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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

THOMAZ JOSÉ COELHO DE ALMEIDA, UM VISIONÁRIO QUE AMAVA O BRASIL !



THOMAZ JOSÉ COELHO DE ALMEIDA – “O FUNDADOR”



Nascido aos 27 de dezembro de 1837, na cidade de Campos dos Goitacazes, filho de Custódio José Coelho de Almeida e Dª Maria Theresa da Rosa, ambos portugueses vindos para o Brasil junto com a Corte Portuguesa por ocasião da ação das tropas francesas comandadas pelo General Junot (1808).



Thomaz Coelho iniciou sua educação em sua terra natal, demonstrando inusitado interesse pela leitura. Em seguida, foi matriculado no já então famoso Colégio Calógeras, em Petrópolis. Dali, impelido por vocação nata, rumou para a cidade de São Paulo, com a intenção de conseguir matrícula na tradicional Faculdade de Direito. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais, retornou para a sua velha Campos de Goitacazes onde, após algum tempo de militância advocatícia, começou a exercer o magistério.







FUNÇÕES DESEMPENHADAS



Vereador



Em Campos, exerceu os cargos de Delegado de Polícia, Promotor Público e Juiz Municipal, sempre demonstrando elevado espírito de justiça. A partir daí, a política o atraiu. Inscreveu-se no Partido Conservador, tornando-se um de seus expoentes. Militante ativo, conseguiu facilmente eleger-se Vereador da Câmara Municipal de Campos, foi reeleito diversas vezes, e chegou à Presidência daquela Casa Legislativa. Nesse cargo, Thomaz Coelho, homem de grande visão e tino administrativo, deu grande impulso às atividades do município, fazendo com que a cidade alcançasse grande progresso material e econômico.



Presidente de Instituição Bancária



Em 1868, fundou e presidiu o Banco Comercial e Hipotecário, sediado em Campos, estabelecimento que deu grande impulso às atividades agrícolas do município.



Deputado na Assembléia Legislativa da Província do Rio de Janeiro





Ainda em 1868, teve seu nome vitoriosamente sufragado, dado inegavelmente ao seu prestígio, popularidade e aos relevantes serviços prestados ao município e à Assembléia Legislativa da Província do Rio de Janeiro. Como deputado, agiu ao seu estilo, sem descanso, sugerindo e propondo medidas sempre com vistas para o progresso e para o incremento de sua cidade Campos.



Deputado na Câmara dos Deputados do Império



Em 1872, continuando a trilhar a vida política, ascendia à condição de deputado na Câmara dos Deputados do Império como representante de sua província. Com isso, pôde demonstrar a nível nacional, seus dotes intelectuais e a sua capacidade de trabalho político-administrativa. Deu cabal prova de fidelidade partidária aos seus amigos e correligionários ao sentar-se na bancada da dissidência conservadora. Reelegeu-se para mais duas legislaturas (19ª e 20ª), sendo esta última para o período de 1886 a 1889 (legislatura não cumprida pelo Deputado).



Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas





O 26º Gabinete Ministerial do Segundo Reinado foi organizado pelo Duque de Caxias, por determinação da Coroa, a 25 de junho de 1875. Thomaz Coelho, na Câmara Baixa, ainda representava sua província e foi convidado por Caxias para presidir a pasta da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Permaneceu nessa função por dois anos, seis meses e onze dias, período durante o qual dedicou-se de corpo e alma nas soluções para os problemas de sua pasta. No ano de 1876, organizou a Inspetoria de Terras e Colonização, ampliou o abastecimento de água potável da capital do Império, além da rede de águas pluviais e esgoto, melhorou o Museu Nacional e o Corpo de Bombeiros. Deu também grande incremento a Central do Brasil e ao prolongamento de vários ramais ferroviários na Bahia, em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. Contratou a construção da Estrada de ferro Madeira-Mamoré.



Conselheiro - Reconhecimento do Governo



Em reconhecimento aos serviços distintos prestados e visando ampliar sua participação no Governo e alta administração do Império, foi outorgado a Thomaz Coelho o título de Conselheiro, a 30 de junho de 1875.



Senador do Império



Em decorrência da vaga aberta com o falecimento do Senador Conde de Baependi, ocorrida em 1887, foi Thomaz Coelho escolhido pela Princesa Isabel, numa lista tríplice, para tomar assento na Câmara Alta, a dois de maio de 1888.







Ministro da Guerra



Assumiu a Pasta da Guerra do penúltimo Gabinete do Império (10 de março de 1888 a 07 de junho de 1889). Foi sob a égide desse Gabinete que se promulgou a Lei de 13 de maio de 1888, que declarou extinta a escravidão no Brasil.

