresta.

Os acessos eram a ladeira do Seminário, que ia por onde é a Biblioteca Nacional, a Ladeira do Castelo, que começava no final da rua do Carmo, onde é o edifício-garagem, e a Ladeira da Misericórdia, da qual deixaram um pedaço como consolação, ao lado da Santa Casa.

PPacini.



Um comentário:

Milton Baungartner disse...

Vale lembrar que na cúpula do Teatro Fênix funcionou, de 1927 até o fim da década de 30, o estúdio da Gravadora Odeon/Parlophon. Lá foram gravados inúmeros discos clássicos da MPB, inclusive o primeiro disco elétrico brasileiro. O radialista Almirante, em livro, conta que os artistas e músicos tinham que subir longas escadas até a cupula, chegando esbaforidos ao estúdio...o que, talvez, atrapalhasse o andamento das músicas gravadas.
Milton Baungartner