Como titular da Pasta da Guerra, teve atuação bastante ativa, como provam as medidas a seguir relacionadas:

• reorganização das forças arregimentadas do Exército;



• elevação do número de Batalhões de Infantaria para trinta;



• alteração do Plano de Uniformes do Estado-Maior General;

• alteração das disposições sobre o alistamento militar;

• contagem da antiguidade, a partir do comissionamento, aos oficiais do Exército promovidos por atos de bravura praticados na Guerra da Tríplice Aliança;



• remodelação do Ensino Militar:



• o aprendizado teórico foi modificado;

• divisão da Escola Militar da Corte. Uma das partes permaneceu com a denominação de Escola Militar, ministrando os cursos de Infantaria e Cavalaria. A outra, com denominação de Escola Superior de Guerra, acolheu os cursos de Artilharia, Engenharia e Estado-Maior;

• criação da Escola Militar da Província do Ceará, em fevereiro de 1889, com os cursos de Infantaria e Cavalaria;

• criação do Imperial Colégio Militar, atual CMRJ, instituição escolar destinada a receber gratuitamente os filhos de oficiais efetivos, reformados e honorários do Exército e da Armada. Nesse educandário era ministrada a instrução secundária juntamente com a educação militar e cívica. Foi criado com a intenção maior e especial de abrigar os órfãos dos militares que haviam tombado na Campanha do Paraguai. O referido estabelecimento podia também, mediante módica contribuição, receber alunos procedentes de outras classes sociais.



Ministro da Marinha

Respondeu interinamente, acumulando com a Pasta da Guerra, pelos assuntos da Pasta da Marinha, de 4 de janeiro a 8 de fevereiro de 1889.



Diretor do Banco do Brasil

Devido aos seus grandes conhecimentos em Economia Política e Rural e Fazenda Pública, foi eleito, em 1890, Diretor do Banco do Brasil, cargo no qual permaneceu até a sua morte.



Esforço de Guerra

Quando rompeu a Guerra do Paraguai, Thomaz Coelho reuniu seus amigos e criou a “Associação dos Voluntários da Pátria”, conseguindo arregimentar inúmeros cidadãos para formarem unidades de Voluntários da Pátria, que reforçaram sobremaneira o efetivo do Exército, atestando os relevantes serviços prestados à causa da Guerra do Paraguai. Existe na municipalidade um quadro a óleo, onde figura o ilustre brasileiro dirigindo o embarque dos voluntários campistas.



Fim de uma Existência

Encontrou a morte quando visitava um amigo, o Dr Rangel Pestana; transcorria o dia 20 de setembro de 1895. seu féretro teve grande acompanhamento. Sobre isso, assim noticiou a Gazeta do Povo, de Campos, que também colocou o seguinte necrológio:



“O saudosíssimo Conselheiro Thomaz Coelho elevou-se às mais eminentes posições, amparando-se no seu privilegiado talento jurídico, no seu assíduo trabalho e no seu bondoso caráter. A cidade de Campos, o Rio de Janeiro, o Brasil, a civilização em geral desta nobre parte da América do Sul muito devem de seu progresso e adiantamento a este varão ilustre, ao estadista inteligente, ao espírito esclarecido e conciliador daquele que tantas vezes e em tão largos períodos de tempo exerceu altos cargos no Conselho da Nação. Nunca ninguém tinha sido um apóstolo do bem, praticando fielmente o profundo preceito, evangélico – O MEU JUGO SERÁ LEVE. Quantos o conheceram o amaram. O Conselheiro Thomaz Coelho foi um justo.”



Homenagem do Colégio Militar

A 10 de abril de 1906, o Colégio Militar pagava tributo de gratidão à memória de seu fundador, fazendo inaugurar, no centro de uma praça que leva o seu nome, um busto do insigne brasileiro.

Dentro do mesmo espírito, os restos mortais do Conselheiro Thomaz Coelho e de sua digníssima esposa Dona Maria Francisca Baptista de Almeida foram transladados, em 06 de maio de 1981, do Cemitério São João Batista para um singelo jazigo de mármore negro, guardado pela figura em bronze de um aluno, situado no interior do Colégio, nas cercanias da referida praça, à sombra do bosque de oitizeiros, onde cantam os sabiás, de onde, diariamente, presenciam o garboso desfile de seus eternos alunos.




Nosso Agradecimento





Marcados de forma indelével pelas nobres tradições de honradez, patriotismo e camaradagem fraternal, a nós incorporadas pela freqüência diária aos bancos escolares de vossa casa, agradecemo-vos pela criação do imperial colégio militar, templo sagrado da educação e do civismo, forja secular de vultos notáveis da sociedade brasileira.




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